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Filosofia Socrática e Sofística

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FILOLOSOFIA AULA 4
OBJETIVOS:
O aluno deverá ser capaz de: 
 
 . Identificar o contexto da sofistica e de Sócrates.
 . Diferenciar as teses dos sofistas das teses de Sócrates
 . Conhecer os conceitos: ironia, maiêutica e ética socrática.
INTRODUÇÃO:
 No período denominado socrático, o pólo de convergência das discussões filosóficas passou a ser o homem (ánthropos) e toda a sua problemática.
 Os sofistas eram um grupo de filósofos nômades que discutiam política e provocavam indagações sobre o conhecimento ao afirmarem que a verdade era relativa. Segundo eles, existiam tantas verdades quantas fossem as mentes humanas. 
 Os sofistas afirmavam que a verdade era relativa a quem a defendia.
 A filosofia socrática caracterizou-se pela inabalável certeza de que o homem era capaz de atingir a verdade. 
 Para Sócrates a humildade era o pressuposto básico para que se pudesse ter acesso à verdade , sendo o diálogo o metodo mais adequado para atingí-la.
 Sócrates privilegia, em sua filosofia, questões referentes à moral, ao autoconhecimento. “Conhece a ti mesmo”- máxima que está relacionada a tese socrática que refere-se à ignorância do homem sobre si mesmo.
 Para levar seu interlocutor a atingir a verdade, utilizava-se do método entitulado por ele de MAIÊUTICA, termo grego que significa “a arte de trazer à luz”.
 O filósofo criticava os sofistas por sua atitude de “donos do saber”.
 
MATERIAL DIDÁTICO:
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. 
Parte 1. Capítulo 3. Sócrates e os sofistas. (págs.40 - 48)
APRENDA MAIS:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rpcd/v8n2/v8n2a10.pdf
“A perenidade da Aretê como horizonte apelativo da Paideia: Sobre a excelência em educação”
SÍNTESE DA AULA:
Nesta aula você:
 Identificou o contexto da sofistica e de Sócrates.
 Diferenciou as teses dos sofistas das teses de Sócrates
 Conheceu os conceitos: ironia, maiêutica e ética socrática.
CONTEÚDO DA AULA 4:
 
 SOFISTA – A palavra vem de sophos que significa sábio ou professor de sabedoria.
 Os sofistas deram importante contribuição para a sistematização do ensino.
 Segundo Mondin, em seu livro “Curso de Filosofia”, vol1:
 
 “A vida na pólis exigia de todos os cidadãos que 
 se dedicavam à atividade política (o que faziam
 todos os membros da aristocracia) uma razoável
 cultura e certa facilidade na eloquência, isto por
 causa da enorme importância das assembléias 
 públicas, nas quais eram tratadas as mais 
 variadas questões como a guerra e a paz, o direito
 e o conceito, o governo e a religião, etc. 
 A educação tradicional não estava em condições
 de satisfazer a exigências tão variadas e 
 avançadas. Fazia-se necessária uma instrução 
 mais profunda e especializada. Aparece então
 a figura do sofista. Ele se atribui o encargo de
 instruir os filhos da aristocracia na gramática,
 na literatura, na filosofia, na religião e, 
 principalmente, na retórica.” (págs.39 – 40)
 Os sofistas, homens saídos da classe média, vem satisfazer uma necessidade de ordem prática que era inroduzir os jovens na arte da retórica para que pudessem participar, com sucesso, dos debates públicos.
 Ensinavam a seus discípulos que não pode haver conhecimento verdadeiro, mas só provável, devido ao fato de sua origem sensível (derivada dos sentidos). Afirmavam, também, que não existia lei moral absoluta. Para eles as leis eram apenas convencionais.
 Para os sofistas o fim supremo da vida consistia em obter prazer. Esta era a única meta apropriada à dimensão rigorosamente empírica (relacionada à experiência sensível) do conhecimento humano.
 PROTÁGORAS foi um dos maiores expoentes da sofística. Dizia ele: “O homem é a medida de todas as coisas”. 
 
 Segundo Aranha e Martins, em seu livro “Filosofando”:
 
 “... esse fragmento deve ser entendido não como
 expressão do relativismo do conhecimento, mas 
 enquanto exaltação da capacidade de construir a
 verdade: o logos não mais é divino, mas decorre
 do exercício técnico da razão humana.” (pág. 94)
 
 Entendendo por homem o indivíduo, entendemos que, segundo esta posição filosófica, o conhecimento varia como variam os indivíduos.
 
 Marilena Chauí, em seu livro “Convite à Filosofia”, no que se refere aos sofistas, escreve:
 “ Que diziam e faziam os sofistas? Diziam que os
 ensinamentos dos filósofos cosmologistas 
 estavam repletos de erros e contradições e que
 não tinham utilidade para avida na pólis.
 Apresentavam-se como mestres de oratória ou de
 retórica, afirmando ser possível ensinar aos 
 jovens tal arte para que fossem bons cidadãos.
 Mas que arte era esta? A arte da persuasão. Os
 sofistas ensinavam técnicas de persuasão para
 os jovens, que aprendiam adefender a posição ou
 a opinião A, depois a posição ou opinião 
 contrária, não-A, de modo que, numa assembléia,
 soubessem ter fortes argumentos a favor ou 
 contra uma opinião e ganhassem a discussão.”
 (pág. 37)
 NÃO EXISTE VERDADE ABSOLUTA; O HOMEM INTERPRETA OS DADOS DO SENTIDO DE ACORDO COM SEUS INTERESSES.- Máxima sofista. 
 Os sofistas, usando a arte da persuasão conseguiam fazer com que parecessem melhores, não as posições mais chegadas à verdade, mas as mais vantajosas.
 A posição assumida por Sócrates é diametralmente oposta a dos sofistas.
 O filósofo critica os sofistas porque estes últimos relativisam a verdade, gabam-se de tudo saber, além de afirmarem que aprender é coisa facílima.
 SÓCRATES nasceu em Atenas (469 / 399 a.C). Dizia que tinha uma missão a cumprir.
Afirmava que sua missão era incitar os homens a se preocuparem, antes de tudo, com os interesses da própria alma, procurando adquirir sabedoria e virtude.
 Um de seus métodos preferidos para que seu interlocutor atingisse a verdade era o da IRONIA ( do grego eíron / interrogante). Também chamada de pars destruens (fase destrutiva), consistia em, diante da arrogância de seu interlocutor, induzí-lo à contradição. Era um momento de desconstrução dos preconceitos e da arrogância.
 Este método era uma espécie de simulação que tinha por finalidade por a descoberto a vaidade, desmascarar a impostura e seguir a verdade.
 A IRONIA socrática não tinha a finalidade de desprezar os valores mais altos, mas de provar sua autenticidade.
 Para Sócrates aprender não era fácil, como colocavam os sofistas. Para chegar à verdade era necessário desapegar-se das riquezas, das honras, dos prazeres. Fazia-se preciso reentrar no próprio espírito, analisar sinceramente a própria alma, CONHECER A SI MESMO, reconhecer a própria ignorância.
 O filósofo considerava-se, não mestre, mas obstetra. Não ensinava a verdade , mas antes, ajudava seus discípulos a descibrí-la neles mesmos – MAIÊUTICA.
 Não interessava-se pelos princípios do universo, mas pelo valor do conhecimento humano. Seus ensinamentos filosóficos situam-se no âmbito da Psicologia, Epistemologia e da moral.
 Na Psicologia, a doutrina fundamental gira em torno da importância da alma. Para ele a alma encontra-se no corpo, é claramente superior a ele, e encontra-se presa no corpo. A morte liberta a alma desta prisão e lhe abre a porta de uma vida melhor.
 A respeito do conhecimento, Sócrates faz uma clara distinção entre OPINIÃO e VERDADE . O conhecimento sensível por si só não pode fazer-nps conhecer a verdade, mas só opiniões mais ou menos sólidas.
 A OPINIÃO varia de indivíduo para indivíduo, ao passo que O CONHECIMENTO UNIVERSAL é necessariamente o mesmo para todos.
 Conceitos universais que Sócrates preocupou-se em definir: bem, justiça, felicidade e virtude, ou seja, conceitos éticos.
 Para o filósofo, a moralidade identifica-se com o conhecimento: a sabedoria é a virtude e a virtude identifica-se com a sabedoria. Se o homem erra, é por ignorância, porque não é admissível que conhecendo o bem, escolha o mal. Os homens que fazem o mal ignoram o bem ou não sabem que o que escolheram é mau.
 Segundo Sócrates, os sofistas corrompiam a juventude porque negavam que se pudesse conhecer o bem e deixavam os jovens entregues à ignorância.
 Cotrim, em seu livro “Fundamentos ds filosofia” escreve sobre Sócrates:
 
 “A pergunta fundamental que Sócrates tentava 
 responder era: O que é a essência do homem?
 Ele respondia dizendo que o homem era a sua
 alma, entendendo-se “alma”, aqui, como a sede
 da razão, o nosso eu consciente, que inclui a
 consciência intelectual e a consciência moral, e 
 que, portanto distingue o ser humano de todos os 
 outros seres da natureza.” (pág.86)
 
 Para Sócrates a FELICIDADE consistia na honestidade, na prática da virtude, e não em algo exterior e passageiro (riquezas, honras, prazeres), como ensinavam os sofistas. Para o filósofo a felicidade encontrava-se na consci~encia reta, no seguir sempre os ditames da razão; numa palavra, na PRÁTICA DA VIRTUDE.
 Marilena Chauí, em seu livro “Convite à Filosofia” escreve:
 
 “ A consciência da própria ignorância é o 
 começo da filosofia. O que procurava 
 Sócrates? Procurava a definição daquilo que
 uma coisa, uma ideia, um valor é 
 verdadeiramente. Procurava a essência 
 verdadeira da coisa, da ideia, do valor.
 Procurava o conceito e não a mera opinião 
 que temos de nós mesmos, das coisas, das
 ideias e dos valores.” (pág.38)
 
 Para Sócrates a alma era a sede da atividade racional, da atividade ética e do conhecimento.
Em sua filosofia podem ser encontradas as primeiras manifestações da Psicologia. Propunha-se a desvendar os conteúdos da alma e sua relação com o corpo. Para ele a alma era espiritual e, por conta disto, imortal.
 Segundo o filósofo: O HOMEM É A SUA PSYCHÉ.

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