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pública, caso esta não seja intentada no prazo de seis meses, contado do dia em que se esgotou o prazo para oferecimento da denúncia pelo MP. 501. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) A ação penal no crime complexo será intentada, em qualquer hipótese, por intermédio de queixa-crime. 502. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, na ausência deste, o parente mais próximo na ordem de ascendente, descendente ou irmão. Havendo divergência entre os sucessores, o juiz extinguirá a ação penal. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 149 503. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) A recusa do perdão por um dos querelados não produz efeitos jurídicos aos demais querelados que aceitarem ser perdoados e impede, de igual modo, a extinção da punibilidade. 504. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Na sucessão do direito de queixa ou de representação, caso o cônjuge, que possui preferência, manifeste desinteresse em propor a ação ou em ofertar a representação, isso obstará o direito dos outros sucessores. 505. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Na ação penal pública condicionada à representação, caso a vítima, maior de idade e capaz, tenha deixado transcorrer o prazo para representar, mesmo tendo ciência da autoria da infração penal, vindo esta a falecer, o direito de representação passará aos sucessores. 506. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Na ação penal pública condicionada à requisição do ministro da Justiça, poderá ocorrer a sucessão processual, caso este não a exercite no prazo estabelecido em lei. 507. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Em qualquer infração penal, o recebimento de valores pelo ofendido ou seus sucessores, como indenização do dano causado pelo crime, consiste em renúncia tácita ao direito de queixa ou de representação. 508. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) A extinção da pessoa jurídica, titular da ação penal privada em curso, sem deixar sucessor, autoriza o MP a dar seguimento à ação. 509. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) A denúncia é o instrumento de provocação da jurisdição na ação penal pública, seja esta condicionada ou incondicionada. 510. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Na ação penal pública condicionada, caso o MP não ofereça denúncia no prazo, ocorrerá para este a decadência. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 150 511. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Se, na ação penal privada personalíssima, a vítima se tornar incapaz, o direito de queixa transfere-se ao curador legal e, uma vez restabelecida a capacidade, pode a vítima prosseguir com a ação penal intentada ou desistir dela. 512. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) Na ação penal privada personalíssima, sendo a vítima menor de idade, deverá aguardar a maioridade para ingressar com a ação penal, ou nomear curador especial para tal fim. 513. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) No caso de falecimento do titular da ação penal privada personalíssima com a ação penal em curso, os sucessores poderão prosseguir no feito. 514. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) A única possibilidade da ação penal privada personalíssima do ofendido existente no ordenamento jurídico brasileiro é a do crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento para o casamento. 515. (CESPE / Agente administrativo – DPU / 2010) No caso de ação penal privada personalíssima, ocorrendo o falecimento ou a declaração de ausência do ofendido, antes de ingressar com a referida ação penal, o direito de oferecer queixa passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Gabaritos – Capítulo 8 486 E 494 E 502 E 510 E 487 E 495 E 503 E 511 E 488 E 496 E 504 E 512 E 489 E 497 C 505 E 513 E 490 C 498 E 506 E 514 C 491 C 499 E 507 E 515 E 492 E 500 C 508 E 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 151 493 E 501 E 509 C Comentários – Capítulo 8 486. Errado. Segundo o entendimento jurisprudencial, não há prazo definido para a requisição. Assim, pode-se afirmar que a requisição ministerial para a propositura de ação penal não se submete ao prazo de seis meses. 487. Errado. O Ministério Público não é obrigado a oferecer denúncia devido à requisição do Ministro da Justiça. Deverá o Parquet agir com independência e analisar os fundamentos que embasam o pedido. 488. Errado. O magistrado não está vinculado à definição jurídica do fato delituoso feita pelo ministro da Justiça, na requisição. Segundo pacífico entendimento jurisprudencial, a alteração da definição jurídica não é causa para invalidar a requisição, pois a solicitação para a apuração é que constitui a condição objetiva de procedibilidade. 489. Errado. A requisição do Ministro da Justiça, condição de procedibilidade, é um ato administrativo, discricionário e irrevogável, que deve conter a manifestação de vontade para a instauração da ação penal, com menção do fato criminoso, nome e qualidade da vítima, nome e qualificação do autor do crime etc., embora não exija forma especial. Tem sua razão de ser por se atender, com a sua imprescindibilidade, às razões de ordem política que subordinam a ação penal pública, em casos específicos, a um pronunciamento do ministro. É necessária a requisição, segundo o Código Penal, nos crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (art. 145, parágrafo único, primeira parte) e nos delitos praticados por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7°, § 3°). 490. Correto. Conforme o § 1º, do art. 100, do Código Penal, a ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. Tal requisição constitui condição objetiva de procedibilidade. 491. Correto. Conforme entendimento jurisprudencial, a ação penal, originariamente privada, transmuda-se em pública condicionada, se 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 152 comprovada por qualquer meio idôneo a miserabilidade da vítima e/ou de seu representante legal. 492. Errado. Nos termos do art. 104, do Código Penal, o direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. Assim, percebe-se que se opera a renúncia antes da instauração da ação penal. 493. Errado. Conforme o § 4º, do art. 100, do Código Penal, no caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 494. Errado. Conforme dispõe o art. 100, do Código Penal, a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 495. Errado. Segundo o art. 104, do Código Penal, importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo. Não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 496. Errado. Conforme o § 2º, do art. 100, do Código Penal, a ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Tal representação não necessita, obrigatoriamente, ser efetuada por advogado com poderes gerais de representação do ofendido. 497. Correto. Dispõe o art. 106, § 2º, do Código Penal, que não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença