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Fisiologia e Exercício Curso de Fisioterapia Professor: Bruno Mendes Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Introdução a Fisiologia • Fisiologia é a ciência que estuda o funcionamento dos organismos e tem por finalidade explicar como os sistemas de órgãos, as células e mesmo as moléculas interagem para manter a função normal. (FORJAZ, 2011) • A marca da fisiologia é o conceito de homeostasia, que é a manutenção de um meio interno normal, frente às perturbações externas e internas, para que as funções das células e dos sistemas de órgãos do corpo sejam preservadas. (FORJAZ, 2011) Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica https://www.google.com/search?q=fisiologia&rlz=1C1JPGB_en BR700BR700&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKE wjuoL7inrvgAhVGErkGHe_OBtAQ_AUIDygC&biw=1440&b ih=709#imgrc=OcEw77ex_n9B4M: https://mgtnutri.com.br/termoglossario/ homeostase-ou-homeostasia/ • É importante a compreensão deste conceito de fisiologia, pois sabendo como é o funcionamento normal do organismo, é possível verificar e avaliar as alterações advindas do exercício físico ou de distúrbios causados por doenças ou lesões. (FORJAZ, 2011) Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Introdução a Fisiologia https://pt.slideshare.net/GeraldBourguignon/mdia-para-trabalhar-as-alteraes-fisiolgicas- que-ocorrem-no-corpo-com-a-prtica-de-exerccios • Para a fisiologia básica, o exercício é empregado como um estressor ao organismo, assim como poderia ser utilizado um estresse térmico, psicológico ou qualquer outro. O importante é colocar o organismo numa situação de instabilidade e verificar suas respostas Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Fisiologia do Exercício • Sempre que fazemos exercício físico, os sistemas corporais respondem de forma a tentar manter a homeostase celular. Em destaque se encontra o cardiovascular que, toda vez que praticamos alguma atividade física, é estimulado e isso permite que, com a prática contínua, esse sistema melhore o seu desempenho. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Fisiologia do Exercício • Não só o sistema cardiovascular é beneficiado com essa prática. Melhoras no corpo inteiro podem ser observadas depois de algum tempo que um indivíduo começa a praticar alguma atividade física. Isso ocorre porque todas as atividades do corpo são também estimuladas e juntos delas, o metabolismo é acelerado otimizando a distribuição de oxigênio nos tecidos que estão em atividade. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Fisiologia do Exercício A prática de exercícios físicos tende a trazer melhorias no organismo, porém se feito de forma errada pode agravar algum problema pre- existente Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Fisiologia do Exercício • Lembrete: nem toda atividade física é benéfica a saúde, é necessário conhecer suas características para o direcionamento mais apropriando de acordo com o objetivo a ser alcançado. Antes de pensar no exercício de forma geral e seus possíveis benefícios no tratamentos de patologias, é preciso ter em mente alguns conceitos pois: Não é possível periodizar um treinamento de corrida, visando um objetivo, se não entendermos sobre as rotas metabólicas. Não temos como pensar em força muscular se não conhecemos as estruturas e como ocorre as diferentes adaptações nos músculos. Um dos primeiros princípios que regem nosso corpo e é essencial para o entendimento do seu funcionamento é a Lei do menor Esforço. Ou seja, nosso corpo busca sempre realizar alguma tarefa da forma mais econômica possível. Além disso, de uma forma geral o corpo não mantém estruturas que não estão sendo utilizadas, e isso é visto claramente no processo de destreino. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Fisiologia do Exercício • Antes de se falar em tipo de exercício, intensidades e volume é necessário entender que fisiologicamente nosso corpo entende estímulos, e os resultados do treinamento são as adaptações provenientes de estímulos bem direcionados. • Nosso corpo está sempre buscando o equilíbrio e para fazê-lo se adaptar precisamos criar stress. • Os exercícios são criadores de stress no nosso corpo, eles vêm como uma forma de nos tirar do equilíbrio e obrigar o corpo a se preparar para receber novamente esse stress sem que ele cause tanto estrago no organismo. • Assim, o corpo vai se tornando mais forte e vai sendo necessário estímulos cada vez mais fortes para conseguir gerar esse stress. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico • Os estímulos do stress ocasionado pelo exercício: cargas de excitação:. cargas de adaptação: cargas de exaustão: Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico As cargas de excitação: são aquelas que quando terminado o estimulo físico retornam ao normal. Não existe modificação do ponto de partida no nosso corpo. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico As cargas de adaptação: aparecem quando é dada uma carga (ou sobrecarga) e o corpo se prepara para não sofrer novos desequilíbrios, então ele se adapta à um nível mais elevado de condicionamento. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico As cargas de exaustão: são aquelas que estão acima da capacidade do sistema e que tendem a causar danos mais severos ao corpo. Nem sempre representam lesão, mas a sua adaptação nem sempre representa em um nível maior de condicionamento, podendo até mesmo piorar em relação ao estado inicial. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico • Essas adaptações podem ser rápidas, como no caso dos músculos ou lentas que é a adaptação de tecidos como os ossos e tendões. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico Podem ser também positivas, negativas, específicas e não- específicas. Por exemplo, ao treinar força a adaptação específica é ao aumento de sarcômeros em paralelo no músculo, e a adaptação não específica seria o impacto sobre o tecido ósseo e o aumento da densidade mineral óssea em consequência. • Alem disso existem teorias relacionadas ao treinamento que demonstram que a resposta a um treinamento especifico é influenciado por variáveis fisiológicas, psicologias e sociais. • Nesse sentido, os próximos tópicos se proporem adiscutir os preceitos teóricos de cada principio do treinamento físico. • Princípio da adaptação • Princípio da sobrecarga progressiva • Princípio da especificidade • Princípio da reversibilidade (princípio do desuso) • Princípio da variação e recuperação • Princípio da individualidade biológica Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Efeitos do Exercício Físico - Princípio da adaptação • Na biologia, entende-se "adaptação“ como uma reorganização orgânica e funcional do organismo, diante de exigências internas e externas. (RASO, 2013) • No caso do treinamento físico, a exigência externa do exercício promove a necessidade de alguns ajustes fisiológicos, os quais alguns autores denominam de síndrome da adaptação geral. (DANTAS, 2011) • Tratam-se de modificações dependentes de variáveis de volume e intensidade do treinamento, ou seja, podem reduzir, manter ou aumentar dependendo do modelo de treino realizado. (RASO, 2013) Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da adaptação Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da adaptação (variáveis do treinamento) • Tipo de treino: (metabólico / neuromuscular / cardiorrespiratório / termorregulatorio) • Volume (duração e frequência): é a quantidade de estímulos de treinamento em um determinado período, e tem vários componentes. - Em musculação, os mais importantes componentes do volume são o número de exercícios, o número de séries, e a frequência semanal. O número de exercícios e o número de séries determinam a duração das sessões. • Intensidade do treinamento: é a carga imposta ao organismo. - Dependendo do tipo de atividade física, a intensidade pode ser mensurada de diferentes maneiras, por exemplo: - na musculação, com o peso levantado em cada exercício, - na corrida, podemos optar pela frequência cardíaca como uma das formas de controle Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da sobrecarga progressiva • É a adaptação do sistema com a pratica de exercícios utilizando cargas maiores do que aquelas da demanda diária comum, onde as variáveis do treinamento devem ser elevadas gradualmente para permitir adaptações com menor chance de lesão. (RASO, 2013) • O ponto de destaque deste principio se refere ao momento exato em que é gerada a adaptação aos estímulos provocados pela sessão de exercício (TUBINO,1984 e HEJEDUS, 1969). • Os diferentes estímulos fisiológicos produzem diversos desgastes, que são repostos posteriormente, de modo que o organismo é capaz de restituir as energias utilizadas e, mais ainda, se prepara para uma carga de trabalho mais intensa (supercompensação). (HEJEDUS, 1969). Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da especificidade • É a prescrição de exercícios físicos com base nos requisitos específicos do desempenho. (RASO, 2013) • Neste principio as adaptações ao treinamento são extremamente ligadas ao volume, à intensidade e ao tipo de exercícios realizado, onde por exemplo, não se pode esperar ganhos de força treinando resistência. (RASO, 2013) • Nesse ponto, o treinamento deve estimular os sistemas fisiológicos que são fundamentais para a atividade afim de ser o mais específico possível ao seu objetivo e que envolvam todos o grandes grupos musculares para que seja evitado um possível desequilíbrio no desenvolvimento fisiológico regional. (RASO, 2013) Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da reversibilidade (princípio do desuso) • Exercícios realizados regularmente com períodos de repousos adequados, são essências para que haja as adaptações positivas da supercompensação, e necessárias para a manutenção das adaptações ocorridas em programas de treinamento. (RASO, 2013) • O principio do desuso se caracteriza pelo retorno das capacidades físicas, devido à falta de estímulos (exercícios) em intervalos extensos, levando o organismo a um nível de condicionamento necessário somente para as tarefas de uso diário. (RASO, 2013) • Sendo assim vale lembrar que o ganho em um programa de treinamento será perdido se não for feita uma manutenção adequada. Por isso é importante o lembrete: “use-o ou perca-o”. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da variação e recuperação • De forma geral, os grupos musculares se adaptam durante três semanas e na sequência ocorre a estabilização. Assim, a variação no treinamento e também nos períodos de recuperação é necessária para uma contínua progressão de cargas sem grandes riscos de lesões e/ou overtraining.(RASO, 2013) • As sessões de exercícios devem se alterar entre sessões intensas, leves e moderadas, de modo que permitam a recuperação fisiológica e possibilitem uma adequada supercompensação. Além disso, os tipos e a intensidade dos exercícios devem variar para que não ocorra a monotonia. Esse princípio se fundamenta na ideia do desenvolvimento global do indivíduo, uma vez que quanto maior for a diversificação dos estímulos promovidos pelo exercício, maiores serão as possibilidades de se atingir um melhor desempenhos.(RASO, 2013) Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício - Princípio da individualidade biológica • É o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, fazendo com que NÃO haja pessoas iguais. • Não existe indivíduos exatamente iguais, cada um tem o seu jeito e velocidade de se adaptar aos estímulos de um treinamento. • Basicamente são fatores hereditários (genótipos e fenótipos) que determinam nossa resposta aos exercícios, onde duas pessoas, nunca irão ter as mesmas adaptações. • Razão pela qual um programa de treinamento deve levar em consideração as características daquela pessoa a quem é destinado o programa e somente ela. Professor:.Ms.Bruno Mendes / Curso: Fisioterapia / Disciplina: Fisiologia do Exercício Aplicado à Clinica Princípios da Fisiologia ao Exercício Referencias Bibliográficas • FORJAZ, C.L.M.; TRICOLI, V. A fisiologia em educação física e esporte. Rev. bras. educ. fís. esporte, São Paulo , v. 25, n. spe, p. 7-13, Dec. 2011. Disponível em: (http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092011000500002.) • RASO, V.; GREVE, J.M.D.; POLITO, M.D. Pollock: Fisiologia Clinica do Exercício. Barueri, SP: Manole, 2013. Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.br • PEREIRA, J.G. Fisiologia do Exercício. Manual de curso de treinadores de desporto // grau II. Lisboa. Instituto Português do Desporto e Juventude , 2016. Disponível em: http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=191&idMenu=53 • DANTAS, E.H.M., et al. Adequabilidade dos principais modelos de periodização do treinamento esportivo. RevistaBrasileira de Ciências do Esporte, v. 33, Abril. 2011. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=401338556014> ISSN 0101-3289. • TUBINO, M.J.G. Metodologia Cientifica do Treinamento Desportivo. São Paulo:Ibrasa,1984. • HEJEDUS, J. Treinamento Desportivo. São Paulo:Esporte e Educação Ltda,1969 Fim !!!
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