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Aula 7 Assistência de enfermagem Pré natal

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ-NATAL 
 
Ms. Ana Claudia Sierra Martins
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PRÉ-NATAL
Conjunto de medidas preventivas e curativas que tem por objetivo proporcionar à gestante e sua família condições de bem estar físico, psíquico e social além de acompanhamento materno-fetal (BRASIL, 2006).
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OBJETIVO
Acolhimento da mulher desde o início da gravidez, assegurando ao fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem estar materno e neo-natal (BRASIL, 2005).
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DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
O diagnóstico de gravidez baseia-se: 
na História Clínica
no Exame Físico e nos Testes Laboratoriais.
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FLUXOGRAMA DA GRAVIDEZ
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SINAIS DA GRAVIDEZ
Sinais presuntivos: são sinais e sintomas que levam a mulher a supor que está grávida. são em grande parte subjetivos e observados pela própria 
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	Amenorréia: associada a níveis crescentes do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG). 
	Pode, também ser causada por: anovoluções, alterações endócrinas, alterações metabólicas, anemia e desnutrição.
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Nauséas e vômitos: costumam começar entre a 4ª/6ª semanas e persistem durante o primeiro trimestre. associada à níveis crescentes de HCG, estresse e metabolismo .
Aumento da frequência urinária, alterações mamárias, fadiga, chutes, alterações cutâneas (linea nigra, cloasma, traumas vasculares e estrias).
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SINAIS PROVÁVEIS DA GRAVIDEZ
Sinal de Braun Von Fernwald (Piskacek) congestão e amolecimento irregular do fundo do útero. 
Sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino.
Sinal de Goodell amolecimento da cérvice.
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Sinal de Chadwick: coloração azulada visível nas mucosas da cérvice, vagina e vulva.
Contrações de Braxton Hicks: contrações uterinas que começam no início da gravidez e tornam-se mais frequentes após a 28ª semana de gestação.
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PROVÁVEIS 
Contorno fetal: o feto pode ser palpado pela parede uterina após a 24ª semana.
Teste positivo para gravidez: o Hormônio Luteinizante é semelhante à HCG e pode produzir reação cruzada em alguns testes para gravidez.
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POSITIVOS
Batimento Cardíaco Fetal
Movimento fetais ativos
Visualização do contorno esquelético fetal realizado pelo ultra-som.
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CONSULTA DE ENFERMAGEM
Cadastro no SISPRENATAL
Historia clínica .
Preencher o cartão da gestante.
Antecedentes familiares: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Doenças Congênitas, Gemelaridade, Câncer, Hanseníase e Tuberculose.
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Antecedentes pessoais: Hipertensão crônica, Cardiopatias, Diabetes, Doença Renal, Anemias.
Antecedentes ginecológicos: ciclo menstrual. Uso de métodos contraceptivos, infertilidade e tratamento, DST.
Sexualidade: início da atividade sexual, dispareunia, prática sexual nessa e em outras gestações, número de parceiros e uso de preservativos.
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ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS
Número de gestações, de partos, e tipos de parto, abortos (espontâneos, provocados), número de filhos vivos, intervalo entre as gestações, isoimunização e fator Rh, filhos prematuros, história de aleitamento, puerpério, etc.
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GESTAÇÃO ATUAL
Data do primeiro dia da última menstruação (DUM)
 Avaliação nutricional: peso e altura prévios 
Hábitos alimentares, medicamentos usados, internação, fumo, álcool e drogas ilícitas 
Ocupação atual aceitação da gravidez.
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EXAME FÍSICO
Peso, altura, PA, inspeção de pele e mucosas, palpação da tireóide
 Exame da mama: tipo de mamilo (protuso, plano, umbilicado).
Avaliação dos Sistemas: cardiovascular, pulmonar, abdominal
Pesquisa de edemas (face, tronco, membros).
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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DURANTE A GESTAÇÃO
Olhos: alterações sutis no contorno. 
Pele: aumenta vascularização, a perspiração e oleosidade.
Boca: hipertrofia de gengivas.
Tireóide: aumento moderado.
Cordas vocais: edema ligeiro.
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Mamas: hipersensibilidade à palpação, aumento de volume aréolas (mais largas, mais pigmentadas e eretas). 
Hipertrofia das glândulas de Montgomery, congestão de veias superficiais, estrias gravídicas.
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SISTEMA CARDIOVASCULAR
Aumento da frequência cardíaca.
 
Pressão Arterial diminuída particularmente a diastólica, principalmente no segundo trimestre.
Abdome : linha negra ou nigra.
Extremidades: edema dos pés e pernas, varicosidades.
 
Edema das mãos.
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EXAME ESPECÍFICO 
(GINECO-OBSTETRICO)
Identificação da situação fetal: longitudinal/transversa
Identificação da apresentação fetal: cefálica/pélvica
Identificação da posição fetal: direita/esquerda
Medida da altura uterina
BCF (120 a 160 bpm)
Inspeção dos genitais externos
Exame especular
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PALPAÇÃO OBSTÉTRICA E MEDIÇÃO DA ALTURA UTERINA
Objetivos: identificar o crescimento fetal, diagnosticar os desvios de normalidade a partir da relação entre a altura uterina e idade gestacional.
Identificar situação e apresentação fetal.
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MANOBRAS DE LEOPOLD
1ª manobra: determina qual a parte do feto que se encontra na parte superior do útero. 
Posicionando-se à frente da paciente, palpe suavemente seu abdome superior com as duas mãos, a cabeça parece redonda e firme, as nádegas parecem mais macias e tem uma proeminência óssea.
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2ª manobra: localiza o dorso. 
Aplicando pressão suave, palpe o lado esquerdo do
abdome da gestante com a palma da mão direita,
enquanto estiver firmando o lado contrário com a
mão esquerda. 
O dorso é percebido como uma
superfície firme e lisa as extremidades serão
sentidas como pequenas irregularidades ou
protrusões.
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3ª manobra: determina o seguimento de apresentação (a parte do feto situada acima da abertura pélvica). 
Usando o polegar e os dedos da mão dominante segure com firmeza o abdome da gestante pouco acima da sínfise púbica. 
Caso a cabeça possa ser movimentada suavemente para frente e para trás significa que o bebê ainda não está encaixado.
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4ª manobra: determina a descida do seguimento de apresentação. 
O examinador fica de pé atrás da cabeça da gestante . em seguida, movimenta suavemente suas mãos descendo pelos lados do abdome em direção a sínfise púbica, sentindo qual dos lados oferece mais resistência.
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MEDIA DA ALTURA UTERINA
Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com abdome descoberto.
Delimitar a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino.
	
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Fixar a extremidade inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise púbica, passando entre os dedos indicador e médio.
 Proceder a leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino.
Registrar no cartão da gestante o dado avaliado.
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AUSULTA DE BCF
Objetivo: constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a normalidade dos BCF.
Frequência normal: 120 à 160 bpm.
Posicionar a gestante em decúbito dorsal.
Identificar o dorso fetal. 
Além da palpação perguntar à gestante qual lado ela sente mais os movimentos, o dorso estará no lado oposto. 
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Encostar o pavilhão da orelha e fazer com a cabeça, leve pressão sobre o abdome com o estetoscópio de Pinard e retirar a mão que segura o tubo.
Procurar o ponto de melhor escuta dos BCF na região do dorso
Contar o pulso durante 1 min. observando frequência e ritmo.
Detector fetal permite que a mãe ouça o som do BCF.
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CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
Conceitua-se Hipertensão Arterial, na gestação a observação de níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg em duas ocasiões e resguardando intervalo de 4 horas. 
O aumento de 30 mmHg ou mais na PAS e de 15 mmHg ou mais na PAD em relação aos níveis tensionais conhecidos até a 16ª semana é sinal de alerta.
 Presença de PAD maior ou igual a 110 mmHg em uma única oportunidade de aferição.
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TÉCNICA DEAFERIÇÃO DE 
PRESSÃO ARTERIAL
Aparelho calibrado
Certificar-se que a gestante: 
 não está com a bexiga cheia. 
 Não praticou exercícios físicos.
 Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 min. antes da aferição.
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Gestante assentada, após 5 minutos de repouso, apoiar-lhe o braço numa superfície, com a palma da mão voltada para cima, à altura do coração desnudando-lhe o braço.
Esperar de 1 à 2 minutos antes de realizar nova medida.
A pressão arterial também poderá ser medida com a gestante em decúbito lateral esquerdo, no braço direito, mas nunca em posição supina.
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Quando a DUM é conhecida e de certeza: uso do calendário e do gestograma.
Quando a DUM é desconhecida: caso tenha ocorrido no início, meio ou final do mês considerar como dum os dias 5, 15 e 25, respectivamente.
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
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DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP)
Duração média da gravidez: 280 dias ou 40 semanas a partir da DUM. 
Regra de Nagele
Soma-se sete dias ao primeiro dia da DUM e subtrai três meses do mês que ocorreu a última menstruação.
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Exames Solicitados na 1ª Consulta
IgM Rubéola
Parasitológico de fezes
USG obstétrica
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Fator Rh
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EAS
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Hematimetria
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Glicemia
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Esquema Vacinal – dT adulto
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Exames Solicitados na 30ª Semana
Hb/Ht
Glicose
VDRL
EAS
Anti-HIV
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BRANDEN, P. S. Enfermagem Materno Infantil; 2.ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Atheneu, 2000.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pré-natal e Puérperio, Atenção Qualificada e Humanizada, Brasília-DF: Imprensa Oficial, 2005.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pré-natal e Puérperio, Atenção Qualificada e Humanizada, Brasília-DF: Imprensa Oficial, 2006.
REFERÊNCIAS
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O diagnóstico de gravidez baseia-se na: história, no exame físico e nos testes laboratoriais.

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