Aula 06 INFORMÁTICA E GESTÃO HOSPITALAR

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INFORMÁTICA E GESTÃO HOSPITALAR
AULA 6 : PADRÕES EM SAÚDE
Aula 6 : Padrões em saúde – uma questão cultural
INFORMÁTICA E GESTÃO HOSPITALAR
Conteúdo Programático desta aula:
1- Reconhecer padrões em saúde e entender como a questão cultural precisa ser tratada;
2- Analisar algumas dificuldades com a gestão da mudança na cultura institucional;
3- Identificar os benefícios para a gestão de custos e acompanhamentos clínicos;
4- Reconhecer aspectos sobre confiabilidade na relação médico/paciente e o estado da arte em uso no Brasil e no exterior.
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A QUESTÃO CULTURAL E OS PADRÕES 
O Projeto Governo Eletrônico que surgiu em 2000, criado a partir de um decreto do Presidente da República, institui no âmbito da Casa Civil, o Grupo de Trabalho Interministerial com finalidade de examinar e propor políticas, diretrizes e normas relacionadas com as novas formas eletrônicas de interação.
Nesse contexto, quando abordam a questão da interoperabilidade, entendem que: “Para que se conquiste a interoperabilidade, as pessoas devem estar engajadas em um esforço contínuo para assegurar que sistemas, processos e culturas de uma organização sejam gerenciados e direcionados para maximizar oportunidades de troca e reuso de informações”.
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www.governoeletronico.gov.br
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Ainda no contexto das políticas do Governo Brasileiro, em 2004, o Ministério da Saúde publica a PNIIS - Política Nacional de Informação e Informática em Saúde. Sua estratégia é composta por ações que tenham foco no indivíduo, independente do seu aspecto preventivo ou curativo.
 
Estabelecem que o registro eletrônico, usualmente chamado de “Prontuário Eletrônico do Paciente”, permite recuperar de forma integrada toda a informação disponível ao longo do tempo e das várias instituições com que tem contato.
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Veja alguns benefícios para os profissionais e instituições quando da adoção de padrões para a saúde.
Melhora a comunicação entre prestadores da assistência, governo e pagadores;
Maior facilidade na obtenção de informação para estudos epidemiológicos e definição de políticas em saúde;
Habilidade de executar análise custo-benefício de investimentos na área da saúde;
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Transferência automática da informação na rede de atenção, levando menor custo e maior qualidade na assistência;
Possibilidade de comparação e análise de desempenho institucional, implicando na otimização de recursos e aumento da qualidade.
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O Conselho Federal de Medicina, através da Resolução de número 1.639 de 2002 em que aprova as normas técnicas para o uso de sistemas informatizados, para a guarda e manuseio do Prontuário Médico, aborda a questão da privacidade e confidencialidade e estabelece:
 
“o sistema de informações deve possuir mecanismos de acesso restrito e limitado a cada perfil de usuário, de acordo com a sua função no processo assistencial: Recomenda-se que o profissional entre pessoalmente com os dados assistenciais do prontuário no sistema de informação...”
e continua estabelecendo regras e restrições para os auxiliares e os setores administrativos.
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Esses são apenas alguns exemplos, em que entidades responsáveis pela condução das políticas e ações generalistas do país (Presidência da Republica, Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina), colocam a interoperabilidade no centro de suas preocupações e estabelecem estratégias para um novo paradigma de trabalho para o intercâmbio e a colaboração entre as pessoas e as instituições cuja adoção de padrões funcionais e de linguagens (semântica) é fundamental.
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A QUESTÃO CULTURAL E OS PADRÕES: ABORDAGEM INSTITUCIONAL
Para Cummins, 2006:
“A integração corporativa fará com que as empresas dependam mais de seus sistemas de computador porque os profissionais terão que contar com os processos automatizados...”.
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Nessa perspectiva, aponta duas características importantes:
Estabelecimento de um meio de colaboração, um meio de troca, um local ou mecanismos pelos quais os colaboradores podem interagir trocar ideias e desenvolver consensos.
Mudança nas concepções do usuário: mudanças nos papéis das pessoas e na forma como elas pensam e realizam seu trabalho. Neste caso, o computador torna-se parte integrante do trabalho proporcionando que a empresa possa ser integrada, com as informações retidas e acessadas e suas atividades coordenadas.
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Portanto, os sistemas de informação e a infraestrutura operacional, para as instituições, precisam ser pensados e adquiridos com esses objetivos: ser um meio de colaboração e na concepção para o usuário final.
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EXPLORANDO O TEMA
Acesse os links abaixo e saiba algumas informações interessantes.
http://wirelessmundi.inf.br/noticias-geral/
 
http://www.rgesus.com.br/index.php/home.html
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É sempre bom lembrar os ensinamentos de Pressman, 2006. Ele fala que para a construção ou aquisição de um sistema interativo baseado em software é fundamental levarmos em consideração os seguintes aspectos quanto aos “fatores humanos”:
Sua percepção visual
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A Psicologia Cognitiva de leitura, Memória e Raciocínio dedutivo e intuitivo.
Seu comportamento
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Tarefas que os sistemas executam para o usuário e as tarefas que são exigidas do usuário como parte da interação ser humano – computador.
 
Isso vem de encontro ao que estudamos na aula de número 2 em que tratamos do tema Informática e Gestão Hospitalar quando aprendemos o significado de Dados, Informação e Conhecimento.
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No entanto, ao levarmos em consideração determinados aspectos dos fatores humanos para a confecção ou aquisição de  um software, parece que vamos de encontro ao que estudamos na aula anterior de número 2, quando ao tratarmos do tema informática e gestão hospitalar aprendemos o significado de dados, informação e conhecimento.
Vale relembrar a definição de  De Sordi, 2008, sobre conhecimento: “é o novo saber, resultante de análise e reflexões de informações segundo valores e modelo mental daquele que o desenvolve, proporcionando a este melhor capacidade adaptada às circunstancias do mundo real”.
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“Uma vez gerado o conhecimento, ele pode permanecer em seu estado original, de forma abstrata e tácita, residente exclusivamente na mente do seu detentor ou ser devidamente documentado, explicitado e, portanto, passível de ser compartilhado entre os demais membros da organização. 
Assim, o conhecimento organizacional, aquele que pode ser considerado um ativo da organização, ou seja, mais facilmente agregar valor à organização, é o já explicitado (conhecimento explícito)”.
Agora, vamos acrescentar ainda baseado em De Sordi, 2008, que:
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Portanto, quando nos depararmos com:
Cummins, afirmando que as empresas “dependam mais de seus sistemas de computador” e ressaltando que a construção dos sistemas deve ser elaborada a partir de Mudança nas concepções do usuário e o Estabelecimento de um meio de colaboração.
Pressman, que considera fundamentais os “fatores humanos” na construção ou aquisição de sistemas.
De Sordi, quando define Conhecimento explícito como aquele “devidamente documentado, explicitado e, portanto, passível de ser compartilhado entre os demais membros”.
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Estamos falando de uma nova era da Administração, cuja participação dos sistemas de informação, com padrões de informação e processos, contribui para as empresas e as instituições evoluir como organização e maximizarem o retorno de seus investimentos. 
Tanto dos aspectos financeiros, quanto humanos e da promoção do conhecimento e cultura.
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COMO IMPLEMENTAR E ADMINISTRAR MUDANÇAS
Padrões ao serem adotados nas empresas e instituições, como estudamos na aula de número 5 (CORBAMed, HL7, DICOM, SNOMED, UMLS, Classificação Internacional de Doenças–CID e outros), necessitam de esforços concentrados das equipes de construção e apoio dos sistemas bem como o comprometimento dos administradores de todos os níveis da organização.
Às equipes de construção e apoio dos sistemas cabe estudar, especificar e utilizar frameworks de software que possuam códigos já escritos em linguagem específica e orientações e padrões de desenvolvimento (estudado na aula de número 5) bem como a utilização de bibliotecas, bancos de dados e serviços que possibilitem e compatibilizem termos semanticamente (significados).
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Aos administradores da organização compete promover o alinhamento da estratégia e ação de resultados em uma nova perspectiva, nas quais os custos financeiros e os esforços adicionados com a prática de rotinas e informações padronizadas sejam revertidos em lucratividade e ganho profissional e organizacional, que devem ser medidos através da análise custo/benefício.
Nesse contexto, é fundamental que as organizações com seus administradores (técnicos e de negócios) lancem mão do que podemos chamar de Gestão de Mudança, cujo enfoque está na constante necessidade que as organizações modernas precisam se adaptar e quebrar paradigmas do comportamento das pessoas que comumente estabelecem culturas burocráticas.
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Mudar é um processo que envolve pessoas, organizações e sistemas sociais;
Mudar requer que se conheça a razão de mudar e as forças desestabilizadoras do atual;
Mudar exige conhecer o que se quer mudar;
Mudar significa que se conheça de onde se está partindo e aonde se quer chegar;
Mudar exige organizar e gerenciar o processo de mudanças;
Mudar exige de quem tem autoridade, a decisão de mudar.
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A figura abaixo apresenta um esquema da dinâmica da mudança organizacional, sintetizada por Robbins, 2002.
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Outra questão bem importante refere-se à análise de custo/benefício da mudança. Para se obter a análise sobre o custo/benefício de uma determinada ação, a área de Tecnologia de Informação e Comunicação, comumente utiliza-se das técnicas de calculo do Custo total de propriedade – TCO (Total Cost of Ownership) e Retorno sobre investimento – ROI (Total Cost of Ownership).
http://desmontacia.wordpress.com/a-tecnologia-da-informao-e-o-custo-total-de-propriedade
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TCO (no tempo – geralmente em anos). = (previsão de custo de manutenção de Hardware, Software e técnicos de informática ) + (previsão de investimento em renovação e inovação de Hardware e Software) + (estimativa de custo de não atendimento à carga de solicitações às tecnologias da informação).
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Outra questão bem importante refere-se à análise de custo/benefício da mudança. Para se obter a análise sobre o custo/benefício de uma determinada ação, a área de Tecnologia de Informação e Comunicação, comumente utiliza-se das técnicas de calculo do Custo total de propriedade – TCO (Total Cost of Ownership) e Retorno sobre investimento – ROI (Total Cost of Ownership).
A formula simplificada para Retorno sobre
 investimento ROI é:
ROI = Lucro Líquido – Custo do empreendimento.
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Nesta aula, você:
Estudou um pouco mais sobre padrões em saúde e entendeu como a questão cultural precisa ser tratada. Analisou algumas dificuldades com a gestão da mudança na cultura institucional, os benefícios para a gestão de custos e acompanhamentos clínicos, aspectos sobre confiabilidade na relação médico/paciente e o estado da arte em uso no Brasil e no exterior
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NA PRÓXIMA AULA:
Sistemas de informação para uma organização de saúde.
A Psicologia e sua importância nas relações humanas 
A Psicologia e sua importância nas relações humanas