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Administração de Serviços Hospitalares Aula 5- Serviços de Assistência Direta ao paciente - Desospitalização Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Conteúdo Programático desta aula Identificar a atual tendência e os desafios do setor saúde na assistência direta ao paciente; Relacionar aspectos da assistência ambulatorial, do pronto atendimento, da internação e centro cirúrgico em relação as perspectivas que a visão de desospitalização podem trazer para o modelo de gestão hospitalar. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Introdução Os serviços de assistência direta ao paciente concentram diversas atividades que configuram o próprio objeto de procura do usuário ao sistema e como tal afetam diretamente a oferta dos serviços e impactam na receita deles. Consomem recursos humanos e tecnológicos da organização. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Impactos percebidos atualmente na assistência direta: a)Custos hospitalares crescentes; b)aumento da demanda de procedimentos com elevada complexidade nos hospitais; c)busca de modelos de assistência multiprofissional; d)Busca de certificação de qualidade centrada em modelos de acreditação; Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Impactos percebidos atualmente na assistência direta: e)Percepção da necessidade de adoção de modelos de cuidado integral e de longo prazo; f) Transição para um modelo de redes interligadas em substituição ao hospital isolado; g)Incorporação crescente e contínua de tecnologias em saúde, permitindo fazer coisas antes impensáveis; h)Maior precisão das ferramentas gerenciais, expondo melhor os processos finalísticos do hospital. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Diferenciações entre assistência primária, secundária e terciária; Dificuldades para estabelecimento de planejamento e organização pela incipiência dos modelos de redes integradas e dificuldades de gerenciamento da demanda; e No setor público a questão da demanda é mais impactante pois na maioria das vezes ela acaba sendo desconhecida por conta do legado de desassistência que temos. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Podemos pensar em planejar a demanda considerando: Demografia – esta variável aparece em todos os cenários propostos, tendo o envelhecimento como uma das características centrais desde o último terço do século XX. Observa-se importante queda da mortalidade infantil, associada à redução da fecundidade e ao envelhecimento da população, com reflexos imediatos no consumo de serviços de saúde. Por exemplo, a população de 65 anos e mais demanda até quatro vezes mais internações que a média da população. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Podemos pensar em planejar a demanda considerando: b) Perfil epidemiológico – elemento presente em todos os cenários, com consequências previsíveis. Redução da mortalidade por moléstias infectocontagiosas (a velha agenda), Aumento da mortalidade ocasionada pelas doenças crônico-degenerativas e causas externas (a nova agenda – as chamadas DANT – doenças e agravos não transmissíveis) Reaparecimento de enfermidades que faziam parte da agenda antiga (como a dengue, a tuberculose e o cólera, denominadas re-emergentes) Surgimento da "novíssima agenda", representada por enfermidades infectocontagiosas emergentes (AIDS, hantaviroses, doença espongiforme humana, além de bactérias ultrarresistentes a antibióticos). Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Podemos pensar em planejar a demanda considerando: A literatura aponta como um planejamento inicial de modelagem da dimensão, considerar: uma demanda de ¾ consulta/ano por habitante das quais 65% em clinicas básicas e demanda espontânea, 20% em especialidades e 15% em sistemas de urgência/emergência. o tempo médio de cada consulta ambulatorial ( embora tenhamos o referencial técnico de não menos que 15 min por consulta, este parâmetro é de mínimo aceitável e não de planejamento pois pode degradar o qualitativo). Assim, a gestão do ambulatório deve ser local e focar a realidade observada pelo gestor e corpo clinico da organização de saúde. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Se pensarmos em atenção básica temos duas linhas: as Unidades Básicas de saúde (UBS); e o Programa de saúde da família (PSF) No caso das UBS, para efeito de planejamento inicial é o de 1 unidade para cada 15.000 habitantes. No programa de PSF estes parâmetros precisam ser repensados em função das constituições de núcleos familiares.Podemos pensar também como parâmetros de planejamento inicial: 1 agente para cada 200 a 250 famílias, 1 equipe para ate 1.000 famílias; a equipe contendo: 1 médico da família, 1 enfermeiro, 1 ou 2 auxiliares de enfermagem e 4 a 6 agentes comunitários de saúde ( selecionados na própria comunidade para obtermos capilaridade social na equipe). Um núcleo de Apoio a Saúde da Família (Nasf) pode comportar de 10 a 20 equipes de saúde da família. ( vide RDC 50 da ANVISA) Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial os cuidados que o gestor deve ter são: a unidade deve possuir equipamentos e capacitação para suporte à vida e avaliação de quadros agudos; a unidade deve possuir acesso imediato a exames de diagnóstico por imagem e análises clínicas; Ter fácil acesso, se possível Térreas com acesso a portadores de deficiências; e Possuir espaços para atividades em grupo ou comunitárias. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Na atenção secundária ou especializada temos as características físicas detalhadas na RDC 50 da ANVISA. Considera-se a unidade funcional da estrutura o consultório, que deve ter: Mobiliário e equipamentos específicos para a especialidade; Circulação adequada para os profissionais de saúde que vão interagir, paciente e pelo menos 1 acompanhante; Iluminação natural. Não sendo possível , utilizar a luz branca Sanitário anexo para as especialidades que o requerem; Uso de materiais laváveis e de fácil limpeza em moveis e utensílios; Presença de pia; Pelo menos uma sala de isolamento para pacientes com suspeita de doenças transmissíveis por vias respiratórias Deve-se preparar também as diversas salas de apoio e locais de espera dos pacientes, considerando pelo menos 1 acompanhante por paciente ( cuidado especial em atendimento a criança e ao idoso). Considerar também os serviços de diagnósticos associados a unidade. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Assistência Ambulatorial Pontos críticos na Organização do ambulatório que o Gestor deve ter atenção: Requisitos regulatórios; Prontuário do paciente; Autorizações específicas. Desafios em relação ao ambulatório: Promoção e proteção à saúde; Humanização; Assistência Farmacêutica; Atendimento da demanda Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Pronto Socorro Conceito: O pronto-socorro (PS): Normalmente uma unidade intra-hospitalar preparada para atender urgências e emergências. Podemos ter ele na forma extra-hospitalar com perda de resolutividade por ausência de centro cirúrgico, UTI ou meios diagnósticos, por exemplo. O PS é muitas vezes denominados como unidade de emergência ou unidade de pronto atendimento (UPA)e funciona interruptamente. O planejamento da demanda deve ser feito considerando toda a rede, a fim de evitar acumulo de casos simples que teriam resolutividade de atenção básica. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Pronto Socorro No SUS, este serviço esta integrado pelo Serviço de Atendimento Médico de Emergência (SAMU). A ideia básica: Ao diminuir o tempo de atendimento do paciente em risco iminente de vida aumentemos as chances de sucesso no atendimento. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Pronto Socorro O que define o projeto Físico de um PS: seu programa assistencial; o grau de resolutividade oferecido; acesso a leitos; capacidade de resolução da retaguarda hospitalar Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Pronto Socorro A unidade comum que atende as especialidades básicas e a demanda expontânea deve ter as seguintes condições: Acesso diferenciado entre pacientes que cheguem ambulantes e aqueles que cheguem de ambulância ou em estado grave; Cuidado no tempo de identificação em relação a urgência do atendimento (principalmente na rede suplementar); Admissão do paciente para a sala de emergência ou para um consultório; Elucidação diagnóstica e instalação de medidas de suporte à vida; Existência de área de espera de resultados de exames e área de observação; Na alta, referir o paciente para sua unidade de origem; Estrutura de apoio de serviço social, principalmente em hospitais públicos. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Questões sobre Pronto Socorro Como o OS funciona 24h, a reação entre administração e corpo clínico deve ser contínua e presente. Desafios do PS: Confronto de demanda x regulação x racionalização dos recursos; e Informações ao paciente Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Desospitalização Consiste em otimizar ao máximo o atendimento utilizando recursos ambulatoriais e diagnósticos de forma consciente, evitando assim internações longas e, muitas vezes, desnecessárias. Esse conceito inclui o uso de procedimentos minimamente invasivos, de hospitais-dia para casos de baixa complexidade, de ambulatórios para a realização de determinados tratamentos e de assistência domiciliar em certas doenças crônicas. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Desospitalização A maioria, se não a totalidade dos sistemas de gestão Hospitalar, tem seu inicio na admissão do paciente e seu fim na alta hospitalar e administrativa, até que aconteça uma nova internação que começa também pela admissão e termina na alta. Não existe nenhum sistema de gestão no nosso meio que tenha condição de acompanhar o paciente entre a alta e a próxima admissão, que é exatamente o que está se convencionando chamar de período de desospitalização, que evidentemente quanto maior, melhor. As operadoras e organizações de saúde privadas vem buscando soluções e alternativas para poder fazer este acompanhamento Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Desospitalização Ao hospital, cabe oferecer a estrutura necessária para que a desospitalização aconteça: processos ambulatoriais bem-definidos e; funcionando em perfeita integração com as outras áreas da assistência. Ao médico, cabe conscientizar-se sobre a importância de simplificar ao máximo a passagem do paciente pela instituição de saúde, sendo extremamente criterioso na indicação de procedimentos e exames, deixando as internações para os casos realmente necessários. No que diz respeito especificamente aos hospitais, com a desospitalização existe uma diminuição da média de permanência dos doentes no ambiente hospitalar e o consequente aumento do número de leitos oferecidos à comunidade (indispensáveis em casos cirúrgicos, quadros clínicos agudos e/ou de maior gravidade). Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Desospitalização O mercado tem trabalhado com duas modalidades, baseadas ou não em hospitais: a assistência domiciliar (home care) objeto da aula 8 ; e o hospital-dia (day hospital), objeto da aula 7. A primeira retira o paciente do ambiente hospitalar para prestar cuidados em sua residência ou opta por não interná-lo. O hospital-dia realiza, em nível ambulatorial, procedimentos diagnósticos e terapêuticos, antigamente executados em regime de internação. Entre os modelos complementares à internação, encontram-se cuidados dirigidos a pacientes de risco ou portadores de diagnósticos de alta prevalência. Por isso, fala-se: Em gestão de casos (case management); e Gestão de doenças (disease management). Um dos indutores de todo este movimento é a chamada atenção gerenciada (managed care). Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Quando, como e porquê desospitalizar O mercado tem trabalhado com duas modalidades, baseadas ou não em hospitais: Hospitalização - Contexto Atual: Perfil Epidemiológico – Morbidade/Mortalidade Alta tecnologia para o tratamento das doenças Aumento do número de pacientes com várias doenças crônicas Recursos de Reabilitação Aumento do Tempo Médio de Permanência Hospitalar – Redução do Giro-Leito Foco Interação entre médico titular, equipe multiprofissional, operadoras de saúde, família/cuidador e pacientes. Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Quando, como e porquê desospitalizar Quando Desospitalizar? ESTABILIDADE CLÍNICA SUPORTE CONTINUIDADE DA ATENÇÃO E CUIDADOS Como Desospitalizar? Sustentabilidade – Desospitalização Censo e Gerenciamento de Casos Planejamento de Alta Integração de Serviços Participação: Paciente/Família – Médicos Titulares – Operadoras de Saúde Orientação e Adequação – Oferta Continuidade de Atenção Educação para Adesão Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Quando, como e porquê desospitalizar Porque Desospitalizar? Educação e Adequação para o uso de recursos x necessidades de atenção. Redução de Riscos – Internação Prolongada Adequação de Giro Leito Integração de Serviços – Rede de Atenção Tema da Apresentação AULA 5 Administração de Serviços Hospitalares Tema da Apresentação
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