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NATHANE CUIDAR III

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___________________________________________________________________________________________
CENTRO UNIVERSITARIO SEQUENCIAL DE ENSINO
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 6º SEMESTRE
PROCESSO DO CUIDAR III
ENFERMAGEM NA HEMODIALÍSE
PERITONEAL E FISTULAS
SÃO PAULO
2019
CENTRO UNIVERSITARIO SEQUENCIAL DE ENSINO
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 6º SEMESTRE
PROCESSO DO CUIDAR III
ENFERMAGEM NA HEMODIALÍSE
PERITONEAL E FISTULAS
ALUNOS: ALESSANDRO ALMEIDA
 DINELIA PEIXOTO
 NATHANE NOVAIS
 PRISCILA GUIMARÃES
 ROBSON SILVA
Análise do artigo sobre Enfermagem na
hemodialìse peritoneal e fistulas
apresentado ao curso de enfermagem
6º semestre como parte dos requisitos 
necessários à obtenção da graduação 
de enfermagem na valiação da materia
Processo do cuidar III com orientação da
 Prof.º Marcelo Henrique F. Santos
SÃO PAULO
2019
Sumario
Introdução............................................................................................................04
Insuficiência renal crônica..................................................................................05
O paciente dialítico..............................................................................................06
Tratamento..........................................................................................................06
Fistula..................................................................................................................07
Dialíse Peritoneal................................................................................................07
Reações adversas da Dialíse............................................................................08
Cuidados de Enf. com Fistulas............................................................................08
Cuidados de Enf. na Dialíse Peritoneal...............................................................09
Conclusão............................................................................................................10
Bibliografia...........................................................................................................11
INTRODUÇÃO
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma enfermidade que altera o cotidiano do indivíduo que a vivência, uma vez que, consiste numa lesão e perda progressiva e irreversível das funções renais, sendo caracterizada também como um problema social, uma vez que interfere no papel que o individuo doente desempenha na sociedade. Estabelecendo um longo processo de adaptação a essa nova condição saude doença, no qual a pessoa precisa identificar meios para lidar com o problema renal e com todas as mudanças e limitações que o acompanham. À medida que a insuficiência renal avança, os pacientes podem apresentar sintomas que modificam sua vida. Nas fases iniciais da IRC, as manifestações clínicas laboratoriais são mínimas ou podem estar ausentes. O conhecimento sobre a patologia é de fundamental importância para posterior diagnóstico, que pode ser sugerido pela presença da associação de algumas manifestações metabolicas e fisiológicas inespecíficas (fadiga, anorexia, emagrecimento, prurido, náuseas ou insônia) e especificas (anemia sem evidencias de ferropenia ou hemólise, hipertensão, poliúria, noctúria, hematúria ou edema).
O número crescente nas taxas de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo de pessoas acometidas pela doença, caracteriza a IRC como um sério problema de saúde pública. Do mesmo modo, a doença restringe e impõe um novo estilo de vida a essas pessoas, ocasionando problemas físicos, psicológicos e sociais, como disfunções sexuais, inaptidão para o trabalho e problemas com a auto imagem, ocasionando impacto negativo a qualidade de vida. A equipe deve estar preparada tecnicamente e cientificamente para prestar uma assistência de forma eficaz. Essa assistência deve ser iniciada logo na Atenção Básica com a finalidade preventiva, identificando patologias de base que possam favorecer o desenvolvimento do comprometimento renal, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)e o diabetes mellitus (DM). Após o diagnóstico da doença a equipe necessita estar capacitada para oferecer um cuidado integral e contínuo a este paciente.
Compondo esta equipe multiprofissional encontra-se o enfermeiro que necessita direcionar os seus cuidados para este paciente portador de IRC de forma individualizada, promovendo um cuidado sistematizado e direcionado a promover as sensações positivas, encorajar o autocuidado e favorecer a autonomia destas pessoas. É extremamente importante as explicações e a informação para o paciente e sua família em relação à doença renal crônica, opções de tratamento e complicações potenciais. É importante salientar ainda que é de responsabilidade do enfermeiro a transmissão de conhecimentos sobre a doença para o paciente e seus familiares, promovendo deste modo, conforto e auxiliando-os, para que aprendam a conviver melhor com essa doença crônica. O paciente necessita entender perfeitamente, desde o início do programa hemodialítico que sua negligência quanto ao tratamento, trará graves consequências. O enfermeiro terá de comunicar ao paciente as orientações corretas para que ele possa decidir adequadamente sobre suas responsabilidades.
Diante de tudo isso, esse trabalho objetiva mostrar o que é a hemodialíse peritoneal e fistulas, como é realizado os cuidados diante da patologia de IRC, e qual o papel do enfermeiro que atende esse paciente. Este deve estar apto a realizar os procedimentos técnicos necessarios na atenção ao paciente em hemodialise.
 
ANATOMIA E FUNÇÃO RENAL
Os dois rins acham-se situados junto à parede posterior do abdome, fora da cavidade peritoneal. Cada rim de um adulto pesa cerca de 150 g e tem aproximadamente o tamanho de um punho fechado. A borda medial de cada rim contém uma região endentada (hilo), pelo qual passam a artéria e a veia renais, os vasos linfáticos, o suprimento nervoso e o ureter. O parênquima renal é constituído por duas camadas visivelmente distintas: a cortical, mais externa, e a medular, mais interna. Envolvendo o contorno externo dos rins, encontra-se uma membrana de tecido conjuntivo: a cápsula renal. A urina formada no parênquima renal é despejada numa complexa rede de cavidades: os cálices renais menores, os cálices renais maiores e a pelve renal. A camada cortical contém os glomérulos, e, assim é responsável pela depuração do sangue que chega aos rins, dando início à formação do filtrado, precursor da urina. 
Cada rim é constituído por cerca de um milhão de néfrons, sendo estes a unidade funcional dos rins. O rim não tem a propriedade de regenerar seus néfrons. Após os quarenta anos de idade, o número de néfrons funcionantes usualmente decresce cerca de 10 % a cada dez anos. O néfron executa os dois principais processos que envolvem a gênese da urina: a produção do filtrado glomerular nos corpúsculos de Malpighi e o complexo processamento deste filtrado em seu sistema tubular. Os rins apresentam função excretória, de regulação do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico e função endócrina, mediada basicamente através da produção de hormônios. O rim elimina do organismo grande parte das substâncias tóxicas derivadas do metabolismo, principalmente as toxinas resultantes do metabolismo protéico, executando também a função excretória através da filtração glomerular. A taxa de filtração glomerular (TFG) é o parâmetro que quantifica esta função. Seu valor normal está entre 80-140 ml/min, equivalendo a aproximadamente 120 litros de plasma filtrados diariamente. Destes, cerca de 118 litros retornam para o plasma através da reabsorção tubular, e os 2 litros restantes são eliminados como urina.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
A Insuficiência Renal Crônica é uma doença progressiva, caracterizada por uma crescente incapacidade do rim em manter níveis normais dos produtos dometabolismo das proteínas e valores normais da pressão arterial e do hematócrito, bem como o equilíbrio àcido-básico5. Como conseqüência haverá elevação das concentrações séricas ou plasmáticas de todos os catabólicos derivados principalmente do metabolismo protéico, tipificados pelo aumento da uréia. Quando o nível sérico de creatinina no adulto atinge cerca de 3 mg/dl, e nenhum dos fatores na patogenia da doença renal é reversível, a doença renal tende a evoluir para a Insuficiência Renal Crônica Terminal, isso pode levar de apenas alguns anos.
O resultado final de múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade renal em manter a homeostasia interna do organismo, uma vez instalada, leva à necessidade de manter um tratamento contínuo para substituir a função renal. A incidência, ou seja, o número de pacientes que entram em diálise por ano, é estimada em 70 por milhão, o que indicaria uma entrada de 11.900 pacientes novos por ano em tratamento dialítico. Estes dados revelam que no Brasil possivelmente um grande número de pacientes não está sendo identificado a tempo de receber o tratamento indicado.
As causas da IRC terminal são bem conhecidas, entretanto, devido à velocidade variável de sua progressão, a prevalência e a freqüência relativa dos diferentes tipos de doença renal crônica não estão bem definidas. Freqüentemente, as doenças sistêmicas afetam e destroem potencialmente os rins, sendo que dois terços dos casos incidentes resultam de diabetes ou de hipertensão. Os indicadores de desenvolvimento de glomeruloesclerose diabética consistem em hipertensão, controle glicêmico inadequado, microalbumunúria e aparecimento de doença vascular de retina. Qualquer idade, sexo ou raça pode ser acometida pela IRC. No Brasil, cerca de 60% dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica estão na faixa etária entre trinta e sessenta anos, pacientes renais crônicos não suportam sobrecargas agudas de sódio, água e potássio, como indivíduos normais, apresentando edema agudo de pulmão em situação de excesso de ingestão de sódio e água além da hipercalemia com ingestão excessiva de potássio.
O QUE É O PACIENTE DIALITICO?
A nefropatia crônica é uma condição mórbida decorrente de uma série de fatores, que possui como característica fisiopatológica básica a falência das funções renais, resultando no impedimento da eliminação eficaz de produtos residuais metabólicos do organismo, de forma a acarretar um progressivo acúmulo desses catabólicos no sangue. A falência das funções renais é caracterizada, na maioria dos casos, por nefropatia crônica, como insuficiência renal crônica (IRC). A IRC consiste em uma perda progressiva e irreversível das funções renais que pode se iniciar com um quadro agudo ou de maneira lenta e progressiva, a IRC não contempla uma cura. O tratamento definitivo indicado é o transplante renal, o qual é um processo demorado e, como alternativa para se manter a vida, opta-se pelo tratamento dialítico contínuo A diálise é um tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas, o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. A diálise pode ser subdividida em duas modalidades: diálise peritoneal ou hemodiálise.
Dentre as complicações mais frequentes da IRC estão os processos infecciosos, distúrbios do metabolismo ósseo e mineral, acidose metabólica, distúrbios do potássio, desequilíbrios da homeostase da água e do sódio, anemia, hipertensão arterial, alterações da nutrição, retardo do crescimento, insuficiência cardíaca e pericardite. A insuficiência renal (IR) é uma doença sistêmica e consiste na via final comum de muitas diferentes doenças do rim e do trato urinário. A insuficiência renal refere-se à situação na qual os rins não são mais capazes de remover os produtos de degradação metabólica do corpo ou de realizar suas funções reguladoras, podendo se apresentar nas formas aguda (IRA) ou crônica.
A instalação da doença caracteriza-se pelo declínio das funções bioquímicas e fisiológicas de todos os sistemas do organismo, secundária ao acúmulo de catabólitos (toxinas urêmicas), alterações do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico, acidose metabólica, hipovolemia, hipercalemia, hiperfosfatemia, anemia e distúrbio hormonal, hiperparatireoidismo, infertilidade, retardo no crescimento e outros.
TRATAMENTO
 Em contraste com outras formas de insuficiência terminal de órgãos, a insuficiência renal é singular pelo fato de dispor de três modalidades de terapia. Além do tratamento etiológico, o tratamento de pacientes com insuficiência renal deve ser centrado no estabelecimento de dieta hipoprotéica e uso de medicamentos. A restrição de proteínas reduz a formação de uréia e outros produtos tóxicos, reduzindo fatores de progressão e principalmente sintomas urêmicos. Atualmente dispomos de uma mistura para uso oral de cetoácidos e aminoácidos essenciais que substitui quase toda a ingestão protéica, promovendo importante redução da uréia plasmática. É recomendável utilizar-se dos conhecimentos de nutricionista treinado em tratamento de pacientes renais crônicos para se evitar desnutrição. Deve ser iniciado com redução do sal de adição na dieta, restringindo-se a quantidades menores que 5g/dia.
Nos primórdios da diálise poderia ser razoável ter como objetivo evitar a morte por hipervolemia ou hiperpotassemia, hoje o tratamento dialítico busca reverter os sintomas urêmicos, reduzir as complicações a longo prazo, diminuir o risco de mortalidade, melhorar a qualidade de vida e promover a reintegração social do paciente. A diálise substitui duas importantes funções renais: a remoção de solutos e a remoção de líquido, mas não substitui a função endócrina, e portanto, não controla distúrbios como o hiperparatireoidismo secundário, a osteodistrofia e a anemia. Na hemodiálise, a remoção de solutos ocorre predominantemente por difusão, que se refere ao movimento de solutos do compartimento sanguíneo para o compartimento de dialisato, através de uma membrana semipermeável.
A diálise pode servir de terapia de suporte durante a fase inicial de preparo para o transplante renal, no pós-operatório imediato, nos casos de rejeição aguda ou de necrose tubular aguda e, nos casos de rejeição crônica, com retorno do paciente para o programa de diálise. Ocorreram vários avanços na tecnologia do tratamento de diálise, resultando em reduções significativas nas complicações intradialíticas. Entretanto, estas complicações, ainda causam considerável morbidade e, raramente, mortalidade.
Com a instalação da hipotensão, os pacientes se queixam de tontura, vertigens ou náuseas, outros relatam cãibras. Em alguns pacientes não há sintomas até que a pressão arterial caia a níveis extremamente baixos, por essa razão a pressão arterial deve ser monitorizada regularmente durante as sessões de hemodiálise.
FISTULA 
A fístula arteriovenosa (FAV) permite um acesso vascular repetido por meses a anos, que constitui o acesso “padrão ouro” da hemodiálise, envolve a anastomose da artéria radial com a veia cefálica, com a “arterialização” subseqüente das veias superficiais do antebraço, permitindo uma taxa de fluxo sanguíneo de até 400 ml/min. O problema mais freqüente consiste em falha de amadurecimento, sobretudo em pacientes com doença vascular periférica e diabetes, é importante evitar qualquer punção venosa no braço não-dominante de todos os pacientes com IRC.
Deve-se planejar a colocação de FAV muito tempo antes da abordagem do paciente para a hemodiálise, visto que a maturação de uma fístula geralmente requer seis a oito semanas. A prescrição de hemodiálise é individualizada de acordo com o biótipo e a ingestão de proteínas do paciente. A uréia é utilizada como marcador substituto da depuração, visto que reflete a eficiência de remoção de pequenas toxinas urêmicas.
DIALÍSE PERITONEAL
A DPAC (dialise peritoneal ambulatorial continua), oferece várias vantagens como: evitar a necessidade de acesso vascular, que representa um grande problema parapacientes diabéticos, crianças de pouca idade e pacientes com doença vascular grave; e poder ser efetuada sem anticoagulação, diminuindo o possível risco de sangramento. Como a diálise peritoneal é um processo lento e contínuo, evita os acentuados desvios hemodinâmicos e osmóticos associados á hemodiálise. Os pacientes podem ser orientados na sua execução em casa, proporcionando-lhes um senso de controle e independência.
 A diálise peritoneal utiliza a própria membrana peritoneal do indivíduo para a remoção dos produtos de degradação e de líquido. O peritônio é um tecido extremamente vascularizado, contendo capilares de permeabilidade acentuada, e banhado externamente pelo líquido peritoneal. Durante a diálise peritoneal no adulto, através de cateter peritoneal são infundidos, soluçoões contendo eletrólitos em concentrações fisiológicas, para corrigir os distúrbios do equilíbrio ácido-básico e dos eletrólitos, e ainda, concentrações variáveis de glicose. As substâncias se difundem do sangue para a cavidade peritoneal, através do peritônio. Depois de um tempo específico de permanência, necessário para a difusão das substâncias do plasma para o líquido peritoneal, que varia de três a seis horas por troca, o líquido é drenado e o processo é repetido.
REAÇÕES ADVERSAS DURANTE A DIALÍSE
Apesar de todos os avanços feitos no campo da hemodiálise e de sua crescente melhora muitas complicações podem ocorrer durante uma sessão, o aparecimento de febre e calafrios durante a hemodiálise pode estar ligado a pirogenia ou infecção. As complicações mais comuns são:
> Dor de cabeça;
> Cãibras;
> Queda da pressão arterial;
> Reações alérgicas;
> Vômitos;
> Calafrios;
> Desequilíbrio dos eletrólitos do sangue;
> Convulsões;
A hipertensão é considerada uma das maiores causas de morbidade e mortalidade em pacientes em diálise. A embolia gasosa é uma situação rara, mas de emergência, na qual ocorre a passagem de ar através dos capilares pulmonares e o ventrículo esquerdo, resultando em embolização do ar para artérias do cérebro e coração, com disfunção neurológica e cardíacas agudas. Pode decorrer de uma falha humana ou no equipamento.
DIFERENCIANDO:
Hemodiálise - Uso de um equipamento específico que filtra o sangue diretamente e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas.
Diálise peritoneal - Uso de equipamento específico que infunde e drena uma solução especial diretamente no abdômen do paciente, sem contato direto com o sangue.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM FISTULA DIALÍTICA
Os pacientes renais crônicos dependem para viver de diálises periódicas e sucessivas, o que implica em internações também periódicas e sucessivas por tempo indeterminado.
A enfermeira é o elemento que está em maior contacto com o paciente, estando presente antes, durante, e após a diálise. Ela deverá estar alerta para detectar possíveis intercorrências durante a diálise, e tomar as medidas cabíveis com presteza e rapidez, pois a vida do paciente pode depender de muitas destas providências.
Os cuidados de enfermagem devem abranger não só os cuidados físicos, mas também os psicológicos e espirituais. Quanto ao aspecto físico, a enfermeira atenderá as necessidades básicas do paciente, e dispensará todos os cuidados relativos ao paciente em diálise:
- pesar o paciente antes, e após a diálíse para contrôle da quantidade de líquido perdido durante a mesma;
- colher sangue do paciente para tempo de coagulação de hora em hora;
- verificar os sinais vitais, antes do início da diálise, e periodicamente e cada 15 minutos, durante a 1.ª hora, e depois a cada hora;
- manter o paciente aquecido;
- observar o funcionamento do aparelho;
- tomar medidas cabíveis em caso de acidentes com o aparelho e a cânula do paciente;
- oferecer ao paciente a dieta prescrita, anotando sua aceitação. Em nosso serviço, os pacientes com insuficiência renal recebem uma dieta, hipoproteica (40 a 60g/dia), e hipossódica (400 a 1000mg/dia), com restrição de potássio e água;
- estar atenta às intercorrências que podem aparecer;
- chamar o médico sempre que julgar necessário;
- nunca deixar o paciente sozinho durante a hemodiálise;
- colher sangue do paciente antes e após a diálise, para contrôle das condições do paciente e eficiência da diálise. Os exames sangüíneos que são realizados, são de: uréia e creatinina, Na e K, hematológico completo; micro-hematócrito, pH, pCO2.
- cuidado diário que deverá ser dispensado ao local aonde estão inseridas as cânulas, a fim de reduzir a probalidade de infecção. Deve-se fazer uma limpeza e desinfecção da área ao redor da inserção, e protegê-la com um curativo fixado com atadura de crepe.
O bom êxito da hemodiálise prolongada depende, em grande parte, da relação paciente-enfermeira. O paciente é, na maioria das vezes, mantido vivo por uma máquina, vivendo, portanto, um estado de dependência. Sua tendência é de se apegar às pessoas que participam de seu cuidado, o que aumenta, progressivamente, sua necessidade delas. É necessário encorajar a independêcia destes pacientes, embora a enfermeira deva estar sempre de prontidão ao lado para deles orientá-los. Tanto os pacientes, quanto sua família, requerem uma assistência psicológica sistemática e efetiva.
PROCEDIMENTO CORRETO PARA MANIPULAÇÃO DA FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA
- retira-se o curativo, e faz-se assepsia da pele;
- injeta-se próximo ao local aonde se vai fazer a punção, 0,5 ml de xilocaína subcutâneo;
- punciona-se a veia e a artéria com 'Butterfly" n.º 16 ou 18, fixando-se bem;
- colhe-se o sangue que flui pelo '"Butterfly" arterial para os exames, e hepariniza-se o paciente pelo ramo venoso.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM DIALÍSE PERITONEAL
A Diálise Peritoneal envolve o transporte de solutos e de água através de uma membrana que separa dois compartimentos contendo líquidos. Esses dois compartimentos são o sangue nos capilares peritoneais, e a solução de diálise na cavidade peritoneal. Durante o curso da DP ocorrem simultaneamente três processos de transporte: difusão, ultrafiltração e absorção.
As modalidades de diálise peritoneal utilizadas são: Diálise Peritoneal Intermitente (DPI), Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua (DPAC), Diálise Peritoneal Continua Automatizada (DPA), Diálise Peritoneal Noturna (DPN) e Diálise Peritoneal Ambulatorial Diária (DPAD). A seleção de pacientes para diferentes modalidades dialíticas deve ser feita de acordo com a avaliação de vários parâmetros, como condições clínicas, sócio-economicas e de qualidade de vida.
Para que seja realizada a diálise peritoneal é necessário que o cirurgião insira um cateter de longa permanência. Atualmente, o mais utilizado é o cateter de tenckhoff, que é um dispositivo inserido na região abdominal, contendo dois “cuff’, o primeiro é localizado no tecido subcutâneo, enquanto o segundo fica na parede do músculo reto abdominal, ambos com função bacteriostática e para a própria fixação do cateter, através do surgimento de fibrina. A maioria das complicações de DP estão relacionadas ao cateter. Neste sentido, a Diálise Peritoneal Ambulatorial (DPA), tanto contínua (DPAC) como automática (DPA), constituem alternativas terapêuticas que resgatam a liberdade de ação dos pacientes e propiciam o controle mais efetivo do quadro clínico. No entanto, ainda hoje, muitos pacientes são excluídos desta modalidade de tratamento devido a diferentes complicações que, embora sua incidência esteja diminuindo, ainda constituem o ponto fraco da Diálise Peritoneal.
A conduta do enfermeiro quando o paciente decide pela terapia de diálise peritoneal, o mesmo então será avaliado em relação ao auto cuidado, habilidade manual para realizar o procedimento, destreza cognitiva para realizar balanços hídricos e detecção de complicações. Após ser avaliado, o paciente participa de sessões de treinamento. Dependendo do paciente o enfoque inicial do treinamento vai ser para a habilitação de troca de bolsa ou teoria. Utilizam-se aventais de simulação de troca de bolsa colocados no próprio paciente. Durante o processo sãosimuladas também as complicações mais freqüentes do método e suas respectivas soluções.
Na terapia de DP, a enfermeira acompanha e auxilia o paciente durante o implante do cateter no centro cirúrgico sempre atenta ao aspecto do curativo no local de implante do cateter, extravasamento de líquidos, edema, sintomas urêmicos e principalmente às queixas do paciente (dor na drenagem e infusão). Participa da evolução do paciente, coleta informações para o banco de dados, faz os registros e providencia os materiais necessários. Realiza visitas domiciliares periódicas para acompanhamento do paciente, esclarecendo suas dúvidas e reforçando os cuidados a serem desenvolvidos. É uma constante educadora, pois além do treinamento dos pacientes e familiares, realiza reciclagens periódicas e participa das avaliações junto ao médico.
Durante o processo de diálise o enfermeiro enfatiza ao cliente renal o cuidado especifico e cauteloso com o curativo do cateter de DP, ensina-o a atentar a qualquer anormalidade deste orifício, prevenindo-o para futuras complicações infecciosas (peritonite) ou mecânicas que possam prejudicar o método de DP. Essas informações são transmitidas com clareza e firmeza, para que este paciente sinta segurança e confiança neste profissional e obtenha uma aderência às orientações pertinentes ao tratamento.
Os pacientes mal adaptados, com elevada incidência de peritonites e/ou infecções de túnel ou os mais criativos, devem ser treinados novamentepelo menos a cada três meses, bem como aqueles com o segundo episódio de peritonite em tempo inferior a doze meses. A família também participa do cuidado ao cliente renal, por isso é necessário que o enfermeiro avalie a família, os aspectos de interação, integridade, saúde, enfrentamento e desenvolvimento, pois podem afetar a saúde do indivíduo e os resultados de intervenções.
Sendo assim o enfermeiro precisa desenvolver habilidades técnicas e humanas que possam favorecer o relacionamento interpessoal. É por meio da comunicação estabelecida com o paciente que podemos compreendê-lo em seu todo e ajudá-lo a reequilibrar-se mais rapidamente.
CONCLUSÃO
A partir do estudo realizado para a formulação desde trabalho, observou-se que a insuficiência renal crônica é uma patologia progressiva que pode apresentar diversas conseqüências fisicas e psicosociais prejudiciais ao paciente, o que causa considerável morbidade.
Sendo assim, é de suma importância que todos os profissionais da área de saúde, que atuam com esses pacientes, tenham um profundo conhecimento da patologia em questão a fim de melhorar o tratamento e a qualidade de vida de seus portadores.
Atualmente a sistematização da assistência de enfermagem torna-se mais detalhada podendo o enfermeiro identificar com mais facilidade as complicações geradas pelos métodos dialíticos, garantindo uma solução mais ágil e eficiente. Os procedimentos técnicos também são específicos favorecendo o aprimoramento no cuidado do cliente renal. Em posse de um conhecimento especializado o enfermeiro garante uma assistência mais planejada que reflete na segurança do paciente. O medo de morrer, perder o peritôneo, ou ter que fazer hemodiálise esta presente constantemente e a confiança do paciente no enfermeiro minimiza seus medos, promove maior aderência ao tratamento, além construir a confiança para que o paciente realize o auto-cuidado nas trocas de bolsas e nos cuidados pertinentes ao curativo.
Em resumo: 
1. O cuidado do paciente em hemodiálise é uma área recente no campo da enfermagem. É necessário que a enfermagem se aprofunde, se aperfeiçoe, e se atualize constantemente nesta área.
2. O conhecimento da aparelhagem e seu funcionamento é de grande importância, para que se possa dar uma assistência efetiva ao paciente.
3. Para uma assistência de enfermagem eficiente, é necessário que a enfermeira responsável pelo serviço tenha conhecimentos especializados sobre fisiologia renal, e insuficiência renal aguda e crônica. A falta de base teórica torna inseguro o planejamento, e a execução dos cuidados de enfermagem.
4. A enfermeira, psicóloga e a dietista devem trabalhar em contacto permanente, em benefício do paciente.
5. O pessoal que irá trabalhar num serviço de hemodiálise deve ser rigorosamente selecionado, e devidamente treinado.
6. A assistência integral do paciente depende de um bom entrosamento entre os diversos departamentos e serviços hospitalares.
BIBLIOGRAFIA
Atuação do enfermeiro no cuidado da fistula arteriovenosa em tratamentos hemodialíticos. artigo cientifico em:m http://revistacientifica.facmais.com.br/wp-content/uploads/2017/09/1.-Atua%C3%A7%C3%A3o-do-Enfermeiro-no-Cuidado-da-F%C3%ADstula-Arteriovenosa-em-Tratamentos-Hemodial%C3%ADticos.pdf acessado em 07.03.2019
Diagnóstico de Enfermagem da Nanda - Definições e Classificações - 2015-2017 http://www.unipacgv.com.br/capa/wp-content/uploads/2017/10/NANDA-2015-2017-EBOOK-1-1.pdf acessado em 03.03.2019
ENGEL, C. L. et al. Insuficiência Renal Crônica. Fortaleza: Med Curso: Do Internato à Residência, 2015. v. 5. p. 25-48. (Nefrologia).
MURUSSI, Márcia. et al. Diabetic nefhropathy in type 2 diabetes mellitus: risk factors and prevention.Arq Bras Endocrinol Metab. São Paulo, v.47, n.3, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004273020030003000&lng=&nrm=iso> Acessado em: 01 março de 2019.
Paciente com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico: atividade educativa do enfermeiro. Rev Lat-Am Enf 1998 Out; 6(4):31-40.p.31
 Smeltzer SC, Bare BG, Brunner, Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 12º ed, Rio de Janeiro: Guanabara koogan; 2012.p.1100.
Sociedade Brasileira de Nefrologia [homepage na internet]. O rim e suas doenças. [acesso em 01 Nov 2018]. Disponível em: http://www.sbn.org.br/publico/rim.htm

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