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Lisina Giovana Feitosa Mélanli Zytkowski Mônica Sato Suellen Tosin Tópicos abordados ● Histórico ● Micro organismos ● Matérias primas ● Esterilização ● Processo ● Controles ● Separação e Purificação do produto ● Tratamento de efluentes ● Método de obtenção ● Usos e aplicações ● Bioquimismo do processo ● Mercado ● Artigo Introdução ➔ Lisina é um aminoácido com cadeia lateral muito polar, o que a torna hidrofílica. ➔ Essencial, não sintetizado pelo organismo, deve ser obtido pela alimentação ➔ Usado pela indústria agropecuária para crescimento e ganho de peso dos animais ➔ A forma comercial predominante é lisina HCl Fonte: Google imagens Histórico ➔ Descoberta em 1889, por Dreschel, primeiro a isolar a partir da caseína do leite ➔ 1892: elucidação de sua estrutura ➔ 1902: Fischer e Weigert realizaram a síntese tratando o éster 7-cianopropylmalônico com ácido nitroso ➔ 1928: preparo da lisina cristalina ➔ 1960: introduzida comercialmente como aditivo alimentar Fonte: Google imagens MSG- Glutamato monossódico ➔ Aumento do interesse para produzir aminoácidos; ➔ 1907: Na Universidade Imperial de Tóquio foram feitos estudos com objetivo de identificar e purificar o sabor principal das algas extrato de MSG ➔ Ajinomoto Co. começou extrair MSG e vendê-lo como realçador de sabor Ajinomoto Animal Nutrition ➔ Empresa multinacional japonesa, no Brasil desde 1956, no estado de São Paulo ➔ Pioneira na América Latina, sendo a maior produtora de aminoácidos do mundo ➔ Produção de glutamato monossódico e L-lisina por fermentação Fonte: Google imagens Mercado ➔ Estimativas apontam que no período de 2015-2020 o segmento de aminoácidos deve crescer cerca de 7,3% ao ano, chegando aos US$12,6 bilhões em 2020 ➔ O mercado de aminoácidos para aplicações em rações está projetado para crescer a uma taxa maior (5,4% ao ano), passando de US$4,4 bilhões de 2013 para US$5,7 bilhões em 2018 O mercado mundial de L-lisina, atualmente, gira em torno de 1.300.000 ton ao ano, com um crescimento médio anual de 8% ao ano. Os maiores produtores são a japonesa Ajinomoto (com cerca de 24% da produção mundial) e a sul coreana CJ CheilJedang (cerca de 23% da produção mundial) ambas com plantas industriais em solo brasileiro. Fonte: IHS Markit Usos e Aplicações ➔ Suplemento na alimentação animal otimização do crescimento de porcos, frangos ➔ Agentes nutricionais no cuidado neonatal ➔ Terapêuticas para herpes ➔ Aditivo para melhorar o balanço de aminoácidos de proteínas vegetais ➔ Componente para alimentos para a saúde e nutrição esportiva ➔ Ajuda no crescimento ósseo, auxiliando na formação de colágeno ➔ Produtos para os cabelos como xampus e condicionadores e o seu sal de ácido láurico é adicionado a cosméticos Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Dieta ➔ Carnes ➔ Peixes ➔ Lacticínios ➔ Soja A necessidade diária de um adulto do sexo masculino é 12mg por kg de peso corporal Micro organismos ➔ Fungos: ◆ Ustilago maydis ➔ Bactérias ◆ Corynebacterium glutamicum ◆ Escherichia coli ➔ Leveduras ◆ Pichia Corynebacterium glutamicum ➔ Produz vários aminoácidos como: L-glutamato, L-fenilalanina, L-treonina, L-triptofano, L-lisina, entre outros; ➔ São usadas técnicas de engenharia genética, envolvendo mutações pontuais, para melhorar os genes relacionados à produção de aminoácido; ◆ Permite uso mais amplo de fontes de carbono e também o glicerol; ◆ Aumentar o rendimento do aminoácido alvo Fonte: WITTMAN, C.; BECKER, J., 2007 Matérias primas ➔ A escolha depende em grande parte da disponibilidade, que depende da localização geográfica da planta de produção ➔ O custo da fonte de carbono, afetará o custos totais de fermentação, como para, produtos a granel de baixo preço, como a L-lisina. Matérias-primas ➔ Substratos: SUBSTRATO ARTIGO Hidrolisado de semente de jaca - ANSUREE, M.; NAMPOOTHIRI, M., 2015. Melaço de cana, beterraba - LIU, C. Y. et al., 1992. Hidrolisado de amido - TOSAKA, O.; ENEI. H.; HIROSE, Y., 1983. Batata doce Farelo de soja Milho, trigo ou mandioca ➔ O preço do açúcar está numa crescente em todo o mundo e têm um impacto severo na economia e no processo de fermentação. ➔ Existe um interesse crescente no uso de produtos alternativos, não-alimentares e de baixo custo, fontes de carbono, como soro de leite, lignocelulose e metanol, como matéria-prima em fermentações microbianas para a produção de produtos químicos como biocombustíveis, biopolímeros e aminoácidos. Fonte: REVISTA ESPACIOS ,The international trade of sugar commodity in the XXI century: Main political aspects, 2016 Lignocelulose ➔ Polímeros de carboidratos celulose e hemicelulose estão fortemente ligados à lignina. ➔ O C. glutamicum pode naturalmente consumir uma variedade de diferentes açúcares, mas o nível de produção de L-lisina nos açúcares varia. Metanol ➔ Metanol é uma matéria prima pura que pode ser completamente utilizado em processos de fermentação bacteriana ➔ Espera-se que os preços do metanol permanecerá em um nível relativamente baixo nos próximos anos, desde que as reservas de gás natural estejam disponíveis. ➔ Baixo custo, disponibilidade, alta pureza e solubilidade em água Processo de produção ➔ São classificados em três tipos diferentes: ◆ Extração: Como a extração depende da disponibilidade de matérias-primas naturais ricas em proteínas, como queratina, soja, é difícil atender à crescente demanda por aminoácido ◆ Síntese química: gera uma mistura de formas D e L de aminoácidos e um passo de resolução óptica é necessário para obter a L-isômero biologicamente ativo. Devido aos altos custos de produção associados a esta etapa de resolução, poucos aminoácidos são produzidos por tais métodos. ◆ Métodos biotecnológicos: Dividido em síntese enzimática e fermentação Processo de produção ● Síntese enzimática: vantagem de produzir L-aminoácidos opticamente puros em concentrações mais elevadas e com menos subprodutos, simplificando assim os processos de purificação. Não é um método significativo, não foi tão popularizada comparada a fermentação, levando a poucos processos novos. Processo de obtenção ● Fermentação: microrganismos convertem os açúcares do substrato em aminoácidos. ● Vantagens: ○ Método econômico ○ Produz somente a forma L-aminoácidos facilita a purificação ○ Permite a produção em larga escala industrial ○ Sob condições brandas prevene a degradação ● Temperatura para crescimento: 30°C ● pH para crescimento: 7 ● Oxigênio: aerobiose e agitação Condições ideais Fonte de carbono: frutose < sacarose < glicose, ribose, manose, maltose, glicerol Fonte de nitrogênio: sulfato de amônio controle de pH Agente tamponante: carbonato de cálcio Vitaminas: Biotina Esterilização: Autoclave 120°C , 20 min Biorreator: até 500–1000 m3 são padrão em produção de aminoácidos a granel Processo: Descontínuo não é mais o método preferido, ainda usado em pequenas plantas, desvantagem: uma quantidade limitada de fonte de carbono pode ser usada no meio de crescimento, e isso limita a concentração máxima de produto de L-lisina no processo. Descontínuo alimentado processo preferido,usada para separar o crescimento e a fase de produção da cultura, e isso normalmente leva maior rendimento e produtividade de L-lisina, em batelada, depois de reator cheio, maior parte da cultura de células é removida, porém uma quantidade é mantida e serve como inóculo para a próxima rodada, tempos de preparação reduzido (isto é, esvaziamento, lavagem e esterilizaçãode fermentadores) Contínuo apesar de seu potencial para aumentar a produtividade e reduzir os custos de investimento, tem até agora uma aplicação limitada para produção industrial de L-lisina, desvantagem é maior risco de contaminação Bioquímica ● 2 vias foram identificadas: ○ Via da glicólise; ○ Via das pentoses fosfato (PPP). Fonte: Fonte: WITTMAN, C.; BECKER, J., 2007 Bioquímica ● Ciclo do ácido tricarboxílico ● Via do aspartato; Fonte: Fonte: WITTMAN, C.; BECKER, J., 2007 Bioquímica ● Estudos sobre a otimização da produção de Lisina: ○ modificação de enzimas como: exportador de lisina e aspartato-quinase. ● Aspartato-quinase: enzima chave para o controle metabólico da via, pois faz inibição por meio de feedback por treonina e lisina ○ Mutação pontual libera a enzima do feedback aumenta lisina Bioquímica Fonte: Fonte: WITTMAN, C.; BECKER, J., 2007 Purificação ● lisina é extracelular-> centrifugar-> utilizar sobrenadante; ● Filtração a vácuo; ● Evaporação e secagem por pulverização ; ● Membranas carregadas eletricamente (separa aminoácidos entre si); ● Cristalização e recristalização; ● Cromatografia Tratamento de efluentes ➔ Remoção de corantes da indústria têxtil por biossorção a partir de biomassa residual do processo de fermentação da lisina Artigo ● Estudos comparativos para a produção biotecnológica de L-Lisina por células imobilizadas de Corynebacterium glutamicum ATCC 13032 e geneticamente modificada MH 20-22 B Introdução ● A produção de aminoácidos por meio da fermentação é feita por aproximadamente 50 anos; ● L-lisina é o segundo aa mais produzido ○ suplemento alimentares; ○ uso terapêutico; ○ aditivo para melhorar crescimento de aves e suínos. ● Pesquisas sobre: ○ otimização de bioprocessos; ○ rotas biossintéticas; ○ busca por outros microorganismos. Introdução ● O processo biotecnológico para produção de lisina por C. glutamicum requer melhoria contínua, com atenção especial na otimização do processo e engenharia genética; ● Objetivo: analisar o bioprocesso e estudos comparativos da produção de L-lisina por células imobilizadas, em biorreator de tanque com agitação. Materiais e Métodos ● C. glutamicum ATCC 13032 e C. glutamicum MH 20-22 B foram cultivadas em ágar contendo ○ peptona ○ extrato de carne ○ NaCl ○ água destilada ○ pH = 7 Materiais e Métodos ● Composição do meio: ○ Glucose ○ Extrato de carne ○ peptona ○ NaCl ○ água destilada ○ pH = 7 ● Inóculo: 50mL, agitador por 48h, 30°C Método de imobilização ● 72mL da cultura foram imobilizadas com alginato de cálcio. ● Consiste em aprisionar o microorganismo em uma matriz como o alginato. ○ Confere maior estabilidade das células; ○ Inóculo com elevado número de células; ● As duas cepas foram imobilizadas Processo de produção ● Método: descontínuo; ● Esterilização: autoclave, 120°C por 20 min; ● pH= 7 ● Temperatura: 30°C; ● Biorreator: tanque com agitação; ● Células imobilizadas foram adicionadas ao meio de fermentação e foram avaliados diferentes parâmetros; Estimativa analítica de L- lisina e substratos ➔ A concentração celular foi determinada por espectrofotômetro em 660 nm ➔ Sobrenadante da fermentação foi usado para quantificação de substratos e produtos que foram obtidos por separação da biomassa por centrifugação ➔ A L-lisina foi quantificada por método colorimétrico; ➔ A concentração de glicose foi determinada por método de hidrólise ácida de carboidrato: a quebra do carboidrato em açúcares menores gerando um composto colorido. ➔ Açúcar residual foi determinado por método colorimétrico ➔ Biomassa no caldo foi estimado por centrifugação de 1mL da amostra que foi levada ao forno a 105ºC até peso constante. Efeito do tempo de fermentação na produção de L-lisina ● Observaram que à medida que o tempo de fermentação aumenta a concentração da glicose residual diminui entre 40 e 120 h. ● Concentração de L-lisina foi relativamente menor para as primeiras 70 hrs e as células foram multiplicadas com rápido crescimento de biomassa. ● Como a fermentação prossegue o consumo de glicose e produção de L-lisina aumentou em 96 h com alta utilização de açúcar e concentração máxima de L-lisina. Após 96 h, o produto máximo alcançou uma tendência de queda, A concentração de L-lisina e os rendimentos foram encontrados para ser diminuído; apesar de um aumento no tempo de fermentação devido a depleção de nutrientes Os resultados apresentados nas Figs. 1 e 2 mostram que a produção de L-lisina foi boa em 96 h, o que é o melhor tempo de fermentação para a produção de L-lisina por células imobilizadas de C. glutamicum MH 20-22 B. Efeito da temperatura na produção de L-lisina ➔ A taxa de crescimento do microorganismo bacteriano depende da temperatura ➔ Qualquer alteração na temperatura pode levar a alteração da taxa de utilização do substrato, desequilibrando a quantidade de nutrientes do meio em relação a taxa de crescimento ➔ Para ambas as cepas a temperatura de 30°C foi a que obteve maior concentração de Lisina ➔ Temperaturas mais elevadas podem afetar as atividades celulares, alterando as atividades enzimáticas Efeito do pH na produção de L-lisina pH pelo acúmulo de subprodutos NaOH, CaCO3 controle ➔ Cultura de lisina varia de 5 a 8, o pH ótimo é de 7,5 Efeito da concentração de glicose na produção de L-lisina ➔ A capacidade de crescimento das células depende da disponibilidade de glicose no reator. ➔ O efeito da concentração de glicose no rendimento de L-lisina foi expresso com base de lisina produzida por unidade de substrato utilizada ➔ maior concentração de glicose inibiu o crescimento bacteriano juntamente com baixo rendimento ➔ Como a concentração de glicose é aumentada simultaneamente concentração de biomassa também é aumentada. ➔ concentração excessiva de substrato presente no caldo de fermentação leva a diminuir na concentração do produto Efeito da taxa de fluxo de ar na produção de L-lisina ➔ Se o excesso de oxigênio for fornecido, pode levar à formação de outros metabólitos como ácido succínico e ácido láctico e baixa disponibilidade de oxigênio diminuir a produção do produto alvo ➔ 1,0 vvm foi considerado como o melhor fluxo de ar Efeito da taxa de agitação na produção de L-lisina Homogeneidade espuma leva caldo para fora o biorreator contaminando o sistema ➔ ótima taxa de agitação para alta a produção de L-lisina é de 200 rpm, Assim, a aeração e a agitação ideais devem ser operadas, o que minimiza a formação de espuma e maximiza a taxa de produção de lisina. Conclusão ➔ Foram analisadas sob várias condições físicas e químicas parâmetros do processo. ➔ Concluímos que as células imobilizadas do C. glutamicum mutante MH 20-22 B produziu mais lisina em comparação com tipo selvagem C. glutamicum ATCC 13032. Referências ANSUREE, M.; NAMPOOTHIRI, M.; Biosynthesis, recovery and purification of l-lysine from jackfruit seed (JFS) hydrolysate by Corynebacterium glutamicum DM 1729. Biocatalysis and Agricultural Biotechnology. v. 4, n. 4, p. 506-513, out. 2015. D’ ESTE, M., MORALES, M. A., ANGELIDAK, I.; Amino acids production focusing on fermentation technologies – A review. Biotechnology Advances. v. 36, n. 1, p. 14-25, fev. 2018. LIU, Y. C. et al; On-line State Estimation for L-Lysine Fermentation. IFAC Proceedings Volumes. v. 25, n. 2, p. 279-282, mar. 1992. WITTMAN, C.; BECKER, J.; The L-Lysine Story: From metabolic pathways to industrial production. Alemanha, fev. 2007. Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.321.2447&rep=rep1&type=pdf>Acesso em 10 jun. 2018. Obrigada e-mail para contato: giovanafeitosasoares@gmail.com melanlizyt@gmail.com monicayurisato@hotmail.com suellentsp@gmail.com
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