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RECEITA PÚBLICA

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Noções de Direito Tributário
Nas formas mais primitivas de organização social já havia alguma forma de cobrança de tributo. 
Existência de Estado busca de recursos financeiros para sua manutenção.
Agigantamento das tarefas estatais: ordenamento jurídico deve prever os meios para que o Estado possa financiar seus gastos = Receita Pública. 
Introdução
Receita pública pode ter 2 origens:
Produzida pelo próprio Estado;
b) Gerada pelo particular e transferida ao Estado.
Receitas Originárias x Receitas Derivadas
a) Produzida pelo próprio Estado (= Receitas Originárias):
		- atividade do Estado: preços públicos (ex. tarifa paga às concessionárias de energia elétrica);
		- remuneração pelo patrimônio público (juros sobre empréstimos públicos, royalties pelo uso de bens públicos, monopólios, empresas estatais, loterias, etc) 
b) Gerada pelo particular e transferida ao Estado (= Receitas Derivadas): Multas, Tributos.
Receitas Originárias x Receitas Derivadas
Tributo: há de existir uma relação jurídico-tributária entre Estado e cidadão-contribuinte.
Esta relação deve ser, necessariamente, regulada pela legislação vigente. 
Concepção de sistema jurídico moderno: dinâmico.
Regras de competência– ditam regras sobre a criação de outras regras do sistema.
Normas de comportamento - se dirigem diretamente à conduta do destinatário.
Sistema Tributário Nacional
Constituição Federal de 1988
Espelha a decisão dos representantes do povo.
Revela a opção pela estruturação da sociedade em Estado de Direito. 
Dentre outras funções, a CF confere as competências tributárias.
Também na CF se determina a edição de outros instrumentos introdutores de normas tributárias (se é necessária lei ordinária ou complementar);
Princípios.
Limitações ao poder de tributar.
Fontes do Direito Tributário
Lei Complementar em matéria tributária
Dispor sobre conflitos de competência, i.e., impor limites aos legisladores na instituição de tributos;
Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (em especial quando algum esclarecimento se faça necessário);
Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária. 
Atenção: Código Tributário Nacional (Lei 5.172/1966 – lei ordinária que foi recepcionada pela CF como complementar, do ponto de vista material).
Fontes do Direito Tributário
Lei Ordinária
É a fonte por excelência para a instituição de tributos;
Art. 150, I, CF: veda a qualquer das pessoas jurídicas de direito público “exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça” = Princípio da Legalidade.
Medida Provisória
Editada pelo Presidente da República;
Requisitos: urgência e relevância;
São adotadas “com força de lei” (art. 62, CF).
EC 32/2001 – prevê, expressamente, a instituição e majoração de tributos, com exceções.
Fontes do Direito Tributário
Lei Delegada
Em desuso (art. 68, CF) – impossibilidade de se utilizar lei delegada para matéria reservada a lei complementar.
Resolução
Algumas matérias são exclusivas do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados ou Senado Federal;
Ex. Prerrogativa do Senado:
		- Alíquotas máximas do imposto de transmissão causa mortis e doações;
		- Alíqutoas mínimas do IPVA;
		- alíquotas interestaduais do ICMS.
Fontes do Direito Tributário
Decreto Legislativo
Importante no contexto de Tratados Internacionais, pois é instrumento de aprovação deste pelo Congresso Nacional.
Tratados Internacionais
Firmados pelo Presidente da República
Compromissos assumidos pelo País em órgãos colegiados de comércio, tratados relativos a tributos aduaneiros, acordos de bitributação, etc.
A vigência do tratado limita a aplicação da legislação interna. 
Fontes do Direito Tributário
Convênios
São acordos entre os integrantes da Federação.
Decretos
O conteúdo e alcance dos decretos se restringem aos das leis em função das quais são expedidos = decreto regulamentar.
Fontes do Direito Tributário
Normas Complementares (art. 100, CTN)
Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
Decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa;
Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
Convênios celebrados entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Garantia ao contribuinte: observância destas normas exclui a imposição de penalidades, cobrança de juros de mora e correção monetária.
Fontes do Direito Tributário
No modelo federativo do Brasil, cada pessoa jurídica de Direito Público (União, Estados, DF e Municípios) tem uma esfera de atuação = COMPETÊNCIA. 
Esta divisão de poder é tratada e estabelecida pela CF/88.
Cada ente não só tem autonomia sobre os recursos financeiros, como tem competência para instituir, dentro do campo que lhe foi reservado pela CF/88, por suas próprias leis, seus tributos. 
Competência Tributária
Competência Tributária
Não competência
Competência Tributária
Imunidade
Limitação ao poder de tributar que se dá no âmbito da própria Constituição. 
Competência Tributária e Limites ao Poder de Tributar
Não competência
Competência Tributária
Imunidade
Incidência e Não Incidência
Delimitado o campo da competência tributária, o legislador tem liberdade para definir abstratamente a hipótese tributária. 
Incidência = situação, compreendida no campo de competência tributária, é contemplada pelo legislador para dar nascimento à relação tributária. 
Não incidência = situação, compreendida no campo de competência tributária, é deixada de lado pelo legislador.
Competência Tributária e Limites ao Poder de Tributar
Incidência e Não incidência
Não competência
Competência Tributária
Imunidade
Incidência
Não Incidência
Competência Tributária e Limites ao Poder de Tributar
Isenção
Isenção pressupõe a incidência; o crédito tributário surge, mas o pagamento é dispensado.
Não competência
Competência Tributária
Imunidade
Não Incidência
Incidência
Isenção
Competência Tributária e Limites ao Poder de Tributar
Princípio da Legalidade
Art. 150, I, CF/88
Não se pode instituir ou majorar tributo sem LEI que o estabeleça. 
Legalidade é própria do Estado de Direito (art. 5º, II, CF): “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Legalidade
Esclarecimentos do art. 97, CTN:
Instituição ou extinção de tributos;
Majoração ou redução de tributos;
Definição do fato gerador e sujeito passivo;
Fixação da alíquota e base de cálculo;
Cominação de penalidades;
Exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários.
Obs.1: Atualização monetária da base de cálculo não representa majoração.
Obs.2: Alteração do prazo de pagamento não depende de lei.
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Legalidade - Mitigação
Em casos excepcionais, o constituinte desejou que o Poder Executivo, dentro de certos limites, pudesse utilizar os tributos como instrumento de intervenção no domínio econômico:
Imposto de Importação
Imposto de Exportação
IPI
IOF (crédito, câmbio, seguro e títulos e valores mobiliários)
CIDE
Obs.: Não há dispensa de lei. Esta fixa as condições e limites que o Poder Executivo poderá fixar as alíquotas dos tributos acima referidos.
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Tipicidade Cerrada
Decorre do Princípio da Legalidade.
“Exige que os elementos integrantes do tipo sejam de tal modo precisos e determinados na sua formulação legal que o órgão de aplicação do direito não possa introduzir critérios subjetivos de apreciação na sua aplicação correta.” (Alberto Xavier)
Busca resguardar a segurança jurídica dos cidadãos.
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Anterioridade
Impõe a existência de um prazo entre a publicação da lei que institui ou aumenta.
Tem por objetivo proteger o contribuinte de aumentos de carga tributária inesperadas.
90 dias até 1 ano
Não se aplica a todos os tributos.
No final
de 2003 (EC 42): 90 dias + anterioridade do exercício financeiro
Em regra, para que o tributo esteja vigente em 1º de janeiro, deverá a lei que o institui ter sido publicada até o dia 03 de outubro do ano anterior (i.e. 90 dias antes).
Princípios Constitucionais Tributários
Tributo
AnterioridadeEx. Social
Anterioridade90 dias
IR
Sim
Não
IPVA
Sim
Não, em relação àbc
IPTU
Sim
Não,em relação àbc
IPI
Não
Sim
Contribuições Sociais
Não
Sim
ICMS sobre combustíveis
Não
Sim
CIDE combustíveis
Não
Sim
IOF
Não
Não
IImportaçãoeIExportação
Não
Não
Imposto de Guerra
Não
Não
Empréstimo Compulsório
Não
Não
Outros
Sim
Sim
Princípio da Irretroatividade
Lei deve ser anterior ao fato tributado.
O legislador não pode “consertar”, ainda que por meio de lei, omissão na definição da hipótese tributária. 
A lei só abarca fatos geradores ocorridos a partir da sua vigência.
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Igualdade
Art. 150, II, CF: é vedado à União, Estados, DF e Municípios instituir tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situações equivalentes.
Proíbe-se qualquer distinção em razão de ocupação profissional, independente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
Equivalentes , não idênticas = há de se ter parâmetros. 
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Igualdade
Capacidade contributiva é um parâmetro – Princípio da Capacidade Contributiva: “é o princípio segundo o qual cada cidadão deve contribuir para as despesas públicas na exata proporção de sua capacidade econômica.” (Fernando A. Zilvetti)
Há a coexistência de diversos parâmetros: essencialidade, custo/benefício, proteção da livre concorrência, função social da propriedade, etc.
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Proibição do Efeito de Confisco
Limite máximo para a pretensão tributária; proibição do exagero.
Difícil aferição, posto que indeterminado.
Princípios Constitucionais Tributários
Vínculos entre Estado e Cidadão-contribuinte, decorrentes da ordem tributária:
Pagamento de tributo;
Escrituração de livros;
Preenchimento de formulários;
Atendimento à fiscalização;
Etc.
Relação Jurídico-Tributária
Critério Material: descrição dos aspectos substanciais do(s) fato(s);
Critério Espacial: ponderação sobre a existência de limites ao exercício da competência tributária;
Critério Temporal: o momento a partir do qual se considera constituída a obrigação;
Regra Matriz Tributária
Critério Subjetivo: 
 (i) sujeito ativo – titular da capacidade tributária ativa (em regra, a mesma pessoa com capacidade para instituir o tributo), e 
						 (ii) sujeito passivo - contribuinte;
Critério Quantitativo: 
 (i) base de cálculo, e 
 (ii) alíquota (%).
Regra Matriz Tributária
Noções de Direito Tributário
Profa. Monique Haddad K. Azevedo
Aula 02 – 15.08.2012
Tributo – Conceito 
Antes de adentrarmos às espécies tributárias, é preciso compreender o conceito de TRIBUTO. Nos termos do art. 3º, do CTN:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Tributo – Conceito 
Ainda que o conceito seja silente, não se pode perder de vista que o tributo é (Lei 4.320/1964):
Receita derivada;
Instituído por entidades de direito público;
Nos termos da constituição e leis vigentes;
Destinando-se seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas.
Tributo – Conceito 
Tributo é toda prestação
	O tributo não é pago porque o Fisco assim o quer ou determina, mas porque há uma relação jurídica surgida entre Estado e sujeito passivo, decorrente da lei, que dá fundamento à exigência. 
	Num ordenamento jurídico, a obrigação tributária não é imposta por mera vontade do Estado (muito menos de seu governante), mas pela lei. 
Tributo – Conceito 
2. Prestação pecuniária (…) em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir
	Há prestações ao Estado que não são tributos, posto que não pecuniárias. Ex. Serviço militar, requisições em caso de guerra.
Art. 162, CTN traz hipóteses que esclarecem a expressão “ou cujo valor nela se possa exprimir”. 
	“I – moeda corrente, cheque ou vale postal;
	II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico.”
Tributo – Conceito 
2. Prestação pecuniária (…) em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir
	No Brasil, portanto, o conceito de tribto exige o caráter pecuniário (pecúnia = moeda). Mas, por vezes, admite-se a liquidação da obrigação tributária pela entrega de bens: dação em pagamento. 
Obs.1: Prestação de serviço não é pecuniária.
Obs.2: No passado, era comum que o tributo fosse em espécie: quinto do ouro.
Tributo – Conceito 
3. Prestação Compulsória
	O tributo não é pago por ato de vontade, mas em cumprimento de determinação legal.
Tributo – Conceito 
4. Instituída em Lei
	Afirmação do Princípio da Legalidade: é necessária uma lei para que se exija um tributo, com todos os seus elementos nela previstos.
Tributo – Conceito 
5. Que não constitua sanção de ato ilícito
	Fica claro que MULTA, embora seja igualmente receita derivada, não se confunde com tributo. 
	Tributo NÃO É PENA imposta porque alguém descumpriu um mandamento legal. 
Tributo – Conceito 
6. Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada
	O procedimento de cobrança é regrado. Não há conveniência da Administração = evitar arbítrio.
	
	A Administração Pública não pode decidir se quer ou não cobrar o tributo, nem de quem quer fazê-lo.
	A Administração tampouco está autorizada a dispensar o pagamento de tributo, nem mesmo por razões humanitárias. 
Tributo – Conceito 
	Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Espécies Tributárias 
Procurou-se identificar três características que, cumuladas, são instrumento hábil para a classificação e diferenciação dos tributos:
Vinculação da materialidade da hipótese tributária ao exercício de uma atividade estatal, ou de quem o represente, ao contribuinte; 
(b) Destinação específica do produto de arrecadação do tributo; e
 
(c) Restituição do montante arrecadado ao contribuinte, ao final de determinado período.
	
5 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS – CF/88:
A) IMPOSTOS
 Nominados (arts. 145, I, 153, 155, 156)
Residuais (art. 154, I)
Extraordinários de guerra (art. 154, III)
B) TAXAS 
De Poder de Polícia (art. 145, II, primeira parte)
De Serviços Públicos Específicos e Divisíveis (art. 145, II, segunda parte)
C) CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (art. 145, III)
D) CONTRIBUIÇÕES
Sociais (art. 149 e 195)
De Intervenção no Domínio Econômico (art. 149)
Do Interesse de Categorias Profissionais (art. 149)
De Iluminação Pública Municipal e Estadual (art. 149 – A)
E) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
Extraordinários de calamidade ou guerra (art. 148, I)
De Investimento (art. 148, II)
Espécies Tributárias
IMPOSTO
Artigo 16 do CTN
Tributo cujo fato gerador é uma sItuação desvinculada de qualquer atividade estatal. 
Sem destinação específica, podendo ser utilizado para qualquer atividade de manutenção estatal.
Presta-se a ser índice de capacidade contributiva.
Vinculação
Destinação
Restituição
NÃO
NÃO
NÃO
Espécies Tributárias
B) TAXA
Tributos cobrados dos contribuintes em razão de uma atividade do Estado:
 (a) exercício do Poder de Polícia; ou
(b) prestação de serviços públicos específicos e divisíveis. 
Equivalência: a ideia é que se um gasto estatal se refer a um contribuinte, não há razão para que toda a coletividade suporte. Por isso, as taxas não podem ter base de cálculo de impostos, ou seja, que se presta a medir a capacidade contributiva.Este
tributo somente é devido quando o contribuinte usufrui de uma atividade estatal.
Espécies Tributárias
B) TAXA
Taxa de polícia: a ideia de “segurança” vai muito além da prevenção da criminalidade. É papel do Estado, por exemplo, interditar prédio prestes a ruir, fiscalizar alimentos oferecidos ao público, etc. (art. 78, CTN).
Taxa de serviço público: 
utilização efetiva ou potencial (quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à disposição)
Específicos (possam ser destacados em unidades autoônomas) e divisíveis (quando suscetíveis de utilização, separadamente, por cada um dos usuários).
Espécies Tributárias
B) TAXA
Ex. Emissão de passaporte. Pode ser remunerado por taxa. Se forem vários os documentos, poderão ser várias as taxas. 
Ex. Caso da Taxa de Iluminação Pública – pretendia cobrar taxa dos moradores da rua beneficiada. Poder Judiciário rejeitou a incidência, por não ser tal “taxa” suscetível de utilização, separadamente, por parte de cada um dos usuários. Foi inserido art. 149-A, na CF/88: contribubuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Taxa de polícia: a ideia de “segurança” vai muito além da prevenção da criminalidade. É papel do Estado, por exemplo, interditar prédio prestes a ruir, fiscalizar alimentos oferecidos ao público, etc. (art. 78, CTN).
Espécies Tributárias
B) TAXA
Considerando os critérios classificatórios das espécies tributárias, temos:
Vinculação
Destinação
Restituição
SIM
SIM
NÃO
Espécies Tributárias
C) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Art. 145, III, CF/88 e art. 81 e 82, CTN.
Tributo devido em razão da valorização de imóvel decorrente da construção de obras públicas (novas). A cobrança depende de plano prévio com identificação de dois limites:
limite individual = valorização do imóvel;
Limite total = custo da obra.
Vinculação
Destinação
Restituição
SIM
NÃO
NÃO
Espécies Tributárias
D) CONTRIBUIÇÕES
As Contribuições se diferenciam dos impostos pois têm destinação específica; há afetação da receita.
Sociais (art. 149 e 195)
De Intervenção no Domínio Econômico (art. 149)
Do Interesse de Categorias Profissionais (art. 149) – Ex. anuidade da OAB
De Iluminação Pública Municipal e Estadual (art. 149 – A)
Vinculação
Destinação
Restituição
NÃO
SIM
NÃO
Espécies Tributárias
Quadro de Contribuições
Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas
	(A) 	Contribuição anuidade - art. 149
	(B) 	Contribuição sindical - Artigo 8ø, inciso IV, parte final, CRFB, e, artigos 578 a 580, CLT. 
2) Contribuições de intervenção no domínio econômico
	(A)	CIDE royalties - Artigo 149 e 214, inciso IV, CF CRFB e Lei nø10.168/2000
	(B)	CIDE combustível - Artigo 149 e Lei nø10.336/01 
Espécies Tributárias
3) Contribuições sociais – Artigos149, 212, § 5§ e 240, todos da CF 
	(A) 	Contribuições sociais gerais
		(A.1)	 Contribuição ao salário educação;
		(A.2)	 Contribuição ao sistema "S" 
	(B) Contribuições para a seguridade social - Artigos 149 e 195, da CRFB; 
	(B.1) Importador;
	(B.2) Receita de loterias;
	(B.3) Trabalhador;
	(B.4) Empregador e empresa; 
		 (B.4.1) Contribuição social patronal sobre a folha de pagamento;
		 (B.4.2) Contribuição ao PIS/PASEP; 
	 (B.4.3) Contribuição sobre lucro líquido – CSLL;
		 (B.4.4) – Contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS
 (C) Contribuições residuais - Artigos 195, õ4ø, 154, inciso I, ambos da CF.. 
Espécies Tributárias
E) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Art. 148, CF/88, e art. 4o, II, CTN.
Competência exclusiva da União.
Instituição por Lei Complementar.
Tributo instituído em razão de hipóteses específicas (calamidade pública, guerra externa ou sua iminência ou, ainda, investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional), a fim de obter meios de custeio. 
Há previsão de devolução dos valores coercitivamente exigidos dos contribuintes = restituibilidade.
Espécies Tributárias
E) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Vinculação
Destinação
Restituição
NÃO
SIM
SIM
Estrutura da CF/88 – Competência atribuída aos Entes Federados
	Sistema Tributário Nacional - Capítulo I do Título VI – Tributação e Orçamento, compreendido entre os artigos 145 e 169.
Seção I  -  Dos Princípios Gerais ( art. 145 a art. 149-A )
 Seção II  -  Das Limitações do Poder de Tributar (art. 150 a art. 152 )
 Seção III  -  Dos Impostos da União ( art. 153 a art. 154 )
 Seção IV  -  Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal ( art. 155 )
 Seção V  -  Dos Impostos dos Municípios ( art. 156 ) 
 Seção VI  -  Da Repartição das Receitas Tributárias ( art. 157 a art. 162).
Repartição de Competências segundo as espécies tributárias
Tipos de Competência:
Comum - todos os entes podem legislar integralmente sobre a matéria. 
Concorrente – vários entes podem legislar sobre a matéria, porém cada um atuará num campo específico – 
Residual - A competência residual é uma competência pra eventos futuros, supervenientes. A Constituição Federal a direciona para a União.
Repartição de Competências segundo as espécies tributárias
Espécie
Competência
Imposto
Privativa:União, Estados, DF e Municípios (vide tabela)
Cumulativa:União (territórios) e DF (tributosmunicipais)
Extraordinária:União (em caso de guerra ou sua iminência)
Residual: União
Taxa
Comum: União, Estados, DF e Municípios
Contribuiçãode Melhoria
Comum: União, Estados, DF e Municípios
Empréstimo Compulsório
Privativa: União
ContribuiçãoSocial
Privativa: União, cobrada:
I – do empregador sobre (a) folha de salários, (b) receita ou faturamento, (c)lucro;
II - do trabalhador;
III – sobre receita de concursos de prognósticos;
IV – do importador de bens ou serviços do exterior ou equiparado.
Residual:União
Contribuições Especiais
Privativa:União
Contribuição de Iluminação Pública
Privativa:Municípios
Cumulativa:União (territórios não divididos em municípios)e DF.
Estrutura da CF/88 – Competência atribuída aos Entes Federados
Impostos de Competência Privativa da União
-Impostos de Importação (II)
- Impostos de Exportação(IE)
- Imposto de renda e proventos de qualquer natureza (IR)
- Imposto sobre produtos industrializados(IPI)
- Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF)
- Imposto sobre a Propriedade territorial rural(ITR)
- Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Impostosde Competência Privativa dos Estados
Imposto sobre transmissãocausamortise doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD)
- impostos sobre a operações relativas à circulação de mercadoriase sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS)
- Imposto sobre a propriedade de veículos automotores(IPVA)
Impostos de Competência Privativa dos Municípios
Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana(IPTU)
- imposto sobre a transmissãointervivos,a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição(ITBI)
- serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (ISS)
Crit./ Trib.
Imposto
Taxa
Cont.de melhoria
Contribuição social
Empr.Compuls.
Hipótese de incidência
Critério SubjetivoUnião, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Critério Material: CF indicou signos
presuntivos de riqueza
Critério SubjetivoUnião, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Critério Material:atividadedo Estado
Critério Subjetivo:União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Critério Material:valorizaçãoimobiliária
Critério Subjetivo:União, exceto paracontribuições.
Critério Material: varia de acordo com o tipo:
Critério Subjetivo:União.
Critério material: não pode utilizar materialidades de tributos dos demais entesfederativos.
Basede cálculo
Diversas, de acordo com a materialidade da hipótese de incidência.
Não há (polícia e disponível) ou custo da atividade (utilização efetiva)
Acréscimo do valor de cada imóvel (limite individual), limitado, no todo, ao valor da despesa (limite total).
Faturamento, receita bruta, valor da operação ou, nos casos de importação, o valor aduaneiro.
Valor da despesa que autorizou sua instituição:
Vinculação
Não
Sim
Sim
Não
Não
Destinação
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Restituição
Não
Não
Não
Não
Sim
Finalidades do Tributo
Fiscalidade – utilização do tributo para a arrecadação.
Extrafiscalidade – representa a utilização do poder de tributar para consecução de finalidades políticas ou econômicas. 
 Mizabel Derzi, afirma que “a doutrina e a jurisprudência têm reconhecido ao legislador tributário a faculdade de estimular ou desestimular comportamentos, por meio de uma tributação progressiva ou regressiva, ou da concessão de benefícios e incentivos fiscais“ (BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. Ed. atualizada por Misabel Abreu Machado Derzi. Rio de Janeiro: Forense, 2003.)
Parafiscalidade- “é a atribuição da capacidade ou titularidade de certos tributos a certas pessoas, que não são o próprio Estado, em benefício das próprias finalidades“ (Vittorio Cassone)
Obrigação Tributária
Obrigação pode ser traduzida como o vínculo jurídico que impõe à alguém o dever de cumprir uma pestação em favor de outrém.
A obrigação tributária também se enquadra neste definição, havendo somente a especificidade de que a prestação a ser cumprida tem natureza fiscal e pode ser de duas espécies.
Obrigação Principal – art. 113, §1° do CTN – é aquela que surge com a ocorrência do fato gerador e se traduz no pagamento do tributo ou penalidade tributária. (entregar dinheiro ao Estado)
Obrigação Acessória - art. 113, §2° do CTN - escrituração fiscal, preenchimento de guias, declarações (DCTF, DIPJ, etc). O não cumprimento gera a aplicação de penalidades.
Crédito e Lançamento
O crédito tributário representa o valor a que as Fazendas tem direito após a aplicação de todos as critérios da Hipótese de Incidência – é o valor efetivo que deverá ser entregue aos cofres públicos.
Não basta que o fato ocorra no mundo, é necessario que ele ocorra também para o Direito. 
Há de se ter em mente que o Direito possui linguagem própria, PORTANTO, para que este crédito possa ser regularmente exigido ele tem que ser constituido pelas vias regulares, previstas no ordenamento jurídico. A ESTA VIA DÁ-SE O NOME DE LANÇAMENTO.
Lançamento Tributário
É o ato através do qual se constitui o crédito tributário.
Art. 142, CTN: “Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”
Lançamento Tributário
Praticado por autoridade competente
É um procedimento administrativo
Verifica a ocorrência do fato gerador
Calcula o valor
Identifica quem irá cumprir a obrigação
Lançamento Tributário
Há 3 modalidades de Lançamento Tributário:
A) Lançamento de Ofício
B) Lançamento por Declaração
C) Lançamento por Homologação
Lançamento Tributário
Lançamento de ofício 
– Art. 142 do CTN 
– todas as atividades necessárias para constituir o crédito são de responsabilidade da autoridade administrativa.
 – Ex. IPTU e IPVA.
Lançamento Tributário
B) Lançamento por declaração 
– art. 147 do CTN 
– há uma participação do sujeito passivo na atividade de lançamento, consistente na apresentação de informações, as quais, posteriormente serão utilizadas para o cálculo do tributo 
– Ex. ITR, tributos aduanteiros (Declaração de Importação)
Lançamento Tributário
C) Lançamento por homologação 
– art. 150 CTN 
– neste caso o sujeito passivo é responsável por apurar (calcular o tributo) e promover o recolhimento antecipado, sem a prévia conferência da autoridade administrativa. 
– Ex. IR, PIS/COFINS
Suspensão da Exigibilidade do Crédito
Existem situações que impedem que o crédito tributário, já constituido pelo Lançamento, seja cobrado do sujeito passivo. 
Nestes casos os valores permanecem existentes, mas não podem ser exigidos administrativa ou juducialmente e não podem representar óbice para a expedição de Certidão Negativa de Débito (CND).
Suspensão da Exigibilidade do Crédito
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
       I - moratória;
       II - o depósito do seu montante integral;
       III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
    IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
   V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
 VI – o parcelamento
Extinção do crédito tributário
O Código Tributário Nacional também lista quais as hipóteses em que o crédito é extinto, ou seja, finalizado. Note que extinção NÃO SE CONFUNDE com a mera suspensão do crédito e suas hipóteses são distintas. 
Extinção do crédito tributário
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
   I - o pagamento;
 II - a compensação;
 III - a transação;
   IV - remissão;
 V - a prescrição e a decadência;
   VI - a conversão de depósito em renda;
    VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
 VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
       IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
    X - a decisão judicial passada em julgado.
      XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Decadência
É o prazo que a Fazenda possui para constituir ou lançar o crédito tributário. Há duas regras básicas que tratam da decadência:
Regra prevista no art. 173, CTN
Regra prevista no art. 150, parágrafo 4o, CTN – aplicável somente aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, tendo havido algum pagamento E não sendo caso de fraude ou simulação.
Decadência
A) Regra do Art. 173, CTN
O artigo 173 do CTN fixa o prazo de 5 anos, o qual tem sua contagem iniciada em dois eventos:
      I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
     II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Decadência
A) Regra do Art. 173, CTN
Ex. contribuinte deixou de recolher qualquer valor a título de IR por rendimentos auferidos em 2000 (não há a “antecipação a que se refere o art. 150)
Logo, ficaria sujeito a um lançamento de ofício a partir de 2001. 
O 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter ocorrido (2001) é, portanto, 01.01.2002.
O prazo de 05 anos para o lançamento tem início em 01.01.2002 e fim em 31.12.2006. 
Decadência
B) Regra do art. 150, parágrafo 4o, CTN
Há uma regra especial para tributos sujeitos a lançamento por homologação, desde que haja algum pagamento e que não seja caso de fraude ou simulação. 
 Art. 150, §4° do CTN
     § 4º Se a lei não fixar prazo a
homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Decadência
ATENÇÃO: 
 APLICA-SE A REGRA DO ART. 150, §4º, DO CTN, E NAO A CONTIDA NO ARTIGO 173, I DO CTN, QUANDO HÁ A DECLARAÇÃO E O PAGAMENTO, AINDA QUE PARCIAL.
 QUANDO HOUVER A DECLARAÇÃO, MAS NÃO EXISTIR QUALQUER PAGAMENTO APLICA-SE O ARTIGO 173, I DO CTN.
Prescrição
A prescrição é a perda do direito da Fazenda em ingressar com a ação de cobrança.
A partir da constituição definitiva do crédito tributário, a Fazenda tem o prazo de 5 anos para ingressar com a execução fiscal.
Prescrição
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
 Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
 I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
    II - pelo protesto judicial;
 III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
 IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
Administração Tributária
Quando se fala em Administração Tributária o primeiro ponto a ser lembrado é que toda esta atividade é limitada pelo PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. 
O contribuinte/responsável só é obrigado a fazer o que está determindo em lei.
O Administrador Público (auditor, fiscal, departamentos, etc) somente podem agir dentro dos exatos limites traçados pela Lei.
Administração Tributária
Fiscalização – o artigo 194 do CTN define que a competência e os poderes das autoridades administrativas serão especificamente traçadas por lei.
 Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
        Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Administração Tributária
“Súmula 439 do STF – Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitando o exame aos pontos objeto da investigação”.
Administração Tributária
“O comando não encerra conteúdo de autoritarismo: é uma imposição inafastável do exercício do dever que a lei atribui aos Agentes da Administração Tributária, e se reflete num desdobramento do princípio da supremacia do interesse público”. (Paulo B. Carvalho – Curso de Direito Tributário – p. 531 – 16ª edição – Editora Saraiva) 
Administração Tributária
	Toda a atividade de fiscalização deve ser documentada e o contribuinte tem o direito de acesso a seus termos, uma vez que a Constituição Federal lhe garante a ampla defesa também em processos administrativos.
Infrações Tributárias
O descumprimento da legislação tributária gera a aplicação de sanções ou penalidades ao contribuinte.
Estas penalidades podem ser de ordem administrativa (PREVISTAS NA PRÓPRIA LEGISLAÇÃO TRBUTÁRIA) ou de ordem penal (PREVISTAS EM LEGISLAÇÃO PRÓPRIA E COM NATUREZA DE CRIME)
As sanções tributárias administrativas podem consistir em multa, apreensão de mercadorias, veículo ou documentos, perda de mercadorias, proibição de contratar com o poder público, sujeição a sistema especial de fiscalização, óbice à emissão de certidão de regularidade fiscal.
Infrações Tributárias
ESPÉCIES.
(a) infração de obrigação principal. Neste caso, ocorre o fato jurídico tributário e o sujeito passivo da relação jurídica não recolhe o imposto devido.
(b) infração de obrigação acessória. O sujeito passivo tem, por exemplo, vinte dias para entregar determinado documento na repartição fiscal e não o faz.
A configuração de infração tributária de natureza adminsitrativa é objetiva, OU SEJA, INDEPENDE DA INTENÇÃO DO AGENTE. Basta o não pagamento do tributo ou não cumprimento da obrigação acessória (que a declaração não seja entregue, que o livro não seja escriturado, etc.) para que a penalidade ou sanção possa ser aplicada.
Infrações Tributárias
EXEMPLO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA:
Recolhimento fora do prazo regulamentar, efetuado antes do início do procedimento fiscal (Lei 13.476/2002, artigo 12), multa moratória calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, sobre o valor do imposto, até o limite de 20%;
Não entrega da DIRPF no prazo está sujeito ao pagamento de multa 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido apurado na declaração, ainda que integralmente pago, sendo que o valor mínimo é de R$ 165, 74 e o valor máximo é de 20% do IRPF devido.
Crimes contra a ordem tributária – Lei n. 8137/90
Para a caracterização de um crime contra a ordem tributária é necessário que o contribuinte deixe de cumprir suas obrigações tributárias (principais ou acessórias) com o deliberado intuito de fraudar o Fisco.
É NECESSÁRIO O DOLO!!
O mero inadimplemento por ausência de condições financeiras não caracteriza o crime.
Crimes contra a ordem tributária – Lei n. 8137/90
Ministro Relator Gilmar Mendes, da 2ª Turma do Colendo Supremo Tribunal Federal já decidiu quando do julgamento do HC n.º 88.162/MS, que “a existência do crédito tributário é pressuposto para a caracterização do crime contra a ordem tributária, não se podendo admitir denúncia penal enquanto pendente o efeito preclusivo da decisão definitiva em processo administrativos”. 
Crimes contra a ordem tributária – Lei n. 8137/90
Formas de questionamento pelo Contribuinte 
Uma obrigação tributária indevida pode ser questionada.
Este questionamento pode ser realizado através de duas vias:
Contencioso Administrativo
(b) Contencioso Judicial
 
Formas de questionamento pelo Contribuinte
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
	Impugnações apresentadas diretamente para o órgão público que emite a cobrança. Estas manifestações deverão observar a lei específica da União, Estado ou Município.
 Esta forma de questionamento pode ser realizada diretamente pelo contribuinte, não sendo obrigatória a presença de Advogado.
 
 
Formas de questionamento pelo Contribuinte
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
 Estas impugnações, se apresentadas dentro dos prazos e nas formas previstas em lei, representam causa suspensiva da exigibilidade do crédito.
 O julgamento será feito pela própria Administração Pública. Há a possibilidade de recurso, os quais são encaminhados para autoridades superiores, as quais geralmente constituem Tribunais de Julgamento – CARF e TIT.
 
Formas de questionamento
CONTENCIOSO JUDICIAL
	
 Realizado exclusivamente pelo intermédio de advogados e perante o Poder Judiciário.
 Esta forma de questionamento exclui a via administrativa. Ou seja, o ingresso de uma medida judicial representa a imediata e automática desistência da discussão perante a via administrativa.
 
Formas de questionamento
CONTENCIOSO JUDICIAL
	
 Exemplos de contencioso judicial:
 - Mandado de Segurança
 - Ação Anulatória
 - Ação de Consignação em Pagamento
 - Medidas Cautelares
Provas Comentadas
Resposta - C
Provas Comentadas
Resposta C
Provas Comentadas
Resposta B
Provas Comentadas
Resposta B

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