Buscar

primeira jornada amapaense de TCC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 2 
 
 
 
ÍNDICE 
GRUPOTERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL EM ABRIGOS DE CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL ................................................................... 3 
 
O TRANSTORNO BIPOLAR E A PSICOEDUCAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE 
TRATAMENTO E DE PREVENÇÃO DE RECAÍDAS................................................................ 5 
 
CORRELATOS ENTRE NÍVEL DE ESCOLARIDADE E CRENÇAS INADEQUADAS 
SOBRE A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL ....................................................... 7 
 
ANOREXIA E BULIMIA: PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E 
FARMACOTERAPIA..................................................................................................................... 9 
 
A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA 
DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA .......................................... 11 
 
COMPARAÇÃO DA MAGNITUDE DE CRENÇAS INADEQUADAS SOBRE TERAPIA 
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL ENTRE PSICÓLOGOS, ESTUDANTES DE 
PSICOLOGIA E PESSOAS DA POPULAÇÃO GERAL ............................................................ 13 
 
FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E 
AS CRENÇAS INADEQUADAS SOBRE ESSA ABORDAGEM PSICOTERÁPICA ............. 15 
 
TRANSTORNO DO PÂNICO E O TRATAMENTO COMBINADO ENTRE 
PSICOFÁRMACOS E PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: UMA 
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA.......................................................................... 17 
 
JOGOS VIRTUAIS: UMA FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA 
COGNIÇÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS .................................................................................. 19 
 
A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA, VÍNCULO E ALIANÇA NA PRÁTICA 
CLINICA ....................................................................................................................................... 21 
 
PENSAMENTOS DISTORCIDOS EM CISNE NEGRO ............................................................ 23 
OBS. As produções constantes destes anais são de inteira 
responsabilidade dos autores. 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 3 
 
 
GRUPOTERAPIA COGNITIVO 
COMPORTAMENTAL EM ABRIGOS DE 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS 
DE ABUSO SEXUAL 
 
Fernanda da Conceição de Almeida ¹ 
(f.almeida2039@gmail.com) 
 
Thaysa Barbosa Cambraia ¹ 
Maria das Graças Teles Martins ² 
 
¹Acadêmicas do Curso de Psicologia/ESTÁCIO SEAMA 
²Professora Mestre orientadora na faculdade ESTÁCIO/ SEAMA 
 
O abuso sexual infantil intrafamiliar é um fenômeno complexo que envolve aspectos 
psicológicos, sociais e jurídicos, com altos índices de incidência, que pode ocasionar sérias 
alterações cognitivas, comportamentais e emocionais para a vítima. O abuso sexual é definido 
como o envolvimento de uma criança ou adolescente em atividade sexual que não compreende 
totalmente, para a qual é incapaz de dar consentimento, ou não está preparada devido ao estágio 
de desenvolvimento. Assim, qualquer atividade que envolva uma criança ou adolescente e um 
adulto ou outra criança, destinada a gratificação ou satisfação das necessidades de uma pessoa, 
cuja relação com a criança ou adolescente seja responsabilidade, confiança ou força, pode se 
configurar em abuso sexual. O alvo principal são os sintomas de TEPT-Transtorno de estresse 
pós-traumático (revivência do evento traumático com pensamentos, esquiva de lembranças e 
excitação aumentada). A terapia Cognitivo-Comportamental apresenta métodos de intervenção 
para casos de abuso sexual. O número de sessões de grupo terapia varia de 16 a 25 sessões de 
acordo com a necessidade dos pacientes. Antes e depois das sessões de grupoterapia podem ser 
realizados atendimentos individuais com aplicação de testes, inventários e escalas psicológicas 
que auxiliem na comprovação da redução dos sintomas. O presente trabalho tem como objetivo 
verificar o resultado das intervenções de grupoterapia cognitivo-comportamental em abrigos de 
crianças vítimas de abuso sexual. Para o levantamento deste estudo foi realizado revisão de 
artigos, de 2004 a 2010, com relatos de experiências e estudos de casos com grupoterapia 
Cognitivo-Comportamental. Foi dado ênfase para um modelo de grupo terapia que era dividi-se 
em três etapas conforme as técnicas empregadas: psicoeducação (seis sessões), 2 - treino de 
inoculação do estresse (quatro sessões) e 3 - prevenção à recaída (seis sessões), pode acrescentar 
sessões caso necessário, de acordo com a situação do grupo. Na psicoeducação foram 
desenvolvidas dinâmicas de grupo que favoreceram a apresentação dos participantes, confiança, 
contato terapêutico, estabelecimento de metas e objetivos do grupo, relatos sobre o abuso sexual, 
reestruturação cognitiva, psicoeducação da grupoterapia cognitivo comportamental, identificação 
de pensamentos em relação ao abuso e reações fisiológicas, técnicas de relaxamento e respiração. 
A inoculação do estresse foi uma técnica utilizada como dispositivo para ativar a memória 
traumática e detalhar os estímulos desencadeantes de lembranças intrusivas, possibilitando às 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 4 
 
 
participantes uma sensação de controle da intensidade das emoções associadas. Os participantes 
podem apresentar, de forma gradual, as situações abusivas experienciadas através do relato oral 
ou escrito, foram criadas estratégias para lidar com as lembranças intrusivas do abuso sexual. Na 
prevenção de recaídas foram retomadas as estratégias para lidar com as lembranças abusivas e a 
elaboração de outras de enfrentamento para situações de risco, identificação de comportamentos e 
de potenciais situações de risco, retiradas de dúvidas em relação à sexualidade, e por fim a 
autoavaliação sobre a participação no grupo. Entre as alterações cognitivas, comportamentais e 
emocionais o estudo aponta vários sintomas presentes: transtornos de humor, ansiedade, estresse 
pós-traumático, agressividade, comportamentos autodestrutivos, tentativas de suicídio, crenças 
distorcidas, baixo rendimento escolar, baixa concentração e atenção, sentimento de medo, 
vergonha, culpa, ansiedade, tristeza, raiva. Os resultados indicam que o grupoterapia cognitivo 
comportamental realizado com crianças e adolescentes que sofreram abuso sexual apresenta 
impacto positivo na intervenção, reduziu significativamente os sintomas de depressão, ansiedade, 
stress e transtorno do estresse pós-traumático; a ansiedade e esquiva são trabalhadas com 
exposição gradual e dessensibilização sistemática, inoculação de estresse, treino de relaxamento e 
interrupção e substituição de pensamentos perturbadores por outros que recuperem o controle das 
emoções. A intervenção com o grupoterapia em TCC apresentou-se efetiva e contribuiu para a 
redução e reestruturação de crenças de culpa, baixa confiança e credibilidade, sendo efetivo para 
a redução de sintomas psicológicos e alteração de crenças e percepções distorcidas sobre o abuso. 
Nos problemas comportamentais as técnicas de modificação de comportamento se apresentam 
eficazes na prevenção de futuras revitimizações, além de proporcionar bem estar psicológico 
positivo para as vítimas. O desenvolvimento de pesquisas sobre tais métodos é importante, 
devido à elevada incidência e às consequências negativas para o desenvolvimento cognitivo, 
afetivo e social. 
 
Palavras-Chave: Grupoterapia, Abuso sexual infantil, Terapia cognitivo-comportamental. 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental│ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 5 
 
 
O TRANSTORNO BIPOLAR E A 
PSICOEDUCAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE 
TRATAMENTO E DE PREVENÇÃO DE 
RECAÍDAS 
 
Thaysa Barbosa Cambraia* 
(thaysacambraia@gmail.com) 
 
Fernanda da Conceição de Almeida* 
Maria das Graças Teles Martins** 
 
*Discentes do curso de Psicologia da Faculdade Estácio Seama. 
**Docente Mestre em Psicologia da Faculdade Estácio Seama. 
 
O Transtorno Bipolar (TB) é uma síndrome caracterizada por episódios de mania e depressão 
dispostos de modo relativamente delimitado no tempo, podendo haver períodos de remissão em 
que o humor encontra-se eutímico (calmo) e as alterações psicopatológicas mais intensas 
regridem, o que propicia uma interação social positiva. Nas fases de mania ou hipomania o 
indivíduo apresenta sensação de extremo bem-estar, agitação, aceleração do pensamento e da 
fala, impulsividade e desinibição. Os principais sintomas do período depressivo são humor 
predominantemente deprimido, fatiga, apatia, tendência ao isolamento, alterações de apetite e de 
peso, agitação, sono excessivo ou insônia, tristeza, sensação de vazio, dificuldades de 
concentração, ideias suicidas. O tratamento geralmente centraliza-se na farmacologia, com 
estabilizadores de humor e antipsicóticos, que equilibram os elementos orgânicos da síndrome, 
possibilitando o implemento de outras terapêuticas que melhorem a qualidade de vida de todos 
afetados pela dinâmica do transtorno. Sem acompanhamento, a rotina de quem tem TB tende a 
ser caótica e desorganizada, o que atrapalha seus relacionamentos interpessoais, causando 
conflitos familiares, sociais e ocupacionais, conflitos estes que podem ser amenizados por meio 
de terapêuticas psicossociais, como grupos de apoio e psicoterapia. Existe uma forte tendência 
em indicar a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para o processo psicoterápico em virtude 
de seus objetivos e metodologias trazerem os benefícios de maior adesão ao tratamento 
medicamentoso, melhor controle dos sintomas, redução da necessidade e duração de 
hospitalizações, melhora do funcionamento social e prevenção de recaídas, o que é alcançado 
principalmente por meio de ensinamento de estratégias de enfrentamento e da reestruturação 
cognitiva. A Psicoeducação é um elemento fundamental da TCC, tendo por finalidade 
instrumentalizar o paciente com os mecanismos que possibilitem se tornar seu próprio terapeuta. 
A estratégia consiste, principalmente, em ensinar ao paciente o modelo cognitivo, que determina 
que cognições tem forte influência sobre emoções e comportamentos, e educar paciente e 
familiares sobre as características do transtorno, explorando as singularidades do quadro 
sintomático de cada indivíduo. A psicoeducação pode ser realizada por meio de esclarecimento 
de dúvidas sobre o tratamento, sobre a medicação e acompanhamento psiquiátrico, indicação de 
leituras e explicações sobre as características do TB, e ensinamento de estratégias de 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 6 
 
 
enfrentamento de sintomas e de situações gatilho para crises e alterações de humor. Para a 
construção deste trabalho foi realizada uma pesquisa qualitativa com revisão bibliográfica em 
livros, periódicos e artigos sobre os temas transtorno bipolar, terapia cognitivo-comportamental e 
psicoeducação, utilizando como base de dados os sites PePSIC, Google Acadêmico, Scielo e a 
biblioteca física da Faculdade Estácio Seama. Este estudo procurou apresentar as principais 
características do Transtorno Bipolar e descrever a utilização e a função da psicoeducação no 
tratamento do TB e prevenção de recaídas. Pesquisas e relatos demonstram que a psicoeducação 
auxilia na adesão ao tratamento e reduz os prejuízos psicossociais consequentes das oscilações de 
humor e de comportamento do TB, instruindo paciente e familiares sobre as características da 
condição bipolar, permitindo que reconheçam os sintomas maníacos e os depressivos e aprendam 
a lidar com as oscilações de humor e modificações do comportamento. No tratamento com a 
Terapia Cognitivo-Comportamental a psicoeducação é combinada com treino de habilidades 
sociais, modelagem, ensinamento de estratégias de enfrentamento e a reestruturação cognitiva, 
melhorando seu funcionamento social e prevenindo recaídas. Compreendendo as condições do 
TB e sabendo reconhecer os sinais que predispõem mudanças de humor, o indivíduo consegue 
retomar o controle sobre suas ações, permitindo que ele possa viver de forma equilibrada e 
funcional, tanto psicológica quanto socialmente. 
 
Palavras-chave: Transtorno Bipolar. Psicoeducação. Terapia Cognitivo-Comportamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 7 
 
 
CORRELATOS ENTRE NÍVEL DE 
ESCOLARIDADE E CRENÇAS 
INADEQUADAS SOBRE A TERAPIA 
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 
 
Marcilio Lira de Souza Filho 
Carla Guimarães de Lima 
Iarima de Castro Pinheiro da Silva 
Jade Azevedo Costa Carvalho dos Santos 
Luzia de Fátima Moraes da Silva 
Mônica Sena 
Patrina Pena Pinto 
Raimundo Nonato Vieira Barbosa Junior 
Núcleo Amapaense de Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental 
 
 
 
A terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das formas mais amplamente praticadas de 
psicoterapia para transtornos psiquiátricos. Fundamenta-se em preceitos sobre a função da 
cognição no controle da emoção e do comportamento humano. Contudo, apesar do amplo 
crescimento desta abordagem psicoterápica, ainda percebe-se muito desconhecimento por parte 
das pessoas em geral. Todavia, estima-se que quanto maior o conhecimento ou a formação das 
pessoas, menor será a presença de crenças inadequadas sobre essa abordagem. Assim, o presente 
estudo buscou verificar a relação entre nível de escolaridade e crenças inadequadas sobre a TCC 
em pessoas da população em geral. Para este fim, foi utilizado um delineamento correlacional. A 
amostra foi constituída por 143 pessoas da população geral, sendo a maioria do sexo feminino 
(66,9%) e com idade média de 35,3 anos (DP = 12,7). Sobre a escolaridade, contou-se com 
participantes possuindo desde o nível fundamental até o nível de doutorado, tendo a maioria nível 
superior incompleto (33,2%). Para a coleta de dados foi utilizada a Escala de Crenças 
Inadequadas sobre a TCC, composta por 24 itens (por exemplo, A Terapia Cognitivo 
Comportamental: ... não é uma terapia recomendada para crianças; ... é paliativa, pois cuida 
apenas do sintoma que se apresenta naquele momento; ... procura informar ao paciente um 
prazo fixo e pré-estabelecido para o término da terapia) que mensuravam a extensão de crenças 
inadequadas sobre a TCC. As respostas eram dadas em uma escala que varia de 0 = Discordo 
Totalmente a 4 = Concordo Totalmente. Uma maior pontuação na escala corresponde a uma 
maior magnitude de crenças inadequadas. Os participantes só respondiam a essa escala após 
haver indicado que possuía algum conhecimento a respeito da TCC. Ademais, os participantes 
também responderam a questões demográficas (por exemplo, sexo, idade e escolaridade). Os 
dados foram analisados através do programa Statistical Package of Social Science (SPSS) versão 
20. Para verificar o grau de associação entre as variáveis, foi empregado a análise de correlação 
de Pearson. Os resultados apontaram uma correlação negativa e significativa (r = -0,25; p < 0,05) 
entre a escolaridade e as crenças inadequadas sobre a TCC. Isso evidencia que quanto maior foi o 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 8 
 
 
nívelde escolaridade dos participantes, menor foram as crenças inadequadas sobre a TCC e vice-
versa. Tal resultado corrobora a hipótese de que um maior nível instrucional está associado a uma 
menor quantidade de crenças inadequadas sobre a TCC. Pessoas com maior nível de escolaridade 
tendem a ter acesso a uma gama maior e mais qualificada de informações. Recentemente, no 
Brasil, tem-se observado um aumento no número de matérias jornalísticas abordando o tema da 
saúde mental, de modo geral, e a TCC em particular. O acesso a essas informações poderia 
contribuir com a diminuição da quantidade de crenças inadequadas sobre a TCC. Estima-se, 
portanto, que a divulgação de informações sobre a referida abordagem pode contribuir 
significativamente para a desmistificação e popularização da TCC. 
 
Palavras-chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Crenças inadequadas; Nível de 
escolaridade. 
 
 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 9 
 
 
ANOREXIA E BULIMIA: PSICOTERAPIA 
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E 
FARMACOTERAPIA 
 
 
 
Ana Farias de Almeida* 
Luzia de Fátima Moraes da Silva * 
Maria José Pacheco da Silva* 
Neiva Soares de Almeida Melo* 
Sybelle Pedrosa** 
 
 
*Discentes do curso de Psicologia da Faculdade Estácio Seama. 
**Docente orientadora e mestre em farmacologia da Faculdade Estácio Seama. 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: A ideia veinculada na mídia em relação ao consumo excessivo de alimentos é 
incongruente com o padrão de beleza exigido pela sociedade, o que leva os jovens a 
desenvolverem transtornos alimentares, como a Anorexia e a Bulimia, na tentativa de atender a 
essas exigências. A anorexia e bulimia nervosas são distúrbios de comportamento alimentar 
marcado por abstenção espontânea de alimentos e pela ingestão compulsória respectivamente e 
dotada de métodos purgativos Este trabalho traz informações sobre a anorexia e bulimia que são 
distúrbios alimentares marcados por abstenção espontânea de alimentos e pela ingestão 
compulsória respectivamente e dotada de métodos purgativos. Tem como objetivo conceituar e 
caracterizar estes transtornos alimentares, apresentar a farmacologia utilizada e tratamento 
psicoterápico na Terapia Cognivo-comportamental. Os sintomas da Bulimia são: Baixa 
autoestima; Comer escondido das pessoas; Alterações de peso frequentes; Mau funcionamento do 
intestino; Ciclos menstruais irregulares. Os episódios de comer compulsivamente geram culpa, 
sentimento de fracasso e medo de engordar. A anorexia é um Transtorno caracterizado por 
restrição alimentar praticadas pelo individuo acometido que também possui medo de engordar. 
Os indivíduos que apresentam o transtorno possuem preferência pela magreza extrema e tem uma 
visão distorcida da imagem corporal; é uma ilusão do que realmente são. Como sintomas: o medo 
excessivo de ganhar peso, alterações metabólicas, gastrointestinais e cardiovasculares. Devido à 
desnutrição e mudanças neuroendócrinas provocam pele seca, amarelada, unhas e cabelos 
enfraquecidos, necessidade de ingestão de bastante água, tonturas, dificuldade de convívio em 
ambientes frios, dor de cabeça, sonolência, anemia dentre outros Possuem ainda relutância em 
querer sustentar o peso normal, o que traz como consequência um peso menor que 85%. Uma das 
alternativas terapêuticas utilizados com maior eficácia nos tratamento destes transtornos é a 
Terapia cognitivo-comportamental. A TCC se desenvolveu dos estudos de Aaron Beck, em 1950. 
Usada com o objetivo de mudanças cognitivas disfuncionais. MÉTODOS: Pesquisa bibliográfica 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 10 
 
 
nos bancos de dados eletrônicos: Scielo, LILACS, Bvsalud, PePSIC, CAPES, Google 
Acadêmico, site de universidades nacionais e livros que abordem o tema. Foram usadas as 
palavras chaves: “anorexia”, “bulimia”, “fármacos” e “Psicoterapia”. O período foi 
estabelecido de 2000 a 2013. RESULTADOS: os fármacos utilizados para o tratamento da 
anorexia são: a fluoxetina, para pacientes com peso normal; a olanzapina considerando pacientes 
com peso muito baixo. O uso transitório de benzodiazepínicos é utilizado para os sintomas de 
ansiedade e fobias associadas, considera-se também o gluconato de zinco. E em relação à 
Bulimia: a fluoxetina, a imipramina, sertralina, fluvoxamina e ondansetron. A terapia cognitivo-
comportamental traz ações aplicadas nos transtorno: modificação do padrão alimentar, uso de 
técnicas de distração, monitoramento de peso, estratégias alternativas como: treino de resolução 
de problemas, exposição e prevenção de respostas e a reestruturação cognitiva. CONCLUSÃO: 
As similaridades entre a Anorexia e Bulimia são próximas, ocorrendo mudanças eventuais entre 
os sintomas, anoréxicos apresentam compulsão alimentar características da bulimia e bulímicos 
desenvolvem intervalos de anorexia. Assim a atenção deve ser permanente. 
 
Palavras-chave: transtornos alimentares, fármacos, terapia cognitivo-comportamental. 
 
 
 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 11 
 
 
A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO 
DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UMA 
REVISÃO DE LITERATURA 
Luzia de Fátima Moraes da Silva* 
Marília Fontes de Castelo Branco** 
Mariana Morais Miccione** 
 
 
* Graduanda em Psicologia da Faculdade Estácio SEAMA. 
(Email: luzmoraess@gmail.com) 
** Co-orientadora. Mestre em Teoria e Pesquisa do comportamento pela Universidade Federal do Pará. 
** Orientadora e Docente da Faculdade Estácio SEAMA. Doutora em Teoria e Pesquisa do 
Comportamento pela Universidade Federal do Pará. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: A Terapia Cognitiva é uma abordagem estruturada ou semiestruturada, diretiva, 
ativa e com prazo estipulado e se fundamenta na reversão de pensamentos disfuncionais 
desenvolvidos pelo indivíduo. O precursor foi Aaron Beck, que desenvolveu experimentos 
visando validar a consolidação da psicanálise na comunidade científica. Entretanto suas pesquisas 
com processos mentais o levaram a relacionar a depressão com a ocorrência de pensamentos 
negativos do indivíduo quando este processou de forma desadaptativa as informações ocorridas 
durante seu desenvolvimento. Os componentes comportamentais do modelo da Terapia 
Cognitivo- comportamental (TCC) tiveram início nos anos de 1950 e 1960 com teóricos como 
Joseph Wolpe e Hans Eysenck e outros pesquisadores que usaram pressupostos de Pavlov, 
Skinner, dentre outros que investigavam ações do comportamento, para desenvolverem 
intervenções comportamentais, estreitando assim o relacionamento entre cognição e 
comportamento, já defendido por Beck desde o início de seus trabalhos. Os avanços da terapia 
cognitiva, comportamental e cognitivo-comportamental se concretizam mediante estudos 
científicos e trazem confirmações de eficácia nos tratamentos relacionados à depressão e outros 
transtornos psiquiátricos, assim como também na dependência química. A dependência química 
se configura como sendo a relação que um indivíduo tem com o ato de consumir uma substância 
psicoativa. O consumo é recorrente e compulsivo, caracterizando-se também pela perda de 
controle no uso. Causas biológicas e genéticas podem contribuir para um eventual abuso de 
substâncias. Este artigo teve como objetivo descrever as técnicas da Terapia Cognitivo-
comportamental, utilizadas no tratamento da dependência química. Foram considerados os 
resultados de estudos que analisaram a eficácia dessas técnicas, para então comparar com outros 
estudos que confirmariam tal eficáciae também com estudos que refutariam sua eficiência. 
Ponderou-se existir um número significativo de estudos que pudessem contemplar o objetivo do 
artigo. METODO: Revisão de literatura, na qual se buscou pesquisas que dissertassem a respeito 
da temática nas bases de dados SciELO, PePSIC, BVS-Psi ULAPSI, LILACS, CAPES, 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 12 
 
 
BIREME, Medline, sites de universidades nacionais e Google Acadêmico. Os descritores 
utilizados foram “TCC”, “técnicas”, “dependência química”, “eficácias” e suas combinações. 
RESULTADOS: Diante das publicações encontradas foram selecionados onze estudos, que 
contemplaram os objetivos deste artigo. Foi constatada a escassez de estudos relacionados à 
abordagem terapêutica no campo da dependência química, o que sugere a ampliação de pesquisas 
voltadas para esse tema, revelando importância científica para a psicologia e demais áreas da 
saúde. Todos os autores comentaram e enfatizaram a eficácia das técnicas desta abordagem no 
tratamento, apesar do número reduzido de autores que se firmaram em descrevê-las. Com relação 
à eficácia das técnicas da TCC, os estudos comentam que a abordagem tem conseguido bons 
resultados se comparadas a outras no campo da psicologia. Foram identificadas as principais 
técnicas da TCC utilizadas no tratamento da dependência química: Identificação de pensamentos 
automáticos; Registro diário de pensamentos automáticos disfuncionais; Solução de problemas; 
Exame das vantagens e desvantagens; Distração; Cartões de enfrentamento; Relaxamento; 
Treinamento de assertividade e Prevenção de recaídas. CONCLUSÃO: A Prevenção de Recaída, 
dentro da TCC, é considerada uma alternativa promissora e eficiente na redução do uso de 
drogas. É uma técnica que atua na colaboração da mudança de comportamento. Foi comentada 
por todos os autores, que a apresentaram com bons resultados no tratamento, devido à 
consciência do problema que é repassada ao usuário. Vale apontar que tal enfoque na TCC é 
importante, quando se considera o aumento de pessoas submetidas à dependência de substâncias, 
divulgando esta alternativa terapêutica à população brasileira e mostrando o quanto sua aplicação 
e utilização são eficazes no tratamento. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Dependência química. Tratamento. TCC. Eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 13 
 
 
COMPARAÇÃO DA MAGNITUDE DE 
CRENÇAS INADEQUADAS SOBRE 
TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL ENTRE 
PSICÓLOGOS, ESTUDANTES DE 
PSICOLOGIA E PESSOAS DA POPULAÇÃO 
GERAL 
 
 
Marcilio Lira de Souza Filho 
Carla Guimarães de Lima 
Iarima de Castro Pinheiro da Silva 
Jade Azevedo Costa Carvalho dos Santos 
Luzia de Fátima Moraes da Silva 
Mônica Sena 
Patrina Pena Pinto 
Raimundo Nonato Vieira Barbosa Junior 
Núcleo Amapaense de Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental 
 
 
 
 
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem psicoterápica que tem ganhado 
um expressivo crescimento devido à profusão de pesquisas atestando a sua eficácia. Ao que 
parece isso tem suscitado interesse da mídia e das pessoas em geral. Contudo, estima-se que a 
qualidade e quantidade de informações propagadas pelos diversos meios de comunicação ainda 
seja superficial. Esta pesquisa, portanto, teve por objetivo comparar a magnitude das crenças 
inadequadas sobre a TCC entre psicólogos, estudantes de psicologia e pessoas da população em 
geral. Para este fim, contou-se com uma amostra composta de 270 participantes, dos quais 77 
eram da população geral, 84 eram alunos de psicologia e 108 eram psicólogos. Todos 
responderam, além de questões sócio-demográficas (sexo, idade, escolaridade, por exemplo), a 
Escala de Crenças Inadequadas sobre a TCC, composta por 24 itens (por exemplo, A Terapia 
Cognitivo Comportamental: ...não é uma terapia recomendada para crianças; ... é paliativa, 
pois cuida apenas do sintoma que se apresenta naquele momento; ... procura informar ao 
paciente um prazo fixo e pré-estabelecido para o término da terapia) que mensuravam a 
extensão de crenças inadequadas sobre a TCC. As respostas eram dadas em uma escala que varia 
de 0 = Discordo Totalmente a 4 = Concordo Totalmente. Uma maior pontuação na escala 
corresponde a uma maior magnitude de crenças inadequadas. Os participantes só respondiam a 
essa escala após haver indicado que possuía algum conhecimento a respeito da TCC. Os dados 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 14 
 
 
foram processados no software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), 
versão 20, no qual foi calculado o teste de Análise de Variância de um fator (ANOVA one way). 
Os resultados demonstraram que, numericamente, o grupo com menor média de crenças 
inadequadas sobre a TCC foi o dos psicólogos (M = 0,86; DP = 0,67), seguido do grupo dos 
estudantes de psicologia (M = 1,52; DP = 0,78) e, por último, o grupo da população geral (M 
=1,57; DP = 0,80). Ao comparar estatisticamente as médias, observou-se a presença de 
diferenças significativas entre elas [(F(2) = 27,0; p<0,0001]. Com base no teste pot hoc de 
Scheffe, o grupo dos psicólogos apresentou média estatisticamente inferior aos demais grupos. Já 
o grupo dos estudantes e da população geral não apresentaram diferenças estatisticamente 
significativas entre si. Os resultados contrariam, parcialmente, o que se esperava. Quanto ao 
grupo dos estudantes de psicologia, esperava-se, inicialmente, que se aproximasse mais do grupo 
dos psicólogos e, no entanto, ele manteve-se equivalente ao grupo da população geral. Isso 
remete à discussão a respeito da formação acadêmica em psicologia, que parece estar sendo 
deficitária quanto ao trato da TCC. Isso é particularmente preocupante se for considerado, ainda, 
o fato de que os participantes desta pesquisa eram, em maioria, veteranos com mais da metade do 
curso concluído. Espera-se que esses resultados chamem a atenção para a necessidade de melhor 
trabalhar o conhecimento sobre a TCC no contexto da formação de psicólogos. 
 
Palavras- chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Crenças sobre TCC; Formação de 
psicólogos. 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 15 
 
 
FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE A 
TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL E AS CRENÇAS 
INADEQUADAS SOBRE ESSA 
ABORDAGEM PSICOTERÁPICA 
 
Marcilio Lira de Souza Filho 
Carla Guimarães de Lima 
Iarima de Castro Pinheiro da Silva 
Jade Azevedo Costa Carvalho dos Santos 
Luzia de Fátima Moraes da Silva 
Mônica Sena 
Patrina Pena Pinto 
Raimundo Nonato Vieira Barbosa Junior 
(raimundonjr@yahoo.com.br) 
Núcleo Amapaense de Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental 
 
 
 
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) vem se estabelecendo ao longo dos anos, em todo o 
mundo, como uma opção de psicoterapia para o tratamento de diversos transtornos. Todavia, 
ainda persistem informações equivocadas, provavelmente, propagadas por meios informativos 
que apresentam afirmações não fundamentadas geradoras de crenças inadequadas sobre a TCC. 
Nesta perspectiva, o presente estudo teve por objetivo analisar a associação existente entre o 
contato com diferentes fontes de informações sobre a TCC e a presença de crenças inadequadas a 
respeito dessa abordagem psicoterápica. Para tanto, contou-se com a colaboração de 267 
participantes distribuídos entre psicólogos, estudantes de psicologia e pessoas da população em 
geral, que em sua maioria eram mulheres(74,2%) e com idade média de 31,5 anos (DP = 11,7). 
Os participantes responderam, além de questões sócio-demográficas (sexo e idade, por exemplo) 
aos seguintes instrumentos: (1) a Escala de Crenças Inadequadas sobre a TCC, composta por 24 
itens (por exemplo, A Terapia Cognitivo Comportamental: ... não é uma terapia recomendada 
para crianças; ... é paliativa, pois cuida apenas do sintoma que se apresenta naquele momento; 
... procura informar ao paciente um prazo fixo e pré-estabelecido para o término da terapia) que 
mensuravam a extensão de crenças inadequadas sobre a TCC. As respostas eram dadas em uma 
escala que varia de 0 = Discordo Totalmente a 4 = Concordo Totalmente. Uma maior pontuação 
na escala corresponde a uma maior magnitude de crenças inadequadas. (2) A uma pergunta que 
indagava sobre em qual meio o participante havia tido contato com informações sobre a TCC 
(Caso você já tenha ouvido falar sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental, informe onde - 
escolha a opção mais relevante, ou seja, aquela que mais informação lhe ofereceu). Os dados 
foram tabulados e analisados no Programa Estatístico para Ciências Sociais – SPSS (Versão 
20.0), no qual foram calculadas estatísticas descritivas (média, desvio padrão, por exemplo) e a 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 16 
 
 
estatísticas inferenciais (ANOVA oneway). Os resultados indicaram que a média de crenças 
inadequadas sobre a TCC das fontes de informação pesquisadas foram as seguintes: “Revistas 
científicas na área de psicologia e/ou psiquiatria” (M = 0,77; DP = 0,70); “Livros especializados 
sobre o assunto” (M = 0,80; DP = 0,68); “Disciplinas na faculdade” (M = 1,44; DP = 0,77); 
“Outras” (M = 1,24; DP = 0,77); “Matérias televisivas” (M = 1,57; DP = 0,97); “Revista para o 
publico em geral” (M = 1,69; DP = 0,60); “Internet” (M = 1,77; DP = 0,75); “Livros sobre 
psicologia geral ou introdução a psicologia” (M = 1,89; DP = 0,61); e “Nunca ouvi falar sobre 
essa terapia” (M = 1,97; DP = 0,54). Observou-se uma diferença estatisticamente significativa 
entre tais médias [(F(8) = 8,04; p<0,0001]. Com base no teste pot hoc de Scheffe, apenas as 
“Revistas científicas na área de psicologia e/ou psiquiatria” e os “Livros especializados sobre o 
assunto” diferiram estatisticamente de “Nunca ter ouvido falar sobre a TCC”. Esse resultado pode 
ser discutido sob diversos aspectos. Aqui, chama-se a atenção para o fato de que fontes como 
“Disciplinas na faculdade” e “Livros sobre psicologia geral ou introdução a psicologia” não 
diferirem de fontes típicas do público leigo, tais como “Matérias televisivas” e “Revistas para o 
público em geral”, por exemplo. Tal fato remete à necessidade de melhor trabalhar a TCC em 
curso superiores de psicologia. 
 
Palavras-chave: Terapia Cognitivo-Comportamental; Crenças; Informação; Ensino de 
psicologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 17 
 
 
TRANSTORNO DO PÂNICO E O 
TRATAMENTO COMBINADO ENTRE 
PSICOFÁRMACOS E PSICOTERAPIA 
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: UMA 
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA 
 
Carla Guimarães de Lima 
1
 
Iarima de Castro Pinheiro da Silva 
1 
Jade Azevedo Costa Carvalho dos Santos 
1
 
Sybelle Pedrosa 
2 
1
 Discentes do curso de Psicologia da Faculdade Estácio Seama. 
2
 Docente orientadora e mestre em farmacologia da Faculdade Estácio Seama. 
 
 
O Transtorno do Pânico (TP), compõe o grupo dos transtornos de ansiedade e, está associado à 
uma qualidade de vida reduzida, podendo afetar até 3,5% da população (Manfro et al, 2008). Este 
trabalho buscou compreender o TP, bem como evidenciar seu tratamento combinado entre a 
farmacologia e a psicoterapia cognitivo-comportamental, visto que estas formas de tratamento 
são as mais indicadas por seus bons resultados. Para a elaboração deste trabalho foi realizado 
uma revisão sistemática da literatura, em que fora pesquisado na base de dados Google 
Acadêmico, compreendendo o período de 1995 a 2013. Utilizou-se para a busca as seguintes 
palavras-chave: transtorno do pânico; terapia cognitiva-comportamental; farmacologia. Com a 
finalidade de ampliar a pesquisa consultou-se livros relacionados ao tema. O TP é marcado por 
ataques repentinos de ansiedade. Durante as crises podem ocorrer sintomas como: taquicardia, 
suor frio, tremores, desconforto respiratório ou sensação de asfixia, náuseas, dentre outros. As 
crises se iniciam abruptamente e tem curta duração (Dalgalarrondo, 2008). O início do TP ocorre 
em média por volta dos 20 anos de idade e é mais frequente em mulheres. Existem vários 
fármacos utilizados para o tratamento da patologia. Os antidepressivos e os benzodiazepínicos e 
demonstram grande eficácia nesse processo (Kaplan e Sadock, 1999). Os principais objetivos do 
tratamento farmacológico estão em prevenir a evitação fóbica, sintomas depressivos, redução da 
ansiedade antecipatória e novas ocorrências de ataques de pânico. Medicamentos psicolépticos 
como benzodiazepínicos - alprazolam, clonazepam - trazem alívio rápido do medo intenso e da 
ansiedade presentes nos ataques de pânico. A Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) apesar 
de ser uma abordagem recente na psicologia, tornou-se o mais validado e reconhecido sistema de 
psicoterapia, devido à sua eficácia comprovada por meio de estudos e seu potencial promissor. 
Conforme Manfro et al (2008), consiste em uma terapêutica breve, com objetivos coesos. 
Conforme Locatelli, (2010), a TCC auxilia na alteração de padrões de pensamento, o que subsidia 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 18 
 
 
a pessoa superar seus medos. Assim como, busca modificar as reações dos pacientes perante 
eventos que provocam ansiedade. Dessa forma, o tratamento com a TCC para TC segue 
parâmetros norteadores das sessões, como comentam Carvalho, Nardi e Rangé (2008), Manfro et 
al (2008), Salun, Blaya e Manfro (2009), em que inicia com a psicoeducação sobre o transtorno, 
que tem como finalidade corrigir interpretações distorcidas acerca do TP, exercício com técnicas 
que amenizam a ansiedade, como respiração diafragmática e relaxamento muscular, 
reestruturação cognitiva, para identificar e ajustar as distorções no pensamento, exposição 
interoceptiva, a fim de que o paciente aprenda a lidar com sintomas físicos do acometimento de 
pânico, e exposição in vivo, para estimular a enfrentar as principais situações que receia por 
temor de passar mal e não localizar saída ou ajuda. A partir desta discussão, verificou-se que o 
TP é uma patologia crônica e o tratamento combinado entre psicofármacos e a terapia cognitivo-
comportamental têm demonstrado grande eficácia para remissão dos sintomas. 
Palavras-chave: Transtorno do Pânico; Terapia Cognitiva-Comportamental; Farmacologia 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 19 
 
 
JOGOS VIRTUAIS: UMA FERRAMENTA 
PARA O DESENVOLVIMENTO DA 
COGNIÇÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS 
 
MADEIRA, Carla
1 
 
psic.carlaizabel@gmail.com 
 
SENA, Mônica
2
.
 
MICCIONE, Mariana
3
.
 
MARTINS, Maria das Graças Teles
4
 
 
1-2. Acadêmicas do curso de Psicologia / ESTÁCIO SEAMA 
3. Professora Doutora em Psicologia, docente da faculdade / ESTÁCIO SEAMA 
4. Professora Mestre em Saúde Coletiva e Ciências da Educação, docente da faculdade / 
ESTÁCIO SEAMA 
 
 
1.INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi de verificar de que formas e como são utilizados 
os jogos virtuais no cotidiano das crianças autistas. Diante dos avançostecnológicos pensou-se 
em utilizar jogos virtuais como uma nova ferramenta para o desenvolvimento cognitivo em 
crianças portadoras da síndrome do espectro autista, possibilitando uma nova forma de pensar o 
processo de ensino-aprendizagem utilizando técnicas da abordagem Cognitiva-Comportamental. 
O termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) é utilizado para definir um conjunto de sintomas 
relacionados à atividade cognitiva e de comunicação, entre eles o as principais características são 
a dificuldade em se relacionarem, obsessão pelo imutável e distúrbios de linguagem e 
dificuldades em simpatizarem com o próximo. No conjunto de sintomas característicos do TEA, 
destacam-se perturbações na linguagem, dificuldade para comunicação e comportamentos 
estereotipados e repetitivos. As novas tecnologias representam uma possibilidade de inovação 
nos recursos didáticos, principalmente no desenvolvimento de pessoas necessitadas de medidas 
educativas especiais. 2 METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa qualitativa de revisão 
bibliográfica para verificar de que formas e como são utilizados os jogos virtuais no cotidiano das 
crianças autistas, como um novo instrumento a ser utilizado no âmbito da aprendizagem, posto 
que essa tecnologia ainda não é muito empregada. Os materiais utilizados foram artigos 
encontrados com as palavras-chave “autismo”, “jogos virtuais”, “tecnologia assistida” e 
“cognição”, havendo como base de dados os sites “Portal da Psicologia”, “Google Acadêmico” e 
“Scielo” no qual foram analisados e selecionados conteúdos relacionados com o tema proposto. 3 
RESULTADOS: Verificou-se que o autismo é considerado uma síndrome comportamental, com 
causas múltiplas. É um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por um déficit na 
interação social, expresso pela inabilidade em relacionar-se com o outro e usualmente combinado 
com dificuldades de linguagem e de comportamento. Verificou-se, ainda, que os jogos virtuais 
possuem uma vasta relevância e aplicabilidade no contexto educacional na medida em que podem 
subsidiar a construção de procedimentos de ensino com o objetivo de promover o 
desenvolvimento cognitivo e motor de crianças autistas. Além disso, buscam inserir as mesmas 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 20 
 
 
no mundo tecnológico através da tecnologia assistiva, realizando uma integração com os 
familiares, sociedade e associações de apoio a famílias de crianças portadoras de espectro autista. 
A tecnologia assistiva é toda e qualquer ferramenta, recurso ou processo utilizado com a 
finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência ou 
dificuldades. Constatou-se que existem várias metodologias e modelos de ensino apropriados e 
aplicáveis às crianças autistas. O Centro de Terapias Comportamentais, por exemplo, aponta que 
o ensino por meio de tentativas discretas é uma metodologia específica para maximizar a 
aprendizagem. Esta metodologia que faz uso desta estratégia é denominada de ABA e refere-se a 
um processo utilizado no desenvolvimento de várias habilidades, como cognição, comunicação e 
socialização. 4. CONCLUSÃO: A cerca das análises e discursões realizados nos artigos a 
importância do uso dos jogos virtuais no cotidiano das crianças autistas foi de que elas promovem 
o avanço no desenvolvimento de habilidades sociais como a linguagem e a interação social. O 
uso dos jogos virtuais são, na atualidade, uma importante ferramenta no auxílio aos profissionais 
de psicologia em conduzir e solucionar as dificuldades de aprendizagem em crianças autistas. 
 
Palavras-chave: Autismo, Tecnologia assistiva, Desenvolvimento cognitivo, Terapia Cognitivo 
Comportamental. 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 21 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO 
TERAPÊUTICA, VÍNCULO E ALIANÇA NA 
PRÁTICA CLINICA 
Autora: Martins, Maria das Graças Teles
1 
 (mgtmartins@gmail.com); 
Coautores: Marques, Adriana Leal
2
; PINTO, Patrina Pena
3
; CAMBRAIA, Thaysa Barbosa
4
; 
LEÃO, Lincoln Rios
5 
 (Faculdade Estácio Seama/AP). 
 
1. Mestre em Saúde Coletiva e Ciências da Educação. Docente da faculdade / ESTÁCIO 
SEAMA 
2-3-4-5. Acadêmicos da faculdade ESTÁCIO/SEAMA 
 
1. INTRODUÇÃO: Este estudo teve como objetivo refletir sobre a importância da relação 
terapêutica, o vínculo e a aliança na prática clínica. A relação terapêutica tem sido definida 
como a qualidade pessoal do paciente, a qualidade do terapeuta e a interação entre ambos. Para 
que uma boa relação terapêutica seja estabelecida no trabalho clínico depende, em grande parte, 
das características e habilidades pessoais do terapeuta. Nas teorias cognitivo comportamentais, 
uma relação positiva é vista como necessária, embora não suficiente, para a mudança ocorrer. No 
que diz respeito à aliança, a Terapia Cognitivo Comportamental-TCC tem defendido a 
importância de estabelecer uma forte relação colaborativa entre paciente e terapeuta, no qual o 
terapeuta tem um papel ativo. 2. MÉTODO: Por meio de uma metodologia qualitativa baseada 
na revisão bibliográfica realizada por meio de livros, revistas e artigos científicos busca-se refletir 
sobre a importância da relação terapêutica, do vínculo e da aliança na prática clínica. 3. 
RESULTADOS: São compartilhadas na TCC várias características das relações terapêuticas 
adequadas, entre elas confiança básica e empatia. A relação terapêutica é vista como uma 
variável ou fator determinante no processo terapêutico, sendo considerada o principal mecanismo 
de mudança. A relação terapêutica na TCC é orientada para um alto grau de colaboração por seu 
foco fortemente empírico e pelo uso de intervenções direcionadas para a ação a qual se denomina 
de empirismo colaborativo. Independente da abordagem utilizada, a relação terapêutica é 
necessária para que ocorra um processo de vínculo e aliança entre terapeuta e cliente. A relação 
terapêutica poderá exercer influência positiva, considerando-se a participação efetiva do terapeuta 
no tratamento. Com o desenvolvimento de uma relação positiva, o cliente poderá sentir-se 
confortável e aberto para expor informações necessárias e importantes para a terapia. A relação 
terapêutica como um fator determinante do processo terapêutico facilita o trabalho colaborativo, 
metas e objetivos caso o clima de confiança e acordo harmonioso sejam estabelecidos. Vários 
atributos como empatia, compreensão, gentileza são descritos na relação terapêutica. A atitude de 
empatia, profundamente segura do terapeuta, o respeito e apreço pelo cliente e o foco nas suas 
forças e recursos ajudam a criar um vínculo emocional de confiança e estima. A criação de um 
vínculo é a maior tarefa do terapeuta nas primeiras sessões de terapia, uma vez que é considerada 
uma parte importante de uma aliança vinculativa inicial e durante todo o tratamento. O vínculo 
terapêutico é considerado um meio para facilitar outros aspectos importantes do processo de 
mudança, para aumentar o valor reforçador do terapeuta, possibilitar maior engajamento na 
terapia, além de modelar comportamentos adequados, promovendo expectativas positivas. 
Alguns comportamentos adequados à formação do vínculo terapêutico são denominados de 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 22 
 
 
abertos ou expressos, podem ser treinados por regras, modelação ou por modelagem em role-
playng tais como dialogar com o cliente usando seu nome próprio, falar olhando diretamente em 
seus olhos, ter uma postura de receptividade, fazer assentimentos com a cabeça, não interromper 
a fala do clienteetc. Com relação à aliança, os terapeutas devem ser, genuinamente, calorosos, 
empáticos e abertos para que possam estabelecer uma relação terapêutica forte. Na TCC a aliança 
é vista como um processo de negociação constante e a relação terapêutica envolve três fases da 
relação: estabelecer, desenvolver e manter a relação. A capacidade de compreender as 
dificuldades do cliente e de envolver-se no processo de mudança advém de quando o terapeuta 
passou por contingências semelhantes às quais o cliente está vivenciando. A pessoa do terapeuta, 
com suas vivências e experiências, passa a ser um ponto forte para o processo terapêutico e êxito 
na terapia. 4. CONCLUSÕES. A relação terapêutica é um vínculo facilitador da mudança 
psicológica que conduz o cliente a um crescimento e bem-estar afetivo, emocional e 
comportamental. A relação terapeuta-paciente, associada ao modo como o terapeuta cuida do 
bem-estar e da relação para com seu cliente no processo de atendimento requer confiança básica e 
respeito. O terapeuta precisa estar atento não apenas ao comportamento de seu cliente, como 
também aos seus próprios comportamentos encobertos ou privados (emoções e pensamentos) e 
comportamentos frente ao cliente, a fim de realizar de forma positiva uma análise funcional do 
que se passa na sessão e no processo terapêutico e vislumbrar a resolução dos problemas trazidos 
pelo cliente. 
PALAVRAS-CHAVE: Relação Terapêutica; Vínculo Terapêutico; Aliança Terapêutica; Terapia 
Cognitivo Comportamental; Prática Clínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 23 
 
 
PENSAMENTOS DISTORCIDOS EM CISNE 
NEGRO 
 
Livia Maria Monteiro Santos 
(liviamonteirosantos@hotmail.com) 
Cintia Glaupp Lima dos Santos 
Jessica Naiane Costa da Silva 
Maria das Graças Teles Martins 
Faculdade Estácio Seama 
 
 
Introdução: O estudo trata da observação e análise de um conceito da Terapia Cognitivo-
Comportamental, Pensamentos Distorcidos, a partir da personagem Nina, do filme Cisne 
Negro. A atriz Natalie Portman representa no cinema Nina, uma bailarina, de 28 anos, que 
tem na dança a sua vida, menina de aparência frágil, assombrada por cognições disfuncionais 
e submissas aos desejos e amarguras da mãe. A pesquisa destaca tipos de erros cognitivos, 
equívocos característicos na lógica dos pensamentos automáticos, identificados no 
comportamento de Nina. Métodos: Por intermédio do enredo do filme, o trabalho orienta-se 
numa perspectiva clínica que combina aspectos científicos, filosóficos e comportamentais 
com o intuito de identificar os pensamentos distorcidos e de possibilitar ao indivíduo seu 
autoconhecimento e a superação de sofrimentos psicológicos. Resultados: A personagem 
apresenta cognições distorcidas que impedem-na de realizar uma avaliação coerente de suas 
experiências, criando reações afetivas e emocionais prejudiciais, além de induzir 
comportamentos desadaptativos. As distorções cognitivas são maneiras que a mente arranja, 
buscando convencer o indivíduo de algo que não é realmente verdade. Estes estilos de 
pensamentos imprecisos são normalmente utilizados para reforçar o pensamento e/ou 
emoções negativas, dizendo coisas (diálogo interno) que parecem racionais e precisas, mas 
só servem para fazer o individuo sentir-se mal acerca de si mesmo. A personagem em 
momentos do filme se deixa conduzir por pensamentos seletivos que levam-na a concluir sua 
visão tendenciosa sobre situações experenciadas. Há, também, a maximização de eventos e 
sensações durante suas atuações. Nina, ainda, se deixa coordenar pelo pensamento de que 
necessita ser a prima ballerina, no papel de Rainha dos Cisnes, o que lhe traz sentimentos e 
emoções angustiantes e conflitantes. Em uma cena com a bailarina Lily, Nina acredita que 
foi seduzida pela colega com o intuito de perder sua posição no balé. A escolha de uma 
bailarina capaz de interpretar tanto o Cisne Branco, com inocência e grandiosidade, quanto o 
Cisne Negro, que representa a malícia e a sensualidade conduzem Nina ao desafio de 
representar os dois cisnes e ao comportamento de perfeccionismo, muito esforço e obsessiva 
auto-cobrança para atingir a perfeição que o personagem exige. Existem pensamentos 
polarizados (dicotômico), no qual as coisas são “preto ou branco”, ou seja, tenho que ser 
perfeita ou serei uma falha, não há meio termo. Pessoas ou situações são colocadas em 
termos de categorias (ou desta ou daquela, 8 ou 80), sem tons de cinza. Fatos externos são 
relacionados a si próprio, quando há pouco ou nenhum fundamento. Vê-se isso na cena em 
que Nina sabe que Beth, antiga Rainha dos Cisnes, sofre um acidente. Nina, ainda, se julga a 
partir de dois extremos, duas categorias, ora bem ora mal, ora perfeito ora imperfeito, ora 
sedutora ora desinteressante. Desqualifica ações e eventos positivos de sua vida, rejeitando-
1ª Jornada Amapaense de Terapia Cognitivo-Comportamental │ 6 e 7 de Março de 2015 
 
 
Página 24 
 
 
se, sabotando-se e se automutilando, por isso se autoflagela constantemente. Logo após o 
resultado de que fará o papel principal, Nina vê no espelho escrito com batom a palavra 
vadia, vocábulo que expressa o seu julgamento de incompetência diante da personagem a ela 
atribuída. Quando frustrada, Nina se mostra com baixa tolerância, sendo, então, transportada 
para um universo próprio, repleto de sensações e desejos secretos, outrora, guardados no seu 
mais profundo interior. Obcecada pela exatidão de seus movimentos, está sempre em busca 
da perfeição, treinando exaustivamente. Há uma generalização excessiva, ou seja, 
extrapolamento de experiências limitadas e provas para generalizações excessivas, ocorrendo 
no processo cognitivo um distanciamento da realidade. Nina se percebe completa apenas no 
final do enredo quando no balé a Rainha dos Cisnes morre e Nina também. Cena que 
demonstra sua superação diante de tudo o que um dia considerou fracasso. Nesse momento 
seus pensamentos antagônicos se encontram e ela vive o clímax de seu sucesso, a partir de 
uma atribuição elevada da sensação vivida naquele instante. A personagem sente-se 
momentaneamente transformada em uma nova mulher, diante dos aplausos da plateia, 
entretanto sua visão negativa de si se mantem, levando-a a ferir-se gravemente. Sente, 
finalmente, a perfeição. Conclusão: As distorções de pensamentos são expressas por 
pensamentos automáticos disfuncionais onde, os esquemas mal-adaptativos distorcem a 
realidade para que esta se torne condizente com crenças centrais de desamparo, desamor e 
desvalor. As formas de pensar distorcidas da realidade, padronizadas pelos eventos da vida, 
geram grande sofrimento psicológico. Os pensamentos distorcidos vivenciados por Nina 
podem ocorrer com outras pessoas. Estes e outros estilos de pensamentos são comuns no 
contexto de atendimento clínico, portanto, se faz necessário, “pensar sobre o pensamento” a 
fim de torná-los saudáveis para a condução de pensamentos regidos pelo controle consciente. 
 
 PALAVRAS-CHAVE: Psicologia Cognitiva, Distorções do Pensamento, pensamentos 
automáticos, Terapia Cognitivo Comportamental.

Outros materiais