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ENZIMAS CONSTITUINTES BIOQUÍMICOS DA CÉLULA Água e Minerais Carboidratos Proteínas Lipídios Ácidos Nucléicos O segredo da vida! CONSTITUINTES BIOQUÍMICOS DA CÉLULA Água e Minerais Carboidratos Proteínas Lipídios O segredo da vida! Ácidos Nucléicos A vida depende da realização de inúmeras reações químicas que ocorrem no interior das células e também fora delas (em cavidades de órgãos, por exemplo). Por outro lado, todas essas reações dependem, para a sua realização , da existência de uma determinada enzima. As enzimas são substâncias do grupo das proteínas e atuam como catalisadores de reações químicas. A vida depende da realização de inúmeras reações químicas que ocorrem no interior das células e também fora delas (em cavidades de órgãos, por exemplo). Por outro lado, todas essas reações dependem, para a sua realização , da existência de uma determinada enzima. As enzimas são substâncias do grupo das proteínas e atuam como catalisadores de reações químicas. Catalisador é uma substância que acelera a velocidade de ocorrência de uma certa reação química. Enzimas são proteínas! Algumas enzimas Parte protéica propriamente dita = APOENZIMA Parte não protéica = CO-FATOR (se for uma molécula orgânica = COENZIMA) O mecanismo de atuação da enzima se inicia quando ela se liga a um substrato. É formado um complexo enzima-substrato, instável, que logo se desfaz, liberando os produtos da reação a enzima, que permanece intacta embora tenha participado da reação. Lembrem-se!! Uma enzima não é consumida durante a reação química que ela catalisa. ENERGIA DE ATIVAÇÃO: energia de partida, que dá um “empurrão” para que o encontro e a colisão (reação química) das substâncias – enzima e substrato – aconteça. Essa energia é geralmente o CALOR. Ela também rompe ligações químicas entre os átomos de cada substância, favorecendo a formação de outras ligações químicas e a síntese de novas substâncias a partir das duas iniciais. As enzimas catalisam reações biológicas pouco espontâneas e muito lentas. O poder catalítico de uma enzima relaciona a velocidade das reações com a energia despendida para que elas aconteçam. Na presença de uma enzima catalisadora, a velocidade da reação é mais rápida e a energia utilizada é menor. Por esse motivo as enzimas praticamente regem todo o funcionamento celular interno, favorecendo o metabolismo anabólico (construção) e catabólico (degradação). Alguns fatores influenciam na atividade catalítica das enzimas, tais como: Concentração enzimática: Quanto mais enzimas (número de moléculas), maior será a velocidade da reação, seguindo proporcionalmente a quantidade suficiente de substratos para reagir com as enzimas. Conforme a demanda no consumo de reagentes vai ocorrendo, a velocidade da reação decai gradativamente. Concentração do substrato: Quando aumentamos a concentração do substrato, a velocidade tende a um limite determinante de acordo com a quantidade de enzimas no sistema. A partir desse ponto nenhuma influência terá o substrato sobre a velocidade, pois todas as enzimas já se encontraram ocupadas. pH: Cada enzima também possui um pH ótimo para desempenhar suas funções, seja no estômago, no caso das pepsinas em pH ácido (por volta de 2-muito baixo), ou em qualquer outro órgão ou tecido, na boca ou na corrente sanguínea, cada uma em seu local de atuação requerem de condições favoráveis para potencializar sua atuação. Temperatura: Para otimização das reações biológicas, mediadas por catalisadores, é necessário uma temperatura adequada que varia de acordo com o tipo de enzima. Baixas temperaturas podem causar inativação e altas temperaturas podem causar desnaturação enzimática. O MECANISMO CHAVE-FECHADURA A grande especificidade de uma enzima é determinada pelo tamanho e forma tridimensional da proteína, formando regiões de afinidade com os reagentes (substratos). A essa complementaridade, denominamos combinação chave-fechadura. Na formação das estruturas secundária e terciária de uma enzima, acabam surgindo certos locais na molécula que servirão de encaixe para o alojamento de um ou mais substratos, do mesmo modo que uma chave se aloja na fechadura. Assim que ocorre a reação química com os substratos, desfaz-se o complexo enzima- substrato. Liberam-se os produtos e a enzima volta a atrair novos substratos para a formação de outros complexos. INIBIÇÃO E COMPETIÇÃO ENZIMÁTICA A inibição pode ser de dois tipos: Na inibição reversível, as moléculas do inibidor e as moléculas da enzima se unem por ligações não covalentes, que, por serem mais instáveis, podem ser rompidas, fazendo com que a enzima retome a sua atividade posteriormente. Inibição Enzimática Reversível Competitiva: Os inibidores competitivos são substâncias que concorrem diretamente com o substrato específico da enzima. As moléculas desses inibidores têm uma estrutura muito parecida com a do substrato da enzima e, por isso, se unem reversivelmente às enzimas, formando um complexo enzima- inibidor muito semelhante ao complexo enzima-substrato, que inativa a catálise da enzima. Por não haver a formação do complexo-substrato, a atividade catalítica da enzima é inibida enquanto existir o complexo enzima- inibidor. Inibição Enzimática Reversível Não-Competitiva: A substância inibidora pode ligar-se tanto à enzima quanto ao complexo enzima-substrato, mas num sítio de ligação diferente. A ligação do inibidor com a enzima não atrapalha a ligação do substrato, mas gera uma alteração que impede a formação do produto da reação. Na inibição irreversível, a atividade enzimática é inativada definitivamente. Nesse tipo de inibição, a substância inibidora se une à enzima por ligações covalentes (mais estáveis), o que altera o grupo funcional da enzima necessário para sua atividade catalítica, tornando-a inativa de forma permanente. CLASSIFICAÇÃO ALGUMAS IMPLICAÇÕES (E APLICAÇÕES) CLÍNICAS A FENILCETONÚRIA é a incapacidade de produção da enzima necessária à transformação do aminoácido fenilalanina em tirosina. A fenilalanina se acumula, causando danos ao SNC. Essa doença pode ser detectada fazendo o teste do pezinho. Excessos de proteínas e o consumo de adoçantes que contêm fenilalanina como o aspartame deve ser evitado por pessoas com essa deficiência. Exemplo de inibição enzimática: a aspirina inibe uma enzima que catalisa a primeira etapa da síntese de prostaglandinas (envolvidas em diversos processos metabólicos, incluindo aqueles que provocam dor). Exemplo de inibidor irreversível: é ó íon cianeto (CN-), que se une à enzima citocromo oxidase, enzima muito importante no processo de respiração celular, levando à sua inativação definitiva. Com essa enzima inativada, a célula deixa de realizar a respiração e morre. Exemplo de inibidor irreversível: vários antibióticos combatem infecções por bactérias através da inibição irreversível de enzimas desses microrganismos. A penicilina, por exemplo, inibe a atividade da enzima transpeptidase, indispensável à formação da parede celular bacteriana. Com a inativação dessa enzima, a bactéria não tem como fabricar a parede celular, o que impede a sua reprodução. As células animais, por sua vez, não utilizam essa enzima em seu metabolismo, por isso, a penicilina não causa mal ao organismo humano (exceto em situações de alergia). Exemplo de inibidor irreversível: Outro exemplo é o tratamento daAIDS, que inclui medicamentos inibidores das proteases, enzimas responsáveis pela produção de novos vírus.
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