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Darleison Rodrigues Barros Filho Difratômetro Fortaleza 2015 Darleison Rodrigues Barros Filho Difratômetro O presente relatório faz referencia a aula prá- tica da disciplina de laboratório de Ciências dos Materiais, realizada no Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Curso de Engenharia de Energias da Univer- sidade da Integração Internacional da Lusofo- nia Afro-Brasileira - ministrada pelo Professor Dr. Carlos Cáceres. Esse mesmo relatório foi construído no sistema LATEX. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira Instituto de Engenharias e Desenvolvimento Sustentável Bacharelado em Engenharia de Energias Fortaleza 2015 Resumo Nesse trabalho fez-se uma breve revisão sobre raios-X, e aplicações das técnicas de difração em engenharia, tendo como base a literatura atual sobre o assunto, além de apresentar um questionário sobre o equipamento de difração( difratômetro), a prática foi realizada no laboratório de raio-x da Universidade Federal do Ceará(UFC), e coordenada pelo prof. Dr. CArlos Cáceres e prof. Dr Sassaki. Palavras-chaves: raio-x. difratômetro. angulo de braggs. cristalografia. Sumário Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Introdução Segundo (CALLISTER., 2013), raios-x são uma forma de radiação eletromagnética com altas energias e comprimentos de onda pequenos. Sabendo que quando um feixe composto por um grande número de ondas dispersas que se reforçam mutuamente é chamado de difração. Podemos dizer que quando um feixe de raios-X incide sobre um material sólido , uma fração desse feixe será dispersa em todas as direções pelos elétrons que estão associados a cada átomo ou íon que se encontra na trajetória do feixe. Assim a Lei de Bragg é construída, nλ = 2dhkl · sin θ O físico alemão Max Von Laue (1879-1960) foi o primeiro cientista a utilizar os raios X para o estudo de fenômenos de difração em cristais. Por sua descoberta ele foi laureado com o Nobel de Física em 1914. No ano seguinte, o prêmio foi dado a William Henry Bragg e William Lawrence Bragg por seus trabalhos sobre o estudo da estrutura cristalina por difração de raios X. Desde então, a análise de difração de raios X se consolidou como a principal ferramenta de investigação sobre a estrutura cristalina dos materiais, com amplas aplicações na identificação qualitativa e quantitativa de compostos, determinação de tensões residuais, tamanho de cristalito, parâmetro de rede e orientação de cristais (textura). Diversas áreas da engenharia fazem uso desta técnica. Por exemplo, na área de energia, o desenvolvimento de novos materiais para baterias recarregáveis de íon-Li depende da análise da estrutura cristalina por difração de raios X. Em bioengenharia, ligas de titânio para aplicações ortopédicas são desenvolvidas com base na busca de propriedades mecânicas mais adequadas, as quais são dependentes da estrutura cristalina, de sua composição e da disposição das diferentes fases que constituem o material. Do mesmo modo, materiais metálicos de uso aeronáutico têm suas propriedades mecânicas intimamente relacionadas à sua estrutura e a difração de raios X é a técnica utilizada para evidenciar esta correlação. Na área ambiental o estudo da contaminação de solos e a reciclagem/reaproveitamento de materiais são atividades que se beneficiam do uso da difração de raios X para a identificação de fases cristalinas. Materiais magnéticos utilizados na fabricação de ímãs para motores elétricos ou em discos rígidos de computadores têm suas propriedades dependentes tanto das fases presentes em sua estrutura como da orientação dos cristais que constituem estas fases. A difração de raios X é empregada para investigar as características estruturais que provêem as condições de máximo desempenho para estes materiais. Estes são apenas alguns exemplos que evidenciam a importância da difração de raios X no desenvolvimento de materiais de engenharia para diferentes áreas do conhecimento. Mais importante, é interessante notar a forte interação da Ciência e Engenharia de Materiais com outras especialidades. Os profissionais que trabalham na área de materiais só têm a se beneficiar com esta característica multidisciplinar. De fato, as necessidades específicas dos materiais utilizados por profissionais de outras áreas de atuação são a principal força motriz para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos materiais de engenharia. Objetivos • Compreender os princípios envolvidos na análise de difração de raios X para a identificação dos materiais de engenharia com base em sua estrutura cristalina; • Analisar um difratograma de raios X; • Compreender o princípio de funcionamento de um difratômetro de raios X; • Aplicar os conceitos da análise de difração de raios X. Questionário a) Como são gerados os raios X? Os raios X são uma forma de uma radiação eletromagnética que possui altas energias e comprimentos de ondas curtos. Eles podem ser gerados quando elétrons são acelerados em direção a um alvo metálico. O choque do feixe de elétrons, que saem do cátodo com energia de cerca de dezenas de KeV, com o ânodo, o alvo, produz dois tipos de raio X. Um deles constitui o espectro contínuo, resultante da desaceleração dos elétrons durante a penetração no ânodo, e o outro é o Raio X característico do material do ânodo. Assim cada espectro de Raios X são a superposição do espectro contínuo e o de uma serie de linhas espectraisprovenientes do ânodo. b) Qual é o nível de tensão usualmente utilizado nas medidas? A tensão utilizada nas medidas pela difração de Raios X depende do material utilizado no difratômetro de raios X. Vários materiais distintos podem ser empregados como ânodo, sendo Cu, Cr, Fe e Mo os mais usuais, cujo os valor de tensão correspondentes em KV são respectivamente, 40, 40, 45 e 80, ou seja, o valor mais usualmente utilizado nas medidas feitas por difração de raios X é em torno de 40(KV). c) Quais são os principais tipos de fontes utilizados em análise por di- fração de raios X? A seleção do tipo de ânodo está relacionada principalmente com a natureza do material a ser analisado, por isso que vários materiais distintos podem ser empregados como ânodo. Da mesma forma, distintas geometrias construtivas podem ser empregadas, resultando em feixes de raios X com diferentes formas e intensidades por unidade de área. Deve-se buscar a conjunção ânodo/ amostra que apresente o menor coeficiente de absorção de massa. Os ânodos utilizados mais usuais são o Cobre, o Cromo, o Ferro e o Molibdênio. d) Quais são os comprimentos de onda típicos das fontes citadas no item (c)? Os comprimentos de onda típicos das fontes citadas no item (c) são: para o Cobre, 1,541838 Å, para o Cromo, 2,29100 Å, para o Ferro, 1,937355 Å e para o Molibdênio, 0,710730 Å. e) Como é feita a preparação de amostras para as medidas de difração de raios X? Num difratômetro de raios X, a amostra pode ser um sólido de superfície plana ou então um pó, para que se possa explorar todas as orientações possíveis do cristal ao feixe de raios X. Uma vantagem desse método é que ele não destrói e nem decessita de um preparo especial do material em questão. f) Quais são os principais componentes de um difratômetro de raios X? Os principais componentes de um difratômetro de raios X no método de DebyeS- cherrer são basicamente, um tubo de Raios-X, uma fenda por onde esses raios passam, um eixo de rotação no centro,onde é colocada a amostra, e um detector especial que capta o sinal e o envia a um sistema computadorizado que registra e processa esse sinal. Antigamente, no lugar deste detector especial, era utilizada uma estreita faixa de filme colocada em volta do eixo de rotação. g) Descreva o funcionamento de um difratômetro de raios X. A difração de raios X é uma importante técnica para o estudo de materiais que permite obter informações sobre a estrutura atômica e molecular detalhada de vários deles (notadamente os cristalinos). É possível, com esse método, identi- ficar as posições atômicas e a composição química das amostras investigadas, além das tensões na sua rede cristalina, e também identificar as fases cristalinas nela presentes. No fenômeno de difração, faz-se um feixe de raios-X incidir sobre o material a ser estudado e detecta-se o feixe de raios que emerge dele. Ao interagir com a estrutura atômica da amostra, o feixe é difratado pelos seus átomos. Como resultado, as várias direções em que os raios-X emergem do material carregam diversas informações sobre a estrutura atômica do mesmo. Quando fótons de raios X de mesmo λ, espalhados coerentemente, interferem entre si de modo construtivo, aparecerão picos de difração. Os picos mais inten- sos são utilizados para iniciar o procedimento de identificação, na sua ordem de intensidade. Esses dados podem ser extraídos e interpretados analisando-se os raios-X emergentes. Pode-se comparar as posições e intensidades dos picos com as substâncias catalogadas e assim, pode-se construir uma imagem da estrutura do cristal, com as posições de seus átomos. Prática No anexo 1 mostramos um padrão de difração (difratograma) de raios-X para o chumbo, obtido usando um difratômetro e radiaçao X monocromática com comprimentos de onda de 0,1542 nm; cada pico de difração no difratograma foi indexado. a) Calcule o espaçamento interplanar para cada conjunto de planos que foi indexado . Como o Chumbo tem estrutura cristalina de CFC(cúbica de face centrada), então nλ = 2dhkl · sin θ dhkl = nλ/(2 · sin θ) Pico 2θ θ dhkl (200) 36,6 18.3 0,245 nm (220) 52,6 26,3 0,174nm (311) 62,5 31,2 0,148 nm (222) 65,5 32.7 0,142 nm a) Determine também o parâmetro da rede do Pb para cada um dos picos a = 2 ·R√2 = 2 · 0, 175nm · √2 = 0, 494nm Considerações Finais Na prática foi possível observar, que o processo para preparação de amostras, e visualização de um difratograma e dos ângulos de Braggs é, de fato, muito cauteloso. Houve, também, a compreensão do funcionamento de um difratômetro. Conclui-se que em parte quase todos os objetivos foram satisfeitos. Referências CALLISTER., D. G. R. W. D. Ciencia e Engenharia de Materiais, Uma introducao. Rio de Janeiro: LTC, 2013. Citado na página 4. Folha de rosto Resumo Introdução Objetivos Questionário Prática Considerações Finais Referências
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