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O Pescador Conto de Daniel Martins Cosendey Estácio

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Pescador
Doces lembranças de um Domingo esquecido num pensamento bem longe, onde a loucura toma conta de uma remota revoada de pássaros, de um homem sentado nas pedras ouvindo o quebrar das ondas, numa tardezinha que chama a noite.
Tudo passa tão rápido por sua cabeça que nem ele mesmo sabe o que quer bem ele respira fundo e por alguns instantes ele consegue esquecer do sofrimento, e o vento sopra suavemente em seu rosto já cansado e sofrido pela vida.
Por um momento dá para ver um mergulho experiente de uma gaivota que leva em seu bico o seu jantar do dia, uma tartaruga pequena levanta a cabeça em busca de oxigênio e logo em seguida mergulha para comer algumas algas no fundo do mar.
É assim o fim de tarde de um pescador ou nômade de litoral que vive debaixo do sol feliz e sorridente, sua família o espera no aconchego do lar, onde vai ter o abraço, carinho da esposa e o grito de alegria dos filhos que o saúdam ao chegar.
Mas algo ali o faz acordar daquele sonho; no balançar das ondas; que o faziam ninar, por um instante o Velho Lobo do Mar olha seu barco com o nome do ser Amor, que quando vai para alto mar na pescaria de mais de 15 quinze dias, a saudade aperta, e o pescador sabe que o carinho o espera numa cama quentinha, num arroz soltinho feito com molho de peixe que a mulher sabe que adora!
A vontade de voltar é grande, pois o gosto daquele beijo jamais será esquecido, do afago, do abraço, de todo amor que tem por ela.
Na areia quente, ele deita, e olha o céu azul na esperança de ver seu rosto entre as nuvens, o arco-íris acompanha uma lágrima que rola na saudade daqueles momentos, que são doces e carinhosos, respira fundo sente seus pés molhados, a maré está subindo e a noite chegando é hora da nostalgia tem que criar forças, pois, chegou a hora de preparar o jantar aos filhos que o aguardam em casa, na velha choupana de pescador, tudo simples a rede e a esteira aonde faziam Amor.
Levanta caminha devagar leva a esposa dentro de si com sentimento, pois agora seu lar é com Deus!
Um soluço, o choro da saudade daquela que foi companheira por muitos e muitos anos, as forças tem de achar, pois a vida recomeça novamente e sempre.
Limpa o rosto com a própria camisa que leva nas mãos treina um sorriso uma brincadeira para que as crianças não percebam que chorou voltar à realidade é preciso, ela vai sentir o esforço pelo qual está fazendo aos filhos que ficaram órfãos de mãe, o progenitor lutará sozinho para que não falte nada na mesa e nem o amor daquela que foi tudo para eles um dia!
Daniel Martins Cosendey
O “PESCADOR” – Conto inspiração criada em 2005 - é uma singela homenagem que deixo aos professores, colegas e amigos do Curso de Direito, funcionários, que me ajudaram e ajudam durante minha permanência no Centro Universitário Estácio de Sá Campus Floresta. E, principalmente, minha mãe Edith Martins Cosendey, por todos estes anos de estudo, dedicação e luta para concluir meu Bacharelado. 
Eu sou Grato à todos.
Obrigado
Daniel Martins Cosendey
 
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