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AULA 7 ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO

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ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO
AULA 7
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
“O curta “Meu nome é Lisa” apresenta a história de uma menina que acompanha a evolução da doença da mãe, a doença de Alzheimer.”
Introdução
As doenças neurológicas de Parkinson e Alzheimer manifestam-se principalmente durante a senescência, influenciando negativamente a qualidade de vida dos pacientes.
O exercício físico pode atuar como um coadjuvante eficiente e de baixo custo no tratamento e na prevenção de processos neurodegenerativos relacionados ao envelhecimento.
Nesta aula, abordaremos os diferentes tipos de doenças neurológicas (Alzheimer, Parkinson, depressão e esclerose múltipla) e entenderemos como o exercício físico auxilia na prevenção e reabilitação dessas doenças.
Bons estudos!
Os benefícios da atividade física regular para a prevenção e tratamento de diversas doenças cardiovasculares, pulmonares e metabólicas são conhecidos. 
Contudo, ainda não é tão amplo o conhecimento sobre as adaptações do sistema nervoso central ao exercício.
Estudos realizados nos últimos 20 anos relatam que o exercício físico regular gera efeitos positivos em indivíduos acometidos por diversas doenças neurológicas como Parkinson, Alzheimer, epilepsia e acidente vascular encefálico (VEISBERG; MELLO, 2010).
Os distúrbios neurológicos incluem uma ampla gama de doenças, como a epilepsia, dificuldades de aprendizagem, distúrbios neuromusculares, autismo, distúrbio de déficit de atenção, tumores cerebrais e paralisia cerebral, apenas para citar alguns.
Depressão
A depressão consiste em enfermidade mental frequente no idoso, associada a elevado grau de sofrimento psíquico (STELLA, 2002).
Esta é a doença psiquiátrica com mais alta prevalência na velhice, estando relacionada a alterações funcionais, moleculares e estruturais no cérebro (DESLANDES, et al, 2010).
A doença atinge, nos EUA, cerca de 9,5% dos adultos por ano. Na população mundial, sua incidência é estimada em aproximadamente 17%.
No Brasil, aproximadamente 10 milhões de idosos sofrem de depressão (BENEDETTI, et al, 2008).
Depressão x exercício físico
A participação em programas de atividades físicas leves e moderadas pode retardar os declínios funcionais. 
Isto porque idosos fisicamente ativos apresentam menor prevalência de doenças mentais do que os não ativos (OMS, 2002).
Clique nas áreas em destaque e conheça os principais efeitos fisiológicos do exercício físico em pacientes com depressão (MORAES, et al, 2004).
Córtex pré-frontal
Alterações no fluxo sanguíneo e no metabolismo do córtex pré-frontal (área relacionada à atenção, psicomotricidade, capacidade executiva e tomada de decisão).
Subgenual pré-frontal cortical
Hiperatividade da região subgenual pré-frontal cortical (que gera pensamentos tristes).
Hipocampo
Desenvolvimento da neurogênese no hipocampo.
Amígdala
Aumento do metabolismo de glicose em várias regiões límbicas, com ênfase na amígdala (aprendizado emocional).
Neurotransmissores
Aumento na liberação de serotonina, dopamina e noradrenalina.
Exercícios no tratamento da depressão
Na literatura especializada, as intervenções de caminhada e corrida são os tipos de tratamento mais utilizados para níveis graves de depressão, sendo aconselhado que a duração mínima seja de 30 minutos.
A duração do exercício é o parâmetro mais importante para gerar melhoras no quadro do idoso. Ou seja, quanto maior o tempo gasto na atividade, melhores são os resultados.
Doença de Alzheimer (DA)
Outra enfermidade ligada ao sistema nervoso central é a doença de Alzheimer, ou demência do tipo Alzheimer, é uma doença cerebral degenerativa, caracterizada por perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas, que prejudicam o paciente em suas atividades de vida diária e em seu desempenho social e ocupacional (BOTTINO, et al, 2002).
A doença de Alzheimer não tem cura, embora algumas drogas disponíveis desacelerem o processo de deterioração cognitiva em alguns pacientes.
A seguir veja um vídeo explicativo sobre a doença.
A prevalência da DA em indivíduos com menos de 65 anos é menor que 1%, aumentando para 5 a 10% em indivíduos com 65 anos, chegando a 30 a 40% após os 85 anos (ROWLAND, 2007).
Fonte: http://www.aboutalz.org/index.php?lang=pt
 O cérebro na DA
Figura 1
Na DA, ocorre atrofia cerebral, inicialmente em áreas mesiais do lobo temporal, como hipocampo e córtex entorrinal. Ocorre também atrofia do núcleo de Meynert, que é responsável pela produção de acetilcolina, um neurotransmissor mediador da atividade cognitiva. 
Progressivamente, o processo neurodegenerativo acomete todo o córtex cerebral, determinando o declínio das demais funções cognitivas, além de distúrbios de comportamento.
Figura 2
Essa figura mostra como a DA afeta as áreas do encéfalo responsáveis pela memória e pela fala. Em verde, a área responsável pela memória, e em azul, pela linguagem.
Benefícios do exercício físico na DA
Na literatura, embora apresentem dados conflitantes, alguns estudos descrevem benefícios do exercício físico na capacidade cognitiva de idosos que sofrem de DA, como os de:
Friedman e Tappen (1991)
Encontraram melhoras cognitivas em idosos que praticaram 30 minutos de caminhada com conversação simultânea durante 10 semanas.
DICA Um dos principais benefícios da atividade física regular é o aumento da perfusão no encéfalo, o que pode estar associado à melhora da cognição.
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson, descrita em 1817 por James Parkinson, é caracterizada pela rigidez, bradicinesia, micrografia, expressões como máscaras, anormalidades posturais (figura 3) e tremor quando em repouso (UMPHRED, 2007). Conheça algumas de suas características:
A DP é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos, com prevalência estimada em 3,3% no Brasil (MELO, et al, 2007).
É comum uma anormalidade postural em pacientes com Parkinson, conforme a figura ao lado.
Postura: 
A DP é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos, com prevalência estimada em 3,3% no Brasil (MELO, et al, 2007).
É comum uma anormalidade postural em pacientes com Parkinson, conforme a figura ao lado.
Neurônios
Na DP, ocorre uma degeneração dos neurônios contendo neuromalanina no tronco cerebral. 
Muitos dos neurônios sobreviventes contêm inclusões proteináceas citoplasmáticas eosinofílicas (corpos de Lewy), que são a característica patológica da doença (ROWLAND, 2005).
Dopamina
A dopamina confere à substância negra do encéfalo a sua coloração.
Sinais
Quanto mais leve a coloração da substância negra, maior a perda de dopamina (UMPHRED, 2007).
No aparecimento dos sintomas, a substância negra já perdeu aproximadamente 60% dos neurônios dopaminérgicos (ROWLAND, 2005).
Sintomas da doença de Parkinson
Pacientes que desenvolvem a DP em idade mais avançada têm maiores riscos de desenvolver demência do que os indivíduos que manifestaram a moléstia mais precocemente. Além disso, a depressão pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demência associada à DP. Os principais sintomas não motores associados à doença de Parkinson são (Adaptado de Melo, et al (2007):
Depressão
Demência
Ansiedade
Alucinações, ilusões, psicose
Perda de peso
Transtornos do sono
Disfunção autonômica
Disfunção sexual
Apatia
Esclerose múltipla (EM)
A esclerose múltipla é uma doença crônica, caracterizada por múltiplas áreas de inflamação, desmielinização e formação de cicatrizes gliais (esclerose) na substância branca do sistema nervoso central (ROWLAND, 2005).
Destruição da bainha de mielina na esclerose múltipla.
Embora a causa da EM não seja conhecida, acredita-se que sua origem seja autoimune, mediada pela atividade das células T que atacam a mielina (figura ao lado). 
A redução da bainha de mielina no axônio dos neurônios provoca a redução da velocidade ou o bloqueio na condução do impulso nervoso.
ATENÇÃO
No passado, indivíduos com EM eram desencorajados a realizar exercícios físicos, para minimizar o risco de fadiga. Por esse motivo, a prescrição inicial do exercíciodeve ser bastante cuidadosa, levando em consideração o nível de aptidão física do idoso.
Recomendações para portadores de EM
Deve-se priorizar atividades aeróbias de baixa a moderada intensidade (40% a 60% da FC de reserva), 2 a 3 vezes por semana, com duração entre 10 e 40 minutos, de acordo com o nível do paciente. Como progressão, deve-se aumentar inicialmente o tempo e a frequência semanal do exercício (DALGAS, et al, 2009). 
Para a melhora da força, as recomendações seguem a de idosos saudáveis. Contudo, sugere-se que a frequência semanal não seja maior que três vezes por semana e que se priorizem exercícios de membros inferiores, devido à acentuada redução na força da extremidade inferior em idosos com EM (DALGAS, et al, 2009). A atividade física tem papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças neurodegenerativas.

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