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ESTRATÉGIAS GENÉRICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA (DAE) Notas de aula da Disciplina: Administração Estratégica (GAE-117) CURSOS: ADMINISTRAÇÃO e SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Professor: LUIZ MARCELO ANTONIALLI ESTRATÉGIAS GENÉRICAS Portifólio de produtos e serviços (Matriz BCG) Estratégias genéricas de Michael Porter Estratégias genéricas de Mintzberg Estratégias genéricas de Hamel Estratégias genéricas de Hamel e Prahalad Estratégias Genéricas de Miles e Snow Técnica para análise do portfólio de produtos e serviços; Matriz BCG (Boston Consulting Group); Origem na área financeira; Preocupação em balancear os recursos entre os diversos títulos existentes no mercado; Busca de um mix ideal de produtos e serviços para a empresa. PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) Considera 2 (dois) eixos: Participação de mercado: ou seja, a força da empresa no mercado (domínio) Taxa de crescimento do mercado: ou seja, mede a atratividade do mercado • PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) Ciclo de vida do produto Estrelas: alta taxa de crescimento e alta participação de mercado. Requerem grandes desembolsos de caixa para manter sua participação num mercado crescente, mas são fortes geradores de receitas. A consolidação desses produtos é uma das prioridades de investimento. • Ex. Coca-cola, Pálio, Gol, OMO, FIAT UNO novo PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) Vacas Leiteiras: baixa taxa de crescimento e alta participação de mercado. São produtos/serviços maduros no mercado, fato que leva a um excesso de receitas. É a principal fonte de recursos para investimento. • Ex. FIAT Uno (antigo), Danoninho PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) Pontos de interrogação: alta taxa de crescimento e baixa participação de mercado. Compõem produtos/serviços de lançamento. Exigem grandes desembolsos de caixa devido sua elevada taxa de crescimento, porém, devido sua baixa participação, geram baixos níveis de receitas. • Ex. Up, HB20, Processador Intel i7 PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) Animais de estimação ou “abacaxis”: baixa taxa de crescimento e baixa participação de mercado. Não geram receitas suficientes para se manterem. Em geral, são produtos/serviços que poderão ser retirados do mercado. • Ex. Guaraná KUAT, Xuxa (Globo) PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS (Matriz BCG) Exemplo: Matriz BCG Portfólio de produtos do Laticínio SerraBella “queijos finos” Estratégias genéricas de Michael Porter Estratégias genéricas de Michael Porter Liderança no custo: custo mais baixo que os concorrentes Características: Baseada no conceito da curva de experiência Redução do custo pela experiência Instalações em escala eficiente Controles rigorosos Eliminar clientes marginais Minimizar investimentos em P&D, publicidade, etc Não negligenciar qualidade, assistência técnica, etc Acesso favorável às matérias primas Tende a ter alta parcela de mercado EX. “Refrigerecos”, CCE, medicamentos genéricos Gol linhas aéreas Estratégias genéricas de Michael Porter Diferenciação do produto: fazer com que o produto seja considerado único pelos clientes, com isso, obtém-se maior lealdade e menor sensibilidade ao preço Características: Projeto ou imagem da marca Tecnologia diferente dos concorrentes Serviços sob encomenda Rede de distribuição mais eficiente Possibilidade de obter retornos financeiros acima da média Dificulta obter alta parcela do mercado Ex. Apple (Ipod, Iphone), Sony, Nike Estratégias genéricas de Michael Porter Enfoque (em custo ou diferenciação): direcionada a determinado segmento de mercado Características: Compradores com necessidades incomuns; Explora diferenças no comportamento dos custos em determinados segmentos; Explora necessidades especiais dos compradores em certos segmentos. Ex. Enfoque em custo: genéricos do Yakult, genéricos do RedBull Ex. Enfoque em diferenciação: Yakult, Sedex10, Ferrari, RedBull Estratégias genéricas de Mintzberg Diferenciação por preço: se os demais atributos do produto/serviço forem iguais, ou não muito diferentes, aos dos de seus concorrentes, os consumidores tenderão a preferir aquele que exibir um preço mais baixo. Ex. CCE, “refrigerecos”, genéricos do Yakult, medicamentos genéricos, etc. Diferenciação por imagem: uma empresa pode diferenciar seu produto ao desenvolver uma imagem que o torne distinto dos demais, através de propaganda, de técnicas de promoção. Embora não melhorando o desempenho do produto, o tornam mais atrativo para alguns clientes. Ex. Brastemp, Sony, Nike. Estratégias genéricas de Mintzberg Diferenciação por suporte: consiste em oferecer algo mais além do produto, normalmente relacionado com a ampliação do nível de serviços agregados (prazo de entrega menor, financiamento à venda, assistência técnica). Ex. JAC Motors ( 6 anos garantia). Diferenciação por qualidade: oferecer um produto que, embora não fundamentalmente diferente, é melhor que os concorrentes (maior confiabilidade, maior durabilidade ou desempenho superior). Ex. Toyota, Apple Estratégias genéricas de Mintzberg Diferenciação por design (projeto): oferecer produtos com características distintas dos produtos concorrentes, que substituam esses, não por atributos ligados à qualidade, e sim por serem diferentes. Ex. Ferrari, Apple. Não-diferenciação: busca-se copiar as ações de outras empresas, desde que o mercado ofereça espaço para produtos concorrentes e a empresa se especialize em acompanhar e imitar os lançamentos. Ex.: Bobs, genéricos do Yakult e RedBull Estratégias genéricas de Hamel Como as empresas se comportam no mercado: FAZEM AS REGRAS SEGUEM AS REGRAS QUEBRAM AS REGRAS Ler texto: HAMEL, G. Strategy as revolution. Harvard Business Review. p.69-82, July - August, 1996. FAZEM, SEGUEM e QUEBRAM REGRAS… Exemplos • Disco de vinil, CD player, MP3 • Fitas VHS, DVD, Blue Ray • Motor gasolina, álcool e FLEX ou Híbrido Estratégias genéricas de Hamel Hamel Prahalad Gary Hamel: Professor convidado de Estratégia e Gestão Internacional da London Business School C.K. Prahalad: Indiano-americanizado, doutor em Administração por Harvard, professor titular de estratégia corporativa do programa de MBA da Universidade de Michigan. Competências essenciais de Hamel e Prahalad Defendem que as empresas devem ter capacidade de identificar, cultivar e explorar as competências essenciais (core competences ou core business) Uma competência essencial deve ser de difícil imitação pelos concorrentes. E será difícil se for uma complexa harmonização das tecnologias individuais e habilidades de produção. Ler texto: Prahalad, C. K.; Hamel, G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, p.79-91, May-June, 1990. “A única coisa que não se pode terceirizar é a competência essencial”… Anda, voa, nada e canta Não faz nada direito ! Empresas competitivas devem agir como aves especializadas e não agir como patos. Ex: Siriema: pernalta, corredora Águia: voadora e boa visão Canário: cantor Tucano: bico forte epredador de ninhos Analogia do PATO… Exemplos de competências essenciais • Apple – inovação • Google – algorítmo de busca na Internet • 3M – inovação (adesivos, substrados e materiais avançados) • Wal-Mart - gerência logística e negociação fornecedores • FEDEX – gerência logística • SONY – qualidade e miniaturização • TOYOTA – qualidade • MERCK – descoberta de novos medicamentos • EDS – integração de sistemas (Eletronic Data Interchange - EDI) • GOL linhas aéreas – eficiência operacional Competências essenciais de Hamel e Prahalad Estratégias genéricas de Miles e Snow Ler texto: GIMENEZ,F.P.; PELISSON,C.; KRÚGER,E.; HAYASHY JR,P. Estratégia em pequenas empresas: uma aplicação do modelo de Miles e Snow. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 22., Anais... Foz do Iguaçu: ANPAD, 1998. Estratégia defensiva: empresa procura localizar e manter uma linha de produtos/serviços relativamente estável com enfoque mais limitado que seus concorrentes, tentando proteger seu domínio através de melhor qualidade, serviços superiores e/ou menores preços. Não procura estar entre os líderes, restringindo-se ao que sabe fazer tão bem ou melhor que qualquer um; Estratégias genéricas de Miles e Snow Estratégia prospectiva: empresa está continuamente ampliando sua linha de produtos e serviços. Enfatiza a importância de oferecer novos produtos e serviços em uma área de mercado mais ampla. Valoriza ser uma das primeiras a oferecer novos produtos, mesmo que todos os esforços não se mostrem altamente lucrativos; Estratégias genéricas de Miles e Snow Estratégia analítica: procura-se manter uma linha limitada de produtos/serviços relativamente estável e ao mesmo tempo adicionar um ou mais novos produtos/serviços que foram bem sucedidos em outras empresas do setor. É uma posição intermediária entre as estratégias defensivas e prospectiva; Estratégias genéricas de Miles e Snow Estratégia reativa: o comportamento é mais inconsistente do que os outros tipos. É uma espécie de não estratégia. Não arrisca em novos produtos/serviços a não ser quando ameaçada por competidores. A abordagem típica é esperar para ver e responder somente quando forçada por pressões competitivas para evitar a perda de clientes importantes e/ou manter lucratividade. SOBRE: Estratégias genéricas de Miles e Snow LER o TEXTO... ALMEIDA, A . F. de. Análise das estratégias competitivas de quatro bancos sob diferentes enfoques teóricos. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS- GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 23, Anais... Foz do Iguaçu: ANPAD, 1999. Estratégias genéricas EX. Estratégias por diferentes abordagens (BANCOS) Banco Abordagem Miles e Snow Mintzberg Prahalad e Hamel Porter Unibanco Analítica/ Prospectiva Diferenciação por suporte Competência buscando associação Enfoque em diferenciação Real Analítica/ Defensiva Diferenciação por suporte Competência na integração de atividades Enfoque em diferenciação Itaú Analítica Diferenciação por preço Competência na integração e busca de sinergias Liderança em custo Bradesco Analítica Diferenciação por preço Competência em captação e serviços de baixo custo Liderança em custo Fonte: Almeida (1999) Estratégias genéricas Finalmente, ler o texto: ZACCARELLI, S. B. ; FISCHMANN, A. A. Estratégias genéricas: classificação e usos. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, n.4, p. 13-22, jul./ago. 1994. Esse artigo, de dois autores brasileiros (FEA/USP) ampliam a abordagem das três estratégias genéricas de PORTER para 13 (treze), as quais: Diferenciação produto-mercado; Diferenciação funcional; Cooperação; Inovação; Adaptação; Oportunidades; Autoproteção; Reação; Despistamento; Intento; Evolução; Agressão; Desinvestimento. MUITO OBRIGADO! ESTRATÉGIAS GENÉRICAS� Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Analogia do PATO… Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 Slide Number 36 SOBRE: Estratégias genéricas de Miles e Snow��LER o TEXTO...��ALMEIDA, A . F. de. Análise das estratégias competitivas de quatro bancos sob diferentes enfoques teóricos. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. 23, Anais... Foz do Iguaçu: ANPAD, 1999. Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40
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