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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
2018.2
NOVEMBRO
2018.2
NOVEMBRO
EXERCÍCIO:
1) George Shub, conhecido terrorista, pretendendo matar o Presidente da República de Quiare, planta uma bomba no veículo em que ele sabe que o político é levado por um motorista e dois seguranças até uma inauguração de uma obra. A bomba é por ele detonada à distância, durante o trajeto, provocando a morte de todos os ocupantes do veículo. Com relação à morte do motorista, George Shub agiu com dolo? Se sim qual espécie? Justifique sua resposta.
Sim, pois agiu com dolo eventual. Aqui, a vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, mas sim para algo diverso; sendo que mesmo prevendo que o evento possa ocorrer, o agente assume o risco de causá-lo.  
Essa possibilidade de ocorrência do resultado não detém o agente e ele pratica a conduta, consentindo no resultado. Há dolo eventual, portanto, quando o autor tem seriamente como possível a realização do tipo legal se praticar a conduta e se conforma com isso.
2) “Existe____ quando o agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá; configura- se ____ quando a vontade do agente não está dirigida para a obtenção do resultado, pois ele quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa ocorrer, assume assim mesmo a possibilidade de sua produção.” 
Assinale a alternativa que correta e respectivamente completa as lacunas. 
A- dolo indireto ... dolo alternativo
B- dolo eventual ... culpa consciente
C- culpa inconsciente ... culpa consciente 
D- culpa consciente ... dolo eventual
E- culpa inconsciente ... dolo eventua
3) Durante uma tragédia causada pela natureza, Júlio, que caminhava pela rua, é arrastado pela força do vento e acaba se chocando com uma terceira pessoa, que, em razão do choque, cai de cabeça ao chão e vem a falecer.
Sobre a consequência jurídica do ocorrido, é correto afirmar que:
A- a tipicidade do fato restou afastada por ausência de tipicidade formal, apesar de haver conduta por parte de Júlio; 
B- a tipicidade do fato restou afastada, tendo em vista que não houve conduta penal por parte de Júlio;
C- o fato é típico, ilícito e culpável, mas Júlio será isento de pena em razão da ausência de conduta;
D- a conduta praticada por Júlio, apesar de típica e ilícita, não é culpável, devendo esse ser absolvido; 
E- a conduta praticada por Júlio, apesar de típica, não é ilícita, devendo esse ser absolvido.
4) José, estudante de curso de pós-graduação em Direito, estava dirigindo um automóvel por uma estrada, quando percebeu, à sua direita, um ciclista. Apesar de ter verificado a possibilidade de ocorrência de atropelamento, José não reduziu a velocidade e pensou: “existe risco de atropelamento, mas sou muito hábil no volante e não haverá acidente”. Na hipótese de vir a ocorrer o acidente, pode-se afirmar que José poderia ter agido com dolo? Justifique sua resposta.
José não tinha a intenção de atropelar o ciclista, pois, José achava ser um motorista habilidoso e não tinha a intenção do dolo de causar um acidente. Porém, configura uma culpa consciente, pois o agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá. Portanto, há no agente a representação da possibilidade do resultado, mas ele a afasta por entender que o evitará, ele acredita veementemente que sua habilidade impedirá o evento lesivo que está dentro de sua previsão.
5) Denomina-se tipicidade 
A- a desconformidade do fato com a ordem jurídica considerada como um todo.
B- a adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na lei penal.
C- o nexo material entre a conduta do agente e o resultado lesivo.
D- o nexo subjetivo entre a intenção do agente e o resultado lesivo.
E- a correspondência entre o resultado e a possibilidade de previsão de sua ocorrência por parte do agente.
 
6) NÃO é um elemento do tipo culposo de crime:
A- Conduta involuntária.
B- Inobservância de dever objetivo de cuidado.
C- Previsibilidade objetiva.
D- Tipicidade.
7) A médica M. deseja matar o paciente P. Para tanto, entrega ao enfermeiro E. uma ampola contendo substância venenosa, rotulando-a como medicamento e dizendo a E. que o conteúdo da ampola deve ser ministrado imediatamente a P. mediante injeção. E. injeta em P. a substância venenosa, indo P. imediatamente a óbito. Levando em consideração o caso hipotético acima, assinale a alternativa correta.
A) Tanto M. quanto E. devem responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, pois, segundo a legislação penal, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas.
B) Ainda que se trate de hipótese de autoria mediata, tendo o Código Penal brasileiro adotado o conceito unitário de autor, isso não afeta a responsabilidade penal de E.
C) M. deve responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, enquanto E. responderá por homicídio culposo, visto que o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
D) Apenas E. deve responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, visto que M., apesar de ter a intenção de matar P., não praticou qualquer conduta típica de homicídio.
E) Apenas M. deve responder por homicídio doloso qualificado pelo emprego de veneno, visto que E., apesar de ter causado a morte de P., desconhecia o conteúdo da ampola.
8) Leandro, pretendendo causar a morte de José, o empurra do alto de uma escada, caindo a vítima desacordada. Supondo já ter alcançado o resultado desejado, Leandro pratica nova ação, dessa vez realiza disparo de arma de fogo contra José, pois, acreditando que ele já estaria morto, desejava simular um ato de assalto. Ocorre que somente na segunda ocasião Leandro obteve o que pretendia desde o início, já que, diferentemente do que pensara, José não estava morto quando foram efetuados os disparos. Em análise da situação narrada, prevalece o entendimento de que Leandro deve responder apenas por um crime de homicídio consumado, e não por um crime tentado e outro consumado em concurso, em razão da aplicação do instituto do: 
A) Crime preterdoloso;
B) Dolo eventual;
C) Dolo alternativo;
D) Dolo geral; 
E) Dolo de 2º grau. 
9) Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatário. Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do presidente que estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista particular do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a explosão. Como para ele nada mais importa, a bomba explode e, lamentavelmente, além das mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três torcedores e um funcionário morrem. A partir da leitura desse caso, como será o indiciamento do jogador pelos crimes de homicídio contra o presidente, motorista, torcedores e funcionários? Justifique a sua resposta.
Dolo de 1° grau ao Presidente e Dolo de 2° grau as demais vítimas. No dolo direto de 1º grau a conduta é orientada para atingir um ou vários resultados, previamente delimitados e pretendidos. Aqui, o agente sabe o que quer fazer, contra qual bem jurídico quer atingir e qual resultado delituoso ele pretende alcançar. Note que no dolo direto de 1º grau, o agente orienta seus atos executórios objetivando desde o primeiro momento alcançar um ou vários resultados que lhe foram previamente pretendido. No dolo direto de 2º grau (ou dolo de consequência necessária), o agente delituoso sabe, tem consciência de que para atingir um resultado previamente pretendido, ele acabará e precisará a atingir outros resultadosdelimitados, mas que não lhe era pretendido previamente. Observe que o dolo direto de 2º grau não tem existência autônoma, ele é sempre uma consequência do dolo direto de 1º grau. Em que pese ele não possuir o animus inicial de gerar tais efeitos, ele acaba aceitando a produção destas consequências necessárias como forma de atingir o objetivo previamente pretendido a título de dolo de 1º grau. 
10) Assinale V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas: 
( V ) O dolo requer o pleno conhecimento dos elementos do tipo subjetivo, além da vontade de realizá-lo. 
( V ) A teoria da imputação objetiva limita os casos em que o dolo é excessivo e pode aumentar a pena do réu diante do risco criado. 
( F ) O momento do dolo não precisa coincidir com o momento da execução da ação, existindo validamente nas figuras do dolo antecedente e subsequente. 
( F ) O aspecto cognitivo do dolo antepõe-se sempre ao volitivo. 
( V ) Os tipos omissivos prescindem da verificação do dolo. 
QUESTÃO BÔNUS
11) Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto, dirige-se até sua residência onde arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto. Contudo, erra o alvo, atingindo Antônio, balconista que ali trabalhava, ferindo-o levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o(s) crime(s) de 
A) lesão corporal leve. 
B) lesão corporal culposa. 
C) homicídio tentado e lesão corporal leve. 
D) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio.
E) homicídio na forma tentada.

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