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Penal - Falsidade documental

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Aula 05
Direito Penal p/ TRT-SC (Analista Judiciário - Área Judiciária e Oficial de Justiça) Com
videoaulas
Professor: Renan Araujo
 
 
 
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DIREITO PENAL P/ TRT-SC (2017) Ð AJAJ E OJA 
Teoria e quest›es 
Aula 05 Ð Prof. Renan Araujo 
 AULA 05: FALSIDADE DOCUMENTAL (FALSIFICA‚ÌO DE 
DOCUMENTO PòBLICO, FALSIFICA‚ÌO DE DOCUMENTO 
PARTICULAR, FALSIDADE IDEOLîGICA, FALSIDADE DE 
ATESTADO MƒDICO, USO DE DOCUMENTO FALSO E 
SUPRESSÌO DE DOCUMENTO). 
SUMçRIO 
1 DOS CRIMES CONTRA A Fƒ PòBLICA ..................................................................... 2 
1.1 Da Falsidade documental ............................................................................... 2 
1.1.1 Falsifica‹o de documento pœblico .................................................................... 2 
1.1.2 Falsifica‹o de documento particular ................................................................. 5 
1.1.3 Falsidade ideol—gica ....................................................................................... 6 
1.1.3.1 Diferena entre falsidade ideol—gica e falsidade material ............................... 8 
1.1.4 Falsidade de atestado mŽdico .......................................................................... 9 
1.1.5 Uso de documento falso ................................................................................ 10 
1.1.6 Supress‹o de documento .............................................................................. 12 
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 13 
3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 14 
3.1 Sœmulas do STJ ............................................................................................ 14 
4 RESUMO .............................................................................................................. 15 
5 EXERCêCIOS PARA PRATICAR ............................................................................. 17 
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 26 
7 GABARITO .......................................................................................................... 44 
 
Ol‡, meu povo! 
 
Hoje vamos analisar os crimes contra a fŽ pœblica. Na verdade, veremos 
apenas alguns dos crimes de falsidade documental, apenas aqueles que s‹o 
aqueles exigidos pelo edital que estamos seguindo. 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Teoria e quest›es 
Aula 05 Ð Prof. Renan Araujo 
 1! DOS CRIMES CONTRA A Fƒ PòBLICA 
 
1.1!Da Falsidade documental 
1.1.1!Falsifica‹o de documento pœblico 
O art. 297, por sua vez, trata da falsifica‹o de documento pœblico: 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento pœblico, ou alterar documento 
pœblico verdadeiro: 
Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa. 
¤ 1¼ - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
¤ 2¼ - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento pœblico o emanado de 
entidade paraestatal, o t’tulo ao portador ou transmiss’vel por endosso, as a›es de 
sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 
¤ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, 
de 2000) 
I - na folha de pagamento ou em documento de informa›es que seja destinado a 
fazer prova perante a previdncia social, pessoa que n‹o possua a qualidade de 
segurado obrigat—rio;(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
II - na Carteira de Trabalho e Previdncia Social do empregado ou em documento que 
deva produzir efeito perante a previdncia social, declara‹o falsa ou diversa da que 
deveria ter sido escrita; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
III - em documento cont‡bil ou em qualquer outro documento relacionado com as 
obriga›es da empresa perante a previdncia social, declara‹o falsa ou diversa da 
que deveria ter constado. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
¤ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no ¤ 3o, 
nome do segurado e seus dados pessoais, a remunera‹o, a vigncia do contrato de 
trabalho ou de presta‹o de servios.(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
 
BEM JURêDICO TUTELADO FŽ pœblica 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (crime comum). 
Entretanto, se o crime for cometido por 
funcion‡rio pœblico prevalecendo-se do 
cargo, a pena Ž aumentada em 1/6, nos 
termos do ¤ 1¡ do art. 297. 
SUJEITO PASSIVO A coletividade, sempre, e eventual lesado 
pela conduta. 
TIPO OBJETIVO A conduta pode ser de fabricar 
documento pœblico falso ou alterar 
documento pœblico verdadeiro ou atŽ 
mesmo inserir informa‹o err™nea, no 
caso do ¤ 3¡. Vejam que se trata de 
hip—tese (¤ 3¡) que mais se assemelha ˆ 
 
 
 
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Teoria e quest›es 
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 falsidade ideol—gica, mas que a lei 
considera como falsidade de documento 
pœblico; 
TIPO SUBJETIVO Dolo, sem que seja exigida nenhuma 
especial finalidade de agir. N‹o se admite 
na forma culposa. 
OBJETO MATERIAL O documento fabricado, alterado ou no 
qual foi inserida a informa‹o falsa. 
CONSUMA‚ÌO E 
TENTATIVA 
Consuma-se no momento em que o 
agente fabrica o documento falso ou 
altera o documento verdadeiro, ou, ainda, 
quando insere a informa‹o inver’dica nos 
documentos previstos no ¤ 3¡ do art. 297, 
n‹o sendo necess‡ria sua efetiva 
apresenta‹o perante a Previdncia 
Social. Admite-se tentativa, pois n‹o se 
trata de crime que se perfaz num œnico 
ato (pode-se desdobrar seu iter criminis Ð 
caminho percorrido na execu‹o). 
CONSIDERA‚ÍES 
IMPORTANTES 
¥! O ¤ 2¡ traz um rol de documentos 
que s‹o equiparados a documentos 
pœblicos, embora elaborados por 
particulares. Cuidado! Trata-se de um 
rol taxativo, ou seja, n‹o se pode 
ampli‡-lo por analogia, pois a 
falsifica‹o de documento pœblico Ž mais 
grave que a falsifica‹o de documento 
particular, gerando san‹o tambŽm mais 
grave. Desta forma, aplicar a analogia 
aqui seria fazer analogia in malam 
partem, o que, como n—s j‡ vimos, Ž 
vedado no Direito Penal. 
 
Mas, qual o conceito de documento pœblico? A Doutrina divide em: 
§! Documento pœblico em sentido formal e material (substancial) Ð A 
forma Ž pœblica (emanado de —rg‹o pœblico, ou seja, por funcion‡rio 
pœblico no exerc’cio das fun›es, com o cumprimento das formalidades 
legais) e o conteœdo tambŽm Ž pœblico (atos proferidos pelo poder 
pœblico, como decis›es administrativas, sentenas judiciais, etc.). 
§! Documento pœblico em sentido formal apenas Ð Aqui a forma Ž 
pœblica (emanado de —rg‹o pœblico), mas o conteœdo Ž de interesse 
privado (Ex.: Escritura pœblica de compra e venda de um im—vel 
pertencente a um particular. O conteœdo Ž de interesse particular, embora 
emanado de um —rg‹o pœblico). 
 
 
 
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Contudo, existem ainda os documentos equiparados a documento 
pœblico. S‹o eles: 
§! Emanado de entidade paraestatal Ð Elaborados por entidades que n‹o 
pertencem ao Poder Pœblico, mas que atuam em ‡reas de interesse pœblico 
que n‹o s‹o privativas do Estado (Ex.: SESC, SENAI,etc.). 
§! T’tulo ao portador ou transmiss’vel por endosso Ð T’tulo ao portador 
Ž aquele que se transfere pela mera tradi‹o (repasse para outra pessoa), 
n‹o havendo no t’tulo men‹o expressa ao seu titular (Ex.: Cheque de atŽ 
R$ 100,00 e alguns outros). O t’tulo transmiss’vel por endosso Ž aquele 
que identifica nominalmente o titular e, para ser transferido para outra 
pessoa, precisa ser endossado pelo titular (Ex.: Cheque em geral, nota 
promiss—ria, etc.). 
§! A›es de sociedade comercial Ð S‹o partes do capital social de uma 
empresa por a›es (sociedade an™nima e sociedade em comandita por 
a›es). 
§! Livros mercantis Ð S‹o os livros estabelecidos pela Lei para o registro de 
atividades empresariais (Ex.: Livro-caixa, etc.). Engloba, aqui, tanto os 
livros obrigat—rios quanto os facultativos. 
§! Testamento particular Ð ƒ o documento por meio do qual uma pessoa 
capaz destina seus bens para quando ocorrer sua morte. O testamento 
pœblico (aquele celebrado pelo Tabeli‹o) Ž documento pœblico 
naturalmente, eis que tem forma pœblica. O testamento particular, a 
princ’pio, n‹o se enquadraria no conceito de documento pœblico (j‡ que 
possui forma e conteœdo de interesse particular). Entretanto, a Lei 
entendeu por bem equipar‡-lo a documento pœblico (pela relev‰ncia de seu 
conteœdo). 
 
 
ATEN‚ÌO! Telegrama, expedido pelos Correios, Ž documento pœblico? 
NÌO! Os Correios, aqui, atuam como uma empresa qualquer, limitando-se a 
transcrever e a entregar a outra pessoa aquilo que o cliente mandar. O 
funcion‡rio pœblico (empregado dos Correios), aqui, n‹o entra no mŽrito do ato 
(o conteœdo do telegrama n‹o emana do Poder Pœblico). Entretanto, se 
estivermos diante de um telegrama expedido por um funcion‡rio pœblico no 
exerc’cio das fun›es, a’ estaremos diante de um documento pœblico (Ex.: 
Telegrama expedido pelo funcion‡rio de um —rg‹o pœblico convocando 
determinado candidato para tomar posse no cargo). 
 
Por fim, o STJ e o STF entendem que se o documento falso Ž fabricado para 
a pr‡tica de estelionato, e a sua potencialidade lesiva se esgota nele, o crime de 
falso fica absorvido pelo crime de estelionato. Caso a potencialidade lesiva do 
documento n‹o se esgote no estelionato praticado, o agente responde por 
ambos os delitos, em concurso material. 
 
 
 
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Sœmula 17 do STJ 
ÒQuando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, Ž por este absorvidoÓ. 
 
Um exemplo disso ocorre quando o agente, por exemplo, falsifica recibos 
mŽdicos para cometer crimes tribut‡rios. Os referidos documentos (meros 
recibos) tm sua potencialidade lesiva esgotada na pr‡tica do crime tribut‡rio.1 
Por outro lado, quando, por qualquer motivo, a potencialidade do falso n‹o se 
exaurir na pr‡tica do estelionato, ou seja, quando permanecer o documento 
possuindo potencialidade lesiva, n‹o haver‡ aplica‹o do princ’pio da consun‹o 
(absor‹o).2 
 
1.1.2!Falsifica‹o de documento particular 
A falsifica‹o de documento particular tambŽm Ž crime, possuindo, 
porŽm, pena mais branda. Nos termos do art. 298 do CP: 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro: 
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa. 
 
BEM JURêDICO TUTELADO FŽ pœblica 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (crime comum). 
SUJEITO PASSIVO A coletividade, sempre, e eventual lesado 
pela conduta. 
TIPO OBJETIVO A conduta pode ser de fabricar 
documento particular falso ou adulterar 
documento particular verdadeiro. 
OBS.: Considera-se documento 
particular aquele que n‹o pode ser 
considerado, sob qualquer aspecto, como 
documento pœblico. 
 
1 (AgRg no AREsp 356.859/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 15/05/2014, DJe 
23/05/2014) 
2 03. Conforme precedentes desta Corte (HC 263.884/RJ, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe 
16/05/2014; HC 221.660/DF, Rel.Ministro Marco AurŽlio Bellizze, Quinta Turma, DJe 01.03.2012; HC 
152.128/SC, Rel. Ministro Sebasti‹o Reis Jœnior, Sexta Turma, DJe 21/02/2013) e do Supremo Tribunal 
Federal, "n‹o h‡ falar em princ’pio da consun‹o entre os crimes de falso e de estelionato quando 
n‹o exaurida a potencialidade lesiva do primeiro ap—s a pr‡tica do segundo" (HC 116.979 AgR, Rel. 
Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 21.11.2013). 
(...) (HC 270.416/SP, Rel. Ministro NEWTON TRISOTTO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SC), 
QUINTA TURMA, julgado em 04/11/2014, DJe 12/11/2014) 
 
 
 
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 TIPO SUBJETIVO Dolo, sem que seja exigida nenhuma 
especial finalidade de agir. N‹o se admite 
na forma culposa. 
OBJETO MATERIAL O documento fabricado ou alterado. 
DETALHE: O ¤ œnico do art. 298 (inclu’do 
pela Lei 12.737/12), equiparou o cart‹o 
de crŽdito a documento particular, 
para os fins deste delito. 
CONSUMA‚ÌO E 
TENTATIVA 
Consuma-se no momento em que ocorre 
a fabrica‹o ou adultera‹o. Admite-se 
tentativa, pois n‹o se trata de crime que 
se perfaz num œnico ato (pode-se 
desdobrar seu iter criminis Ð caminho 
percorrido na execu‹o). 
CONSIDERA‚ÍES 
IMPORTANTES 
¥! Doutrina e jurisprudncia 
entendem que se a falsifica‹o for 
grosseira, n‹o h‡ crime, por n‹o 
possuir potencialidade lesiva (n‹o tem o 
poder de enganar ninguŽm). O poder de 
iludir (imitatio veri) Ž indispens‡vel. Caso 
n‹o haja esse poder, poderemos estar 
diante de estelionato, no m‡ximo; 
 
1.1.3!Falsidade ideol—gica 
O art. 299 estabelece o crime de falsidade ideol—gica, que, 
diferentemente do que a maioria das pessoas imagina, n‹o est‡ relacionado ˆ 
falsidade de identidade (prevista em outro crime). A falsidade ideol—gica est‡ 
relacionada ˆ altera‹o do conteœdo de documento pœblico ou particular 
(embora no mesmo artigo, as penas s‹o diferentes!): 
Art. 299 - Omitir, em documento pœblico ou particular, declara‹o que dele devia 
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declara‹o falsa ou diversa da que devia 
ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar a verdade sobre 
fato juridicamente relevante: 
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e reclus‹o 
de um a trs anos, e multa, se o documento Ž particular. 
Par‡grafo œnico - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-
se do cargo, ou se a falsifica‹o ou altera‹o Ž de assentamento de registro civil, 
aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
BEM JURêDICO 
TUTELADO 
FŽ pœblica 
 
 
 
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 SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (crime comum). PorŽm, o ¤ 
œnico prev que se o agente Ž funcion‡rio pœblico 
valendo-se da fun‹o ou a falsidade recai sobre 
assentamento de registro civil, a pena Ž 
aumentada de 1/6. 
SUJEITO PASSIVO A coletividade, sempre, e eventual lesado pela 
conduta. 
TIPO OBJETIVO Caracteriza‹o Ð Aqui o agente n‹o falsifica a 
estrutura do documento. O documento Ž 
estruturalmente verdadeiro, mas contŽm 
informa›es inver’dicas. A falsifica‹o ideol—gica 
ocorre quando o agente: 
§! Omite declara‹o que devia constar no 
documento (conduta omissiva) 
§! Nele insere ou faz inserir declara‹o 
falsa ou diversa da que devia ser escrita 
(conduta comissiva) 
Contudo, n‹o basta que o agente pratica a 
conduta.Ele deve agir desta forma com uma 
finalidade espec’fica (dolo espec’fico). Qual Ž 
este especial fim de agir? ƒ a finalidade de 
prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar 
a verdade sobre fato juridicamente 
relevante. 
EXEMPLO: JosŽ preenche um termo de 
declara‹o de bens (para tomar posse em 
concurso), declarando que n‹o possui qualquer 
bem. Na verdade, JosŽ possui diversos im—veis e 
carros. 
Percebam que, neste caso, o documento Ž 
verdadeiro, mas o que ali consta Ž falso. 
TIPO SUBJETIVO Dolo. Entretanto, aqui a lei exige uma especial 
finalidade de agir3. Isto se revela quando o tipo 
diz Òcom o fim deÓ. Assim, n‹o basta que o agente 
insira informa‹o falsa, ele deve fazer isto com o 
fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou 
alterar a verdade sobre fato juridicamente 
relevante. N‹o se admite na forma culposa. 
OBJETO MATERIAL O documento no qual foi omitida a informa‹o ou 
inserida a informa‹o falsa. 
 
3 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 557 
 
 
 
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 CONSUMA‚ÌO E 
TENTATIVA 
Consuma-se no momento em que o agente omite 
a informa‹o que deveria constar ou insere a 
informa‹o falsa, n‹o sendo necess‡rio que o 
documento seja levado ao conhecimento de 
terceiros. Admite-se tentativa, pois n‹o se trata 
de crime que se perfaz num œnico ato (pode-se 
desdobrar seu iter criminis Ð caminho percorrido 
na execu‹o); 
 
ATEN‚ÌO! Os Tribunais entendem que o crime n‹o se caracteriza se o 
documento falsificado est‡ sujeito ˆ revis‹o por autoridade, pois a revis‹o 
impediria que o crime chegasse a ter qualquer potencialidade lesiva4; 
 
E a inser‹o de conteœdo falso em documento em 
branco assinado? A Doutrina entende que se o agente recebeu o documento 
em branco mediante confiana, a fim de que nele inserisse determinado 
conteœdo, e o fez de maneira diversa, h‡ o crime de falsidade ideol—gica. 
No entanto, se o agente se apodera do documento (por qualquer outro meio) e 
ali insere conteœdo falso, o crime n‹o Ž o de falsidade ideol—gica, mas o de 
falsidade material, pois este documento (que prev obriga›es perante o 
signat‡rio e o agente) nunca existiu validamente5. Assim, o crime Ž de falsidade 
na forma, na existncia do documento. 
Por fim, a pena ser‡ aumentada de 1/6 (causa de aumento de pena) nos 
seguintes casos: 
§! Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e desde que cometa o delito valendo-
se do cargo; ou 
§! Se a falsifica‹o ou altera‹o Ž de assentamento de registro civil. 
 
1.1.3.1! Diferena entre falsidade ideol—gica e falsidade material 
A diferena b‡sica entre a falsidade material e a falsidade ideol—gica reside 
no fato de que, na primeira, o documento Ž estruturalmente falso, e na segunda 
a estrutura Ž verdadeira, mas o conteœdo (a ideia que o documento transmite) Ž 
falsa. 
Ex. Paulo, ao preencher um formul‡rio para alugar seu apartamento, insere 
informa‹o de que recebe R$ 20.000,00 mensais em atividade informal. Na 
verdade, Paulo nunca chegou nem perto de ver esse dinheiro. Temos, aqui, 
falsidade ideol—gica. 
 
4 CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 667 
5 CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 558 
 
 
 
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 Ex.2: JosŽ Ž funcion‡rio de uma imobili‡ria. Mariana, ao preencher o formul‡rio 
para alugar sua casa, declara verdadeiramente que recebe R$ 8.000,00 mensais 
em atividade informal. JosŽ, contudo, irritado porque deu uma cantada em 
Mariana e n‹o foi correspondido, adultera o documento, para fazer constar como 
renda declarada ÒR$800,00Ó ao invŽs de ÒR$ 8.000,00Ó. Neste caso, temos 
falsidade MATERIAL. A informa‹o contida no documento Ž falsa, mas na verdade 
o pr—prio documento passou a ser falso, pois n‹o transmite com fidelidade aquilo 
que Mariana colocou. 
 
Perceba que no primeiro caso o documento representa fielmente o que 
Paulo colocou. Contudo, o que Paulo colocou Ž uma mentira. 
No segundo caso, o documento passa a ser falso (estruturalmente), 
porque n‹o mais representa fielmente aquilo que Mariana colocou (foi 
adulterado). 
 
1.1.4!Falsidade de atestado mŽdico 
J‡ o art. 302 estabelece o crime de Òfalsidade de atestado mŽdicoÓ: 
Art. 302 - Dar o mŽdico, no exerc’cio da sua profiss‹o, atestado falso: 
Pena - deten‹o, de um ms a um ano. 
Par‡grafo œnico - Se o crime Ž cometido com o fim de lucro, aplica-se tambŽm multa. 
 
BEM JURêDICO TUTELADO FŽ pœblica 
SUJEITO ATIVO Somente o mŽdico6 poder‡ praticar o 
crime. Portanto, trata-se de crime 
pr—prio. 
SUJEITO PASSIVO A coletividade, sempre, e eventual lesado 
pela conduta. 
TIPO OBJETIVO A conduta pode ser somente a de fornecer 
atestado falso. 
TIPO SUBJETIVO Dolo, sem que seja exigida nenhuma 
especial finalidade de agir. Entretanto, se 
houver a finalidade especial de agir, 
consistente na obten‹o de lucro, h‡ 
previs‹o de pena de multa cumulada 
com a privativa de liberdade, 
conforme o ¤ œnico do art. 302. N‹o se 
admite na forma culposa. 
 
6 N‹o pode ser praticado por enfermeiro, dentista ou qualquer outro profissional da ‡rea de saœde. CUNHA, 
RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 676. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 566 
 
 
 
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 OBJETO MATERIAL O atestado falsamente emitido. 
CONSUMA‚ÌO E 
TENTATIVA 
Consuma-se no momento em que o 
mŽdico FORNECE o atestado falso. 
Assim, se o mŽdico elabora o atestado 
falso, mas se arrepende e deixa de 
entregar ˆ pessoa, n‹o est‡ cometendo 
crime7. Admite-se a tentativa. 
 
1.1.5!Uso de documento falso 
O art. 304, por sua vez, disp›e sobre o uso de documento falso, assim 
considerado qualquer dos documentos enumerados nos arts. 297 a 302 do CP: 
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papŽis falsificados ou alterados, a que se referem 
os arts. 297 a 302: 
Pena - a cominada ˆ falsifica‹o ou ˆ altera‹o. 
 
BEM JURêDICO TUTELADO FŽ pœblica 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (crime comum), ainda 
que o crime resultante da fabrica‹o ou 
adultera‹o do documento seja pr—prio. 
SUJEITO PASSIVO A coletividade, sempre, e eventual lesado 
pela conduta. 
TIPO OBJETIVO A conduta consiste em fazer uso dos 
documentos produzidos nos crimes 
previstos nos arts. 297 a 3028. Percebam 
que o tipo penal praticamente n‹o 
descreve as condutas, pois se remete aos 
outros tipos penais (arts. 297 a 302 do 
CP), inclusive no que se refere ˆ pena do 
delito (ser‡ a mesma pena prevista para 
a falsifica‹o do documento utilizado). 
Isso Ž chamado pela Doutrina como tipo 
penal remetido, j‡ que se remete a 
outros tipos penais para compor de forma 
plena a conduta criminosa.9 
 
7 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 567 
8 Fazer ÒUSOÓ significa a efetiva utiliza‹o do documento, n‹o bastando para o mero ÒporteÓ do 
documento para a caracteriza‹o do delito. PorŽm, em se tratando de CARTEIRA NACIONAL DE 
HABILITA‚ÌO, entende-se que o MERO PORTE j‡ caracteriza o delito de uso de documento falso, 
pois o C—digo de Tr‰nsito Brasileiro disp›e que o mero porte da CNH j‡ Ž considerado como ÒusoÓ. 
9 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 571 
 
 
 
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 TIPO SUBJETIVO Dolo, sem que seja exigida nenhuma 
especial finalidade de agir. N‹o Ž 
necess‡rio que o agente tenha a 
finalidade de obter vantagem il’cita, 
por exemplo. N‹o se admite na forma 
culposa. 
OBJETO MATERIAL O documento utilizado pelo agente. 
CONSUMA‚ÌO E 
TENTATIVA 
Consuma-se no momento em que o 
agente leva o documento ao 
conhecimento de terceiros, pois a’ se 
d‡ a les‹o ˆ credibilidade, ˆ fŽ pœblica. 
NÌO SE ADMITE A TENTATIVA!10 Pois 
se trata dede crime que se perfaz num 
œnico ato (n‹o se pode desdobrar seu iter 
criminis Ð caminho percorrido na 
execu‹o), ou seja, Ž crime 
unissubsistente. 
 
CUIDADO! E se quem usa o documento falso Ž a pr—pria pessoa que 
fabricou o documento falso? Neste caso, temos (basicamente) dois 
entendimentos: 
1 Ð O agente responde apenas pelo crime de Òuso de documento falsoÓ, 
pois a falsifica‹o Ž ÒmeioÓ para a utiliza‹o (RogŽrio Greco). 
2 Ð O agente responde apenas pela falsifica‹o do documento, e n‹o 
pelo uso, pois Ž natural que toda pessoa que falsifica um documento 
pretenda utiliz‡-lo posteriormente, de alguma forma (Cezar Roberto 
Bitencourt, Dam‡sio e outros).11 
Prevalece o segundo entendimento, sendo a utiliza‹o considerada como 
mero "p—s factum impun’vel". 
Embora existam, no STJ, decis›es em sentido diverso, prevalece tambŽm 
este entendimento (o uso como p—s-fato impun’vel).12 
De toda forma, existem duas correntes doutrin‡rias e jurisprudenciais, 
como prevalncia pela corrente que entende que o agente responde pelo 
FALSO, sendo o uso mero p—s fato impun’vel. 
 
 
10 CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 683. Bitencourt entende que a tentativa Ž, teoricamente, poss’vel. 
Contudo, sustenta ser muito dif’cil sua caracteriza‹o. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 572 
11 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 571/572 
12 (HC 228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 
25/03/2014) 
 
 
 
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 ATEN‚ÌO! Com rela‹o ˆ competncia para processar e julgar a 
demanda, o STJ sumulou entendimento no sentido de que importa saber 
a entidade ou —rg‹o perante o qual foi apresentado o documento (federal, 
estadual, etc.), n‹o importando a natureza do —rg‹o expedidor: 
Sœmula 546 
A competncia para processar e julgar o crime de uso de 
documento falso Ž firmada em raz‹o da entidade ou —rg‹o ao 
qual foi apresentado o documento pœblico, n‹o importando a 
qualifica‹o do —rg‹o expedidor. 
 
1.1.6!Supress‹o de documento 
O art. 305, por fim, trata do crime de Òsupress‹o de documentoÓ. Na 
verdade, o crime deveria ser de Òsupress‹o, destrui‹o ou oculta‹oÓ de 
documento, pois estas trs condutas s‹o previstas neste tipo penal (s‹o 
trs tipos objetivos, trs condutas incriminadas): 
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benef’cio pr—prio ou de outrem, ou em 
preju’zo alheio, documento pœblico ou particular verdadeiro, de que n‹o podia dispor: 
Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e reclus‹o, 
de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž particular. 
 
BEM JURêDICO TUTELADO FŽ pœblica 
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (crime comum). 
SUJEITO PASSIVO A coletividade, sempre, e eventual lesado 
pela conduta. 
TIPO OBJETIVO A conduta pode ser de destruir, suprimir 
ou ocultar documento do qual o agente 
n‹o poderia dispor. 
TIPO SUBJETIVO Dolo, exigindo-se a especial 
finalidade de agir, consistente na 
vontade de obter benef’cio ou prejudicar 
alguŽm. N‹o se admite na forma culposa. 
OBJETO MATERIAL O documento suprimido, destru’do ou 
ocultado. 
CONSUMA‚ÌO E 
TENTATIVA 
Consuma-se no momento em que o 
agente pratica qualquer das condutas 
previstas no nœcleo do tipo (destr—i, 
suprime ou oculta o documento). Admite-
se tentativa, pois n‹o se trata de crime 
que se perfaz num œnico ato (pode-se 
desdobrar seu iter criminis Ð caminho 
percorrido na execu‹o). 
 
 
 
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2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 
CîDIGO PENAL 
Ä Arts. 297, 298, 299, 302, 304 e 305 do CP Ð Tipificam os crimes de 
falsifica‹o de documento pœblico, falsifica‹o de documento particular, falsidade 
ideol—gica, falsidade de atestado mŽdico, uso de documento falso e supress‹o de 
documento: 
CAPêTULO III 
DA FALSIDADE DOCUMENTAL 
(...) 
 Falsifica‹o de documento pœblico 
 Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento pœblico, ou alterar 
documento pœblico verdadeiro: 
 Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa. 
 ¤ 1¼ - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 ¤ 2¼ - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento pœblico o emanado de 
entidade paraestatal, o t’tulo ao portador ou transmiss’vel por endosso, as a›es de 
sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 
 ¤ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Inclu’do pela Lei n¼ 
9.983, de 2000) 
 I Ð na folha de pagamento ou em documento de informa›es que seja destinado 
a fazer prova perante a previdncia social, pessoa que n‹o possua a qualidade de 
segurado obrigat—rio;(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
 II Ð na Carteira de Trabalho e Previdncia Social do empregado ou em 
documento que deva produzir efeito perante a previdncia social, declara‹o falsa ou 
diversa da que deveria ter sido escrita; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
 III Ð em documento cont‡bil ou em qualquer outro documento relacionado com 
as obriga›es da empresa perante a previdncia social, declara‹o falsa ou diversa da 
que deveria ter constado. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
 ¤ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no 
¤ 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remunera‹o, a vigncia do contrato 
de trabalho ou de presta‹o de servios.(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000) 
Falsifica‹o de documento particular (Reda‹o dada pela Lei n¼ 12.737, de 2012) 
Vigncia 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro: 
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa. 
Falsifica‹o de cart‹o (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vigncia 
Par‡grafo œnico. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular 
o cart‹o de crŽdito ou dŽbito. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vigncia 
 Falsidade ideol—gica 
 Art. 299 - Omitir, em documento pœblico ou particular, declara‹o que dele devia 
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declara‹o falsa ou diversa da que devia ser 
 
 
 
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 escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante: 
 Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e 
reclus‹o de um a trs anos, e multa, se o documento Ž particular. 
 Par‡grafo œnico - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, ou se a falsifica‹o ou altera‹o Ž de assentamentode 
registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. 
(...) 
 Falsidade de atestado mŽdico 
 Art. 302 - Dar o mŽdico, no exerc’cio da sua profiss‹o, atestado falso: 
 Pena - deten‹o, de um ms a um ano. 
 Par‡grafo œnico - Se o crime Ž cometido com o fim de lucro, aplica-se tambŽm 
multa. 
 Reprodu‹o ou adultera‹o de selo ou pea filatŽlica 
(...) 
 Uso de documento falso 
 Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papŽis falsificados ou alterados, a que se 
referem os arts. 297 a 302: 
 Pena - a cominada ˆ falsifica‹o ou ˆ altera‹o. 
 Supress‹o de documento 
 Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benef’cio pr—prio ou de outrem, ou 
em preju’zo alheio, documento pœblico ou particular verdadeiro, de que n‹o podia 
dispor: 
 Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e 
reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž particular. 
 
3! SòMULAS PERTINENTES 
3.1!Sœmulas do STJ 
Ä Sœmula 17 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que, se a 
potencialidade lesiva do falso se exaure no estelionato, o crime de estelionato 
absorve o falso, que foi apenas um meio para a sua pr‡tica: 
Sœmula 17 do STJ 
QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE 
LESIVA, ƒ POR ESTE ABSORVIDO. 
 
Ä Sœmula 546 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que, para 
fins de defini‹o da competncia ratione materiae, importa saber a entidade ou 
—rg‹o perante o qual foi apresentado o documento (federal, estadual, etc.), n‹o 
importando a natureza do —rg‹o expedidor: 
Sœmula 546 
A competncia para processar e julgar o crime de uso de 
documento falso Ž firmada em raz‹o da entidade ou —rg‹o ao 
 
 
 
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 qual foi apresentado o documento pœblico, n‹o importando a 
qualifica‹o do —rg‹o expedidor. 
 
4! RESUMO 
CRIMES CONTRA A Fƒ PòBLICA 
FALSIDADE DOCUMENTAL 
Falsifica‹o de documento pœblico 
Conduta Ð ƒ a de falsificar, no todo ou em parte, documento pœblico. Pode 
ocorrer mediante: 
§! Fabrica‹o de um documento pœblico falso 
§! Adultera‹o de um documento pœblico verdadeiro 
 
Consuma‹o - No momento em que o agente fabrica o documento falso ou 
altera o documento verdadeiro. 
Conceito de documento pœblico Ð A Doutrina divide em: 
§! Documento pœblico em sentido formal e material (substancial) Ð A 
forma Ž pœblica (emanado de —rg‹o pœblico, ou seja, por funcion‡rio 
pœblico no exerc’cio das fun›es, com o cumprimento das formalidades 
legais) e o conteœdo tambŽm Ž pœblico (atos proferidos pelo poder 
pœblico, como decis›es administrativas, sentenas judiciais, etc.). 
§! Documento pœblico em sentido formal apenas Ð Aqui a forma Ž 
pœblica (emanado de —rg‹o pœblico), mas o conteœdo Ž de interesse 
privado (Ex.: Escritura pœblica de compra e venda de um im—vel 
pertencente a um particular. O conteœdo Ž de interesse particular, embora 
emanado de um —rg‹o pœblico). 
 
Equiparados a documento pœblico 
§! Emanado de entidade paraestatal 
§! T’tulo ao portador ou transmiss’vel por endosso 
§! A›es de sociedade comercial 
§! Livros mercantis 
§! Testamento particular 
 
Falso x estelionato 
§! Se o falso se exaure no estelionato Ð ƒ absorvido pelo estelionato: 
Sœmula 17 do STJ 
ÒQuando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, 
Ž por este absorvidoÓ. 
§! Se o falso n‹o esgota sua potencialidade lesiva no estelionato Ð O 
agente responde por ambos os delitos. 
Falsifica‹o de documento particular 
 
 
 
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 Caracteriza‹o Ð A l—gica Ž a mesma da falsifica‹o de documento pœblico, s— 
que com documento particular. 
Conceito de documento particular - Considera-se documento particular 
aquele que n‹o pode ser considerado, sob qualquer aspecto, como 
documento pœblico. 
Documento particular por equipara‹o Ð O CP equiparou a documento 
particular o cart‹o de crŽdito ou dŽbito. 
 
Falsidade ideol—gica 
Caracteriza‹o Ð Aqui o agente n‹o falsifica a estrutura do documento. O 
documento Ž estruturalmente verdadeiro, mas contŽm informa›es inver’dicas. 
A falsifica‹o ideol—gica ocorre quando o agente (com o fim de prejudicar direito, 
criar obriga‹o ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante): 
§! Omite declara‹o que devia constar no documento (conduta 
omissiva) 
§! Nele insere ou faz inserir declara‹o falsa ou diversa da que devia 
ser escrita (conduta comissiva) 
Pena Ð A pena varia de acordo com o documento em que h‡ falsidade ideol—gica 
(documento pœblico Ð reclus‹o de um a cinco anos e multa; documento particular 
Ð reclus‹o de um a trs anos e multa). 
Causa de aumento de pena Ð H‡ aumento de pena (1/6): 
§! Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e desde que cometa o delito valendo-
se do cargo; ou 
§! Se a falsifica‹o ou altera‹o Ž de assentamento de registro civil. 
 
 
! Falsidade ideol—gica x falsidade material (falsifica‹o de 
documento pœblico ou particular) - A diferena b‡sica entre a falsidade 
material e a falsidade ideol—gica reside no fato de que, na primeira, o documento 
Ž estruturalmente falso, e na segunda a estrutura Ž verdadeira, mas o conteœdo 
(a ideia que o documento transmite) Ž falsa. 
 
Falsidade de atestado mŽdico 
Crime pr—prio - Somente o mŽdico poder‡ praticar o crime (enfermeiro, 
dentista, etc., n‹o podem). 
Elemento subjetivo Ð Dolo. OBS.: Se houver finalidade de lucro = h‡ 
previs‹o de pena de multa cumulada com a privativa de liberdade. 
 
Consuma‹o - Consuma-se no momento em que o mŽdico FORNECE o 
atestado falso. Se elaborar o atestado falso, mas se arrepender, n‹o h‡ crime. 
 
Uso de documento falso 
 
 
 
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 Caracteriza‹o Ð Consiste em fazer uso dos documentos produzidos nos crimes 
previstos nos arts. 297 a 302 do CP. 
Pena Ð ƒ a mesma prevista para a falsifica‹o do documento. 
OBS.: Isso Ž chamado pela Doutrina como tipo penal remetido, j‡ que se 
remete a outros tipos penais para compor de forma plena a conduta criminosa. 
Consuma‹o Ð No momento em que o agente leva o documento ao 
conhecimento de terceiros, pois a’ se d‡ a les‹o ˆ credibilidade, ˆ fŽ pœblica. 
NÌO SE ADMITE A TENTATIVA! 
 
ATEN‚ÌO! E se quem usa o documento falso Ž a pr—pria pessoa que 
fabricou o documento falso? Neste caso, temos (basicamente) dois 
entendimentos: 
1 Ð O agente responde apenas pelo crime de Òuso de documento falsoÓ, pois a 
falsifica‹o Ž ÒmeioÓ para a utiliza‹o 
2 Ð O agente responde apenas pela falsifica‹o do documento, e n‹o pelo 
uso, pois Ž natural que toda pessoa que falsifica um documento pretenda utiliz‡-
lo posteriormente, de alguma forma Ð Prevalece na Doutrina e na 
Jurisprudncia. 
______ 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
5! EXERCêCIOS PARA PRATICAR 
 
 
01.! (FGV - 2014 - DPE-DF - ANALISTA - ASSISTæNCIA JUDICIçRIA) 
Maria foi condenada pela pr‡tica do crime de estelionato cometido contra 
entidade de direito pœblico (¤ 3¼ do Artigo 171 do CP) em concurso material com 
o crime de falsidade documental (Art. 298 do CP). De acordo com a sentena 
condenat—ria, Maria teria apresentado declara‹o falsa com assinatura atribu’da 
a determinado servidor pœblicoem que este œltimo reconheceria a existncia de 
uni‹o est‡vel entre ambos. Com isso, Maria passou a receber pens‹o por morte, 
como dependente do aludido funcion‡rio pœblico. 
Exclusivamente sob o prisma do concurso de crimes, a sentena: 
a) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a existncia de 
concurso formal entre as condutas atribu’das a Maria, j‡ que ela n‹o as teria 
realizado com des’gnios aut™nomos. 
b) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a existncia de crime 
continuado entre as condutas atribu’das a Maria, j‡ que ela as teria realizado nas 
mesmas circunst‰ncias de tempo, lugar e modo de execu‹o. 
 
 
 
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 c) est‡ correta ao condenar Maria pela pr‡tica de ambos os crimes, em concurso 
material, pois a conduta realizada ofendeu dois bens jur’dicos distintos. 
d) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a absor‹o do crime 
de falsidade documental pelo crime de estelionato, uma vez que aquele se 
exauriu neste œltimo, sem mais potencialidade lesiva. 
e) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter condenado Maria apenas pela 
pr‡tica do crime de falsidade documental, j‡ que o crime de estelionato, neste 
caso, configura mero exaurimento do falso. 
 
02.! (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - III - PRIMEIRA 
FASE) 
Ao concluir o curso de Engenharia, Arli, visando fazer uma brincadeira, inseriu, ˆ 
caneta, em seu diploma, declara‹o falsa sobre fato juridicamente relevante. 
A respeito desse ato, Ž correto afirmar que Arli 
a) praticou crime de falsifica‹o de documento pœblico. 
b) praticou crime de falsidade ideol—gica. 
c) praticou crime de falsa identidade. 
d) n‹o praticou crime algum. 
 
03.! (FGV Ð 2015 Ð OAB Ð XVII EXAME DE ORDEM) 
Paulo pretende adquirir um autom—vel por meio de sistema de financiamento 
junto a uma institui‹o banc‡ria. Para tanto, dirige-se ao estabelecimento 
comercial para verificar as condi›es de financiamento e Ž informado que, quanto 
maior a renda bruta familiar, maior a dila‹o do prazo para pagamento e menores 
os juros. Decide, ent‹o, fazer falsa declara‹o de parentesco ao preencher a ficha 
cadastral, a fim de aumentar a renda familiar informada, vindo, assim, a obter o 
financiamento nas condi›es pretendidas. 
Considerando a situa‹o narrada e os crimes contra a fŽ pœblica, Ž correto afirmar 
que Paulo cometeu o delito de 
a) falsifica‹o material de documento pœblico. 
b) falsidade ideol—gica. 
c) falsifica‹o material de documento particular. 
d) falsa identidade. 
 
04.! (FGV Ð 2015 Ð TCM-SP Ð AGENTE DE FISCALIZA‚ÌO Ð CIæNCIAS 
JURêDICAS) 
Pablo, enquanto se dirigia para o trabalho, foi parado em uma blitz realizada pela 
Pol’cia Militar. O policial pediu ao motorista que se identificasse e apresentasse a 
documenta‹o do ve’culo. Pablo, ent‹o, apresentou os documentos do autom—vel 
e sua carteira de motorista. Ocorre que, em consulta ao sistema pr—prio, o agente 
da lei verificou que o documento de identifica‹o apresentado era falsificado. 
 
 
 
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 Considerando apenas as informa›es narradas, Ž correto afirmar que a conduta 
de Pablo: 
(A) configura crime de uso de documento falso em concurso material com 
falsifica‹o de documento particular; 
(B) configura crime de falsa identidade; 
(C) configura crime de uso de documento falso em concurso material com 
falsifica‹o de documento pœblico; 
(D) Ž at’pica, pois a apresenta‹o dos documentos n‹o foi espont‰nea, somente 
ocorrendo por solicita‹o dos policiais; 
(E) configura crime de uso de documento falso, apenas. 
 
05.! (FCC Ð 2014 Ð TRT 18 Ð JUIZ DO TRABALHO) 
Falsificar cart‹o de crŽdito Ž 
a) conduta at’pica. 
b) falsifica‹o de documento pœblico. 
c) falsidade ideol—gica. 
d) falsa identidade. 
e) falsifica‹o de documento particular. 
 
06.! (FCC Ð 2015 Ð TRT23 Ð JUIZ) 
Alfredo, de posse de cheque em branco do empregador, falsifica a assinatura 
deste no t’tulo e o utiliza na compra de determinado bem, obtendo vantagem 
il’cita em preju’zo do comerciante. Na hip—tese, segundo entendimento sumulado 
do Superior Tribunal de Justia, Alfredo responde por 
a) falsifica‹o de documento pœblico e estelionato, em concurso formal. 
b) estelionato, apenas. 
c) falsifica‹o de documento pœblico e estelionato, em concurso material. 
d) estelionato e falsifica‹o de documento particular, em concurso formal. 
e) falsifica‹o de documento pœblico, apenas. 
 
07.! (FCC Ð 2015 Ð TJ-GO Ð JUIZ) 
Falsificar cart‹o de crŽdito ou dŽbito Ž 
a) conduta at’pica. 
b) crime de falsifica‹o de documento particular. 
c) crime de falsa identidade. 
d) crime de falsidade ideol—gica. 
e) crime de falsifica‹o de documento pœblico, por equipara‹o. 
 
08.! (FCC Ð 2015 Ð TRE-RR Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
 
 
 
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 Murilo, funcion‡rio pœblico, escrevente judici‡rio de um determinado Tribunal de 
Justia brasileiro, no exerc’cio regular de suas atividades junto ao Cart—rio de 
uma vara criminal, elabora um alvar‡ de soltura falso em nome de MoisŽs, rŽu 
preso por ordem da Justia por crime de homic’dio, inclusive com falsifica‹o da 
assinatura do Magistrado competente, encaminhando-o ao Centro de Deten‹o 
Provis—ria onde o rŽu MoisŽs encontra-se recolhido. MoisŽs n‹o Ž colocado em 
liberdade, pois havia outro mandado de pris‹o expedido em seu desfavor em 
decorrncia de outro delito por ele cometido. Neste caso, Murilo cometeu crime 
de 
a) falsifica‹o de documento pœblico tentado, uma vez que MoisŽs n‹o foi 
colocado em liberdade, n‹o produzindo o resultado final pretendido pelo agente, 
sem qualquer majora‹o da pena privativa de liberdade pelo fato de ser 
funcion‡rio pœblico. 
b) falsidade ideol—gica consumada, com a pena aumentada da tera parte pelo 
fato de ser funcion‡rio pœblico e ter cometido o crime prevalecendo-se do cargo. 
c) falsidade ideol—gica tentada, sem qualquer majora‹o da pena privativa de 
liberdade por ser funcion‡rio pœblico. 
d) falsifica‹o de documento pœblico tentado, uma vez que MoisŽs n‹o foi 
colocado em liberdade, n‹o produzindo o resultado final pretendido pelo agente, 
com a pena majorada da sexta parte em raz‹o de ser funcion‡rio pœblico e ter 
cometido o crime prevalecendo-se do cargo. 
e) falsifica‹o de documento pœblico consumado e ter‡ sua pena aumentada da 
sexta parte por ser funcion‡rio pœblico e ter cometido o crime prevalecendo-se 
do cargo. 
 
09.! (FCC - 2011 - TCE-SP - PROCURADOR) 
No crime de uso de documento falso, 
a) a infra‹o n‹o se tipifica no caso de a falsidade do documento utilizado ser 
meramente ideol—gica. 
b) a pena cominada Ž sempre a mesma, independentemente da natureza do 
documento. 
c) h‡ concurso com o delito de falso, se o agente que usa o documento Ž o pr—prio 
respons‡vel pela falsifica‹o, segundo amplo entendimento jurisprudencial. 
d) o objeto material pode ser simples fotoc—pia falsificada, ainda que n‹o 
autenticada. 
e) a consuma‹o se d‡ com o efetivo uso do documento, n‹o se exigindo 
resultado natural’stico, j‡ que se trata de delito formal. 
 
10.! (FCC - 2011 - TCE-SP - PROCURADOR) 
No crime de falsifica‹o de documento pœblico, 
a) ser o agentefuncion‡rio pœblico Ž causa de aumento da pena, ainda que n‹o 
se tenha prevalecido do cargo. 
b) a forma do documento Ž verdadeira, mas seu conteœdo Ž falso. 
 
 
 
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 c) o objeto material pode ser testamento particular. 
d) a falsifica‹o deve ser integral, n‹o se punindo a meramente parcial. 
e) n‹o basta para a tipifica‹o da infra‹o a altera‹o de documento pœblico 
verdadeiro. 
 
11.! (FCC - 2009 - TCE-GO - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - 
DIREITO) 
Considere: 
I. Carta dirigida ao chefe de reparti‹o pœblica. 
II. Cheque. 
III. Testamento particular. 
IV. Livro Mercantil. 
Equiparam-se a documento pœblico, para os efeitos penais, os indicados APENAS 
em 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II, III e IV. 
 
12.! (FCC - 2011 - TRF - 1» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - EXECU‚ÌO 
DE MANDADOS) 
Aquele que falsifica a assinatura de avalista numa nota promiss—ria, da qual Ž 
credor, responder‡ pelo crime de 
a) falsa identidade. 
b) falsidade ideol—gica. 
c) falsifica‹o de documento particular. 
d) falsifica‹o de documento pœblico. 
e) uso de documento falso. 
 
13.! (FCC - 2008 - MPE-RS - SECRETçRIO DE DILIGæNCIAS) 
No que concerne aos delitos de falsidade documental, NÌO se equiparam ao 
documento pœblico 
a) os t’tulos ao portador. 
b) as declara›es assinadas por particular com firma reconhecida. 
c) os testamentos particulares. 
d) os t’tulos transmiss’veis por endosso. 
e) os livros mercantis. 
 
 
 
 
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 14.! (FCC - 2010 - TCE-AP - PROCURADOR) 
Constituem objeto material do delito de falsifica‹o de documento pœblico: 
a) as letras de c‰mbio, mas n‹o o testamento particular. 
b) o cheque e o testamento particular. 
c) os emanados de entidade paraestatal, mas n‹o as a›es de sociedade 
mercantil. 
d) os livros mercantis, mas n‹o a duplicata. 
e) as notas promiss—rias, mas n‹o o warrant. 
 
15.! (FCC - 2010 - TCE-RO Ð PROCURADOR) 
Inserir ou fazer inserir em documento cont‡bil ou em qualquer outro documento 
relacionado com as obriga›es da empresa perante a previdncia social 
declara‹o falsa ou diversa da que deveria ter constado, tipifica delito 
a) contra a ordem tribut‡ria. 
b) contra a fŽ pœblica. 
c) praticado por particular contra a administra‹o em geral. 
d) contra a administra‹o da justia. 
e) contra as finanas pœblicas. 
 
16.! (FCC - 2010 - TRF - 4» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA 
JUDICIçRIA - EXECU‚ÌO DE MANDADOS) 
M‡rio falsificou, em parte, testamento particular. Neste caso, M‡rio 
a) cometeu crime de falsidade ideol—gica. 
b) cometeu crime de falsifica‹o de documento pœblico. 
c) n‹o cometeu crime tipificado no C—digo Penal Brasileiro. 
d) cometeu crime de falsifica‹o de documento particular. 
e) cometeu crime de supress‹o de documento. 
 
17.! (FCC - 2006 - SEFAZ-PB - AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS 
ESTADUAIS - PROVA 2) 
A aposi‹o de assinatura falsificada em cheque de terceiro configura o crime de 
a) falsidade ideol—gica. 
b) uso de documento falso. 
c) falsa identidade. 
d) falsifica‹o de documento pœblico. 
e) falsifica‹o de documento particular. 
 
18.! (FCC Ð 2012 Ð SP Ð AUDITOR FISCAL TRIBUTçRIO MUNICIPAL) 
 
 
 
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 No que concerne aos crimes contra a fŽ pœblica, Ž INCORRETO afirmar que 
a) o testamento particular Ž considerado documento pœblico para os efeitos 
penais. 
b) n‹o h‡ crime se a falsidade ideol—gica versar sobre fato juridicamente 
irrelevante. 
c) n‹o h‡ falsidade ideol—gica se o conteœdo da declara‹o retrata a opini‹o do 
agente e n‹o um fato. 
d) para a caracteriza‹o do crime de falsidade ideol—gica basta a potencialidade 
de um evento danoso. 
e) o crime de falsifica‹o de documento particular pode ser praticado na forma 
dolosa ou culposa. 
 
19.! (FCC Ð 2011 Ð TCE/PR Ð ANALISTA DE CONTROLE) 
A diferena entre falsidade material e ideol—gica de documento Ž que na falsidade 
material 
a) frauda-se a forma do documento e na ideol—gica o conteœdo Ž falso. 
b) frauda-se o conteœdo e na ideol—gica a forma do documento. 
c) a conduta Ž omissiva, e no falso ideol—gico ela Ž comissiva. 
d) exige-se o dolo e na ideol—gica aceita-se a culpa. 
e) h‡ previs‹o de aumento especial de pena e na ideol—gica n‹o. 
 
20.! (FCC - 2013 - TRT - 6» REGIÌO (PE) - JUIZ DO TRABALHO) 
Segundo a legisla‹o penal, aquele que, na folha de pagamento, insere ou faz 
inserir pessoa que n‹o possua a qualidade de segurado obrigat—rio, comete o 
crime de: 
a) falsifica‹o de documento particular 
b) falsifica‹o de documento pœblico. 
c) atentado contra a liberdade de contrato de trabalho. 
d) falsidade ideol—gica. 
e) sonega‹o de contribui‹o previdenci‡ria 
 
21.! (FCC - 2013 - SEFAZ-SP - AGENTE FISCAL DE RENDAS - GESTÌO 
TRIBUTçRIA - PROVA 2) 
Em rela‹o ao delito de falsifica‹o de documento pœblico, Ž correto afirmar que 
a) tambŽm o configura a falsifica‹o do conteœdo do documento, embora 
verdadeira a forma. 
b) os t’tulos transmiss’veis por endosso podem ser objeto material da infra‹o. 
c) a pena deve ser aumentada da sexta parte se o agente Ž funcion‡rio pœblico, 
mesmo que n‹o se prevalea do cargo. 
d) admite a forma culposa. 
 
 
 
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 e) n‹o Ž absorvido pelo estelionato, ainda que nele se exaure, sem mais 
potencialidade lesiva, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de 
Justia. 
 
22.! (FCC Ð 2012 Ð TRT1 Ð JUIZ) 
Para efeitos penais, NÌO se equipara a documento pœblico 
a) o cheque. 
b) o atestado mŽdico particular. 
c) a duplicata. 
d) as a›es de sociedade comercial. 
e) a letra de c‰mbio. 
 
23.! (FCC Ð 2012 Ð TRT4 Ð JUIZ) 
Incorre nas penas cominadas ao delito de falsifica‹o de documento pœblico quem 
a) deixa de lanar mensalmente nos t’tulos pr—prios da contabilidade da empresa 
as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo 
tomador de servios. 
b) insere, em documento cont‡bil ou em qualquer outro documento relacionado 
com as obriga›es da empresa perante a previdncia social, declara‹o falsa ou 
diversa da que deveria ter constado. 
c) omite, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunera›es pagas 
ou creditadas e demais fatos geradores de contribui›es sociais previdenci‡rias. 
d) omite de folha de pagamento da empresa ou de documentos de informa›es 
previstos pela legisla‹o previdenci‡ria segurados empregado, empres‡rio, 
trabalhador avulso ou trabalhador aut™nomo ou a este equiparado que lhe 
prestem servios. 
e) insere, em documento particular, declara‹o falsa ou diversa da que devia ser 
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar verdade sobre 
fato juridicamente relevante. 
 
24.! (FCC Ð 2012 Ð TRT11 Ð JUIZ) 
NÌO incorre nas penas cominadas ao delito de falsifica‹o de documento pœblico 
quem 
a) omite, em documento pœblico, declara‹o que dele devia constar, ou nele 
insere ou faz inserir declara‹o falsaou diversa da que devia ser escrita, com o 
fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante. 
b) insere, em documento cont‡bil ou em qualquer outro documento relacionado 
com as obriga›es da empresa perante a previdncia social, declara‹o falsa ou 
diversa da que deveria ter constado. 
 
 
 
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 c) insere, na folha de pagamento ou documento de informa›es que seja 
destinado a fazer prova perante a previdncia social, pessoa que n‹o possua a 
qualidade de segurado obrigat—rio. 
d) omite, em documento relacionado com as obriga›es da empresa perante a 
previdncia social, o nome do segurado e seus dados pessoais, a remunera‹o, 
a vigncia do contrato de trabalho ou de presta‹o de servios. 
e) faz inserir, na Carteira de Trabalho e Previdncia Social do empregado ou em 
documento que deva produzir efeito perante a previdncia social, declara‹o falsa 
ou diversa da que deveria ter sido escrita. 
 
25.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
Clemente falsificou um alvar‡ judicial para levantamento de dep—sito judicial em 
nome de Clementina. Clementina foi atŽ a agncia banc‡ria e o apresentou ao 
caixa, que acabou descobrindo a falsifica‹o. Nesse caso, Clemente 
a) e Clementina responder‹o pelo crime de falsifica‹o de papŽis pœblicos. 
b) responder‡ pelo crime de falsifica‹o de documento pœblico e Clementina por 
uso de documento falso. 
c) e Clementina responder‹o pelo crime de falsifica‹o de documento pœblico. 
d) responder‡ pelo crime de falsifica‹o de papŽis pœblicos e Clementina por uso 
de papel pœblico falsificado. 
e) responder‡ pelo crime de falsifica‹o de documento particular e Clementina 
por uso de documento falso. 
 
26.! (FCC Ð 2007 Ð ISS-SP Ð AUDITOR-FISCAL) 
A falsifica‹o de nota promiss—ria configura o crime de 
a) falsifica‹o de documento particular. 
b) falsidade ideol—gica. 
c) uso de documento falso. 
d) falsifica‹o de selo ou sinal pœblico. 
e) falsifica‹o de documento pœblico. 
 
27.! (FCC Ð 2007 Ð ISS-SP Ð AUDITOR-FISCAL) 
Aquela que omite, em documento particular, declara‹o que dele devia constar, 
com o fim de criar obriga‹o, comete o crime de 
a) uso de documento falso. 
b) falsidade ideol—gica. 
c) supress‹o de documento. 
d) atestado ideologicamente falso. 
e) falsifica‹o de documento particular. 
 
 
 
 
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 28.! (FCC Ð 2009 Ð DPE-MA Ð DEFENSOR PòBLICO) 
Na considera‹o de que o crime de falso se exaure no estelionato, 
responsabilizando-se o agente apenas por este crime, o princ’pio aplicado para o 
aparente conflito de normas Ž o da 
a) subsidiariedade. 
b) consun‹o. 
c) especialidade. 
d) alternatividade. 
e) instrumentalidade. 
 
6! EXERCêCIOS COMENTADOS 
 
01.! (FGV - 2014 - DPE-DF - ANALISTA - ASSISTæNCIA JUDICIçRIA) 
Maria foi condenada pela pr‡tica do crime de estelionato cometido contra 
entidade de direito pœblico (¤ 3¼ do Artigo 171 do CP) em concurso 
material com o crime de falsidade documental (Art. 298 do CP). De 
acordo com a sentena condenat—ria, Maria teria apresentado declara‹o 
falsa com assinatura atribu’da a determinado servidor pœblico em que 
este œltimo reconheceria a existncia de uni‹o est‡vel entre ambos. Com 
isso, Maria passou a receber pens‹o por morte, como dependente do 
aludido funcion‡rio pœblico. 
Exclusivamente sob o prisma do concurso de crimes, a sentena: 
a) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a existncia 
de concurso formal entre as condutas atribu’das a Maria, j‡ que ela n‹o 
as teria realizado com des’gnios aut™nomos. 
b) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a existncia 
de crime continuado entre as condutas atribu’das a Maria, j‡ que ela as 
teria realizado nas mesmas circunst‰ncias de tempo, lugar e modo de 
execu‹o. 
c) est‡ correta ao condenar Maria pela pr‡tica de ambos os crimes, em 
concurso material, pois a conduta realizada ofendeu dois bens jur’dicos 
distintos. 
d) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter reconhecido a absor‹o 
do crime de falsidade documental pelo crime de estelionato, uma vez que 
aquele se exauriu neste œltimo, sem mais potencialidade lesiva. 
e) est‡ incorreta, pois o magistrado deveria ter condenado Maria apenas 
pela pr‡tica do crime de falsidade documental, j‡ que o crime de 
estelionato, neste caso, configura mero exaurimento do falso. 
COMENTçRIOS: O STJ editou o verbete n¼ 17 de sua sœmula de jurisprudncia, 
entendendo que o delito de ÒfalsoÓ, neste caso, fica absorvido pelo estelionato, 
j‡ que a potencialidade lesiva do documento falso se esgota no estelionato 
praticado: 
 
 
 
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 Sœmula 17 do STJ 
ÒQuando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, Ž por este 
absorvidoÓ. 
Sobre a hip—tese espec’fica em quest‹o, temos o seguinte julgado, que n‹o deixa 
dœvidas: 
(...) A falsifica‹o de documento - consistente em declara‹o de servidor 
pœblico - com vistas ˆ obten‹o de pens‹o previdenci‡ria configura crime-
meio para o estelionato (art. 171, ¤ 3¼, do CP). 
Incidncia da Sœmula 17/STJ. 
2. Hip—tese em que a acusada pleiteou pens‹o por morte como dependente de servidor 
falecido do Senado Federal, colacionando, em processo administrativo, declara‹o 
falsa do de cujus que reconhecia a existncia de uni‹o est‡vel. 
(...) 
(CC 124.890/DF, Rel. Ministro SEBASTIÌO REIS JòNIOR, TERCEIRA SE‚ÌO, julgado 
em 27/02/2013, DJe 05/03/2013) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D. 
 
02.! (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - III - PRIMEIRA 
FASE) 
Ao concluir o curso de Engenharia, Arli, visando fazer uma brincadeira, 
inseriu, ˆ caneta, em seu diploma, declara‹o falsa sobre fato 
juridicamente relevante. 
A respeito desse ato, Ž correto afirmar que Arli 
a) praticou crime de falsifica‹o de documento pœblico. 
b) praticou crime de falsidade ideol—gica. 
c) praticou crime de falsa identidade. 
d) n‹o praticou crime algum. 
COMENTçRIOS: Arli, neste caso, n‹o praticou crime algum, pois a conduta, 
embora OBJETIVAMENTE se amolde ao tipo penal do art. 299 (falsidade 
ideol—gica), Ž desprovida do elemento subjetivo espec’fico exigido pelo tipo penal 
(Òcom o fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevanteÓ). Vejamos: 
Falsidade ideol—gica 
Art. 299 - Omitir, em documento pœblico ou particular, declara‹o que dele devia 
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declara‹o falsa ou diversa da que devia ser 
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga‹o ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante: 
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e reclus‹o 
de um a trs anos, e multa, de quinhentos mil rŽis a cinco contos de rŽis, se o 
documento Ž particular. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D. 
 
03.! (FGV Ð 2015 Ð OAB Ð XVII EXAME DE ORDEM) 
 
 
 
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 Paulo pretende adquirir um autom—vel por meio de sistema de 
financiamentojunto a uma institui‹o banc‡ria. Para tanto, dirige-se ao 
estabelecimento comercial para verificar as condi›es de financiamento 
e Ž informado que, quanto maior a renda bruta familiar, maior a dila‹o 
do prazo para pagamento e menores os juros. Decide, ent‹o, fazer falsa 
declara‹o de parentesco ao preencher a ficha cadastral, a fim de 
aumentar a renda familiar informada, vindo, assim, a obter o 
financiamento nas condi›es pretendidas. 
Considerando a situa‹o narrada e os crimes contra a fŽ pœblica, Ž 
correto afirmar que Paulo cometeu o delito de 
a) falsifica‹o material de documento pœblico. 
b) falsidade ideol—gica. 
c) falsifica‹o material de documento particular. 
d) falsa identidade. 
COMENTçRIOS: A conduta de Paulo configura um crime de falso, mas na 
modalidade de falsidade ideol—gica, pois n‹o criou um documento materialmente 
falso, mas inseriu informa›es inver’dicas num documento que Ž, 
estruturalmente, verdadeiro, na forma do art. 299 do CP. 
Contudo, entendo que o crime praticado por Paulo se amolda mais perfeitamente 
ao tipo penal do art. 19 da Lei de crimes contra o sistema financeiro nacional: 
Art. 19. Obter, mediante fraude, financiamento em institui‹o financeira: 
Pena - Reclus‹o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
Trata-se de uma modalidade espec’fica de estelionato, que absorve o crime de 
falso praticado. 
Assim, entendo que a quest‹o deveria ser anulada, por n‹o haver 
resposta correta. 
 
04.! (FGV Ð 2015 Ð TCM-SP Ð AGENTE DE FISCALIZA‚ÌO Ð CIæNCIAS 
JURêDICAS) 
Pablo, enquanto se dirigia para o trabalho, foi parado em uma blitz 
realizada pela Pol’cia Militar. O policial pediu ao motorista que se 
identificasse e apresentasse a documenta‹o do ve’culo. Pablo, ent‹o, 
apresentou os documentos do autom—vel e sua carteira de motorista. 
Ocorre que, em consulta ao sistema pr—prio, o agente da lei verificou que 
o documento de identifica‹o apresentado era falsificado. Considerando 
apenas as informa›es narradas, Ž correto afirmar que a conduta de 
Pablo: 
(A) configura crime de uso de documento falso em concurso material 
com falsifica‹o de documento particular; 
(B) configura crime de falsa identidade; 
(C) configura crime de uso de documento falso em concurso material 
com falsifica‹o de documento pœblico; 
 
 
 
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 (D) Ž at’pica, pois a apresenta‹o dos documentos n‹o foi espont‰nea, 
somente ocorrendo por solicita‹o dos policiais; 
(E) configura crime de uso de documento falso, apenas. 
COMENTçRIOS: No caso em tela a conduta de Pablo configura apenas o delito 
de uso de documento falso, pois a quest‹o n‹o diz se foi Pablo quem falsificou o 
documento. Caso Pablo tivesse falsificado o documento (e isto deveria estar 
EXPLêCITO na quest‹o), responderia apenas pelo falso, n‹o sendo pun’vel o uso 
(p—s-fato impun’vel). 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E. 
 
05.! (FCC Ð 2014 Ð TRT 18 Ð JUIZ DO TRABALHO) 
Falsificar cart‹o de crŽdito Ž 
a) conduta at’pica. 
b) falsifica‹o de documento pœblico. 
c) falsidade ideol—gica. 
d) falsa identidade. 
e) falsifica‹o de documento particular. 
COMENTçRIOS: A conduta de falsificar cart‹o de crŽdito caracteriza o delito de 
falsifica‹o de documento particular, eis que o cart‹o de crŽdito passou a ser 
considerado equiparado documento particular, para estes fins. Vejamos: 
Falsifica‹o de documento particular (Reda‹o dada pela Lei n¼ 12.737, de 
2012) Vigncia 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro: 
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa. 
Falsifica‹o de cart‹o (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vigncia 
Par‡grafo œnico. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular 
o cart‹o de crŽdito ou dŽbito. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vigncia 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E. 
 
06.! (FCC Ð 2015 Ð TRT23 Ð JUIZ) 
Alfredo, de posse de cheque em branco do empregador, falsifica a 
assinatura deste no t’tulo e o utiliza na compra de determinado bem, 
obtendo vantagem il’cita em preju’zo do comerciante. Na hip—tese, 
segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justia, 
Alfredo responde por 
a) falsifica‹o de documento pœblico e estelionato, em concurso formal. 
b) estelionato, apenas. 
c) falsifica‹o de documento pœblico e estelionato, em concurso material. 
d) estelionato e falsifica‹o de documento particular, em concurso 
formal. 
e) falsifica‹o de documento pœblico, apenas. 
 
 
 
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 COMENTçRIOS: Neste caso o agente responde apenas por estelionato, j‡ que o 
falso foi utilizado como mero meio para a pr‡tica do estelionato, exaurindo nele 
sua potencialidade lesiva, nos termos do verbete n¼ 17 da sœmula de 
jurisprudncia do STJ. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B. 
 
07.! (FCC Ð 2015 Ð TJ-GO Ð JUIZ) 
Falsificar cart‹o de crŽdito ou dŽbito Ž 
a) conduta at’pica. 
b) crime de falsifica‹o de documento particular. 
c) crime de falsa identidade. 
d) crime de falsidade ideol—gica. 
e) crime de falsifica‹o de documento pœblico, por equipara‹o. 
COMENTçRIOS: A conduta descrita se amolda ao tipo penal do delito de 
falsifica‹o de documento particular, nos termos do art. 298, ¤2¼ do CP: 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro: 
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa. 
Par‡grafo œnico. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular 
o cart‹o de crŽdito ou dŽbito. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vigncia 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B. 
 
08.! (FCC Ð 2015 Ð TRE-RR Ð ANALISTA JUDICIçRIO) 
Murilo, funcion‡rio pœblico, escrevente judici‡rio de um determinado 
Tribunal de Justia brasileiro, no exerc’cio regular de suas atividades 
junto ao Cart—rio de uma vara criminal, elabora um alvar‡ de soltura 
falso em nome de MoisŽs, rŽu preso por ordem da Justia por crime de 
homic’dio, inclusive com falsifica‹o da assinatura do Magistrado 
competente, encaminhando-o ao Centro de Deten‹o Provis—ria onde o 
rŽu MoisŽs encontra-se recolhido. MoisŽs n‹o Ž colocado em liberdade, 
pois havia outro mandado de pris‹o expedido em seu desfavor em 
decorrncia de outro delito por ele cometido. Neste caso, Murilo cometeu 
crime de 
a) falsifica‹o de documento pœblico tentado, uma vez que MoisŽs n‹o 
foi colocado em liberdade, n‹o produzindo o resultado final pretendido 
pelo agente, sem qualquer majora‹o da pena privativa de liberdade pelo 
fato de ser funcion‡rio pœblico. 
b) falsidade ideol—gica consumada, com a pena aumentada da tera 
parte pelo fato de ser funcion‡rio pœblico e ter cometido o crime 
prevalecendo-se do cargo. 
c) falsidade ideol—gica tentada, sem qualquer majora‹o da pena 
privativa de liberdade por ser funcion‡rio pœblico. 
 
 
 
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 d) falsifica‹o de documento pœblico tentado, uma vez que MoisŽs n‹o 
foi colocado em liberdade, n‹o produzindo o resultado final pretendido 
pelo agente, com a pena majorada da sexta parte em raz‹o de ser 
funcion‡rio pœblico e ter cometido o crime prevalecendo-se do cargo. 
e) falsifica‹ode documento pœblico consumado e ter‡ sua pena 
aumentada da sexta parte por ser funcion‡rio pœblico e ter cometido o 
crime prevalecendo-se do cargo. 
COMENTçRIOS: Murilo praticou o delito de falsifica‹o de documento pœblico, 
pois CRIOU um documento completamente falso, materialmente falso. Murilo n‹o 
ÒapenasÓ inseriu informa›es falsas num documento verdadeiro, o que 
configuraria o delito do art. 299 do CP (falsidade ideol—gica). 
O crime n‹o foi meramente tentado, e sim CONSUMADO, eis que o delito em 
quest‹o se consuma com a mera pr‡tica da falsifica‹o, ainda que o agente n‹o 
alcance seu objetivo final (a soltura da pessoa, no caso). 
Murilo ter‡, ainda, sua pena aumentada em 1/6, por ser funcion‡rio pœblico e ter 
praticado o delito prevalecendo-se desta condi‹o, nos termos do art. 297, ¤1¼ 
do CP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E. 
 
09.! (FCC - 2011 - TCE-SP - PROCURADOR) 
No crime de uso de documento falso, 
a) a infra‹o n‹o se tipifica no caso de a falsidade do documento utilizado 
ser meramente ideol—gica. 
ERRADA: A infra‹o ir‡ ocorrer, pois o art. 304 estabelece que o crime se aplica 
quando o agente faz uso de qualquer dos documentos previstos nos crimes dos 
arts. 297 a 302, estando a falsidade ideol—gica dentro deste rol, pois est‡ 
tipificada no art. 299 do CP; 
b) a pena cominada Ž sempre a mesma, independentemente da natureza 
do documento. 
ERRADA: A pena Ž a mesma prevista para o crime de falsifica‹o ou altera‹o 
do documento utilizado, quer varia, conforme a natureza do documento (pœblico 
ou privado); 
c) h‡ concurso com o delito de falso, se o agente que usa o documento Ž 
o pr—prio respons‡vel pela falsifica‹o, segundo amplo entendimento 
jurisprudencial. 
ERRADA: Se o agente que usa o documento Ž o mesmo que realizou a 
adultera‹o, o entendimento que predomina Ž o de que ocorre o fen™meno da 
consun‹o, ou seja, o crime de uso de documento falso absorve o crime anterior, 
desde que a potencialidade lesiva do documento falso tenha se exaurido; 
d) o objeto material pode ser simples fotoc—pia falsificada, ainda que n‹o 
autenticada. 
ERRADA: A fotoc—pia n‹o Ž considerada documento, n‹o sendo, portanto, objeto 
material do delito; 
 
 
 
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 e) a consuma‹o se d‡ com o efetivo uso do documento, n‹o se exigindo 
resultado natural’stico, j‡ que se trata de delito formal. 
CORRETA: A simples utiliza‹o do documento falso j‡ produz a consuma‹o do 
delito, n‹o sendo necess‡rio que deste ato resulte les‹o a qualquer bem jur’dico, 
ou mesmo que o documento efetivamente ludibrie terceiros; 
 
10.! (FCC - 2011 - TCE-SP - PROCURADOR) 
No crime de falsifica‹o de documento pœblico, 
a) ser o agente funcion‡rio pœblico Ž causa de aumento da pena, ainda 
que n‹o se tenha prevalecido do cargo. 
ERRADA: Para que haja o aumento de pena, o agente deve ser funcion‡rio 
pœblico e deve ter se valido desta condi‹o para praticar o crime, nos termos do 
art. 297, ¤ 1¡ do CP; 
b) a forma do documento Ž verdadeira, mas seu conteœdo Ž falso. 
ERRADA: Isso ocorre no crime de falsidade ideol—gica, previsto no art. 299, no 
qual o agente altera o conteœdo (a ideia, da’ o nome Òideol—gicaÓ) do documento. 
No crime de falsifica‹o de documento pœblico o documento em si Ž falso; 
c) o objeto material pode ser testamento particular. 
CORRETA: O art. 297, ¤ 2¡ estabelece que o testamento particular se equipara 
a documento pœblico para os efeitos penais; 
d) a falsifica‹o deve ser integral, n‹o se punindo a meramente parcial. 
ERRADA: O art. 297 estabelece que a conduta do agente ser‡ criminosa se 
falsificar Òno todo ou em parteÓ, logo, Ž plenamente admiss’vel o crime no caso 
de falsifica‹o parcial; 
e) n‹o basta para a tipifica‹o da infra‹o a altera‹o de documento 
pœblico verdadeiro. 
ERRADA: N‹o Ž necess‡rio que o agente crie um documento falso, tambŽm 
sendo considerada crime a conduta de alterar documento pœblico que seja 
verdadeiro. Essa altera‹o, no entanto, n‹o pode ser relacionada ao conteœdo do 
documento, sob pena de se caracterizar outro crime, o de falsidade ideol—gica; 
 
11.! (FCC - 2009 - TCE-GO - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - 
DIREITO) 
Considere: 
I. Carta dirigida ao chefe de reparti‹o pœblica. 
II. Cheque. 
III. Testamento particular. 
IV. Livro Mercantil. 
Equiparam-se a documento pœblico, para os efeitos penais, os indicados 
APENAS em 
a) I e III. 
 
 
 
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 b) I, II e IV. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II, III e IV. 
COMENTçRIO: A alternativa correta Ž a letra ÒEÓ, pois, nos termos do art. 
297, ¤ 2¡ do CP, o cheque (t’tulo ao portador, transmiss’vel por endosso), o livro 
mercantil e o testamento particular s‹o equiparados a documentos pœblicos para 
fins penais; 
 
12.! (FCC - 2011 - TRF - 1» REGIÌO - ANALISTA JUDICIçRIO - EXECU‚ÌO 
DE MANDADOS) 
Aquele que falsifica a assinatura de avalista numa nota promiss—ria, da 
qual Ž credor, responder‡ pelo crime de 
a) falsa identidade. 
ERRADA: N‹o h‡ que se falar no crime de falsa identidade, pois o agente n‹o 
atribui a si ou a terceiro, falsa identidade, nos termos do art. 307 do CP; 
b) falsidade ideol—gica. 
ERRADA: O conteœdo da nota promiss—ria permanece o mesmo, entretanto, o 
agente alterou um aspecto da forma do documento. Desta maneira, n‹o h‡ que 
se falar em falsidade ideol—gica; 
c) falsifica‹o de documento particular. 
ERRADA: A nota promiss—ria Ž um t’tulo ao portador transmiss’vel por endosso, 
sendo, portanto, considerada documento pœblico para fins penais, nos termos do 
art. 297 do CP; 
d) falsifica‹o de documento pœblico. 
CORRETA: Nesta hip—tese, o agente alterou documento pœblico verdadeiro, e 
responde pelo crime do art. 297 do CP. A nota promiss—ria Ž um t’tulo ao portador 
transmiss’vel por endosso, sendo, portanto, considerada documento pœblico para 
fins penais, nos termos do art. 297 do CP; 
e) uso de documento falso. 
ERRADA: O enunciado n‹o diz se o agente chegou a utilizar o documento 
alterado, n‹o sendo, portanto, cab’vel falarmos em uso de documento falso; 
 
13.! (FCC - 2008 - MPE-RS - SECRETçRIO DE DILIGæNCIAS) 
No que concerne aos delitos de falsidade documental, NÌO se equiparam 
ao documento pœblico 
a) os t’tulos ao portador. 
ERRADA: Os t’tulos ao portador s‹o equiparados a documento pœblico, nos 
termos do art. 297, ¤ 2¡ do CP; 
b) as declara›es assinadas por particular com firma reconhecida. 
 
 
 
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 CORRETA: Este documento n‹o est‡ no rol do ¤ 2¡ do art. 297 do CP, que 
estabelece os documentos que s‹o equiparados a documento pœblico. Assim, 
havendo falsidade nesse documento, dever‡ ser aplicada a pena prevista com 
rela‹o ˆ falsidade de documento particular, pois n‹o cabe analogia in malam 
partem, j‡ que a conduta de falsificar documento pœblico Ž maios grave e recebe 
pena mais elevada; 
c) os testamentos particulares. 
ERRADA: S‹o equiparados a documento pœblico, nos termos do art. 297, ¤ 2¡ 
do CP; 
d) os t’tulos transmiss’veis por endosso. 
ERRADA: S‹o equiparados a documento pœblico, nos termos do art. 297, ¤ 2¡ 
do CP; 
e) os livros mercantis. 
ERRADA: S‹o equiparados a documento pœblico, nos termos do art. 297, ¤ 2¡ 
do CP; 
 
14.! (FCC - 2010

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