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SEJA BEM-VINDO! CURSO DE AUXILIAR DE FARMÁCIA Organizadores: Rogerio de Paula E Claudia Souza Email: Digprooficial1@gmail.com Facebook digprocursos Instagram @digprocursos Digital Gerenciamento de Cursos Profissionalizantes CNPJ 24.725.712/0001-36 Fone: (91) 3729-1770 DIGPRO AUXILIAR DE FARMÁCIA ÍNDICE 1-AUXILIAR DE FARMÁCIA 1.1-Introdução 1.2- Como Fazer um Atendimento de Qualidade 1.3-Apresentação do Atendente 2-Atendente de Farmácia 3- Definições e Conceitos Utilizados em Serviços de Farmácia 3.1-Recebimentos de Medicamentos: Ato de Examinar e Conferir 3.2-Dominações de Medicamentos 3.3-Significados das Tarjas de Medicamentos 3.4-Venda sob Prescrição Médica 4-Noções de Organização e Funcionamento do Estabelecimento 5-Cuidados e Interpretações no Aviamento das Receitas 6-Noções Sobre Medicamentos- medicamentos de Referência 6.1- Medicamento Genérico 6.2-Medicamento Similar 6.3-Medicamento Homeopático 6.4-Medicamento Fisioterápico 6.5-Medicamento Controlado 7-Exigências Sobre a Receita Especial 8-Farmacêutico Hospitalar 9-Definição, Competência e Organização dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares 9.1-Responsabilidade dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares 9.2-Funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares 10-Estabilidade de Medicamentos 10.1- Fatores que Influenciam na estabilidade dos Medicamentos 10.2- Administração de Materiais 11-Funções do auxiliar de Farmácia Atividade AUXILIAR DE FARMÁCIA 1.1- INTRODUÇÃO O atendente de Farmácia atua na dispensação de medicamentos e correlatos, em farmácias publicas e privadas, prestando informações sobre o uso correto dos medicamentos prescritos pelo médico ou cirurgião dentista. Esse profissional ainda auxilia na organização do estabelecimento farmacêutico, trabalhando sempre sob a supervisão do profissional farmacêutico. Ao contrário do que muitos pensam, A profissão de atendente de farmácia não envolve apenas saber entregar medicamentos no balcão. O atendente deve dominar uma série de conhecimentos que são fundamentais para a sua segurança e para a segurança dos usuários dos seus serviços. Esse curso visa trazer conhecimento necessário para que o aluno possa exercer todas as suas atividades de maneira correta e segura. OQUE É ATENDIMENTO? Atendimento corresponde ao ato de atender, ou seja, ao ato de cuidar, de prestar atenção ás pessoas que recebemos ou mantemos contato. O atendimento requer de quem pratica muita responsabilidade e um estado de espírito baseado na competência. PARA QUE SERVE O ATENDIMENTO? Serve Para: • RECEPCIONAR – Receber as pessoas, passar uma imagem positiva e prestar um bom serviço. • INFORMAR – Esclarecer dúvidas, avisar; • ORIENTAR – Indicar opções e ajudar tomar decisões; • FILTRAR - Diagnosticar as necessidades do público; • AMENIZAR- Acalmar os ânimos e fazer esperar; • AGILIZAR - Evitar perda de tempo; 1.2- COMO FAZER UM ATENDIMENTO DE QUALIDADE ATENÇÃO: No atendimento ao público, a função principal do profissional é a de ajudar a pessoa a resolver os seus problemas ou ter suas necessidades atendidas. Para ajudar o público durante o atendimento, devemos: • SABER OUVIR; • INFORMAR E ORIENTAR COM SEGURANÇA; • AVALIAR OS SENTIMENTOS CORRETAMENTE; • RESPEITAR OS PROBLEMAS DE SAÚDE DE CADA CLIENTE; É absolutamente necessário despertar sentimentos amistosos com o público, e motivá-los a não apenas formar uma imagem favorável a nosso respeito, mas também a respeito de nossa empresa e serviços bem como divulgar sempre essa imagem. Precisamos também saber que, quando em contato com pessoas, podemos emitir dois tipos de sentimentos: “Sentimentos positivos e sentimentos negativos” • SENTIMENTOS POSITIVOS: Satisfação, Produção, Lucros, bom desempenho reconhecido... • SENTIMENTOS NEGATIVOS: Insatisfação, propaganda boca a boca denegrindo a imagem da empresa... INICIO DO ATENDIMENTO È importante saber como iniciar atendimento para gerar um bom relacionamento. Para que isso aconteça, devemos: • Olhar para o cliente; • Sorrir para o cliente; • Saudar o cliente (Bom dia, Boa Tarde, Boa Noite); • Fazer uma pausa para ouvi-lo; • Informar e retirar as dúvidas do mesmo. 1.3- A APRESENTAÇÃO DO ATENDENTE As mulheres não devem usar shorts, mini saias, blusas decotadas demais, calças muito justas ou roupas de cores muito chamativas. Os homens não devem estar com camisas decotadas desabotoadas, shorts ou bermuda ou roupas de cores muito chamativas. Sem contar é claro da higiene pessoal que é regra básica para se estar bem o dia todo. ABORDAGEM INICAL Assim que o cliente entrar na loja ele tem que ser cumprimentado no máximo em 30 segundos, um cumprimento cordial e breve: BOM DIA, BOA TARDE OU BOA NOITE, Se caso você tem certeza do nome do cliente deve-se falar o nome dele: BOM DIA Sr.JOSÉ! Sempre com um sorriso, sem exageros, de maneira natural e sincero, olhe nos olhos do cliente e pergunte: EM QUE POSSO AJUDÁ-LO Sr.? Escute-o com toda a atenção, deixando então o cliente á vontade para fazer o seu pedido. E lembre-se que a recepção inicial é de fundamental importância para que o cliente seja cativado e se mantenha fiel. A DESPEDIDA DO ATENDIMENTO Devemos também ter muito cuidado na despedida, sendo: discretos, agradecidos com a visita e se possível acompanhar o cliente até a saída. PORQUE PERDEMOS CLIENTES? • 3% SE MUDAM; • 5% DESENVOLVEM OUTROS CONTATOS; • 9% MUDAM POR RAZÕES COMPETITIVAS; • 14% ESTÃO DESCONTENTE COM O PRODUTO; • 68% DEIXAM DE SEREM CLIENTES DEVIDO A UMA ATITUDE DE INDIFERENÇA EM RELAÇÃO A ELES, POR PARTE DO PROPRIETÁRIO OU DE ALGUM FUNCIONÁRIO. LEMBRETES PARA UM BOM ATENDIMENTO • Esteja sempre bem apresentável • Seja agradável; • Mostre interesse pelo trabalho que realiza; • Conheça as atividades realizadas por outros funcionários do seu setor, bem como da organização em geral. 2. ATENDENTE DE FARMÁCIA • O atendente é o profissional que mais tem contato com o cliente, por isso pode e deve sugerir mudanças sobre os produtos exposto. Os medicamentos são armazenados em uma área especifica dispostos em armários ou prateleiras de fácil acesso limpos, organizados e protegidos contra poeira, umidade, insetos e outros agentes que possam alterar seu estado. No ato do recebimento da mercadoria, cada entrada deve ser examinada quanto á respectiva documentação e fisicamente inspecionada para que sejam verificadas suas condições físicas, rotulem, tipo, data de fabricação, validade e quantidade. • As empresas ficam obrigada a informar, em cada unidade produzia: nome e endereço completo do fabricante, com telefone do serviço e atendimento ao consumidor; • Data de validade – esse prazo dever ser no mínimo de um ano para uma maior rotatividade dos produto; • Número do lote que a unidade pertence; • Composição dos produto farmacêutico; • Peso, volume liquido ou quantidade se for o caso; • Finalidade, uso e aplicação; • Precauções, cuidados especiais; • Armazenagem de medicamentos; • Medicamentos violados ou suspeitos de qualquer contaminação devem ser retirado dos estoques comercializáveis, identificados e segregados em área totalmente separada de forma a não serem vendidos, por engano e nem contaminarem mercadorias; • Os produtos com prazo de validade vencido ou com avariaspoderão ser devolvidos ao fornecedor (fabricante ou laboratório), através de nota fiscal de devolução com os dizeres “mercadorias avariada ou mercadoria vencida, visando o descarte”; • Não havendo condições para a execução do procedimento acima, o farmacêutico responsável deve se dirigir-se a autoridade sanitária; • Os medicamentos devem ser armazenados nas estantes, em local que não receba luz solar direta; • Aos medicamentos termo lábeis – deve-se evitar ao máximo, a exposição a qualquer tipo de luz e não permitir o congelamento desses produtos, pois perdem sua atividade farmacológica; • Os medicamentos controlados (portaria n°344/98) merecem especial armazenamento, dados as suas características desse medicamento, sua área de estocagem deve ser considerada de segurança máxima (armário lacrado). • Os medicamentos e demais produtos deverão ser armazenados sobre estrados ou prateleiras que permitam a fácil limpeza, evitando com isso; que um eventual vazamento líquido estrague outras embalagens.´ • Os medicamentos e produtos a serem colocados á venda devem ser classificados por ordem de chegada. Para tanto, é necessário o controle de estoque este já em dia. Os rótulos e caixas devem ficar cm os dados de validade e número de lote visíveis, evitando o vencimento de produtos e medicamentos nas prateleiras. RECEITA: Prescrição escrita ou datilografada (legível) de medicamentos, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, que seja de formulação magistral ou de produto industrializado. È um documento legal que autoriza a dispersão de medicamentos. Nela deve conter (de forma legível): • Identificação do eminente – impresso da instituição ou do profissional, contendo nome e endereço; • Nome completo do paciente (usuário); • Nome do(s) medicamento(s) prescrita sob a forma de denominação genérica (DCB- Denominações Comuns Brasileiras), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia (por ex: 1 cp de 12 h em 12h); • Data de emissão; • Assinatura e carimbo do prescritor. SULCATO: Fenda que divide um comprimido ao meio ou em quatros partes. CORRELATO: Substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores cujo uso ou aplicação esteja ligado á defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, á higiene pessoal ou de ambiente, ou afins diagnósticos e analítico; os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários. 3.2 DENOMINAÇÕES DOS MEDICAMENTOS Um mesmo medicamento pode ser identificado por seu nome comercial ( ou fantasia ou de marca), pela denominação genérica do principio ativo, ou então pelo seu respectivo nome químico. Nome comercial: È determinado/escolhido pelo laboratório que produz o medicamento.È registrado e protegido internacionalmente e identifica um medicamento como produto de uma determinada indústria. Um mesmo medicamento pode ser comercializado sob muitos nomes de fantasia. Ex:capoten®/Hipoten® (captopril) Nome Químico: È o nome dos elementos químicos que compõem a fórmula farmacêutica do medicamento. O nome químico do captropil é:L-Proína, 1-(3-mercapto-2metil-1- oxopropil). Fórmula molecular: C9H15NO3S Denominação genérica:Ou denominação Comum Brasileira (DCB), é usado para identificar o princípio ativo do medicamento, aprovado pela ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária). È o nome oficial do fármaco, que permite reconhecê-lo no país. Ex: Captroil, amoxicilina, cefalexina, dimeticona, paracetamol. Diferença entre Denominação Genérica e Medicamento genérico: • Denominação Genérica: Identifica o princípio ativo do medicamento • Medicamento Genérico: È o produto farmacêutico similar ao de marca primeiramente registrado, com garantia através de testes de qualidade. Portanto: todo medicamento tem uma denominação genérica, mas nem todo medicamento tem o seu genérico Aspectos gerais sobre medicamentos Remédio: È um termo amplo, que designa recursos terapêuticos tais como: Repouso, psicoterapia, Fisioterapia, acupuntura, massagem, reza, carinho, benzedura, atenção, cirurgia e outros utilizados para auxiliar o corpo a reagir ás doenças ou a seus sintomas. EX: O soro caseiro é o remédio mais eficiente para evitar a designação e constitui um dos maiores avanços de terapêutica neste século, mas não é um medicamento, nem pode legalmente ser comercializado. Medicamentos: “Qualquer substância/princípio ativo num produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa paliativa ou para fins diagnósticos em beneficio do receber”. 3.3- SIGNIFICADO DAS TARJAS DOS MEDICAMENTOS Os medicamentos são classificados conforme o grau de perigo que o seu pode oferecer á saúde do paciente. Para esta classificação, foi adotado o critério de tarjas (faixas): • NÃO TARJADOS (OU OTC – OVER-THE-COUNTER: MEDICAMENTO DE VENDA LIVRE); • TARJA VERMELHA SEM RETENÇÃO DA RECEITA; • TARJA VERMELHA COM RETENÇÃO DA RECEITA; • TARJA PRETA; • TARJA AMARELA; 1. Não tarjados (ou OTC- over-the-counter/medicamentos de venda livre) São aqueles que não necessitam da prescrição médica. São medicamentos com poucos efeitos colaterais ou contra-indicações, desde que usados corretamente e sem abusos. Tais medicamentos dispensados sem a prescrição médica são utilizados para o tratamento de sintomas ou malas menores, como: resfriados, azia, má digestão, hemorróidas, varizes, dor de dente,pé de atleta e outras. O termo OTC vem do idioma inglês que significa “over the counter”, ou seja, “sobre o balcão”, Porém, Vale ressaltar que esses produtos, estão isentos de prescrição médica porque a instância sanitária reguladora federal considerou que suas características de toxicidade apontam para inocuidade ou são significativamente pequenas, Sua utilização deve ser feita dentro de um conceito de automedicação responsável. 2. Tarja vermelha sem retenção da receita Normalmente são vendidos mediante a apresentação da receita, Estes medicamentos têm contra-indicações e podem provocar efeitos colaterais graves.Na tarja vermelha está impresso: 3.4 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA 3.Tarja vermelha com retenção da receita São os medicamentos que necessitam retenção da receita, conhecidos como medicamentos controlados (psicotrópicos), Só podem ser vendidos com receituário especial de cor branca. Na tarja vermelha está impresso: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA- SO PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA 4. Tarja Preta São os medicamentos que exercem ação seletiva ou que ativam o sistema nervoso central, portanto também fazem parte dos chamados psicotrópicos Só podem ser vendidos com receituário especial de cor azul. Na tarja vem impresso: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA 5. Tarja Amarela Esta tarja deve constar na embalagem dos medicamentos genéricos e deve conter a inscrição “G” e “medicamentos Genérico “, escrito (geralmente) em azul. Medicamentos genéricos: o medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica. È administrado pela mesma via, com a indicação terapêutica e segurança que o medicamento de referência no país, podendo este ser intercambiável. O ministério da saúde através da ANVISA, avalia os testes de bioequivalência entre o genérico e seu medicamento de referência, apresentado pelos fabricantes para comprovação dasua qualidade. Medicamento similares: os similares são medicamentos que possuem o mesmo fármaco, a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência (ou marca), mas, não tem sua bioquivalência com o medicamento de referência comprovada Medicamento de referência são, medicamentos inovadores, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente, por ocasião do registro junto ao ministério da saúde, através da: • Observar o prazo de validade, depois de aberto, dado pelo fabricante (se o fabricante não der o prazo de validade, não usar mais do que 7 dias). Administração de medicamentos por via auricular Ao instilar o medicamento no ouvido, deve-se: • Inicialmente, lavar as mãos; • Deitar a cabeça para o lado oposto ao ouvido a ser tratado; • Instilar as gotas recomendadas sem encostar a conta-gotas na orelha; • Não utilizar, após aberto, no prazo superior a 15 dias; • Não colocar algodão seco para tampar, ele pode absorver o medicamento; Administração de medicamento por via oral Administração por via nasal Deve seguir as seguintes orientações: • Inicialmente, lavar as mãos; • Pedir que assoe o nariz; • Estender a cabeça para trás e manter por um minuto após aplicar o medicamento; • Instilar nas narinas, o número de gotas indicado; • Se sentir o gosto do remédio na boca, isto é normal; • Não abuse do uso destes produtos; • Depois de aberto o medicamento não deve ser utilizado após 15 dias; Administração de produtos dermatológicos Estes medicamentos são aplicados sobre a pele e seguem as seguintes observações: • Lavar a região onde será aplicado o produto; • Usar conote ou palito de sorvete para aplicar os cremes ou pomadas; Se você sentir cheiro ácido, o produto deve ser desprezado; Comprimidos e cápsulas Deve ser tomados com água; Não macerar o comprimido; Não abrir cápsulas. Gotas Podem ser diluídas com pouco de água; Seguir o número de gotas prescrito; Não administrar direto na boca; Líquidos (xaropes, solução, elixir, suspensão Administrar sempre a medida prescrita; Após, pode-se dar um pouco de água. Administração de produto dermatológicos Estes medicamentos são aplicados sobre a pele e seguem as seguintes observações: • Lavar a região onde será aplicado o produto; • Usar cotonete ou palito de sorvete para aplicar os cremes ou pomadas; Se você sentir cheiro ácido, o produto deve ser desprezado; Administração de medicamento por via retal A utilização via retal de supositórios deve seguir as seguintes instruções: • Inicialmente ,lavar as mãos ; • Retirar o supositório do invólucro; • Com a pessoa deitada de lado, introduzir o medicamento no ânus; • Juntar as nádegas por alguns instantes; • Se o supositório sair inteiro, deve-se colocar outro; • Se o supositório estiver amolecido, pode se colocá-lo na geladeira. Responsabilidade de uma farmácia Os órgãos competentes estabelecem que cada farmácia tem que ter, pelo menos, dois diretores técnicos licenciados em farmácia. Um deles é o responsável pelo estabelecimento e tem que estar na farmácia em permanência e exclusividade, o outro lhe substitui sempre que necessário. Como a lei impõe que o farmacêutico tenha que passar pelo menos 55 horas semanais na farmácia, este horário exige pelo menos duas pessoas para assumirem o cargo. A lei ainda exige que a maioria dos funcionários nos quadros de uma farmácia tem que ser farmacêuticos. À única exceção vai para os postos farmacêuticos que queiram transforma-se em farmácias, “de forma a o possibilitar adaptabilidade do respectivo quadro”. A fiscalização fica a cargo do instituto nacional de farmácia e do medicamento. Reações adversas na ingestão de medicamentos As reações adversas a medicamentos constituem um problema importante na pratica do profissional da área da saúde. Sabe-se que essas reações são causas significativas de hospitalização, de aumento do tempo de permanência hospitalar e, até mesmo, de óbito. Além disso, elas afetam negativamente a qualidade de vida do paciente, influenciam na perda de confiança do paciente para com o médico, aumentaram custos, podendo também atrasar os tratamentos, uma vez que podem assemelhar-se a enfermidades. A organização Mundial de Saúde (OMS) tem definido reação adversa a medicamentos (RAM), como: “Qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que parece após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem para a profixacia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade”. Assim, não são consideradas reações adversas a medicamentos os efeitos adversos que aparecem depois de doses maiores do que as habituais (acidentais o intencionais). Independente do termo , deve-se diferenciar deste conceito o de evento adverso , considerado uma injuria sofrida pelo paciente resultante de erros no uso de medicamentos e que resultam em falha terapêutica. O evento pode ser devido a vários fatores relacionados com o tratamento: dose do medicamento incorreta, dose omitida, via de administração não especificada, horário de administração incorreto e outros. Deve-se lembrar que uma superdose de medicamento não poderia ser considerada como uma reação adversa de acordo com a definição, mas pode ser considerado um evento adverso. Complicações ou alguns eventos não previstos na admissão hospitalar, relacionados com a assistência médica, de enfermagem ou de outras áreas de suporte, que ocorrem com o paciente durante a internação também como evento adverso. Farmácia hospitalar A farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas á produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição do medicamentos e correlatos á unidades hospitalares. È igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia de terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional. Serviço da farmácia hospitalar Um serviço de farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado, funcional e hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção Central e estão em constante e estreita relação com sua administração. A principal razão de ser da farmácia é servir ao paciente, objetivando dispensar medicações seguras e oportunas Sua missão compreende tudo o que se refere ao medicamento, desde sua seleção até sua dispensação, velando a todo momento por sua adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. O farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta. O serviço de farmácia é o componente sistêmico da organização hospitalar onde é desenvolvida a assistência farmacêutica, que possui dois componentes básicos: O administrativo e o clínico. Atividades fins: • Fornecer medicamentos aos pacientes internados e ambulatoriais; • Contribuir para a cura ou prevenção das doenças através da utilização de medicamentos. Atividades Intermediárias: • Comprar medicamentos; • Promover a estocagem de medicamentos em condições adequada; • Promover a manipulação de medicamentos; • Registrar a movimentação do estoque; • Controlar a qualidade; • Controlar medicamentos entorpecentes e psicotrópicos, de acordo com a lei; • Atuar nas comissões hospitalares CCIH – Comissão de controlede infecção hospitalar (padronização de medicamentos controle de infecção); • Informar sobre medicamentos; • Orientar os pacientes Atividades gerais: • Manter a limpeza da área; • Emitir relatório técnicos e administrativos; • Controlar férias e frequência; O fornecimento de medicamentos: • Conhecimento da dinâmica da demanda; • Aquisição de medicamentos e matérias primas, produção e transformação de medicamentos; • Sequência logística da administração, controle de estoques e relatórios gerenciais; • Controle de qualidade; • Sistema racional de distribuição de fármacos. Eficácia terapêutica A eficácia terapêutica depende do bom funcionamento dos seguintes aspectos: • Acompanhamento e discussão permanente, com os profissionais envolvidos, sobre a mais adequada utilização dos medicamentos e possíveis resultados do tratamento; • Disposição e fornecimento de informações sobre conservação dosagem, substitutos similares(genérico), interações, efeitos colaterais etc.; • Manutenção de sistemas de farmacovigilância; • Reciclagem e educação continuada dos funcionários. 4. NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO Todas as farmácias e drogarias funcionarão somente depois de licenciados e obrigatoriamente, sob responsabilidade de técnico legalmente habilitado, com tempo de responsabilidade assinado perante a autoridade sanitária competente. As farmácias e drogarias para o seu funcionamento precisam cumprir com alguns requisitos abaixo mencionados: A – Possuir licença de Funcionamento atualizada, expedida pela autoridade sanitária local e pela ANVISA. B – Atender as boas práticas de Dispensação em drogarias (BPD). • As licenças de Funcionamento emitidas pela Vigilância Sanitária Municipal (VISAM) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sua validade é anual contada a partir da data de sua publicação. • É obrigatório manter o responsável substituto, para suprir a ausência do titular. • O funcionamento do estabelecimento sem a presença do responsável técnico somente é permitido no prazo de até trinta dias após a sua baixa, período este em que não serão vendidos medicamentos sujeitos a regime especial de controle. • É proibido utilizar qualquer dependência da farmácia e drogaria como consultório, ou outro fim diverso no licenciamento. POSTO DE MEDICAMENTOS Os postos de medicamentos funcionarão somente depois de licenciados e dos seus responsáveis terem assinado termo de responsabilidade perante a autoridade sanitária competente. 5. CUIDADOS E INTERPRETAÇÕES NO AVIAMENTO DAS RECEITAS Um dos vários desafios no dia a dia em uma farmácia e drogaria é o de “traduzir “as receitas médicas. Na disposição de um medicamento não podemos adotar o ditado: “Errar é Humano”, pois um erro levar uma pessoa a morte. É determinado por lei a receita ser escrita de forma legível, conforme o artigo 15 do decreto 20.931/32, que regulamento a profissão do médico. E a lei 5.991/73 em artigo 35 determina que: “Somente será aviada a receita que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e de medidas oficiais”. Quem pode prescrever uma receita? Somente médicos, médicos veterinários e dentistas podem prescrever a receita.O profissional farmacêutico pode prescrever medicamentos de venda livre (medicamentos sem tarja), de acordo com o código de ética da profissão farmacêutica em seus artigo 15 – VII – ao aconselhar e prescrever medicamentos de livre dispensação, nos limites da atenção primária a saúde. O que é uma receita? A portaria 344/98 define receita como: “Receita – Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente, efetuado por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado”. Na prática podemos dizer que ela é uma “carta bilhete” onde o médico utiliza para informar o que o paciente necessita. Os tipos de receitas variam de acordo com o tipo de medicamento (ou substância), ou seja, de acordo com a restrição ao uso e o grau de periculosidade do medicamento. Quais os tipos de Receita? Receita Simples - É utilizado para a prescrição de medicamentos anódinos e medicamentos de tarja vermelha com os dizeres “venda sob prescrição médica”, e segue as regras descritas na lei 5.991/73. Essas receitas geralmente são de cor branca, podendo cada um escolher a cor e formato o que melhor agrade. Receita de Controle Especial - É utilizado para a prescrição de medicamentos de tarja vermelha com os dizeres “venda sob prescrição médica – Só pode ser vendido com retenção da receita”, como substâncias sujeitas a controle especial, substâncias anabolizantes, antidepressivos Etc. Este tipo de receituário segue, Além da lei 5991/73, a Portaria 344/98 e têm na sua maioria os medicamento da lista C1. Esta receita é conhecida como Receita Branca Carbonada. Receita B – É um impresso especial, padronizado, na cor azul, contendo a sigla do estado e a letra “B” em destaque. Seu formato é retangular e de tamanho reduzido. É usada para prescrição de medicamentos ou drogas com tarja preta, os quais exige um rigoroso controle, onde as substâncias pertencem ás listas B1. A notificação de receita poderá conter somente um produto farmacêutico da relação B. Receita B2 - É um impresso especial, padronizado, na cor azul, contendo a sigla do estado e a letra “B2” em destaque. Seu formato é retangular e de tamanho reduzido. É usado para prescrição de medicamentos anorexígeno. Receita amarela ou Receita A - A notificação A é impressa em papel amarelo, contendo a sigla do estado e a letra “A” em destaque. A notificação de receita somente poderá conter um produto farmacêutico da lista de 3 substâncias da relação A. Seu formato é retangular e de tamanho reduzido, igual no tamanho das receitas B. A denominação foi dada porque são todos potentes analgésicos (derivados de morfina). Receita Especial para Lista C2 (retinóides de uso sistêmico) – A notificação de Receita Especial é de cor branca e é utilizada para prescrição de medicamentos à base de substâncias constantes da lista “C2” ( retinóides de uso sistêmico). Ele tem um símbolo indicativo: No caso da prescrição de retinóicos deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio com a seguinte advertência: “Risco de Graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto”. QUAIS AS EXIGÊNCIAS PARA CADA RECEITUÁRIO? a) A receita deve ser escrita a tinta ou na forma digital, por extenso e de modo legível, observando a ser preparada ou a dosagem e a quantidade a ser aviada, no caso de medicamentos prontos. A nomenclatura utilizada para medicamentos prontos deve utilizar nomes comerciais ou nomenclatura genérica, para medicamentos genéricos. b) Nela deve constar o nome e o endereço residencial do paciente e expressamente, o modo de usar a medicação; c) Deve constar a data e a assinatura do profissional, o endereço do consultório ou da residência e o número de inscrição do respectivo Conselho Profissional - Modelo de uma receita Simples: A receita deve conter as seguintes informações: - Nome da clínica ou instituição; - Endereço da clínica ou instituição; - Telefone da clínica ou instituição; - Nome do paciente; - Endereço do paciente; - Forma de uso (interno ou externo); - Nome do medicamento; - Concentração (dosagem); - Forma de apresentação; - Quantidade prescrita; - Dose; - Via de administração; - Horário; - Período de tratamento; - Assinatura; - Carimbo com número do conselhoregional (CRM, CRO ou CRMV); - Data Até mesmo nas receitas mais simples dificilmente encontramos nelas todas as informações acima citadas. Pois no maior número de receitas que aviamos, somente constam nelas as seguintes informações: - O nome do Hospital ou Unidade Básica de Saúde; - O nome de paciente; - Dosagem; - Horário; - Assinatura do responsável habilitado; - Nome do prescritor com o número do seu conselho respectivo. Além das receitas ilegíveis, muitos dos pacientes têm a dificuldade de nos relatar o que o médico falou sobre o uso do medicamento prescrito e sobre a sua saúde. 6. NOÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS – MEDICAMENTOS DE REFERÊNCIA É o medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. Exemplo: Cataflan ® (Diclofenaco Potássico) 6.1 Medicamento genérico É o medicamento igual a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser por este intercambiável, geralmente produzido após expiração ou renúncia da proteção patentearia ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e o designado pela CDB ou na sua ausência pela CDI. Para provar que são iguais devem ser submetidos a testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Características das embalagens e genéricos: Na embalagem dos genéricos deve estar escrito “Medicamentos Genérico” dentro de uma tarja amarela. Além disso, deve constar a Lei n° 9.787/99, como os genéricos não têm marca, o que deve lê na embalagem é o nome do princípio ativo no medicamento. De acordo com a RESOLUÇÃO N° 391 de 9/08/99, será permitida ao profissional farmacêutico a substituição do medicamento prescrito, exclusivamente, pelo medicamento genérico correspondente, salvo restrições expressas pelo profissional prescritor Nestes casos, O profissional farmacêutico deve indicar a substituição realizada na prescrição, apor seu carimbo onde conste seu nome e número de inscrição do Conselho Regional, da Farmácia, datar e assinar. Nos casos de prescrição utilizando o nome genérico, somente será permitida a dispensação do medicamento de referência ou de um genérico correspondente. O intuito desta lei é proporcionar medicamentos de qualidade a preços mais baixos que os demais (medicamentos de referência e os antigos similares). 6.2 Medicamentos Similar É aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou de diagnóstico do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo deferir somente em características relativas ao tamanho do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipiente e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. A intercambialidade destes medicamentos não é permitida nos casos de receituário prescritos com a CDB (Denominação comum Brasileira) ou prescritos pelos nomes de marca. É importante salientar que a troca de medicamentos prescritos no receituário é crime previsto no Código penal artigo 280, onde a pena varia de dois meses a um ano de reclusão. Exemplo: Probenxil ® 6.3 Tratamento Homeopático São preparações manipuladas de forma especifica de acordo com regras farmacotécnicas bem definidas, descritas na Farmacopéia Homeopática Brasileira. O tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático, doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas em um processo chamado dinamização, consistindo na diluição e sucussão da substância em uma série de passos. Os altos níveis de diluição (variando de acordo com o medicamento), aliados ao grande número de estudos científicos resultados negativos, fazem com que haja bastante controvérsia em torno do funcionamento da Homeopatia. 6.4 Medicamento Fisioterápico - Resolução – RDC n° 78, de 16 de março de 2000 É o medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais. É caracterizado pelo Conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fisioterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. 6.5 Medicamentos Controlado São medicamentos 344/98 sujeitos a controle especial onde a dispensação deve ser feita somente com a apresentação e retenção da receita na presença do farmacêutico no local e a receita devem estar devidamente preenchida. Esses medicamentos são armazenados em armário chaveado, onde o responsável pela guarda chave é o farmacêutico. Neste tópico é necessário relembrar e conhecer alguns conceitos como: Autorização Especial: Licença concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério de Saúde (SVS/MS, a empresas, instituições e órgãos, para o exercício de atividades de extração, produção, transformação, fabricação, fracionamento, manipulação, embalagem, distribuição, transporte, técnico, bem como os medicamentos que as contenham. Autorização de Exportação: Documento expedido pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS), que consubstancia a exportação de substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (psicotrópicos), “C3” (imunossupressores) e “D1” (precursores) deste regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como os medicamentos que as contenham. Certificado de autorização Especial: Documento expedido pela Secretaria de Vigilância Sanitária de Saúde (SVS/MS), que a concessão de Autorização Especial. Certificado de Não Objeção: Documento expedido pelo órgão competente do Ministério da Saúde do Brasil, certificando que as substâncias ou medicamentos objeto da importação ou exportação não estão sob controle especial neste país. Droga: Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. Entorpecente: Substância que pode determinar dependência física ou psíquica relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção Única sobre entorpecentes, Reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico. Licença de Funcionamento: Permissão concedida pelo órgão de saúde competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal, para o funcionamento de estabelecimento vinculado a empresa que desenvolva qualquer das atividades no artigo 2° deste regulamento Técnico. Livro de Registro Específico: Livro destinado a anotação, em ordem cronológica, de estoques, de entradas (por aquisição ou produção), de saídas (por venda, processamento, uso) e de perdas de medicamentos sujeitos ao controle especial. Livro de receituário Geral: Livro destinado ao registro de todas as preparações manipuladas em farmácia. Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Notificação de Receita: Documento padronizado destinado a notificação da prescrição de medicamentos: a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor azul) e c) retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca). A notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional de MedicinaVeterinária ou no Conselho Regional de Odontologia, a concernente ao terceiro grupo (grupo c), exclusivamente por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina. Precursores: Substâncias utilizadas para a obtenção de entorpecentes ou psicotrópicos e constantes das listas aprovadas pela Convenção Contra o Tráfico ilícito de entorpecentes e de Substâncias psicotrópicas, reproduzidas nos anexo deste Regulamento Técnico. Preparação Magistral: Medicamento preparado mediante manipulação em farmácia, a partir de fórmula constante de prescrição médica. Psicotrópico: Substância que pode determinar dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substância Psicotrópicas reproduzidas nos anexo deste Regulamento Técnico. Receita: Prescrição escrita de medicamento contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado. De acordo com a Lei Federal 5991/73: “Artigo 35 – Somente será aviada a receita: a) Que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; b) Que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente o modo de usar medicação; c) Que contiver a data e a assinatura do profissional endereço do consultório ou de residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho Profissional; As receitas abaixo são consideradas “Notificação de Receita” que de acordo com a portaria 344/98 são: “Documento padronizado destinado a notificação de prescrição de medicamento: a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor azul) e c) retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca). A notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de Odontologia, a concernente ao terceiro grupo (grupo c), exclusivamente por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina.” “Art. 35 § 4° A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e de respectiva Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos.” 7. EXIGÊNCIAS SOBRE A RECEITA ESPECIAL Modelo de Receituário de Controle Especial (lista C1) Paciente:------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Endereço:----------------------------------------------------------------------------------------------------------- Prescrição:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Característica de Receita Especial (lista C1): a) Identificação do eminente: impresso em formulário do profissional ou da instituição, contendo o nome e endereço do consultório e/ ou da residência do profissional, n° da inscrição no Conselho Regional e no caso da instituição, nome e endereço da mesma; b) Identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; c) Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; d) Data da Emissão; e) Assinatura do prescrito: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo constando a inscrição no Conselho Regional; IDENTIFICAÇÃO DO EMINENTE Nome Completo ------------------------------------------------------------------------ ----------------------------------------------------------------------------------------------- CRM------------- UF ------------- N°---------- Endereço Completo e Telefone --------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------- Cidade --------------------------------------------------------- UF --------------------- IDENTIFICAÇÃO DO FORNECEDOR ----------------------------------------------------------- Assinatura Do Farmacêutico Data ___/____/___ IDENTIFICAÇÃO DO COMPRADOOR Nome:-------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------- Ident.--------------------------------------- Org. Emissor------ ------------------------------------------------------------------------ Cidade ------------------------------------------ UF ------------- Telefone:----------------------------------------------------------- f) Identificação do registro: na receita retida, deverá ser anotada no verso da quantidade aviada e, quando tratar-se de formulações magistrais, também o número do registro da receita no livro correspondente; g) É prescrita por médico, dentista ou médico-veterinários; h) Podem ter no máximo 3 (três) medicamentos controlados diferentes da lista C1; i) Podem ser prescritas pelo nome comercial ou nome genérico e permite ao farmacêutico fazer a intercambialidade com o medicamento genérico ou o de referência; j) A quantidade prescrita deve ser no máximo para o tratamento de 60 dias ou 5 ampolas (no caso de medicamentos injetáveis); k) No caso dos anticonvulsivantes e antiparkinsonianos pode ser aviada receita para 6 meses de tratamento; l) Carimbar as duas vias com carimbo da loja que vendeu anotando a quantidade de medicamentos vendidos; Esse tipo de receita tem validade por 30 dias após a data de emissão. De acordo com a portaria 344/98: “Art. 52 O formulário da Receita de Controle Especial (ANEXO XVII), Válido em todo o território Nacional, deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, datilografado ou informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os dizeres; “1ª via – Retenção da Farmácia ou Drogaria” e “2ª via – Orientação ao Paciente”. § 1° A receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e por extenso sem emenda ou rasura e terá validade de 30 (trinta) dias contidos a partir da data de sua emissão para medicamentos à base de substâncias constantes das listas “C1” (outras substância sujeitas a controle especial) e “C5” (Anabolizantes) deste regulamento Técnico e de suas atualizações. § 2° A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar a receita, quando todos os itens estiverem devidamente preenchidos. EXIGÊNCIAS SOBRE A RECEITA AZUL (B) Receita B veterinária (receita azul) Receita B (receita azul) Característica da Notificaçãode Receita Azul (lista B) a) Sigla Unidade da Federação; b) Identificação numérica: a sequência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal; c) Identificação do emitente: Nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; Ou nome da instituição, endereço completo e telefone; d) Identificação do usuário: Nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; e) Nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; f) Data de emissão; g) Assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No caso do profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente de forma legível; h) Identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação, endereço completo e telefone; i) Identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento; j) Identificação da gráfica: nome, endereço e CNPJ/CGC impressos no rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e final concedida ao profissional ou instituição e o número da Autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária Local; k) Identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso; e quando tratar-se de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário; l) Quantidade – no máximo 60 dias de tratamento (em algarismos arábicos e por extenso); m) A receita “azul” tem prazo para ser comparada de 30 dias após a sua emissão. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Podem ser prescrita pelo nome comercial ou nome genérico e permite ao farmacêutico fazer a intercambialidade com o medicamento genérico ou de referências. Veja o exemplo abaixo: Numeração fornecida pela vigilância Local (de 6 a 8 dígitos) Dados impressos do médico Unidade Federativa ou hospital. Caso conste com o CRM impresso, É dispensado o carimbo Nome comercial Lexotan Assinatura do médico Data da venda Dados da pessoa que compra Identificação da gráfica na farmácia o medicamento Dados do paciente Nome do vendedor Alerta: Quando o medicamento é prescrito com o nome genérico, a legislação permite aviar o medicamento genérico ou de referência, no caso acima, seria o Lexotan. Observe o caso abaixo com o nome especial: Numeração fornecida pela vigilância local ( de 6 a 8 digitos) Dados impressos do médico Unidade Federativa ou hospital.Caso conste com o CRM impresso, é dispesado o carimbo Nome comercial Bromazepam 6 mg Assinatura do médico Tomar 2 comp. ao dia Data da venda Dados da pessoa que compra Identificação da gráfica na farmácia o medicamento Dados do paciente Nome do vendedor Quando o medicamento é prescrito com o nome comercial, a legislação permite o farmacêutico fazer o intercâmbio pelo medicamento genérico, no caso acima, seria o Bromazepan. Alerta: O que é controlado é a substância, não a caixa! Observe que a quantidade vai variar de acordo com o tratamento. Podemos aviar muito mais que 3 caixas, desde que o modo de usar esteja claro. Nos casos em que a quantidade necessária ultrapasse a quantidade disponível por embalagem, verifique se o medicamento possui outra apresentação para “completar a receita”. Exemplo: Bromazepan 3 mg Tomar 3 comprimidos ao dia. Total de comprimidos para 60 dias: 180 comprimidos Seriam 9 caixas com 20 comprimidos ou 6 caixas com 30, ou ainda, 2 caixas com 30 comprimidos Mais de 6 caixas com 20 comprimidos. Bromazepan possui dosagem máxima de até 12mg ao dia. Observação: As quantidades devem ser anotadas no verso da receita após o carimbo. De acordo com a portaria 344/98 § Art. 45 A notificação de Receita “B”, de cor azul, impressa as expansas do profissional ou da instituição, conforme modelos anexos ( X e XI) a este Regulamento Técnico terão validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. Art. 46 A notificação de Receita “B” poderá contar no máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. (O que é controlado é a substância, não á caixa). § 1° Acima das quantidades previstas neste regulamento Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa contendo CID (Classificação Internacional de Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a Notificação de Receita “B” ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. § 2° No caso de formulações magistrais, as formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as concentrações que constam de Literatura Nacional e Internacional oficialmente reconhecida (ANEXO XIV da portaria 344) De acordo com a RDC 58/69 desde janeiro de 2008, as receitas e a forma de venda de medicamentos anorexígenos (medicamentos para emagrecer de tarja preta) mudaram. As mudanças no receituário para os medicamentos da lista B2 (anorexígenos) São pequenas mudando apenas de tipo B para B2. A receita é azul como a B, mas a sigla é B2, conforme exemplo a seguir. Para diminuir o consumo, o tempo de tratamento diminui de até 60 dias para 30 dias e os farmacêuticos devem avaliar as dosagens estabelecidas da Resolução. Substância Dose Diária Recomendada Femproporex 50 mg/dia Fentermina 60 mg/dia Anfepramona 120 mg/dia Maizindo 3 mg/dia Desta forma só é permitido vender: ABSTEN S1 mg 20 comp. Mazindol Até 4 caixas (tomar 1 comprimido 3 vezes Ao dia por 30 dias). DESOBEMSI M 25 mg 20 comp. Femproporex Até 2 caixas (tomar 2 vezes ao dia por 30 Dias). DESOBEMSI M 25 mg 30 comp. Femproporex Até 2 caixas (tomar 2 vezes ao dia por 30 Dias). DUALID S 75 Mg 20 comp. Anfepramona Só 1 caixa (tomar 1 vez ao dia por 30 dias). INIBEX S 25 Mg 20 comp. Anfepramona Até 6 caixas (tomar 1 vez ao dia por 30 Dias). INIBEX S 50 Mg 20 comp. Anfepramona Até 3 caixas (tomar 1 vez ao dia por 30 Dias). INIBEX S 75 Mg 20 comp. Anfepramona Só 1 caixa (tomar 1 vez ao dia por 30 dias). FAGOLIPO 2 Mg 20 comp. Maxindol Só 1 caixa (tomar 1 vez ao dia por 30 dias). HIPOFARAGIN S 75 mg 20 comp. Anfepramona Só 1 caixa (tomar 1 vez ao dia por 30 dias). MODERINE 1,5 mg 20 comp. Mazindol Até 2 caixas (tomar 2 comprimidos ao dia Por 30 dias). A receita B2 deve ser do estado de São Paulo e a validade é de 30 dias. Para efetuar a venda o atendente, gerente ou farmacêutico deve: O balanço dos medicamentos da lista B2 é mensal, em formulário próprio e deve ser enviado para a Vigilância Sanitária até o dia 15 de cada Mês junto com as respectivas receitas. É responsabilidadedo farmacêutico fazer e enviar o balanço. - Olhar a validade da receita (vender apenas com data igual ou inferior a 30 dias) - Verificar nome e CRM do médico e no caso de ser ilegível (não dar pra ler), o colaborador Deve perguntar o nome do médico e o local do consultório ou hospital. Estas informações de- Vem ser anotadas no versa da receita. - Preencher todos os dados destinados ao computador. - Rubricar e datar no local destinado. - Anotar no verso da receita: nome do medicamento vendido, lote e quantidades. EXIGÊNCIAS SOBRE A RECEITA AMARELA (A) Receita A (Amarela): De acordo com a portaria 344/98: Art. 41 A notificação de Receita “A” será avaliada por 30 (trinta) dias a contar da data de sua emissão em todo o Território Nacional, sendo necessário que seja acompanhada da receita médica com justificativa do uso, quando para aquisição em outra Unidade Federativa. Parágrafo único. As farmácias ou drogarias ficarão a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, á autoridade Sanitária local, as Notificações de Receita “A” procedentes de outras unidades federativas, para averiguações e visto. Art. 42 As notificações de receitas “A” que contiverem medicamentos á base das substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes) e “A3” (psicotrópicas) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações deverão ser remetidas até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ás autoridades Sanitárias Estaduais ou Municipais e do Distrito Federal através de relação em duplicata, que será recebida pela Autoridade Sanitária competente mediante recibo, as quais, após conferências, serão devolvidas no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 43 A notificação de Receita “A” poderá conter no máximo de 5 (cinco) ampolas e para demais formas farmacêuticas de apresentação, poderá conter q quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias de tratamento. § 1° Acima das quantidades previstas neste Regulamento Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa contendo o CID (Classificação Internacional da Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a Notificação de Receita “A” ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. De acordo com a portaria 344/98: “Art. 50 A notificação de Receita Especial, de cor branca, para a prescrição de medicamentos à base de substâncias constantes da lista “C2” (retinóides de uso sistêmico) deste regulamento técnico e de suas atualizações será impressa ás expensas do médico prescritor ou pela instituição a qual esteja filiado, terá validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão e somente dentro da unidade federativa que concedeu a numeração. § 1° A notificação de Receita Especial de Retinóides para preparações farmacêuticas de uso sistêmico, poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas, e para as demais farmacêuticos, a quantidade para o tratamento correspondente no máximo a 30 (trinta) dias, contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. § 2° A notificação de Receita Especial para dispensação de medicamentos de uso sistêmico que contenham substâncias constantes da lista “C2” (retinóicas) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá estar acompanhadas de “Termo de Consentimento pós-informações” ANEXO XV e ANEXO XVI), Fornecido pelos profissionais aos pacientes, alertando-os que o medicamento é pessoal e intrasferível, e das suas reações e restrições de uso.” NOTIFICAÇÕES DE RECEITA A notificação da receita é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2” (psicotrópicos) “C2” (Retinóicos para uso sistêmico ) “C3” ( imunossupressores) Receita A- para entorpecentes e Psicotrópicos (lista A1, A2 e A3) COR AMARELA. Notificação de Receita Especial - Retinóides, imunossupressores (lista C2 e C3) COR BRANCA. Receita de Controle Especial Antidepressivos, Retinóides uso tópico, antiretroviais, anabolizantes e outros (lista C1, C2,C4 e C5) COR BRANCA A notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a receita devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou da dispensação. 8. FARMACÊUTICO HOSPITALAR O farmacêutico hospitalar é o responsável pelas atividades da farmácia de um hospital. Tem as funções básicas de selecionar (padronizar), requisitar, armazenar, dispensar (conforme a evolução do sistema, em dose coletiva, individual ou unitária) e controlar os medicamentos (tanto os controlados por lei, quanto os antimicrobianos), farmacovigilância (ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos e das boas práticas de armazenamento e dispensação). Em hospitais onde há serviços de manipulação de medicamentos, o farmacêutico é o responsável, aplicando o ensinamento da farmacotécnica (responsável por disponibilizar medicamentos e soluções que o mercado não disponibiliza ou que tem alto custo, em diferentes concentrações, volumes e quantidades) boas práticas de manipulação. Ele ainda integra algumas comissões hospitalares, como CCIH (comissão de Controle de Infecção Hospitalar) e CFT (Comissão de Farmácia e Terapia). Estrutura de uma farmácia hospitalar Ao se definir o local para farmácia hospitalar deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: • Facilidade de circulação e reabastecimento; • Tipo de atendimento e clientela; • Equidistância das unidades usuárias e consumidoras, permitindo acesso facilitado; • Possibilidade de descentralização da dispensação, dependendo da estrutura do hospital e da demanda do trabalho; • Certo grau de isolamento devido aos ruídos, odores, calor e poluição; • Critérios técnicos e administrativos; • Critérios para o dimensionamento; Outros critérios: • Tipo de hospital (tipo de atendimento – geral ou especializado; internação ou ambulatório); • Número de leitos; • Localização geográfica; • Atividades do Serviço de Farmácia; • Período de estoques; • Dois técnicos para cada farmacêutico; Análise tipológica 1. Tipologia Ambiental: Iluminação (difusa ou concentrada; natural ou artificial), odores (emissão de odores e gases), temperatura e umidade relativa. 2. Tipologia funcional: Relações ergométricas, espaços operativos e percurso. 3. Tipologia Formal: Forma do ambiente, dimensões mínimas, relações entre dimensões, área mínima (por ocupante e por ambiente), pé direito. 4. Tipologia Estrutural ou Construtiva: Parede, piso e teto (lavável ou não, antiderrapante ou não, tinta anti-fungos ou não); instalações elétricas e telefônicas, hidro sanitárias (água quente, esgoto industrial); outras instalações (gás, ar comprimido, exaustor, extintor de incêndio e segurança contra roubos, incêndios e acidentes de trabalho). 9. DEFINIÇÃO, COMPETÊNCIA E ORGANIZAÇÃO DOSSERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares têm por objeto o conjunto de atividades farmacêuticas, exercidas em organismos hospitalares ou serviços a eles ligados, que são designadas por “atividades de farmácia hospitalar”. Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são departamentos com autonomia técnica e científica, sujeitos a orientação geral dos Órgãos de Administração dos Hospitais, perante os quais respondem pelos resultados do seu exercício.A direção dos serviços farmacêuticos Hospitalares é obrigatoriamente assegurada por um farmacêutico hospitalar. Os serviços farmacêuticos Hospitalares são o serviço que, nos hospitais, assegura a terapêutica medicamentosa aos doentes, a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos, integra as equipes de cuidados de saúde e promove ações de investigação científica e de ensino. 9.1 Responsabilidades dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares São responsabilidades dos serviços Farmacêuticos Hospitalares: A gestão (seleção, aquisição, armazenamento e distribuição) do medicamento; A gestão de outros produtos farmacêuticos (dispositivos médicos, reagentes, etc.); São os principais responsáveis pela implementação e monitorização da política de medicamentos, definida no Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos e pela comissão de Farmácia e Terapêutica; A gestão dos medicamentos experimentais e dos dispositivos utilizados para a sua administração, bem como os demais medicamentos já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à realização dos ensaios; A gestão da segunda maior rubrica do orçamento dos hospitais. 9.2 Funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares São funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, entre outras: 1. A seleção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos; 2. O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medicamentos experimentais e os dispositivos utilizados para sua administração, bem como os demais medicamentos já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à realização dos ensaios clínicos; 3. A produção de medicamentos; 4. Análise de matérias primas e produtos acabados; 5. A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde; 6. A participação em Comissões Técnicas (Farmácia e Terapêutica, Infecção Hospitalar, Higiene e outras); 7. A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a prestação de Cuidados Farmacêuticos; 8. A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos; 9. A participação nos Ensaios Clínicos; 10. A colaboração na descrição de Nutrição Parentética e sua preparação; 11. A informação de Medicamentos; 12. O desenvolvimento de ações de formação; 10. Estabilidade de medicamentos 1. Física: As propriedades físicas originais, incluindo aparência, sabor, uniformidade, dissolução e sustentabilidade, deverão permanecer praticamente inalteradas. 2. Química: Cada ingrediente ativo deverá reter sua integridade e sua potência declarada no rótulo, dentro dos limites especificados. 3. Microbiológica: A esterilidade ou resistência ao crescimento de microrganismos deverá permanecer dentro dos limites estabelecidos. 4. Terapêutica: a atividade terapêutica deverá permanecer inalterada. 5. Toxicológica: não deverá ocorrer aumento significativo de toxidade. 10.1 Fatores que influenciam na estabilidade dos medicamentos Fatores intrínsecos – são aqueles ligados à tecnologia de fabricação: interação entre os fármacos e os solventes ou adjuvantes; pH; tamanho das partículas; qualidade do recipiente; presença de impurezas. Fatores extrínsecos – São os fatores ambientais, ligados as condições de transporte e estocagem: temperatura, luminosidade, ar (oxigênio, gás carbônico e vapor d’água) e umidade. Temperatura (farmácia brasileira) • Conservação em congelador: -20 a 0°C • Conservação em refrigerador: 2 a 8°C • Conservação em local fresco: 8 a 15°C • Conservação em local frio: temperatura não maior do que 8°C • Conservação em local quente: 30 a 40°C • Conservação em calor excessivo: maior que 40°C Prazo de validade O estabelecimento da vida útil do medicamento é o espaço de tempo em que o produto conserva suas características (estabilidade) físicas, químicas, microbiológicas, terapêuticas e toxicológicas, dentro dos limites determinados por certas especificações que garantem a sua qualidade. O Auxiliar de Farmácia X Almoxarifado de Medicamento O estabelecimento da vida útil do medicamento é o espaço de tempo em que o produto conserva suas características (estabilidade) físicas, químicas, microbiológicas, terapêuticas, dentro dos limites determinados por estas especificações que garantem a sua qualidade. O Auxiliar de Farmácia X Almoxarifado de Medicamento Todo auxiliar de farmácia deverá saber todo o procedimento de armazenagem e distribuição dentro do setor de almoxarife numa farmácia. Este setor compreende as seguinte atividades: • Recber materiais; • Guardar; • Localizar; • Assegurar; • Preservar; • Entregar; Para um funcionamento satisfatório, a organização do almoxarifado deve proporcionar: • Pronto acesso aos itens; • Alto grau de flexibilidade do arranjo físico; • Eficiente organização do espaço; • Redução da necessidade de equipamentos; • Minimização das perdas por deterioração; • Minimização das perdas por desvio; • Garantia dos requisitos de segurança individual e coletiva; Ambiente • Preenchimento e quarentena; • Área geral e estocagem; • Termolábeis; • Controlados; • Inflamáveis; Aspectos construtivos/ considerações ambientais • O espaço ocupado deve ter o máximo de flexibilidade, isto é, ajustar-se às necessidades e ocupar um mínimo de espaço; • As paredes devem ser laváveis; • O ar deve ser lavável e antiderrapante; • O ar deve circular sem anteparos por toda a seção; • A luminosidade deve ser bem distribuída, permitindo boa visualização dos itens e respectiva identificação, mas disposta de modo que não inicia diretamente sobre os produtos armazenados. Não deve haver incidência direta de luz solar sobre os produtos; • Temperatura ambiente (entre 15 e 30°C); • Proteção contra incêndio; • Proteção contra insetos e roedores; • Proteção contra roubos e furtos; Ordenação dos produtos • Ordem alfabética do nome genérico; • Ordem alfabética do nome comercial; • Grupo farmacológico; • Forma farmacêutica; • Código do produto; • Ordem de entrada (os mais velhos antes dos mais novos). Cuidados gerais • Dispensar o estoque mais antigo em primeiro lugar ( estoques que vencem primeiro devem ficar na frente); • A arrumação dos itens devem facilitar sua localização; • Observar o espaçamento entre as paredes; • Os produtos não devem ser colocados diretamente sobre o piso; • Observar as condições de estocagem conforme a monografia de cada produto; • Respeitar o empilhamento máximo; • Observar sinais de instabilidade; • Observar a rotulagem, principalmente dos produtos embalados; • Informar ao cliente os cuidados necessários; • Com relação à embalagem, o recipiente deve ser o correto e o fechamento adequado. 10.2 Administração de materiais A infraestrutura administrativa tem a função de manter e apoiar o sistema de distribuição de materiais, incluindo um esquema claro sobre atribuição de: • Autoridade para prescrever o uso de materiais; • Responsabilidade sobre os materiais solicitados; • Conhecimento das regras de decisão; • Informação sobre as ordens realizadas; Sistema de informações na administração dos medicamentos Tem a função de promover informações concisas, oportunas e atualizadas sobre: • Os estoques de materiais, destacando o que há, quando, onde, qual o valor e quem fornece tal item. Transações realizadas com materiais: • Quem solicitou o quê, quando, de onde, qual a quantidade; • Quem recebeu o quê, quando, de onde, a quantidade e qual tem sido a utilização do material (em unidades e valor). 11. Funções do auxiliar de farmácia O auxiliar defarmácia tem a função de governar a administração de materiais a fim de otimizá- la (reposição de pedidos); ou seja, quem deve ter, o que se deve ter, onde, quando, quanto. Recebimento de materiais O auxiliar de farmácia que ficar responsável para o recebimento dos medicamentos deve saber que todo produto deve vir acompanhado de um documento de entrega: • Nota fiscal – “NF” (empresa) ou Guia de Remessa – “GR” (órgãos públicos). É preciso também confrontar o documento de entrega com o pedido feito pela farmácia – especificações, preços e situações gerais (prazos de entrega, laudo analítico, etc.). Deve-se realizar a conferência física: • Verificar se os volumes estão em bom estado sem sinais de violação; • Número e peso dos volumes de acordo com a NF e GR; • Assinar canhoto da NF ou GR; Caso esteja verificada qualquer irregularidade quanto a violação, quantidade e peso, não receber a mercadoria e anotar o fato no conhecimento de transporte. Caso haja irregularidades quanto a especificações (concentração, apresentação, prazo de validade e aspecto): • Anotar divergência no conhecimento de transporte, receber os volumes e liberar o transportador. • Se as irregularidades forem percebidas após a saída do transportador, comunicar o fato ao farmacêutico para contato com o fornecedor, antes de efetuados os trâmites para o pagamento. Dispensação e distribuição Entende-se por dispensação de medicamentos o ato farmacêutico associado à entrega e distribuição mediante análise prévia das prescrições médicas, de modo a oferecer informações da boa atualização da farmácia, bem como da preparação das doses que devem ser administradas. Erros de medicação Geralmente ocorrem devido: 1. Paciente errado; 2. Dose mal calculada; 3. Dose não prescrita; 4. Dose omitida; 5. Medicamento errado; 6. Hora de administração inadequada; 7. Via de administração incorreta. Baseado na análise deste sete erros recomenda-se a atuação nos seguinte campos: • Necessidade de estabelecer comunicação escrita em lugar da verbal; • Estabelecimento de normas sobre a preparação e administração de medicamentos; • Criação de um ambiente de trabalho adequado, dirigido à consecução dos fins e objetivos propostos. Cuidados no manuseio dos medicamentos Antes de administrar um medicamento , é preciso • Conferir o nome do medicamento e a data de validade; • Confirmar a dose a ser administrada; • Se o medicamento for dado a noite: nunca o fazer com luzes apagadas; • Lavar as mãos antes de pegar no medicamento. Como conservar um medicamento Você deve: • Mantê-lo m sua embalagem original, em lugar fresco e arejado; • Evitar guardar medicamentos em geladeira (a menos que seja indicado); se isso for necessário, coloque-o dentro de um plástico. • Evitar guarda-lo no armário do banheiro; • Ao usar bolsa de pano, carregar o medicamento dentro de um plástico; • Ao viajar, não o colocar no porta-luvas. AUXILIAR, PRESTE ATENÇÃO! • Não administre medicamentos por sua conta; • Não receite medicamentos para terceiros; • Não use indicações de vizinhos ou amigos; • Se observar algum sintoma ou sinal diferente, comunique o médico; Quando for consultar o médico • Leve sempre a última receita ou as caixas dos remédios que a pessoa utiliza; • Não cofie na memória; • Pergunte se pode dar os remédios juntos, no mesmo horário, se pode misturá-los; na grande maioria da vezes, pode sim; • Informe se notar que algum medicamento está provocando efeito colateral; • Se o paciente não é capaz de entender a receita que está tomando, não o deixe tomar o remédio por conta própria; o cuidador deve sempre guardar os medicamentos e dá-los nas doses e horários certos. Dose individualizada Consiste no atendimento individualizado das prescrições, no qual a medicação é fornecida por um período, em geral, de 24 horas. Funcionamento O médico faz as prescrições; a enfermagem as encaminha à farmácia, que separa os medicamentos por paciente, para cada período, em geral, de 24 horas. Vantagens • Diminui os erros de medicação • Diminui os estoques setoriais, melhorando a conservação de medicamentos; • Diminui as perdas e desvios; • Melhora a integração da farmácia com a equipe de saúde. Desvantagens • Há a possibilidade de erros de administração em relação ao horário e à dose; • Há possibilidade de desvios de medicação, pois, dependendo do sistema de estocagem na área de internação, depois de violado pela primeira vez o pacote com a medicação, a identificação do paciente é perdida. Sistema de distribuição por dose única Sistema que atualmente é considerado o melhor. Consiste e dispensar, a partir da interpretação da ordem médica por parte do farmacêutico, as doses de medicamentos necessárias para cada paciente, previamente preparadas para que cubram um período determinado. Vantagens • A farmácia interpreta a cópia da ordem médica; • As doses são preparadas na medida exata para cada medicamento e paciente; • Diminui-se o número de erros de medicação; • A enfermeira não tem que fazer o pedido nem preparar a medicação que deve administrar aos pacientes; • A enfermagem se sente apoiada pelo Serviço de Farmácia e pode dedicar mais tempo aos enfermos; • O farmacêutico se integra na equipe assistencial, conseguindo, desta forma, a possibilidade de incidir na racionalização do uso dos medicamentos; • Pode haver maior conhecimento do custo da medicação por enfermo; • É possível o aumento da segurança e qualidade terapêutica do paciente. Desvantagens • Maior custo de Serviço de Farmácia; • Aumento dos recursos humanos da farmácia; • Necessidade de frascos apropriados para o envase e a distribuição Estratégia de implantação • Fase de convencimento; • Organização do serviço de farmácia (compra de material, mobiliário, treinamento de pessoal); • Seleção de unidade piloto; • Estudo comparativo de custos; • Elaboração de normas de funcionamento ( cronograma de atendimentos, reenvase). Situações especiais – quanto ao tipo de medicação • Medicações de urgência; • Medicamentos de uso tópico, grandes volumes, etc.; • Nutrição parenteral citostáticos e outros medicamentos injetáveis; • Entorpecentes e psicotrópicos; Reenvase de medicamentos • Cada embalagem deve conter uma quantidade de medicamento para ser tomada de uma só vez; • Proporcionar uma adequada proteção do conteúdo junto aos agentes ambientais; • Permitir uma fácil e completa identificação; • Permitir administração diretamente do envase, sem necessidade de nenhuma manipulação; Você sabe o que faz um farmacêutico? Você sabia... Que o farmacêutico estar presente em vários momentos do nosso dia-a-dia? O mais conhecido de todos é na preparação de cada medicamento que cura, alivia e previne doenças trazendo esperanças de uma vida digna e de qualidade para que depende deles. Mas ele é muito mais que isso. Conheça um pouco melhor que é o Farmacêutico, este amigo da nossa saúde. “Farmacêutico na farmácia é garantia de tratamento correto para a população” SEJA BEM-VINDO! CURSO DE ATENDENTE DE HOSPITAIS E CLÍNICAS MÉDICAS Organizadores: Rogerio de Paula E Claudia Souza Email: Digprooficial1@gmail.com Facebook digprocursos Instagram @digprocursos Digital Gerenciamento de Cursos Profissionalizantes CNPJ 24.725.712/0001-36 Fone: (91) 3729-1770 DIGPRO ATENDENTE DE HOSPITAIS E CLÍNICAS MÉDICAS
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