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Aula 4 -Sistema Internacional de Comercio e Principais Agentes da Estrutura Administrativa

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Aula: Sistema Internacional de Comércio e Principais Agentes da Estrutura Administrativa
Gatt: General Agreement on Tariffs and Trade
Histórico:
- após 2ª Guerra Mundial 
- BIRD e FMI (Aspectos financeiros e monetários)
- OIC (aspectos comerciais)
- GATT: Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio
Princípios:
2.1) Não discriminação:
* cláusula da Nação Mais Favorecida (NMF):
* tratamento nacional:
2.2) Proteção transparente:
Proteção através da tarifa - o Acordo não proíbe a proteção às indústrias e setores nacionais, porém esta deve ser efetuada essencialmente através da tarifa porque assim é possível conhecer claramente o grau de proteção dispensado pelo país a cada produto. 
2.3) Base estável para o comércio:
Os níveis máximos de tarifa de importação, que cada país poderá praticar conforme o seu compromisso de negociação, são consolidados e figuram em listas por país, que constituem parte integrante do GATT e da OMC.
2.4) Promoção de concorrência leal:
A premissa é de que tão importante quanto o comércio aberto é a concorrência leal, que não permite tais práticas.
2.5) Reconhecimento de acordos regionais:
2.6) Condições especiais para países em desenvolvimento:
Grande parte dos países do GATT se caracterizavam como países em desenvolvimento. Por isso, foi anexada uma seção prevendo que os países desenvolvidos deviam prestar assistência aos Países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, que deveriam contar com condições mais favoráveis de acesso aos mercados, além de não se exigir reciprocidade nas negociações.
OMC
- 1995: funcionamento
Objetivos:
• a elevação dos níveis de vida, o pleno emprego, a expansão da produção e do comércio de bens e serviços, a proteção do meio ambiente, o uso ótimo dos recursos naturais em níveis sustentáveis e a necessidade de realizar esforços positivos para assegurar uma participação mais efetiva dos países em desenvolvimento no comércio internacional.
Funções:
• administrar e aplicar os acordos comerciais multilaterais e plurilaterais que em conjunto configuram o novo sistema de comércio;
• servir de foro para as negociações multilaterais;
• administrar o entendimento relativo às normas e procedimentos que regulam as soluções de controvérsias;
• supervisionar as políticas comerciais nacionais;
• cooperar com as demais instituições internacionais que participam da fomentação de políticas econômicas a nível mundial - FMI, BIRD e organismos conexos.
Principais diferenças GATT x OMC
• O GATT teve caráter provisório e não continha nenhum dispositivo sobre a criação de uma organização. A OMC é uma organização internacional e seus acordos têm caráter permanente.
• A OMC possui Membros e no GATT se referia aos países como Partes Contratantes, o que demonstra que na verdade não era uma organização e sim um tratado.
• O GATT somente cuidava do comércio de bens. A OMC abrange também os serviços e a propriedade intelectual.
Principais Agentes da Estrutura Administrativa do Comércio Exterior Brasileiro:
1. Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado responsável por apontar as diretrizes gerais para formulação das políticas monetária, cambial e creditícia.
Integram o CMN: o Presidente do Banco Central e dois Ministros - o da Fazenda (que é o presidente do CMN) e o do Planejamento, Orçamento e Gestão.
O CNM é assessorado pela Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, composta por integrantes de alto nível do governo brasileiro. 
2. Banco Central do Brasil: é o principal executor das políticas formuladas pelo CMN, sendo responsável pelo cumprimento, acompanhamento e controle das políticas de crédito, monetária e cambial, aplicadas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. 
3. Câmara de Comércio Exterior (CAMEX): o órgão responsável por desenvolver e implementar as políticas aplicáveis ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
A CAMEX é integrada pelos Ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (presidente); Chefe da Casa Civil da Presidência da República; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Planejamento. Orçamento e Gestão; e do Desenvolvimento Agrário.
4. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC): o órgão responsável pela implementação da política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços.
O MDIC atua fortemente em dois campos específicos: (1) capacitação e qualificação do setor produtivo; e (2) a correspondente habilitação para enfrentar os desafios do comércio exterior.
5. Ministério da Fazenda (MF) é o órgão responsável pela implementação da política econômica idealizada pelo Governo Federal.
A atuação do MF atua com duas Secretarias específicas: a Secretaria da Receita Federal e a Secretaria de Assuntos Internacionais. 
A da Receita atua na fiscalização aduaneira dos produtos e bens que ingressam no País ou que são enviados ao exterior.
A de Assuntos Internacionais acompanha as negociações internacionais econômicas e financeiras de dívidas e créditos de entidades oficiais e privadas no exterior.
6. Ministério das Relações Exteriores (MRE): responsável pela promoção comercial das exportações brasileiras e pelas negociações internacionais, contemplando temas de interesse da política externa brasileira.
O MRE apóia a participação das empresas domésticas em feiras, congressos e eventos internacionais e coordena, em conjunto com outras entidades intervenientes, viagens e missões empresariais. 
7. Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil): órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que coordena as ações institucionais do governo brasileiro voltadas para a promoção do produto nacional no exterior, realizando ações de marketing e promovendo missões e viagens para colocar frente a frente o exportador brasileiro e seus parceiros comerciais.
8. Banco do Brasil S.A.: o órgão responsável pela difusão do crédito e ações de incentivo, formação, habilitação e capacitação dos exportadores brasileiros.
O Banco do Brasil atua em duas frentes: (1) como defensor dos interesses públicos no que se refere às operações de comércio exterior e (2) como um banco comercial que busca rentabilidade, como qualquer outro banco privado. 
Textos:
Texto: Dilma promete defender indústria nacional do protecionismo
PORTO ALEGRE (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff prometeu na quinta-feira defender fortemente a indústria nacional das práticas protecionistas que afetam o comércio exterior brasileiro.
Segundo a presidente, o governo deve anunciar no início de agosto o Plano de Desenvolvimento Produtivo com três eixos: conteúdo de produção local, inovação tecnológica e fortalecimento do comércio exterior.
"Vamos fazer uma defesa contundente da indústria contra práticas protecionistas, desleais e fraudulentas que afetam nosso comércio exterior", disse Dilma durante cerimônia de posse da diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.
Entre as medidas que farão parte do plano, a presidente citou a expansão do crédito, a equalização tributária, a simplificação dos processos para inovação tecnológica e o apoio à atividade exportadora com ênfase na diversificação e no setor manufatureiro.
Dilma caracterizou o cenário econômico internacional como "turbulento" e voltou a defender um firme controle inflacionário e fiscal como tática para enfrentar as consequências da crise econômica mundial.
(Reportagem de SinaraSandri)
Calçados chineses mudam de nacionalidade no navio, diz Vulcabras
Para Milton Cardoso, presidente da empresa, País faz ‘papel de bobo’ ao não coibir fraudes à lei antidumping contra calçado: Dias depois de suspender a produção no município de Parobé (RS), Milton Cardoso, presidente da Vulcabras, a maior indústria calçadista brasileira, foi categórico: a empresa não tem planos de expandir seu parque fabril no Brasil. A migração daVulcabras e de outras empresas do setor para países com custos de produção mais baixos, a seu ver, é consequencia da passividade do governo em reagir à valorização da moeda e à competição desleal de produtos importados. 
Milton Cardoso, presidente da Vulcabras e da Abicalçados
“A Vulcabras não tomou uma decisão isolada. Há um movimento claro de saída da indústria calçadista do Brasil. Só um observador que não está atento se surpreende com esses fatos pré-anunciados”, diz Cardoso, que também é presidente da Abicalçados.A valorização do real azedou o humor da indústria calçadista nacional. A onda de otimismo iniciada em setembro de 2009, após a aprovação de uma taxa antidumping contra o calçado chinês, está chegando ao fim. A cobrança da tarifa é resultado de uma investigação de defesa comercial feita pelo Ministério do Desenvolvimento a pedido da Abicalçados, um processo de 40 mil páginas, que correu durante 18 meses.A medida reduziu as importações do pares de calçados da China em 22% em um ano, mas elevou a entrada de outros países asiáticos. O Brasil passou a importar mais da Malásia em 2010 (1.356% de crescimento), Vietnã (81%), Indonésia (93%) e até de regiões que quase não possuem fábricas do produto, como Hong Kong (132%) e Taiwan (428%).
A suspeita da Abicalçados é a prática de triangulação, ou seja, o sapato fabricado na China chega ao Brasil com o certificado de origem de outro país. Assim, o produto se livra da incidência da taxa de US$ 13,85 por par.Em janeiro deste ano, a Abicalçados entrou com um pedido de extensão da cobrança da tarifa antidumping contra o sapato chinês para produtos da Malásia, Indonésia e Vietnã. “O processo está parado porque a Receita se recusa a fornecer dados de importação”, diz Cardoso. Procurados pelo iG, o Ministério da Fazenda e do Desenvolvimento não se pronunciaram até fechamento desta edição.
Sem conseguir barrar a importação da China e com o câmbio mais valorizado, a Abicalçados vai revisar para baixo suas projeções feitas no início do ano. 
Na época, a associação esperava um crescimento de 5,5% na produção e 5% no emprego da indústria calçadista em 2011. Hoje, o Brasil emprega cerca de 350 mil pessoas no setor. “Temo que nos próximos meses não haverá criação de vagas no setor. Estamos à beira de uma crise”, diz Cardoso.
Texto Complementar:
Case 2: Para entender a retaliação cruzada
+ No final do ano anterior, a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a impor aos Estados Unidos uma retaliação para comensara manutenção de subsídios ilegais de milhões de dólares concedidos por Washington a seus agricultores do setor de algodão;+ Em fevereiro deste ano, o presidente Lula adotou uma medida provisória (MP 482/10) estabelecendo retaliações que podem ser impostas a países que descumprirem quaisquer acordos firmados na OMC. Entre as medidas, está a possível suspensão dos direitos de propriedade intelectual.
Entenda o caso da retaliação cruzada em propriedade intelectual da OMC
Os EUA conferem subsídios ao setor local de algodão, inclusive subsídios à exportação. O Brasil entende que tais subsídios, tal como estabelecidos, distorcem o comércio e são contra as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Desse modo, o Brasil entrou com uma medida junto à OMC para que fosse avaliado se tais subsídios estavam dentro das regras da Organização ou não.
Em 2005 o caso chegou à segunda e última instância da OMC, que decidiu que os EUA estavam de fato infringindo as regras da Organização. Portanto, ficou constatado, segundo os árbitros da OMC, que as regras mutuamente aceitas por todos os países que fazem parte da Organização foram descumpridas pelos EUA.A OMC decidiu que os EUA deveriam remover os efeitos adversos de certos subsídios ou que retirassem tais subsídios no prazo de seis meses, e que tornassem suas medidas compatíveis com as regras da OMC.Os EUA não cumpriram tal prazo de seis meses e continuaram a infringir as regras da OMC.Dessa forma, tendo os EUA perdido o caso na segunda instância da OMC, bem como não tendo cumprido as determinações do Órgão e, portanto, por continuarem a violar as regras da OMC, o Brasil em 2005 solicitou autorização para adotar contramedidas, conforme previsto nas regras da OMC, com o intuito de induzir que os EUA passem a cumprir as regras da Organização.
Portanto, tais medidas tomadas pelo Brasil são não apenas punitivas pelo descumprimento das regras mutuamente acordadas, mas sobretudo compensatórias dos danos ilícitos causados pelos EUA ao Brasil, em violação às regras da OMC. E, acima de serem compensatórias, têm como principal objetivo fazer com que os EUA passem a cumprir as regras — e portanto retirem os subsídios contrários às regras da OMC.Em novembro de 2009 o Brasil foi autorizado pela OMC a adotar contramedidas não apenas no setor de bens, mas também n setor de serviços e de propriedade intelectual, tudo conforme previsto nas regras da OMC.De forma a implementar internamente a autorização da OMC, em 11 de fevereiro passado foi publicada Medida Provisória (MP) n. 482, dispondo sobre as medidas de suspensão de consessões ou outras obrigações do Brasil relativas aos direitos de propriedade intelectual e outros, em casos de descumprimento, por membros da OMC, de obrigações multilaterais.
Em seguimento à autorização da OMC e à MP n. 482, em 08 de março a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Brasil publicou lista de produtos (ou seja, não inclui propriedade intelectual) que terão suas alíquotas de Imposto de Importação aumentadas para os EUA.
O valor total de retaliação atingido com a lista de bens é de US$ 591 milhões. O restante do valor de compensação a que tem direito o Brasil – US$ 238 milhões (do total de US$ 829 milhões, conforme autorizado pela OMC) – será aplicado nos setores de propriedade intelectual e serviços.
Daí a chamada retaliação cruzada. Ou seja, o caso envolve subsídios aos produtores de algodão dos EUA — em infração às regras da OMC — mas o Brasil possui direito e foi autorizado a estabelecer medidas compensatórias em outro setor que não apenas de bens. Fomos autorizados a incluir também direitos de propriedade intelectual.

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