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LITERATURA Editora Exato 6 AS VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS 1. CONTEXTO HISTÓRICO � Europa (duas primeiras décadas do século XX) - Crise do capitalismo e nascimento da democracia de massas. � A burguesia conscientiza-se do perigo que a revolução socialista representa para ela. � A Revolução Científica, que rompeu barrei- ras do tempo e do espaço, produz um esta- do geral de euforia e crença no progresso. � Surgem, no início do século, os seguintes inventos: o telégrafo, o automóvel, a lâm- pada elétrica, o telefone, o cinema, o avião. � A máquina se faz presente em todos os momentos da vida e as preocupações fun- damentais eram viver confortavelmente e aproveitar o presente. � “Belle époque” foi o nome dado a esse iní- cio do século XX. 2. MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS A chamada Arte Moderna, surgida no início do século, reflete a inquietação e as contradições do pe- ríodo. As primeiras manifestações artísticas do século XX caracterizam-se pela ruptura com o passado e pe- lo intuito de chocar a opinião pública, pregando idéi- as radicalmente novas. Os movimentos de vanguarda européia influenciaram de forma incontestável no surgimento do Modernismo brasileiro. 3. FUTURISMO Foi lançado, em 1909, em Paris, época em que foi produzido seu primeiro manifesto, assinado pelo escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti. Segui- ram-se mais de trinta manifestos. Os futuristas pregavam especialmente a destru- ição do passado; nesse sentido, glorificavam o ritmo da vida moderna e exaltavam o futuro. A técnica das palavras em liberdade parece ter sido o aspecto mais importante da literatura futurista. Para conseguir tal efeito, os futuristas prega- vam, entre outras coisas: � “É preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem.” � “Deve-se usar o verbo no infinitivo”. � “Deve-se abolir o adjetivo para que o subs- tantivo desnudo conserve a sua cor essenci- al”. � “Deve-se abolir o advérbio”. � “A pontuação deve ser abolida”. 4. CUBISMO O Cubismo desenvolveu-se inicialmente na pintura, valorizando as formas geométricas (cones, cilindros, esferas etc.) ao revelar o objeto em seus múltiplos ângulos. Na literatura, as características fundamentais do Cubismo são o humor e uma lin- guagem mais ou menos caótica. Os nomes mais importantes da pintura cubista são Picasso, Braque, Fernand Léger e Mondrian. Na literatura, o principal representante dessa corrente é o poeta francês Apollinaire, autor de um manifesto de onde extraímos o seguinte fragmento: “Os grandes poetas e os grandes artistas têm por função social renovar continuamente a aparência que reveste a natureza aos olhos dos homens. Sem os poetas, sem os artistas, os homens aborrecer-se-iam depressa com a monotonia natural.” A literatura cubista demonstra preocupação com a construção do texto, ressaltando a importância dos espaços em branco e em preto da folha de papel e da impressão tipográfica. Apollinaire defendia “as palavras inventadas” e propunha a destruição da sin- taxe já condenada pelo uso, criando um texto marca- do por substantivos soltos, jogados aparentemente de forma anárquica, e pelo menosprezo por verbos, adje- tivos e pontuação. Assim como na pintura, as colagens e o rea- proveitamento de outros materiais passaram a ser in- corporados pelos textos poéticos. A poesia cubista caracteriza-se, também, pela utilização do verso livre, a negação da estrofe, da ri- ma e da harmonia. 5. EXPRESSIONISMO Este movimento surgiu em 1910, na Alema- nha, trazendo uma forte herança da arte final do sécu- lo XIX, preocupada com as manifestações do mundo interior e com a forma de expressá-las. Daí, a impor- tância da expressão, ou seja, a materialização, numa tela ou numa folha de papel, de imagens nascidas em nosso mundo interior, pouco importando os conceitos então vigentes de belo e feio. Por suas características, o Expressionismo desenvolveu-se mais na pintura, dando continuidade a um trabalho iniciado por Van Gogh, Cézanne e Gauguin. Van Gogh chegou a afir- mar que essa pintura, ao distorcer uma imagem para expressar a visão do artista, assemelhava-se à carica- tura. Esse julgamento explica o porquê do declínio do Expressionismo a partir de 1933, com a ascensão de Hitler na Alemanha: segundo as novas diretrizes, buscava-se uma arte pura, limpa, que retratasse a su- perioridade germânica, jamais uma caricatura. Editora Exato 7 Em 1912, Anita Malfatti, uma jovem paulista de 16 anos, parte para a Alemanha, já matriculada na Escola de Belas Artes de Berlim. Lá, entra em conta- to com o Expressionismo alemão, retornando, mara- vilhada, em 1914, quando realiza sua primeira exposição, em São Paulo. Sua segunda exposição, em 1917, desencadeou uma série de reações e acabou sendo o fato gerador da mostra de arte moderna que se concretizaria em 1922. Na literatura brasileira, são esporádicas as ma- nifestações expressionistas; o único caso em que elas são mais recorrentes é a poesia de Augusto dos An- jos, pré-modernista que teve suas obras publicadas em 1912. 6. DADAÍSMO Em 1916, em plena guerra, quando tudo fazia supor uma vitória alemã, um grupo de refugiados em Zurique, na Suíça, inicia o mais radical dos movi- mentos de vanguarda européia: o Dadaísmo. Tristan Tzara, o líder do movimento, afirma que dadá, pala- vra que ele encontrou casualmente ao colocar uma espátula dentro de um dicionário fechado, pode signi- ficar: rabo de vaca santa, mãe, certamente; nome de um cavalo de pau; e ama-de-leite. Mas o próprio Tza- ra acaba afirmando: “Dadá não significa nada” Os dadaístas não propõem nada, apenas a des- truição, pois lançam-se contra todos os valores cultu- rais, buscando um mundo mágico, semelhante ao mundo infantil. O Dadaísmo é a negação total, a de- fesa do absurdo e da incoerência, uma atitude de pro- testo contra uma civilização que conduziria a sociedade à guerra. Improvisação, desordem, ausência de equilí- brio são as principais características das obras dadaís- tas. 7. SURREALISMO Em Paris, 1924, foi lançado por André Breton, um ex-participante do Dadaísmo, o Manifesto do Surrealismo, dando início àquele que seria, cronolo- gicamente, o último movimento da vanguarda euro- péia dos anos 20. O Surrealismo apresenta ligações com o Dada- ísmo e o Futurismo. Propondo a elaboração de uma nova cultura, os surrealistas pregam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma outra, a partir de novas bases. Nesse aspecto, diferenciam-se dos dadaístas, cujas propostas tinham apenas um ca- ráter destruidor. Em termos de expressão artística, a grande no- vidade apresentada pelo Surrealismo foi a escrita au- tomática, ou seja, um método em que o escritor deveria deixar-se levar pelo seu impulso, registrando tudo o que lhe fosse ditado pela inspiração, sem se preocupar com a ordem e a lógica. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia atraem muito os surrealistas, pois eles procuram atin- gir a realidade situada no plano do subconsciente e do inconsciente; nesse aspecto, sua maneira de pene- trar no espírito humano se aproxima da atitude ro- mântica, embora os surrealistas fossem mais radicais. 8. PRINCIPAIS ANTECEDENTES DA SEMA- NA DE ARTE MODERNA 1911 Oswald de Andrade funda a revista de arte “O Pirralho”, cujos princípios eram questionar a arte brasileira. 1912 Oswald de Andrade volta de sua primeira vi- agem à Europa e divulga idéias cubistas e fu- turistas, entre elas a do verso livre. 1914 Anita Malfatti, vinda da Alemanha, expõe seus quadros expressionistas. 1917 É o ano marcante na gestão da Semana; al- guns escritores publicaram textos com tími- das inovações de linguagem: Mário de Andrade, sob o pseudônimo de Mário Sobral, “Há uma gota de sangue em cada poema”, Menotti del Picchia, Manuel Bandeira e Gui- lherme de Almeira também publicaram algu- mas novidades. Di Cavalcanti faz uma exposição de caricatu- ras em São Paulo e sugere arealização da “Semana de Arte Moderna”. Neste momento, os modernistas ainda não ti- nham um programa ideológico e estético pronto, mas iam tomando contato com os is- mos europeus através de livros e revistas. 9. A REALIZAÇÃO DA SEMANA - PONTOS MAIS MARCANTES Nas noites de 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, abriu-se ao público o saguão do Teatro Municipal de São Paulo, onde vários artistas mostravam obras com uma linguagem nova, afinada com as correntes esté- ticas do começo do século. 13/2/1922 Graça Aranha abre o espetáculo com sua conferência intitulada “A Emoção Esté- tica na Arte Moderna”, acompanhada da música de Ernani Braga e da poesia de Ronald de Carvalho e de Guilherme de Almeida. Villa-Lobos executou algumas peças. 15/2/1922 Ronald de Carvalho declamou o poema “Os sapos” de Manuel Bandeira, ridicu- larizando o Parnasianismo. A declama- ção foi acompanhada pelo público com gritos, miados, latidos e vaias. A grande atração da noite foi a pianista Guiomar Novaes, que apesar de ter protestado contra os organizadores da Semana, na Editora Exato 8 noite do dia 13, compareceu e apresen- tou-se. 17/21922 Foi o último dia da Semana. Nesta noite, realizou-se o “Terceiro e último grande festival” da Semana de Arte Moderna, com a apresentação de Villa-Lobos. O público já não lotava o teatro e compor- tava-se mais respeitosamente. Exceto quando o maestro Villa-Lobos entra em cena de casaca e chinelos, o público in- terpreta a atitude como futurista e vaia. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de futurismo e, sim, de um ca- lo arruinado. 10. DIVULGAÇÕES DAS IDÉIAS DA SE- MANA Revistas � Klaxon (buzina) - oposição entre o velho e o novo - São Paulo. � Estética - Rio de Janeiro � Festa - Rio de Janeiro � Terra Roxa e Outras Terras - São Paulo � Verde-Amarelo - Minas gerais � Revista de Antropofagia - São Paulo � A Revista - Belo Horizonte Manifestos � Manifesto da Poesia Pau-Brasil - poesia de exportação, poesia primitivista, valorizando os contrastes da realidade e cultura brasilei- ras. Propunha a criação de uma “língua bra- sileira”, sem erudição, a contribuição de todos os erros. � _Manifesto Antropófago ou Antropofágico - propunha a devoração da cultura estran- geira, acreditando que, assim, assimilariam esta cultura sem perder a própria identida- de. Tinha o tamanduá como símbolo. � Manifesto Regionalista de 1926 - procurava “desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste” dentro dos novos valores moder- nistas. Apresentava como proposta “traba- lhar em prol dos interesses da região nos seus aspectos diversos: sociais, econômicos e culturais.” � Verde-Amarelismo - propunha um naciona- lismo primitivista, ufanista e idolatria ao Tupi. Elegeu a anta como símbolo nacional. ESTUDO DIRIGIDO Leia o texto: Ode triunfal À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica. Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto, totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fú- ria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos mo- dernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa 1 Aponte, no texto acima, alguns aspectos fun- damentais do movimento futurista. 2 O poeta explora a força de alguns vocativos, invocando seres superiores. Destaque três des- ses vocativos. 3 O poeta afirma que quer cantar as máquinas com a força “de todas as minhas sensações”. Destaque os versos que expressam isso. EXERCÍCIOS 1 Relacione as perguntas apresentadas com os movimentos de vanguarda europeus que as respondem corretamente: a) Qual o movimento mais radicalmente niilista? b) Qual o movimento mais voltado para a idéia de velocidade? c) Qual o movimento mais comprometido com a criação de um mundo onírico? d) Qual o movimento mais relacionado com a i- déia de fragmentação? e) Qual o movimento que se caracteriza funda- mentalmente pela deformação da realidade, ressaltando seus elementos grotescos e bizar- ros? Editora Exato 9 ( ) o Dadaísmo. ( ) o Cubismo. ( ) o Surrealismo. ( ) o Expressionismo. ( ) o Futurismo. 2 (UFBA-BA) Analise cada afirmativa e assina- le a coluna I, se achar que a afirmativa está correta; assinale a coluna II, se achar que a a- firmativa está errada. Esta questão se refere aos movimentos de van- guarda. I II São correntes de vanguarda: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo, Sur- realismo. “...Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta...” – é exemplo da corrente vanguardista: Dada- ísmo. “...Eu insulto o burguês-funesto! O indi- gesto feijão com toucinho, dono das tradi- ções! Fora os que algarismam os amanhãs! Olha a vida dos nossos setembros!” – é e- xemplo da corrente futurista. Pré-história Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos”. - é exemplo da corrente surrealista. “Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita. Penso depois: não só para corri- gir, como para justificar o que escrevi”. – é exemplo da corrente dadaísta. 3 (CESCEM) A Semana de Arte Moderna re- presentou, no panorama cultural da época: a) a ruptura total com o passado artístico mais re- cente, no qual nada permitia prevê-la; daí a co- moção que causou. b) o resultado da condensação de aspirações va- gas, ainda informes até então, mas perceptíveis nas preferências do público em geral. c) a congregação de tendências que, sob formas várias e nas várias artes, se vinham delineando desde a década anterior. d) a reação aos ataques que os últimos parnasia- nos dirigiam contra a obra incipiente dos pri- meiros modernistas. e) a decorrência de reelaboração de recursos esti- lísticos presentes tanto na poesia parnasiana quanto na simbolista. 4 (UFRGS-RS) "O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: -'Meu cancioneiro É bem martelado..."' O poema, “Os sapos", de Manuel Bandeira, per- tence ao primeiro momento do Modernismo bra- sileiro, em que ocorreu uma tomada de posição contra: a) a expressão de sentimentos, o culto de temas clássicos, a atitude impessoal e erudita do poe- ta. b) a interferência emocional do poeta, a lingua- gem classicizante, as rimas ricas. c) o culto de rimas ricas, o metro perfeito, a ex- pressão classicizante. d) a ênfase oratória, as atitudes sentimentais, a poesia pessoal. e) a poesia de expressão pessoal, a linguagem menos rigorosa, a ausência de rimas. 5 (COVEST) Nesta questão, constam informa- ções sobre o Modernismo Brasileiro. Julgue os itens: 1111 Teve várias fases. A primeira, mais marcante, tem vários pontos comuns com o Parnasianis- mo, sobretudo o respeito à forma. 2222 Na sua 1ª fase, após a Semana de Arte Moder- na que o inaugurou, subdividiu-se em vários movimentos: Pau-Brasil, Verde-amarelo, An- tropofágico e Movimento da Anta. 3333 A 2ª fase foi a do Romance Regional, iniciado por José Américo e continuado por José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Raquel de Quei- roz e outros. 4444 Érico Veríssimo foi o representante gaúcho do romance regional, autor de “O Tempo e o Ven- to” e (muito depois) “Incidente em Antares”. O romance regional tinha como protagonistas gente anônima do interior e trazia a público os problemas sociais como objeto de estudo e re- flexão. 5555 A Semana de Arte Moderna renovou estetica- mente apenas a literatura, não se estendendo às demais artes como a pintura, a escultura e a música, onde despontou a figura de Carlos Gomes.Editora Exato 10 6 (UCP-PR) O ano decisivo para o Modernismo brasileiro é 1917, já que nele aparecem produ- ções que iriam revolucionar a arte literária bra- sileira. Da lista abaixo, o que apareceu pela primeira vez, em 1917, foi: a) Wilson Martins: O Modernismo e Mário da Silva Brito: antecedentes da Semana de Arte Moderna. b) Monteiro Lobato: Urupês e Manuel Bandeira: Carnaval. c) Anita Malfatti: Homem amarelo e Mulher de cabelos verdes e Di Cavalcanti: Carnaval. d) Mário de Andrade: Paulicéia desvairada e Gra- ça Aranha: Canaã. e) Menotti del Picchia: Juca Mulato e Manuel Bandeira: A cinza das horas. 7 No ano de 1967, 45 anos depois da Semana, portanto, intelectuais e artistas (Caetano Velo- so, Gilberto Gil, Torquato Neto e Rogério Du- prat, entre outros) lançaram o Tropicalismo, movimento de renovação musical que ganhou adeptos na literatura, no cinema e no teatro. O Tropicalismo tem relação com a Antropofagia, o mais radical dos manifestos do Modernismo, publicado em 1928. Uma das novidades do Tro- picalismo foi a utilização da guitarra elétrica, até então símbolo da música “de fora”; no acompa- nhamento da música popular brasileira. Responda: baseando-se nessa informação, que re- lação há entre o Tropicalismo e a Antropofagia? GABARITO Estudo Dirigido 1 Lâmpadas elétricas de fábrica / desconhecida dos antigos / ruídos modernos. 2 Ó rodas, ó engrenagens, ó máquinas. 3 Versos 3, 8, 9, 10, 11, 12 Gabarito 1 A, D, C, E, B 2 I, I, I, I, II 3 A 4 C 5 E, C, C, C, E 6 E 7 Os dois movimentos propunham-se a incorpo- rar, devorar, deglutir a cultura estrangeira e a- propriar-se dos aspectos positivos dessa cultura.
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