315 pág.

Pré-visualização | Página 43 de 50
condenatória. 498. Errado. Nos termos do art. 105, do Código Penal, o perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta o prosseguimento da ação. 499. Errado. O prazo decadencial, nos termos do art. 103, do Código Penal, é de 6 (seis) meses, contado do dia em que o ofendido ou sucessor veio a saber quem é o autor do crime. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 153 500. Correto. Na hipótese de ação penal privada subsidiária da pública, a decadência do direito de queixa ocorre em seis meses, contados do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 501. Errado. Ao tratar dos crimes complexos, dispõe o art. 101, do Código Penal, que quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, deva-se proceder por iniciativa do Ministério Público. 502. Errado. O § 4º, do art. 100, do Código Penal, leciona que, no caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Tal dispositivo, segundo a doutrina e a jurisprudência, estabelece uma ordem de preferência. Assim, caberá a prioridade ao cônjuge, em seguida ao ascendente, descendente ou irmão. Caso haja divergência entre sucessores, tal ordem de prioridade deverá ser respeitada. 503. Errado. Conforme o art. 106, do Código Penal, o perdão, se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita. Se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros. Se o querelado o recusa, não produz efeito. Assim, se um dos querelados não aceita o perdão, caberá a extinção da punibilidade aos outros que o aceitaram. 504. Errado. Conforme o § 4º, do art. 100, do Código Penal, no caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Assim, caso o cônjuge, que possui preferência, manifeste desinteresse em propor a ação ou em ofertar a representação, isso não obstará o direito dos outros sucessores. 505. Errado. Conforme o art. 103, do Código Penal, salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime. Assim, o prazo para a representação é decadencial e de seis meses. Caso se esgote, não há que se cogitar a possibilidade do exercício do direito pelos sucessores. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 154 506. Errado. Na sucessão, há uma troca de sujeitos no processo. Por exemplo, quando o sujeito morre e é sucedido no processo por seus herdeiros. Ocorre uma situação dinâmica, uma alteração. A sucessão processual não se compatibiliza com os casos em que os delitos têm como condição objetiva de procedibilidade a requisição do Ministro da Justiça. 507. Errado. Conforme o parágrafo único, do art. 104, do Código Penal, importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 508. Errado. A ação penal privada, nos termos do § 2º, do art. 100, do Código Penal, é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Assim, no caso da extinção da pessoa jurídica, titular da ação penal privada em curso, não poderá o Ministério Público dar prosseguimento à ação. 509. Correto. A ação penal pública, seja ela condicionada ou incondicionada, depende de iniciativa do Ministério Público e se inicia por meio da denúncia, que é a peça inicial do processo. 510. Errado. Na ação penal pública condicionada, há prazo decadencial para o oferecimento da representação (art. 103, do CP), mas não para a denúncia que deverá respeitar, apenas, o prazo prescricional do delito. 511. Errado. Na ação penal privada personalíssima, a legitimidade ativa é exclusiva do ofendido, sendo seu exercício vedado até mesmo ao representante legal, e incabível no caso de morte ou ausência do ofendido. 512. Errado. Na ação penal personalíssima, o ofendido, caso menor, deverá aguardar a maioridade e, somente a partir do instante que completar 18 anos, terá início a contagem do prazo decadencial. Ressalta-se que não há possibilidade de nomeação de curador especial. 513. Errado. No caso de falecimento do titular da ação personalíssima, não há possibilidade dos sucessores prosseguirem no feito. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 155 514. Correto. No Direito pátrio temos apenas um caso de ação penal de iniciativa privada personalíssima. Trata-se do delito de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (art. 236 do CP). 515. Errado. No caso do falecimento do titular da ação personalíssima, não há possibilidade dos sucessores prosseguirem no feito. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 156 Capítulo 09 – Dos Crimes Contra a Pessoa 516. (CESPE / Analista Judiciário - TRE - MT / 2010) O homicídio praticado mediante paga ou promessa de recompensa classifica-se doutrinariamente como crime bilateral. 517. (CESPE / Promotor - MPE - SE / 2010) A natureza jurídica do homicídio privilegiado é de circunstância atenuante especial. 518. (CESPE / Administração - PM - DF / 2010) Um médico praticou aborto de gravidez decorrente de estupro, sem autorização judicial, mas com consentimento da gestante. Nessa situação, o médico deverá responder por crime, já que provocar aborto sem autorização judicial é sempre punível, segundo o CP. 519. (CESPE / Promotor - MPE - SE / 2010) Acerca do homicídio privilegiado, estando o agente em uma das situações que ensejem o seu reconhecimento, o juiz é obrigado a reduzir a pena, mas a lei não determina o patamar de redução. 520. (CESPE / Promotor - MPE - SE / 2010) Getúlio, a fim de auferir o seguro de vida do qual era beneficiário, induziu Maria a cometer suicídio, e, ainda, emprestou-lhe um revólver para que consumasse o crime. Maria efetuou um disparo, com a arma de fogo emprestada, na região abdominal, mas não faleceu, tendo sofrido lesão corporal de natureza grave. Em relação a essa situação hipotética, Apesar de a conduta praticada por Getúlio ser típica, pois configura induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, ele é isento de pena, porque Maria não faleceu. 521. (CESPE / Promotor - MPE - SE / 2010) Acerca do homicídio privilegiado, a violenta emoção, para ensejar o privilégio, deve ser dominante da conduta do agente e ocorrer logo após injusta provocação da vítima. 522. (CESPE / Defensor Público - DPE - PI / 2009) É inadmissível a ocorrência de homicídio privilegiado-qualificado, ainda que a qualificadora seja de natureza objetiva. 1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE Eduardo Neves e Pedro Ivo 157 523. (CESPE / Defensor Público - DPE - PI / 2009) No delito de infanticídio incide a agravante prevista na parte geral do CP consistente no fato de a vítima ser descendente da parturiente. 524. (CESPE / Delegado - PC - RN / 2009) Na legislação brasileira, não se mostra possível a existência de um homicídio qualificado-privilegiado, uma vez que as causas qualificadoras, por serem de caráter subjetivo, tornam-se incompatíveis com o privilégio. Além disso, a própria posição topográfica da circunstância privilegiadora parece indicar que ela não se aplicaria aos homicídios qualificados.