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APOSTILA UNIPAC PRATICAS TRABALHISTAS

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Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PRÁTICAS TRABALHISTAS
E PREVIDENCIÁRIAS:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor: Marcelo Medeiros 
2º semestre / 2018 
Fundação Presidente Antônio Carlos
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares
 
UNIPAC-GV 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS TRABALHISTAS
E PREVIDENCIÁRIAS: 
teoria e exercícios 
Marcelo Medeiros 
 
 
Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor.
undação Presidente Antônio Carlos 
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares 
PRÁTICAS TRABALHISTAS 
orque lá a concorrência é menor. 
Walt Disney 
 
INFORMAÇÕES PRELIMINARES SOBRE A DISCIPLINA PRÁTICAS TRABALHISTAS 
E PREVIDENCIÁRIAS. 
 
 
EMENTA 
 
Folha de Pagamento, Férias, 13º Salário e Rescisões. Contabilização. 
 
CARGA HORÁRIA / FREQÜÊNCIA MÍNIMA 
 
O conteúdo da disciplina será ministrado em 80 horas-aula que equivalem a quatro aulas por semana. 
A frequência mínima é de 75% da carga horária (60 aulas). Assim, o discente poderá ter apenas 20 
faltas; acima desse limite estará sujeito à reprovação por frequência. 
 
CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO :Serão distribuídos 100 (cem) pontos através de Trabalhos de 
Aplicação (TA’s) e exercícios em sala de aula. Será considerado aprovado na disciplina, sem Exame 
Suplementar, o aluno ou aluna que obtiver nota final igual ou superior a 60 (sessenta) pontos e tiver 
uma frequência mínima de 75% da carga horária da disciplina. Se o aluno não obter os pontos para 
aprovação se submeterá ao exame final. 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS 100 PONTOS 
 
Exercícios em sala 30 pontos; dois TA’s em duplas de 15 pontos (as duplas serão formadas pelo 
professor, em função da pontuação), um TA em grupo de 20 pontos e A distribuição dos pontos 
poderá ser alterada mediante prévia comunicação. A segunda chamada dos TA’s só será aplicada, em 
calendário específico, mediante requerimento à DRA e/ou apresentação do protocolo do mesmo. A 
falta às aulas no dia em que for aplicado exercício avaliativo acarretará perda dos pontos relativos ao 
mesmo, exceto nos casos de Regime Especial de Estudos. A entrega do exercício feito pelo discente 
após a data agendada acarretará perda da metade dos pontos e só será aceita antes da correção e/ou 
devolução do mesmo pelo professor. Os casos omissos serão acordados entre o professor e o (a) 
discente. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Bibliografia Básica 
 
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 35. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009, 1395 p. 
 
GOMES, Elizeu Domingues. Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias 3. ed. Belo Horizonte: 
Líder, 2004, 428 p. 
 
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de prática trabalhista 41. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 767 p. 
 
Bibliografia Complementar 
 
CORTEZ, Juliano Chaves. Prática trabalhista: cálculos.6. ed. rev. e ampl. São Paulo: LTR, 1992, 
296 p. 
 
SENA, Randal; GURGEL, Glória. E-Social (Práticas Trabalhistas e Previdenciárias).11. ed. São 
Paulo: Sena, 2017 
 
FERREIRA, Ana Paul; MACHADO, Mariza; SANTOS, Milena. Obrigações Trabalhistas e 
Previdenciárias na Contratação de Prestadores de Serviços. Disponível em: 
<https://www.iob.com.br/newsletterimages/iobstore/sumarios/2015/jul/LIV21284.pdf/> Acesso em: 
10 de agosto de 2018. 
 
 
GARCIA, Roni. Manual de Rotinas Trabalhistas (Problemas Práticos na atuação diária). 10. Ed. 
São Paulo: Atlas, 2018.
 
 
SIGLAS MAIS UTILIZADAS NA DISCIPLINA 
 
 
 
ASO: Atestado de Saúde Ocupacional 
 
BC: Base de Cálculo 
 
CAGED: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 
 
CBO: Cadastro Brasileiro de Ocupações 
 
CF: Constituição Federal 
 
CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
 
CLT: Consolidação das Leis do Trabalho 
 
CPC: Código de Processo Civil 
CPP: Código de Processo Penal 
 
CTPS: Carteira de Trabalho e Previdência Social 
 
DNU: Dias Não Úteis 
 
DSR: Descanso Semanal Remunerado 
 
DP: Departamento Pessoal 
 
DU: Dias Úteis 
 
FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
 
FP: Folha de Pagamento 
 
GFIP: Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à 
Previdência Social. 
 
GPS: Guia da Previdência Social 
 
GRPS: Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical 
 
HE: horas extras 
 
IN: Instrução Normativa 
 
INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social 
 
IR: Imposto de Renda 
 
IRF ou IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte 
 
LC: Lei Complementar 
MTB ou MTE: Ministério do Trabalho e Emprego 
 
Nº.HN: Número de Horas Noturnas 
 
NR: Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
 
OJ: Orientação Jurisprudencial 
 
OS: Ordem de Serviço 
 
PAT: Programa de Alimentação do Trabalhador 
 
PIS: Programa de Integração Social 
 
RFB: Receita Federal do Brasil 
 
RPS: Regulamento da Previdência Social 
 
RSR: Repouso Semanal Remunerado 
 
SB: Salário Base 
 
SRF: Secretaria da Receita Federal 
 
TST: Tribunal Superior do Trabalho 
 
VHE: Valor da Hora Extra 
 
VHN: Valor da Hora Normal 
 
VT: Vale Transporte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
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1 – CONCEITOS GERAIS – CÁLCULOS TRABALHISTAS............................................................. 8�
1.1 EMPREGADOR (art. 2º da CLT) ............................................................................................ 8�
1.2 EMPREGADO (Art. 3º da CLT ............................................................................................... 8�
1.3 ESTAGIÁRIO........................................................................................................................... 8�
1.4 TRABALHADOR DOMÉSTICO ............................................................................................ 9�
2 – FOLHA DE PAGAMENTO ........................................................................................................... 18�
2.1 RECIBO DE PAGAMENTO DE SALÁRIO ............................................................................. 18�
2.2 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO ................................................................................................ 20�
2.2.2 Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso.
........................................................................................................................................................... 22�
2.2.3 Tabela de Imposto de Renda vigente de 01.04.2015 a 31.12.2018 ......................................... 22�
2.2.4 Tabela de quotas do Salário-Família vigente de 01.04.2011 a 31.12.2011 ............................. 23�
2.3 HORAS EXTRAS ...................................................................................................................... 23�
2.3.2 Fórmula do cálculo de Horas Extras (HE) ...................................................................... 24�
2.3.3 Sistema centesimal x sistema sexagesimal ....................................................................... 25�
2.4 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR .......................................................................... 26�
2.5 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE........................................................................................... 28�
2.6 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ......................................................................................... 32�
2.7 ADICIONAL TRABALHO NOTURNO ....................................................................................... 35�
2.8 HORA NOTURNA ...............................................................................................................35�
2.8.2 Cálculo das horas semanais considerando parte das horas noturnas ........................... 37�
2.8.3 Integração ao Salário ......................................................................................................... 37�
2.8.4 Descanso Semanal Remunerado - Adicional Noturno......................................................... 37�
2.8.5 Hora Extra Noturna .......................................................................................................... 38�
DADOS DA FOLHA DE PAGAMENTO DA COMPETÊNCIA AGOSTO DE 2018 ...................... 43�
2.9 DESCONTOS SALARIAIS OBRIGATÓRIOS E REGULAMENTADOS ............................. 44�
2.9.1 Previdência Social .............................................................................................................. 44�
2.9.2 Imposto de Renda na Fonte .............................................................................................. 44�
2.10 VALE-TRANSPORTE ............................................................................................................. 45�
2.11 SALÁRIO FAMÍLIA................................................................................................................ 48�
2.12 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS ........................................................... 49�
2.12.2 Desconto ............................................................................................................................ 50�
3 – FÉRIAS – ASPECTOS GERAIS ................................................................................................... 51�
3.1 FÉRIAS - ART. 129 A 153 DA CLT ......................................................................................... 51�
ALTERAÇÃO DAS FÉRIAS – REFORMA TRABALHISTA ...................................................... 52�
3.2 REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS – ART. 142 DA CLT........................................................... 53�
3.3 ADICIONAL DE 1/3 .................................................................................................................. 53�
3.4 ABONO PECUNIÁRIO – ART. 143 DA CLT .......................................................................... 54�
3.5 METADE DO 13º SALÁRIO .................................................................................................... 54�
3.6 QUADRO DE FÉRIAS PROPORCIONAIS ............................................................................. 54�
3.6.1 Faltas Justificadas .............................................................................................................. 55�
3.7 PERDA DE DIREITO ÀS FÉRIAS – ART. 133 DA CLT ........................................................ 56�
3.7.1 Afastamento pela previdência por mais de 6 meses (Art. 133 Incisos IV da CLT) ..... 56�
FÉRIAS NORMAIS, SEM ABONO PECUNIÁRIO ....................................................................... 56�
4 – DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO – ASPECTOS GERAIS .......................................................... 70�
4.1 QUEM TEM DIREITO ........................................................................................................ 70�
4.2 13º SALÁRIO - 1ª PARCELA - SOLICITAÇÃO POR OCASIÃO DAS FÉRIAS........ 71�
4.5 VERBAS QUE NÃO TÊM INCIDÊNCIA DO 13º SALÁRIO ........................................ 72�
4.6 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO - 1ª PARCELA ........................................................... 73�
4.7 AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO ............................................................................... 74�
4.8 AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO .............................................................................. 74�
4.9 SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO ............................................................................. 75�
4.10 PAGAMENTO CONJUNTO DAS DUAS PARCELAS ................................................. 75�
4.11 ENCARGOS SOCIAIS ...................................................................................................... 75�
4.12 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO - 2a. PARCELA ....................................................... 75�
4.13 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO - SALÁRIO VARIÁVEL - AJUSTE DA 
DIFERENÇA ............................................................................................................................... 76�
5 - RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ........................................................................... 79�
5.1 FUNDAMENTAÇÃO ........................................................................................................... 79�
5.3 TIPOS DE AVISO ................................................................................................................ 80�
5.4 AVISO PRÉVIO TRABALHADO ...................................................................................... 80�
5.6 ALGUNS TIPOS DE EXTINÇÃO E RESCISÃO CONTRATUAL ............................... 82�
5.7 RESCISÕES POR COMUM ACORDO ............................................................................ 88�
 
 
 
 
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Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da 
atividade econômica admite, assalaria e dirige a prestação de serviços. Equiparam-se ao 
empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego: 
 
• os profissionais liberais; 
 
• as instituições de beneficência; 
 
• as associações recreativas; 
outras instituições sem fins lucrativos; 
 
 
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Considera-se empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
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Consideram-se estágio o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de 
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o 
ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da 
educação especial e dos anos finais do ensino funda mental, na modalidade profissional da educação 
de jovens e adultos. 
 
O estágio, que faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário 
formativo do educando, visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à 
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o 
trabalho. 
 
A Lei 11.788/2008, que revogou a Lei 6494/77, estabeleceu novas normas quanto à 
contratação de estudantes na condição de estagiários. 
 
Conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do 
projeto pedagógico do curso, o estágio poderá ser: 
 
Obrigatório: é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para 
aprovação e obtenção de diploma. 
 
Não obrigatório: é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária 
regular e obrigatória. 
 
 
As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, 
desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no 
projeto pedagógico do curso. 
 
 
 
 
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Entende-se por empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de 
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas. 
 
Deste conceito, destacamos os seguintes elementos: 
 
a) prestação de serviço de natureza não lucrativa; 
b) à pessoa física ou à família, no âmbito residencial das mesmas; 
c) continuadamente. 
 
CONCEITO E ESPÉCIES DE JORNADA DE TRABALHO 
 
 
A Jornada de trabalho estabelecida pela Constituição é de até 44 horas semanais e, no máximo, 
8 horas diárias. Os empregadosdomésticos podem ser contratados em tempo parcial e, assim, 
trabalhar jornadas inferiores às 44 horas semanais e recebem salário proporcional à jornada 
trabalhada. 
 
Mediante acordo escrito entre empregador(a) e empregado(a) domésticos(as), pode ser adotada 
a jornada 12 x 36, que consiste em o(a) empregado(a) trabalhar por 12 (doze) horas seguidas e 
descansar por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas. 
 
Conforme a Lei Complementar nº 150, de 2015, o intervalo intrajornada pode ser concedido 
ou indenizado. Assim, se o (a) empregado (a) trabalhar as 12 (doze) horas seguidas, sem intervalo, 
terá direito de receber o valor de 1 (uma) hora com o adicional de 50%. O descanso semanal, os 
feriados e as prorrogações do horário noturno, quando houver, já estão compensados na jornada 12 x 
36. Essa jornada é mais comum, na relação de emprego doméstico, para os empregados que trabalham 
como cuidadores de idosos ou de enfermos. 
 
A Lei Complementar nº 150, de 2015 estabelece a obrigatoriedade da adoção do controle 
individual de frequência. As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na 
educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso 
de previsão no projeto pedagógico do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
Hora extra 
 
O adicional respectivo será de, no mínimo, 50% a mais que o valor da hora normal (artigo 7º, 
parágrafo único, da Constituição Federal). 
 
Quando da ocorrência de jornada extraordinária, tem de haver o pagamento de cada hora extra 
com o acréscimo de, pelo menos, 50% sobre o valor da hora normal. 
 
 
Banco de Horas 
 
A Lei Complementar 150/2015 instituiu o regime de compensação de horas extraordinárias 
(banco de horas) para o empregado doméstico, com as seguintes regras: 
 
• Será devido o pagamento das primeiras 40 horas extras excedentes ao horário normal 
de trabalho; 
• As 40 primeiras horas poderão ser compensadas dentro do próprio mês, em função de 
redução do horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado; 
• O saldo de horas que excederem as 40 primeiras horas mensais poderá ser compensado 
no período máximo de 1 (um) ano; 
• Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação 
integral da jornada extraordinária, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras 
não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão. 
 
Remuneração de horas trabalhadas em viagem a serviço 
 
Os(As) empregados(a) domésticos(a) que prestarem seus serviços acompanhando o(a) 
empregador(a) doméstico(a) em viagem a serviço terão computadas as horas efetivamente trabalhadas 
na viagem e terão direito a receberem um adicional de, no mínimo, 25% (vinte cinco por cento) sobre 
o valor da hora normal, para cada hora trabalhada em viagem. O pagamento do adicional pode ser 
substituído pelo acréscimo no banco de horas, mediante prévio acordo entre as partes. Nesse caso, por 
exemplo, se o(a) empregado(a) trabalhou 10 (dez) horas em viagem a serviço, terá direito a um 
crédito de 12,5 horas no seu banco de horas e ele será utilizado a critério do(a) empregado(a). 
 
 
 
 
 
 
 
Intervalo para refeição e/ou descanso 
 
Para a jornada de 8 (oito) horas diárias, o intervalo para repouso ou alimentação será de, no 
mínimo 1 (uma) e, no máximo, 2 (duas) horas. Mediante acordo escrito entre empregado(a) e 
empregador(a), o limite mínimo de 1 hora pode ser reduzido para 30 minutos. 
 
Quando a jornada de trabalho não exceder de 6 (seis) horas, o intervalo concedido será de 15 
(quinze) minutos. 
 
O(a) empregado(a) poderá permanecer na residência do(a) empregador(a), durante o intervalo 
para repouso e alimentação (não computado como trabalho efetivo); entretanto, se o período de 
descanso for interrompido para o empregado prestar serviço, será devido o adicional de hora 
extraordinária. 
 
No caso de empregado (a) que reside no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser 
desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, uma 1 (hora), até o 
limite de 4 (quatro) horas ao dia. Os intervalos concedidos pelo(a) empregador(a), não previstos em 
lei, são considerados tempo à disposição, por isso, devem ser remunerados como serviço 
extraordinário, se acrescidos ao final da jornada (Enunciado nº 118, do TST). 
 
Adicional noturno 
 
O empregador doméstico tem de pagar o adicional noturno aos empregados(as) domésticos(as) 
que trabalhem no horário noturno, assim entendido aquele que é exercido das 22:00 de um dia às 
05:00 do dia seguinte. A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo, 20% 
(vinte por cento) sobre o valor da hora diurna. 
 
Além do pagamento do adicional noturno, o cômputo da quantidade de horas trabalhadas nesse 
horário é feito levando-se em conta que a hora dura apenas 52 minutos e 30 segundos. Isso significa, 
na prática, que sete horas contadas no relógio integralmente realizadas no período noturno 
correspondem a 8 (oito) horas trabalhadas. 
 
É importante lembrar que se o empregado prorrogar sua jornada, dando continuidade ao 
trabalho noturno, essa prorrogação será tida como trabalho noturno, mesmo o trabalho sendo 
executado após as 05:00. 
 
 
 
 
 
Uma forma simples de se fazer essa conversão é dividir-se por sete a quantidade de horas de 
relógio trabalhadas e o resultado multiplicar-se por oito. Por exemplo, se um empregado trabalha das 
18:00 às 23:00, isso significa que ele trabalha 4 (quatro) horas no período normal de trabalho (das 
18:00 às 22:00) e trabalha uma hora de relógio dentro do horário noturno (das 22:00 às 23:00), A hora 
trabalhada no período noturno deve ser convertida tomando 1h dividida por 7 (sete) e multiplicada por 
8 (oito) o que equivale a 1,14 hora noturna trabalhada. Assim, a jornada total do trabalhador será a 
soma das horas trabalhadas em período normal e a hora equivalente noturna, ou seja, de 5,14 horas. 
 
Repouso semanal remunerado 
 
Deve ser concedido ao (à) empregado(a) doméstico(a) descanso semanal remunerado de, no 
mínimo, 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, além de descanso 
remunerado em feriados. O descanso semanal deve ser concedido de forma a que o(a) empregado(a) 
doméstico(a) não trabalhe 7 (sete) dias seguidos e, havendo trabalho aos domingos, que esse descanso 
recaia no domingo no máximo na sétima semana (Portaria nº 417, de 10 de junho de 1966, com as 
alterações da Portaria nº 509, de 15 de junho de 1967) e, se for empregada doméstica, esse descanso 
deve coincidir com o domingo, no máximo a cada duas semanas (artigo 386, da CLT). 
 
Feriados Civis e Religiosos 
Os empregados domésticos tem direito de folgar nos feriados nacionais, estaduais e 
municipais. Caso haja trabalho nesses feriados, o(a) empregador(a) deve proceder ao pagamento do 
dia em dobro ou conceder uma folga compensatória em outro dia da semana (artigo 9º, da Lei n.º 
11.324, de 19 de julho de 2006, e artigo 9º, da Lei n.º 605/49). 
 
Os feriados nacionais são: dia 1º de janeiro (fraternidade universal); 21 de abril (Dia de 
Tiradentes); 1º de maio (Dia do trabalho); 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil); 12 de 
outubro (Dia da Padroeira do Brasil); 2 de novembro (Dia de finados); 15 de novembro (Dia da 
Proclamação da república); 25 de dezembro (Dia de Natal) e o dia em que ocorrem eleições. 
 
Os estados podem estabelecer um feriado estadual e os municípios, quatro feriados municipais, 
incluindo a sexta-feira santa. 
 
Os empregados contratados para trabalhar na jornada 12 x 36 já têm compensados os feriados 
trabalhados. 
 
 
 
 
 
 
Férias 
 
Os empregados tem direito a férias anuais de 30 (trinta) dias e remuneradas com, pelo menos, 
1/3 (um terço) a mais queo salário normal, após cada período de 12 (doze) meses de serviço prestado 
à mesma pessoa ou família, contado da data da admissão (período aquisitivo). 
 
O período de concessão das férias (período concessivo) é fixado a critério do(a) empregador(a) 
e deve ocorrer nos 12 (doze) meses subsequentes ao período aquisitivo. 
 
O(a) empregado(a) poderá requerer a conversão de 1/3 (um terço) do valor das férias em 
abono pecuniário (transformar em dinheiro 1/3 das férias), desde que o faça até 30 dias antes do 
término do período aquisitivo. 
 
O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo 
período de gozo. 
 
O período de férias poderá, a critério do(a) empregador(a), ser fracionado em até 2 (dois) 
períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14 (quatorze) dias corridos. 
 
Caso o(a) empregado(a) doméstico(a) resida no local de trabalho, é a ele(a) permitida a 
permanência no local durante o período de suas férias, mas ele não deve desempenhar suas atividades 
nesse período. 
 
No término do contrato de trabalho, exceto no caso de dispensa por justa causa, o(a) 
empregado(a) terá direito à remuneração equivalente às férias proporcionais. 
 
13º salário 
 
Esta gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira deve ser paga, 
obrigatoriamente, entre os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade do 
salário do mês anterior, e a segunda, até o dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, 
descontado o adiantamento feito (artigo 1º, da Lei nº 4090, de 13 de julho de 1962, e artigos 1º e 2º, 
da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965). Se o(a) empregado(a) quiser receber o adiantamento, por 
ocasião das férias, deverá requerer no mês de janeiro do ano correspondente (artigo 2º, § 2º, da Lei nº 
4.749, de 12 de agosto de 1965). 
 
A emissão do recibo de pagamento do adiantamento e da parcela final do décimo terceiro salário 
pode ser feita mediante a utilização do Módulo do Empregador Doméstico do eSocial. 
 
Licença-maternidade 
 
A empregada doméstica tem direito à licença-maternidade, sem prejuízo do emprego e do salário, 
com duração de 120 dias (artigo 7º, parágrafo único, Constituição Federal). Durante a licença-
maternidade, a segurada receberá diretamente da Previdência Social o salário-maternidade, em valor 
correspondente à sua última remuneração, observado o teto máximo da previdência. 
 
O salário-maternidade é devido à empregada doméstica, independentemente de carência, isto é, 
com qualquer tempo de serviço. 
 
O documento comprobatório para o requerimento do salário-maternidade é a certidão de 
nascimento do(a) filho(a), exceto nos casos de aborto não criminoso, ou de a licença iniciar-se antes 
da ocorrência do parto, quando deverá ser apresentado atestado médico. 
 
Em caso de parto antecipado, a segurada terá direito aos 120 dias. No caso de aborto não 
criminoso, a empregada doméstica tem direito a um afastamento de 15 dias, o qual deverá ser 
requerido perante o INSS. 
 
Considera-se parto o evento que gerou a certidão de nascimento ou certidão de óbito da criança. 
 
A licença-maternidade também será devida à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para 
fins de adoção de criança. 
 
O requerimento do salário-maternidade, em qualquer de suas hipóteses: parto, adoção ou guarda 
judicial, pode ser feito pessoalmente em Agência da Previdência Social (APS) ou pela internet 
(www.previdenciasocial.gov.br). Caso o requerimento seja feito pela internet, deverá ser impresso e 
assinado pela empregada doméstica e deverá ser encaminhado pelos Correios ou entregue na Agência 
da Previdência Social (APS) com cópia do CPF da requerente e com o atestado médico original ou 
cópia autenticada da Certidão de Nascimento da criança. 
 
No período de salário-maternidade da segurada empregada doméstica, caberá ao(a) empregador(a) 
recolher a parcela dá o seguro de acidente de trabalho e a contribuição previdenciária a seu encargo, 
sendo que a parcela devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS no benefício. O 
FGTS e a indenização compensatória pela perda de emprego também deverão ser recolhidos pelo(a) 
empregador(a) durante a licença maternidade. 
 
 
 
Vale-Transporte 
 
O vale-transporte é devido quando da utilização de meios de transporte coletivo urbano, 
intermunicipal ou interestadual com características semelhantes ao urbano, para deslocamento 
residência/trabalho e vice-versa. Para tanto, o(a) empregado(a) deverá declarar a quantidade de vales 
necessária para o efetivo deslocamento (Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, regulamentada pelo 
Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987). A Lei Complementar nº 150, de 2015 permite ao(à) 
empregador(a) doméstico(a) a substituição do vale-transporte pelo pagamento em dinheiro ao(à) 
empregado(a) doméstico(a) para a aquisição das passagens necessárias ao seu deslocamento 
residência-trabalho e vice-versa. 
 
Estabilidade em razão da gravidez 
A empregada doméstica tem direito à estabilidade desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) 
meses após o parto a empregada doméstica. Isso significa que ela não poderá ser dispensada (artigo 
25 da Lei Complementar nº 150, de 2015). Mesmo que essa confirmação ocorra durante o prazo do 
aviso prévio trabalhado ou indenizado, a empregada doméstica tem direito a essa estabilidade. 
 
FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
 
A Lei Complementar nº 150, de 2015 obriga a inclusão dos(das) empregados(as) domésticos(as) 
no FGTS, mas essa inclusão só teve de ocorrer 120 dias após sua edição. Com isso, a partir da 
competência outubro de 2015, o(a) empregador(a) doméstico(a) é obrigado a recolher o FGTS de 
seu(sua) empregado(a) doméstico(a), equivalente a 8% sobre o valor da remuneração paga a ele. 
 
O recolhimento será feito mediante a utilização do DAE - Documento de Arrecadação do eSocial, 
gerado pelo Módulo do Empregador Doméstico. 
 
Seguro-desemprego 
 
A Lei Complementar nº 150, de 2015 regulamentou esse direito dos(das) empregados(as) 
domésticos(as), que é garantido aos que são dispensados sem justa causa. Esses empregados têm 
direito a 3 (três) parcelas no valor de 1 (um) salário mínimo. O CODEFAT - Conselho Deliberativo 
do Fundo de Amparo ao Trabalhador regulamentou esse direito por meio da Resolução 754, de 26 de 
agosto de 2015. 
 
O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias contados da data de 
dispensa, nas unidades de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego ou órgãos autorizados. 
 
Além de terem de comprovar a dispensa sem justa causa, os(as) empregados(as) domésticos(as) 
têm de apresentar, ainda: 
 
Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de 
trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como 
empregado(a) doméstico(a), durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) 
meses; 
Termo de rescisão do contrato de trabalho; 
Declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência Social, 
exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e declaração de que não possui renda própria de qualquer 
natureza suficiente à sua manutenção e de sua família. 
O benefício do seguro-desemprego será cancelado, sem prejuízo das demais sanções cíveis e 
penais cabíveis: 
 
• pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua 
qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior; 
• por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; 
• por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-
desemprego; ou 
• por morte do segurado. 
A partir do dia 2 de junhode 2015, data do início da vigência da Lei Complementar nº 150, de 
2015, não é mais necessário aos(às) empregados(a) domésticos(a) comprovarem que haviam sido 
feitos os depósitos do FGTS das 15 competências anteriores à rescisão para terem direito ao seguro-
desemprego. Essa exigência era feita aos(as) empregados(as) domésticos(as) antes da promulgação da 
Lei Complementar nº 150, de 2015, cujas rescisões ocorreram até o dia 1º de junho de 2015. Isso 
significa que mesmo os empregados não incluídos no FGTS, voluntariamente pelos empregadores 
domésticos, passam a ter direito ao seguro-desemprego se suas rescisões ocorrerem do dia 2 de junho 
de 2015 em diante, desde que comprovem os demais requisitos. 
 
Salário-família 
 
O(A) empregado(a) doméstico(a) de baixa renda tem direito de receber o salário-família, cujo 
valor depende da remuneração do(a) empregado(a) doméstico(a) e do número de filhos com até 14 
(quatorze) anos de idade. O(A) empregador(a) doméstico(a) é quem paga o benefício ao(à) 
empregado(a) doméstico(a) e abate o valor pago, quando do recolhimento dos tributos devidos por 
ele. Esse pagamento irá iniciar-se a partir da competência outubro de 2015 e a compensação dos 
valores pagos a título de salário-família será realizada diretamente no Módulo Doméstico do eSocial 
no momento de preenchimento da folha de pagamentos do mês. Para a obtenção do direito, o(a) 
empregado(a) doméstico(a) tem de apresentar ao(à) empregador(a) cópia da certidão de nascimento 
dos filhos com até 14 anos de idade. Não é necessário o cumprimento de carência, ou seja, já a partir 
do primeiro mês de trabalho, o(a) empregado(a) doméstico(a) tem direito a esse benefício. 
 
Aviso prévio 
 
No caso de aviso prévio dado pelo(a) empregador(a), a cada ano de serviço para o(a) mesmo(a) 
empregador(a), serão acrescidos 3 (três) dias, até o máximo de 60 (sessenta) dias, de maneira que o 
tempo total de aviso prévio não exceda de 90 (noventa) dias (artigo 7º, parágrafo único, da 
Constituição Federal, e art. 23 da Lei Complementar nº 150, de 2015). No pedido de demissão, o(a) 
empregado(a) tem de avisar ao seu(sua) empregador(a) com antecedência mínima de 30 dias. Por 
exemplo, se um(uma) empregado(a) tem 1 ano e 2 meses de tempo de serviço, seu aviso prévio 
deverá ser de 33 (trinta e três) dias. 
 
No pedido de demissão, o(a) empregado(a) tem de avisar ao seu(sua) empregador(a) com 
antecedência mínima de 30 dias. Não há o acréscimo de 3 (três) dias para cada ano de tempo de 
serviço. A contagem do prazo do aviso prévio se inicia no dia imediatamente posterior ao da 
comunicação. 
No caso de dispensa imediata, ou seja, sem a concessão do aviso prévio, o(a) empregador(a) 
deverá efetuar o pagamento relativo aos dias do aviso-prévio, conforme acima descrito, computando-
os como tempo de serviço para efeito de férias e 13º salário. Quando for exigido o cumprimento do 
aviso vale acrescentar que, nesse caso, a jornada do(a) empregado(a) deverá ser reduzida em 2 (duas) 
horas diárias ou o(a) empregado(a) poderá escolher por trabalhar a jornada diária normal, sem a 
redução das 2 (duas) horas diárias, e faltar ao trabalho por 7 (sete) dias corridos, ao final do período 
de aviso concedido, sem prejuízo do salário integral. 
 
Já a falta de aviso-prévio por parte do(a) empregado(a) dá ao(à) empregador(a) o direito de 
descontar os salários correspondentes ao respectivo prazo. 
 
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo(a) empregado(a). O pedido de dispensa de 
cumprimento não exime o(a) empregador(a) de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver 
o(a) empregado(a) obtido novo emprego (Súmula 276, do TST). 
Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa 
 
A garantia da relação de emprego é feita mediante o recolhimento mensal, pelo(a) empregador(a), 
de uma indenização correspondente ao percentual de 3,2% sobre o valor da remuneração do(a) 
empregado(a). Havendo rescisão de contrato que gere direito ao saque do FGTS, o(a) empregado(a) 
saca também o valor da indenização depositada. Caso ocorra rescisão a pedido do(a) empregado(a) ou 
por justa causa, o(a) empregador(a) doméstico(a) é quem saca o valor depositado. No caso de rescisão 
por culpa recíproca, reconhecida pela Justiça do Trabalho, empregado(a) e empregador(a) doméstico 
irão sacar, cada um, a metade da indenização depositada. 
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2.1.1 Obrigatoriedade 
 
A confecção da folha de pagamento, além de um procedimento de caráter trabalhista, visa 
atender uma obrigação prevista no art. 47 do Regula mento da Organização e Custeio da Seguridade 
Social (ROSCSS) que determina que a empresa é obrigada a:
 
Preparar folha de pagamento da remuneração paga ou creditada a todos os segurados a seu 
serviço; 
Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos 
geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da 
empresa e os totais recolhidos. 
 
Assim, deverão ser lançados mensalmente na folha d e pagamento todos os créditos a que o 
empregado faz jus, em razão da prestação de serviços.
 
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A confecção da folha de pagamento, além de um procedimento de caráter trabalhista, visa 
atender uma obrigação prevista no art. 47 do Regula mento da Organização e Custeio da Seguridade 
que determina que a empresa é obrigada a: 
Preparar folha de pagamento da remuneração paga ou creditada a todos os segurados a seu 
Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos 
contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da 
Assim, deverão ser lançados mensalmente na folha d e pagamento todos os créditos a que o 
empregado faz jus, em razão da prestação de serviços. 
 
A confecção da folha de pagamento, além de um procedimento de caráter trabalhista, visa 
atender uma obrigação prevista no art. 47 do Regula mento da Organização e Custeio da Seguridade 
Preparar folha de pagamento da remuneração paga ou creditada a todos os segurados a seu 
Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos 
contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da 
Assim, deverão ser lançados mensalmente na folha d e pagamento todos os créditos a que o 
Podemos dizer que o demonstrativo de pagamento divide-se em
 três partes básicas: Proventos, descontos e informações de bases de cálculo e FGTS a 
recolher. 
 
2.1.2 Comprovante de pagamento 
 
O pagamento de salário deve ser efetuado: 
 
• contra-cheque assinado pelo empregado, em se tratando de analfabeto, mediante sua 
impressão digital, ou, se esta não for possível, a seu rogo (em dinheiro); 
 
• em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente 
após o encerramento deste. 
 
2.1.3 Formas de pagamento 
 
2.1.3.1 Mensalistas 
 
O pagamento do salário mensal deve ser efetuado o mais tardar até o 5º dia útil do mês 
subsequente ao vencido, salvo critério mais favorável previsto em documento coletivo de trabalho da 
respectiva categoria profissional. 
 
2.1.3.2 Quinzenalistas e Semanalistas 
 
Quando tratar-se de pagamento estipulado por quinzena ou semana, deve ser efetuado até o 
5º (quinto) dia após o vencimento. 
 
2.1.4 Contagem dos Dias 
 
Para efeito de determinar o prazo de pagamento dos salários, deve ser considerado na 
contagem dos dias o sábado, excluindo o domingo e feriado inclusive o municipal. 
 
Para a legislação trabalhista o sábado é considerado dia útil. Caso o 5º dia útil seja um sábado e a 
empresa não trabalhe aos sábados, o pagamento deverá ser efetuado na sexta feira, por força do art. 
465 da CLT.2.1.4.1 Sistema bancário 
 
O empregador que utilizar o sistema bancário para o pagamento dos salários, os valores 
deverão estar à disposição do empregado, o mais tardar, até o 5º (quinto) dia útil do mês seguinte. 
 
2.1.4.2 Por meio de cheque 
 
Se o pagamento for efetuado por meio de cheque, deve ser assegurado ao empregado: 
 
� horário que permita o desconto imediato do cheque; 
� transporte, caso o acesso ao estabelecimento de crédito exija a sua utilização. 
 
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2.1.5 Penalidades 
 
Constatada a inobservância das disposições mencionadas neste trabalho, caberá ao Fiscal do 
Trabalho a lavratura de auto de infração. 
 
 
O empregador se sujeitará à multa administrativa de 160 UFIR por trabalhador prejudicado. 
 
Bases: Art. 459, § 1º, 464, 465, 501 da CLT; Lei nº 7.855/89; e Instrução Normativa 
SRT/MTb nº 01/89. 
 
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Salário é a contraprestação devida ao empregado pela prestação de serviços, em decorrência 
do contrato de trabalho. 
Remuneração é a soma do salário contratualmente estipulado (mensal, por hora, por tarefa 
etc.) com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho como horas extras, 
adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, 
diárias para viagem etc. 
 
VERBAS IRRF INSS FGTS 
Abonos SIM SIM SIM 
Abono Pecuniário de férias NÃO NÃO NÃO (Ver Nota²) 
 
Adicionais: 
• Insalubridade; Periculosidade; Noturno; Horas Extras; Tempo de Serviço; SIM SIM SIM 
Transferência 
Ajuda de Custo (parcela única para transferência) NÃO NÃO NÃO 
Auxílio Acidentário (primeiros 15 dias a cargo do empregador) SIM SIM SIM 
Auxílio Doença (primeiros 15 dias a cargo do empregador) SIM SIM SIM 
Aviso Prévio Indenizado 
(Ver Nota¹) NÃO SIM SIM 
 
Aviso Prévio Trabalhado SIM SIM SIM 
Décimo Terceiro Salário parcela adicional de 1/12 paga em rescisão devido ao aviso SIM SIM SIM prévio indenizado. (Ver Nota¹) 
 
a NÃO NÃO SIM Décimo Terceiro Salário – 1. parcela 
a SIM SIM SIM Décimo Terceiro Salário – 2. parcela ou por rescisão do contrato de trabalho 
Diárias para Viagem até 50% do salário NÃO NÃO NÃO 
Diárias para Viagem acima de 50% do salário SIM SIM SIM 
Estágio (Lei 11.788/2008) SIM NÃO NÃO 
Férias Gozadas e Adicional 1/3 SIM SIM SIM 
Férias dobradas – parcela paga em dobro (Ver Nota²) NÃO NÃO NÃO 
 
Férias Indenizadas + 1/3 por ocasião de rescisão, aposentadoria ou exoneração. NÃO NÃO NÃO (Ver Nota²). 
 
Gorjetas SIM SIM SIM 
Gratificações SIM SIM SIM 
Indenização por despedida nos 30 dias que antecede a data base (Lei 6708/79, art. 9) NÃO NÃO NÃO 
Indenização por rescisão antecipada de trabalho com termo estipulado. 
 SIM SIM SIM (Exemplo: contrato de experiência) 
 
Participação dos empregados nos lucros SIM NÃO NÃO 
Quebra de Caixa SIM SIM SIM 
Repouso Semanal Remunerado – RSR ou DSR SIM SIM SIM 
Salário Maternidade SIM SIM SIM 
Salário Família NÃO NÃO NÃO 
Serviço Militar (Nota ³) - - SIM 
Vale Transporte NÃO NÃO NÃO 
Valor da Alimentação – PAT NÃO NÃO NÃO 
 
NOTA¹: O Decreto 3048/99 em seu artigo 214, § 9º, inciso V, concomitante com a IN 971/2009 (que 
revogou a IN 3/2005), estabelecia que não integrava a remuneração para fins de cálculo de INSS, 
além de outras parcelas, o aviso prévio indenizado e a parcela do décimo terceiro salário 
correspondente ao período do aviso prévio indenizado, paga ou creditada na rescisão do contrato de 
trabalho. 
Entretanto, em 13.01.2009 foi publicado o Decreto 6727/2009 revogando a alínea "f" do art. 
214, § 9º, a partir do qual, passa a incidir INSS sobre o Aviso Prévio Indenizado. Como o referido 
decreto não se manifesta quanto ao reflexo do aviso sobre férias e 13º salário, entende-se que não há o 
desconto sobre as respectivas verbas. 
 
NOTA²: Conforme Solução de divergência 1 de 2009, há entendimento por parte da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil de que não há incidência do imposto de renda, desde que os pagamentos 
sejam efetuados por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, aposentadoria, ou exoneração, sobre 
os seguintes rendimentos: 
 
• férias não-gozadas - integrais (mais um terço constitucional); 
 
• férias não-gozadas - proporcionais (mais um terço constitucional); 
 
• férias não-gozadas - em dobro (mais um terço constitucional); 
 
• abono pecuniário (mais um terço constitucional). 
 
Conforme entendimentos da SRF (Parecer PGFN 1.905/2004, ADI RFB 28/2009 e Instrução 
Normativa 936/2009) também não há incidência de imposto de renda sobre o abono pecuniário e o 
respectivo 1/3 constitucional pagos na vigência do contrato. 
 
Entendemos que, conforme Parecer PGFN 1.905/2004, não há imposto de renda sobre férias 
pagas em dobro, por se tratarem estas de férias indenizadas, já que foram pagas e não gozadas por 
necessidade de serviço. 
 
NOTA³: Durante a prestação do serviço militar não há qualquer pagamento de verbas salariais ao 
empregado, pois durante este período há a interrupção do contrato de trabalho. No entanto, cabe ao 
empregador recolher o FGTS sobre o valor do salário ou da média salarial (no caso de salário 
variável). 
 
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VIGENTE A PARTIR DE 16.01.2018 
Portaria MF nº15, de 16/01/2018 
 
Notas: 
� Sempre que ocorrer mais de um vínculo empregatício para os segurados empregado e 
doméstico, as remunerações deverão ser somadas para o correto enquadramento na 
tabela acima, respeitando-se o limite máximo de contribuição. Esta mesma regra se 
aplica às remunerações do trabalhador avulso. 
 
� Quando houver pagamento de remuneração relativa a décimo terceiro salário, este não 
deve ser somado a remuneração mensal para efeito de enquadramento na tabela de 
salários-de-contribuição, ou seja, aplicar-se-á a alíquota sobre os valores em separado. 
 
2.2.3 Tabela de Impost!������"���0%*�"#�����1��12��1�3���4������1�5 
 
Base de Cálculo em R$ Alíquota Parcela a Deduzir do Imposto em R$ 
 
Até 1.903,98 - - 
de R$ 1.903,99 até R$2.826,65 7,50 % 142,80 
de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15,00 % 354,80 
de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 22,50 % 636,13 
Acima de R$ 4.664,69 27,50 % 869,36 
 
Valor da dedução mensal por dependente: R$ 189,59 
 
A base de cálculo do imposto de renda na fonte é determinada mediante a dedução das 
seguintes parcelas do rendimento tributável: 
 
1) as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas 
do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado 
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais; 
 
2) a quantia de R$ 189,59 (cento e oitenta e nova reais e cinquenta e nove centavos) por 
dependente; 
Salário-de-contribuição (R$) Alíquota 
Até R$ 1.693,72 8% 
de R$ 1.693,73 até R$ 2.822,90 9% 
de R$ 2.822,91 até R$ 5.645,80 11 % 
 
3) as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
 
4) as contribuições para entidade de previdência privada domiciliada no Brasil e para o 
Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do contribuinte, 
destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social, cujo titular 
ou quotista seja trabalhador com vínculo empregatício ou administrador; 
 
Atenção: Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto dessas contribuições, os 
valores pagos somente poderão ser deduzidos da base de cálculo, se houver anuência da empresa e se 
o beneficiário fornecer a empresa, o original do comprovante de pagamento. 
 
5) o valor de até R$ 1.903,98 correspondentea parcela isenta dos rendimentos 
provenientes de aposentadoria e pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, a partir 
do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade. 
 
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Salário-de-Contribuição Cota 
Até R$ 877,67 R$ 45,00 
de R$ 877,68 até R$ 1.319,18 R$ 31,71 
Portaria MF nº15, de 16/01/2018 
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 2.3.1 Introdução 
 
Consideram-se extras as horas trabalhadas diariamente além da jornada legal ou contratual. 
 
A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os casos 
especiais, é de 8 (oito) horas diárias, 44 (quarente quatro) semanais, e 220 horas mensais. 
 
Assim, se pegarmos às 220 horas de trabalho do mês e multiplicarmos por 60 minutos, 
acharemos os minutos trabalhados no mês, ou seja, 13.200 minutos. 
 
Todavia, para efeito de serviço extraordinário poderá a jornada diária de trabalho dos 
empregados maiores serem acrescida de horas suplementares, em número não excedentes a duas, no 
máximo, mediante acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa. 
Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa (de força maior), poderá ser prorrogada além do 
limite legalmente permitido. 
A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da Constituição Federal/1988, 
que deverá constar, obrigatoriamente, do acordo, convenção ou sentença normativa, será, no mínimo, 
50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. 
Com a reforma trabalhista, altera-se da seguinte maneira a Hora Extra: prevê que o banco de 
horas, que já existe, também possa ser pactuado por acordo individual e não apenas por convenção 
coletiva.Nesse caso, a compensação deve ocorrer em no máximo 6 meses ou então os ajustes 
precisam ser mensais.Além disso, caso o contrato de trabalho seja rescindido sem a compensação 
desse banco de horas, o residual será pago como hora extra. 
Nos casos de extrapolar o limite de duas horas extras por motivo de força maior, não haverá 
mais a necessidade de uma comunicação com o Ministério do Trabalho, porém deverá ter um 
formulário justificando a urgência e a necessidade daquele funcionário está excedendo o número de 
horas. 
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2.3.2 Fórmula do cálculo de Horas Extras (HE) 
 
1º PASSO = Achar o valor da hora normal trabalhada. 
 
 
Valor da hora normal (VHN) = Salário base (SB)/ Carga Horária Contratada (CHC) 
 
2º PASSO = Mensurar o valor da Hora Extra (VHE) 
 
 
VHN x 1,5 (Adicional Constitucional – CF/88, art. 7 º, XVI) = VHE 
 
 
3º PASSO = Apurar o valor das H.E trabalhadas 
 
 
VHE x Nº. de horas trabalhadas 
 
 
Exemplo 01: 
 
Um empregado que trabalha em jornada normal, ganha R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais) 
mensais. Em no mês de julho de 2018, mediante acordo escrito, fez 40 horas extras. Quanto receberá 
por este trabalho suplementar? 
Solução: 
 
a) VHN = 2.200,00 / 220 = 10,00 
b) VHE = VHN x 1,5 = 10,00 x 1,5 = 15,00 
c) HE = VHE x Nº. de horas trabalhadas = 15,00 x 40 = 600,00 
 
ou 
 
a) VHN = 2.200,00 / 13.200 = 0,17 
b) VHE = VHN x 1,5 = 0,17 x 1,5 = 0,25 
c) HE = VHE x Nº. de minutos trabalhados = 0,25 x 2.400 (40 horas x 60 minutos) = 600,00 
 
 
 
 
 
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As calculadoras, normalmente, são programadas para elaborar os cálculos na forma 
centesimal; por isso, é necessário transformar as horas de relógio, em centesimal e, para tanto basta 
dividir os minutos por 60. 
 
 
Para fixação da forma de conversão de hora relógio 
 
para centesimal, elabore as seguintes 
conversões: 
a) 7:20 = 7 + (20/60)= 7 + 0,33 = 7,33 d) 1:18 = _______________________ 
b) 6:48 = _______________________ e) 2:35 = _______________________ 
c) 13:55 = _______________________ f) 3:12 = _______________________ 
 
Neste mesmo raciocínio, se temos as horas em formato centesimal e quisermos saber quanto 
que as mesmas representam em horas relógio, basta fazer o cálculo ao contrário, ou seja, pegar os 
valores após a virgula e multiplicar por 60. 
 
Para fixação da forma de conversão de hora centesimal para a hora relógio, elabore as 
seguintes conversões: 
 
a) 7,33 = 
7 + (0,33 x 0,60) = 7 + 0:20 = 
7:20 d) 2,56 = _______________________
b) 6,84 = _______________________ e) 5,45 = _______________________
c) 11,21 = _______________________ f) 4,60 = _______________________
 
Exemplo 02: 
 
Um empregado que trabalha em jornada normal, e ganha R$ 1.250,00 (Um mil duzentos e 
cinquenta reais) mensais. No mês de julho de 2018, mediante acordo escrito, fez 13 horas e 30 
minutos de horas extras. Sabemos que a CCT da classe estipula o acréscimo mínimo de 75% sobre a 
hora extra. Quanto receberá por este trabalho suplementar? 
 
Cálculo das Horas Extras com 75% 
 
a) VHN = 1.250,00 / 220 = 5,68 
b) VHE = VHN x 1,75 = 9,94 
c) HE = VHE x Nº. de horas trabalhadas = 9,94 x 13,5 = 134,23 
 
ou 
 
a) VHN = 1.250 / 13.200 = 0,09 
b) VHE = VHN x 1,75 = 0,09 x 1,75 = 0,17 
c) HE = VHE x Nº. de minutos trabalhados = 0,17 x 810 (13 horas x 60 minutos + 30 minutos) = 
134,23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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As horas extraordinárias trabalhadas deverão ser computadas no cálculo do RSR ou DSR. 
 
Enunciado nº. 172, do TST 
"Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas." 
 
2.4.1 Fórmula para o cálculo do RSR 
 
Para elaboração do cálculo do repouso semanal remunerado, o cálculo é o seguinte: 
 
� soma-se as horas extras do mês; 
� divide-se o resultado pelo número de dias úteis (DU) do mês; 
� multiplica-se pelo número de domingos e feriados (DNU) do mês; 
� multiplica-se pelo valor da hora extra (VHE) atual. 
 
Nota: o sábado é considerado dia útil, exceto se recair em feriado. 
Caso as horas extras feitas durante o mês tenham percentuais diferentes, a média terá 
que ser feita separadamente. 
 
Exemplo 03: 
Um empregado que trabalha em jornada normal, ganha R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais) 
mensais. No mês de julho de 2018, mediante acordo escrito, fez 40 horas extras. Quanto receberá por 
este trabalho suplementar e RSR? 
Solução: 
 
Horas Extras: 
 
a) VHN = 2.200,00 / 220 = 10,00 
b) VHE = VHN x 1,5 = 10,00 x 1,5 = 15,00 
c) HE = VHE x Nº. de horas trabalhadas = 15,00 x 40 = 600,00 
 
RSR: 
 
d) soma das horas extras do mês = 40 h 
e) 40 (horas extras) / 26 (DU) = 1,54 
f) 1,54 x 5 (DNU) = 7,69 
g) 7,69 x 15,00 (VHE) = 115,38 
 
ou 
 
RSR = Valor em R$ das horas extras / 26 (DU) x 5 (DNU) 
RSR = 600,00 / 26 = 23,08 
RSR = 23,08 x 5 = 115,38 
 
EXERCÍCIO 1 
 
 
1- O funcionário A percebeu no mês 05/2018, um salário equivalente a R$ 3.250,00, sabendo-se que 
no referido mês tivemos 25 DU, 6 DNU. Com base nesta informação calcule o valor dos seguintes 
eventos: 
 
a) Hora Extra 50% - 22 Horas 
b) Hora Extra 100% - 25 Horas 
c) Hora Extra 120% - 12 Horas 
d) Hora Extra 80% - 44 Horas 
e) O RSR 
 
2- O funcionário B percebeu, no mês 05/2018, um salário equivalente a R$ 600,00, sabendo-se que no 
referido mês tivemos 24 DU, 6 DNU. Com base nesta informação calcule o valor dos seguintes 
eventos: 
 
a) Hora Extra 50% - 8:20 Horas e) O RSR 
b) Hora Extra 75% - 1,5 horas f) INSS 
c) Hora Extra 100% - 10 Horas e 25 minutos g) IRRF 
d) Hora Extra 120% - 2.580 minutos h) FGTS 
 
3- O funcionário Z percebeu no mês R$ 130,00 de Hora extra com 50%, R$ 230,00 de Hora extra 
com 75%, R$ 111,39 de Hora Extra 100%, e neste mês tiveram 24 DU e 6 DNU. a) Qual o valor do 
RSR deste funcionário? b) INSS? c) FGTS? 
 
4- O funcionário X percebeu no mês R$ 190,00 de hora extra com 100%, e R$ 210,00 de HoraExtra 
50% num mês com 25 DU, e 6 DNU. 
 
a) Qual o valor do RSR deste funcionário? b) INSS? c) FGTS? 
 
5- O Funcionário Y percebeu no mês R$ 32,63 de Hora extra 100%, e uma comissão de R$ 633,32, 
neste mês tivemos 27 dias úteis e 4 dias não úteis. 
 
a) Qual o valor do RSR deste funcionário? b) INSS? c) FGTS? 
 
6- O Funcionário H percebeu neste mês os seguintes valores referente à Hora Extra: R$ 89,36 
referente Hora Extra 50%, R$ 363,36 referente Hora Extra 75% e R$ 221,16 referente Hora Extra 
100%. Sabendo que neste mês tivemos 23 DU e 7 DNU. 
a) Qual o valor do RSR deste funcionário? b) INSS? c) FGTS? 
 
7- Sabendo que o funcionário percebeu R$ 263,80 de Hora extra 50%, R$ 12,36 de Hora extra 75%, 
R$ 418,33 de Hora extra com 100%, num mês que tem 24 DU e 6 DNU, e recebe um salário no valor 
de R$ 1.930,00. 
a) Qual o valor do RSR deste funcionário? b) INSS? c) FGTS? 
 
8- Um funcionário ganha R$750,00 por mês e tem sua jornada de trabalho mensal de 180 horas, 
neste caso não há menção sobre o percentual do adicional na convenção coletiva. No mês de janeiro 
de 2011 este funcionário fez 14 horas extras. Qual o valor das HE e o total de sua remuneração 
liquida? 
 
9- Calcule o valor da hora normal de um funcionário que recebe um salário mensal de R$ 1.320,00, 
trabalha 7h20min de segunda a sábado, atendendo às 44 horas semanais conforme preceitua o art. 7º, 
inciso XIII da CF. 
 
 
 
 
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Como o próprio nome diz, insalubridade é algo não salubre, doentio, que pode causar 
doenças. Assim, são consideras insalubres as atividades ou operações que por sua natureza, 
condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos 
limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e o tempo de 
exposição aos seus efeitos. 
 
A discriminação dos agentes considerados nocivos à saúde bem como os limites de 
tolerância mencionados estão previstos nos anexos d a NR-15 aprovada pela Portaria nº 3.214, 
de 08/06/78, com alterações posteriores. 
 
O exercício de trabalho em condições insalubres ac ima dos limites estabelecidos pelo 
Ministério do Trabalho (art. 192 da CLT), assegura ao empregado três percentuais diferentes 
de adicional: 
 
40% (quarenta por cento), para a insalubridade de grau máximo; 20% (vinte por cento), 
para a insalubridade de grau médio; 10% (dez por cento), para a insalubridade de grau 
mínimo. 
 
Para caracterizar e classificar a insalubridade, em consonância com as normas baixadas 
pelo Ministério do Trabalho, é necessária perícia médica ou perito de Engenharia de 
Segurança no Trabalho, por profissional competente e devidamente registrado no Ministério 
do Trabalho e Emprego. 
A base de cálculo deste adicional vem sendo muito discutida nos tribunais, e até que 
seja elaborada uma Lei nova dispondo sobre a real base de cálculo do adicional de 
insalubridade, adotaremos a corrente majoritária, que posicionou-se da seguinte forma: 
A base de cálculo do adicional de insalubridade deve ser o salário mínimo, ou sobre o 
piso salarial da categoria, se houver previsão em norma coletiva nesse sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 04: 
 
O empregado A trabalha em ambiente insalubre, conforme a NR 15 do MTB, tendo 
como seu salário profissional previsto na CCT da categoria o valor de R$ 834,56. Apurou-se 
mediante perícia que o grau dos agentes insalubres é o médio. Qual será o valor do adicional 
de insalubridade que o mesmo perceberá? 
Grau de insalubridade médio = 20% 
Salário profissional x grau médio de insalubridade= 834,56 x 20% = R$ 166,91 
 
Exemplo 05: 
 
 
O funcionário José Dias de Almeida labora em atividade considerada insalubre em 
conformidade com a NR 15 MTB. Por excesso no número de pedidos da empresa, o mesmo estendeu 
a sua jornada em 12 horas durante o mês. Sabe-se que o salário contratual do aludido funcionário é de 
R$ 954,00. Apurou-se mediante perícia que o grau dos agentes insalubres que o funcionário está 
exposto é de 40%. No referido mês tivemos 26 DU e 4 Não úteis. A CCT da categoria do trabalhador 
é omissa quanto a base de cálculo do Adicional de Insalubridade. 
 
 
Pede-se: 
 
 
a) O salário; 
 
b) O adicional de Insalubridade; 
 
c) O valor das horas extras; 
 
d) O RSR; 
 
e) Valor da remuneração bruta deste funcionário; 
 
f) O valor do INSS; 
 
g) O valor do FGTS; 
 
h) Valor da remuneração líquida deste funcionário; 
 
Solução: 
 
a) Salário profissional =R$ 954,00 
 
b) Insalubridade 40% = Salário mínimo R$ 954,00 x 40%= R$ 381,60 
 
c) HE 12 = 954,00 (salário) + 381,60(Adic. Insalubridade) = 1.335,60 /220 (horas mês) = 6.07 x 
1,5 (Adicional CF/88) = VHE 9,11 x 12 (horas extras) = R$ 109,28 
 
d) RSR = 12 (total de horas extras) / 26 (dias úteis) x 4 (dias não úteis) = 1,85 x 9,11 (VHE) = 
 
R$ 16,58 
 
e) Remuneração Bruta = R$ 954,00 + 381,60 + 109,28 + 16,58 = R$ 1.461,46 
 
f) INSS = (954,00 + 381,60 + 109,28+ 16,58) = 1.461,46 x 8% = R$ 116,92 
 
g) FGTS = (954,00 + 381,60 + 109,28+ 16,58) = 1.461,46 x 8% = R$ 116,92 
 
h) Remuneração Líquida = 1.461,46 – 116,92 (INSS) =R$ 1.344,54 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 
 
 
 
 
1- Um empregado exerce a função de mecânico e tem s eu salário fixo contratado R$ 1.080,00, logo 
de acordo com a perícia realizado pelos médicos do MTB revelou que o empregado está exposto a 
óleos minerais (Graxas e Querosene), sendo devido o adicional de insalubridade em Grau médio pela 
exposição dos agentes. A CCT da categoria do trabalhador estabelece como piso salarial o valor de 
R$ 800,00 e sobre este será à base de cálculo do Adicional de Insalubridade. Qual o valor de sua 
remuneração bruta no mês de agosto de 2018? 
 
2- Um empregado exerce a função de enfermeiro e tem seu salário fixo contratado R$ 2.480,00, logo 
de acordo com a perícia realizado pelos Engenheiros de Segurança do Trabalho do MTB apurou-se 
que o empregado está exposto a agentes insalubre em Grau máximo. Considerando que o funcionário 
foi admitido em 20.06.2018, qual o valor de sua remuneração bruta no aludido mês? 
 
3- O funcionário Pedro Paulo Pedreira, labora em atividade considerada insalubre em conformidade 
com a NR 15 MTB. Por excesso no número de pedidos da empresa, o mesmo estendeu a sua jornada 
de trabalho em 36:48 horas durante o mês. Sabe-se que o salário contratual do aludido funcionário é 
de R$ 1.040,00. Apurou-se mediante perícia que o grau dos agentes insalubres que o funcionário está 
exposto é de 10%. No referido mês tivemos 25 DU e 6 Não úteis. A CCT da categoria do trabalhador 
é omissa quanto à base de cálculo do Adicional de Insalubridade. 
 
Pede-se: 
 
 
a) O salário; 
 
b) O adicional de Insalubridade; 
 
c) O valor das horas extras; 
 
d) O RSR; 
 
e) Valor da remuneração bruta deste funcionário; 
 
f) O valor do INSS; 
 
g) O valor do FGTS; 
 
h) Valor da remuneração líquida deste funcionário; 
 
 
4- O funcionário ABC labora em atividade insalubre e tem sua jornada estendida em 26,85 horas. 
Percebe como salário fixo o valor de R$ 2.500,00. ACCT da categoria do trabalhador estabelece como 
piso salarial o valor de R$ 1.480,00 e sobre este será à base de cálculo do Adicional de Insalubridade. 
Apurou-se mediante perícia que o grau dos agentes insalubres que o funcionário está exposto é de 
40%. No referido mês tivemos 25 DU e 6Não úteis. Considerando que o funcionário foi admitido em 
15.01.11, qual o valor de sua remuneração líquida no mês de maio de 2018? 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 
 
 
1- O funcionário IDAGF percebeu no mês 05/2018, um salário equivalente a R$ 2.780,00, sabendo-
se que no referido mês tivemos 27 DU, 4 DNU. O funcionário tem doisdependentes para fim de IR. 
Salienta-se que a jornada contratada do funcionário é de 6 horas diárias e 36 horas semanais. Em 
perícia do MTB ficou determinado que o aludido funcionário labora em condições insalubres em 
consonância com a NR 15 MTB em grau médio. No referido mês por acúmulo pedidos o referido 
funcionário teve estendida em sua carga horária o número de 1.800 minutos. Com base nesta 
informação calcule o valor dos seguintes eventos: 
 
Pede-se 
 
a) Salário do mês b). Adicional de Insalubridade. c) Valor total das Horas Extras. d) O RSR. e) A 
remuneração do funcionário – Total Bruto. f) INSS. g) IRRF. h) FGTS. i) Salário-Família. j) A 
remuneração líquida do funcionário. 
 
2- O funcionário CDAGF percebeu no mês 08/2011, um salário equivalente a R$ 1.500,00, sabendo-
se que no referido mês tivemos 26 DU, 5 DNU. O funcionário tem um dependente para fim de IR. 
Salienta-se que a jornada contratada do funcionário é de 4 horas diárias e 24 horas semanais. Em 
perícia do MTB ficou determinado que o aludido funcionário labora em condições insalubres em 
consonância com a NR 15 MTB em grau máximo. No referido mês por acúmulo pedidos o referido 
funcionário teve estendida em sua carga horária o número de 10:50 minutos. O Instrumento Coletivo 
da Categoria prevê adicional mínimo legal para a jornada além da pactuada em um percentual de 
90%. Ressalta-se que, por determinação judicial o funcionário CDAGF paga mensalmente a seu filho 
do primeiro casamento o valor de 9% de seu salário base a título de pensão alimentícia. A CCT da 
categoria do trabalhador estabelece como piso salarial o valor de R$ 1.000,00 e sobre este será à base 
de cálculo do Adicional de Insalubridade. Com base nesta informação calcule o valor dos seguintes 
eventos: 
 
a) Salário do mês b). Adicional de Insalubridade. c) Valor total das Horas Extras. d) O RSR. e) A 
remuneração bruta do funcionário. f) INSS. g) IRRF. h) FGTS. i) Salário-Família. j) O Valor da 
Pensão Alimentícia. k) A remuneração líquida do funcionário. 
 
3- O funcionário C percebeu no mês 08/2018, a título de Horas Extras 80% o valor de 202,09. Sabe-se 
que o mesmo laborou no referido mês 1.560 minutos acima de sua jornada contratada. Pede-se: 
 
a) Qual o valor do salário contratual do funcionário? 
 
4- O funcionário Z percebeu no mês R$ 127,64 de Hora extra com 50%, R$ 248,18 de Hora extra 
com 75%, R$ 120,55 de Hora Extra 100%, sabendo-se que o salário do contratual deste funcionário é 
de R$ 780,00, pede-se: 
 
a) Qual o número respectivo de horas extras laboradas por este funcionário C? 
 
5- Um funcionário ganha R$ 1.780,00 por mês e tem sua jornada de trabalho mensal de 180 horas, 
neste caso há previsão convencional sobre o percentual do adicional da hora extraordinária é 
de100%. No mês de julho de 2018 este funcionário fez 8:45 horas extras. Sabe-se que o aludido 
funcionário recolhe previdência privada mensal no valor de 87,00 Qual o valor das HE, RSR, o total 
de sua remuneração, INSS, IRRF, FGTS? 
 
6- Calcule o valor da hora normal de um funcionário que recebe um salário mensal de R$ 1.320,00, 
trabalha 7:00 de segunda a sábado, atendendo às 42 horas semanais 
 
 
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O adicional de periculosidade é um valor devido ao empregado exposto a atividades 
periculosas. 
 
São periculosas as atividades ou operações, onde a natureza ou os seus métodos de trabalhos 
configure um contato com substancias: 
 
a) Inflamáveis - Art. 193 da CLT; 
b) Explosivos - Art. 193 da CLT; 
c) Eletricidade – Lei 7.369/85; 
d) Radiação ionizante – Portaria do MTB 3.393/87 
 
O valor do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário do empregado (e não 
sobre o salário mínimo), sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações 
nos lucros da empresa. 
 
Entretanto, o TST editou a Súmula 191, em que os eletricitários terão o adicional calculado 
sobre o total dos salários. Eis a Súmula: 
 
O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre 
este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do 
adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas 
de natureza salarial. (Nova redação - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003). 
 
A periculosidade é caracterizada por perícia a cargo de Engenheiro do Trabalho ou Médico 
do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho (MTE). Base: art. 195 da CLT. 
 
A jurisprudência trabalhista tem determinado que, mesmo que o contato do trabalhador com 
atividades periculosas não seja contínua, há incidência do adicional de periculosidade. 
 
Não se aplica a periculosidade ao trabalhador que é exposto apenas eventualmente, ou seja, 
não tem contato regular com a situação de risco. 
 
Súmula Nº. 364 do TST 
 
Adicional de periculosidade. Exposição eventual, permanente e intermitente (conversão das 
Orientações Jurisprudenciais nºs 5, 258 e 280 da SD I-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.05). 
 
I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto 
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de 
risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim 
considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo 
extremamente reduzido. (ex-OJs nº 05 - Inserida em 14.03.1994 e nº 280 - DJ 
11.08.2003) 
 
II - A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal 
e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde 
que pactuada em acordos ou convenções coletivos. (ex-OJ nº 258 - Inserida 
em 2 7.09.2002) 
 
Conforme quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é proibido o trabalho 
do menor em atividades perigosas ou insalubres. 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 06: 
 
O empregado A trabalha em ambiente periculoso, conforme o Art. 195 da CLT, tendo como 
seu salário R$ 3.200,00. Qual será o valor do adicional de periculosidade que o mesmo perceberá? 
 
 
Solução: 
 
Valor do salário mensal x 30% = 3.200,00 x 30% =R$ 960,00 
 
Exemplo 07: 
 
O funcionário Pedro Paulo Pedreira, labora em atividade considerada periculosas em 
conformidade com a NR 16 MTB. Por excesso no número de pedidos da empresa, o mesmo estendeu 
a sua jornada de trabalho em 1.200 minutos durante o mês. Sabe-se que o salário contratual do 
aludido funcionário é de R$ 1.480, 00.A jornada diária de labor do aludido funcionário é de 6 horas. 
No referido mês tivemos5 2DU e 6 Não úteis. 
 
Pede-se: 
 
a) O salário; 
 
b) O adicional de Periculosidade; 
 
c) O valor das horas extras; 
 
d) O RSR; 
 
e) Valor da remuneração bruta deste funcionário; 
 
f) O valor do INSS; 
 
g) O IRRF; 
 
h) O valor do FGTS; 
 
i) Valor da remuneração líquida deste funcionário; 
 
Solução: 
 
a) Salário =R$ 1.480,00 
 
b) Periculosidade 30% = R$ 444,00 
 
c) HE 1.200 min ou 20 horas = 1.480,00 (salário) + 444,00 (Adic. Periculosidade) = 1.924,00 / 
180 (horas mês) = 10,69 x 1,5 (Adic. CF/88) = VHE 16,03 x 20 (horas extras) = R$ 320,67 
 
d) RSR = 20 (total de horas extras) / 25 (dias úteis) x 6 (dias não úteis) = 4,80 x 16,03 (VHE) = 
 
R$ 76,96 
 
e) Remuneração Bruta = R$ 1.480,00 + 444,00 + 320,67 + 76,96 = R$ 2.321,63 
 
f) INSS = (1.480,00 + 444,00 + 320,67 + 76,96) = 2.321,63 x 11% = R$ 255,38 
 
g) IRRF = 2.321,63 – 255,38 (INSS) = 2.066,25 (BC) x 7,5% = 154,97 – 117,49 (dedução 
legal) = R$ 37,48 
 
h) FGTS = (1.480,00 + 444,00 + 320,67 + 76,96) = 2.321,63 x 8% = R$ 185,73 
 
i) Remuneração Líquida = 2.321,63 – 255,38 (INSS) – 37,48 (IRRF) = R$ 2.028,77 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 
 
 
 
1- Um empregado exerce a função de Bombeiro de Post o de gasolina e tem seu salário fixo 
contratado R$ 830,00, logo de acordo com a perícia realizadopelos médicos do MTB revelou que o 
empregado está exposto ao perigo de explosão. Qual o valor de sua remuneração bruta no mês? 
 
2- Um empregado exerce a função de Eletricista e te m seu salário fixo contratado R$ 945,00, logo de 
acordo com a perícia realizado pelos médicos do MTB revelou que o empregado está exposto ao 
perigo de descarga elétrica. Considerando que o funcionário foi admitido em 10.06, qual o valor de 
sua remuneração líquida no aludido mês? 
 
3- O funcionário IDAGF, labora em atividade considerada periculosas em conformidade com o Art. 
195 da CLT. Por excesso no número de pedidos da empresa, o mesmo estendeu a sua jornada de 
trabalho em 24:52 horas durante o mês. Sabe-se que o salário contratual do aludido funcionário é de 
R$ 1.800,00. O Instrumento Coletivo da Categoria prevê adicional mínimo legal para a jornada além 
da pactuada em um percentual de 75%. A jornada diária de labor do aludido funcionário é de 7:20 
horas. No referido mês tivemos 23 DU e 7 Não úteis. Sabe-se que o funcionário possui 1 dependente 
para fins de IRRF. 
 
Pede-se: 
 
 
a) Valor da remuneração liquida deste funcionário. 
 
 
4- O funcionário FDAGF labora em atividade periculosas e tem sua jornada estendida em 8,25 horas. 
 
Percebe como salário fixo o valor de R$ 1.850. No referido mês tivemos 25 DU e 5 DNU. 
 
 
Pede-se: 
 
 
a) O salário; 
 
b) O adicional de Periculosidade; 
 
c) O valor das horas extras; 
 
d) O RSR; 
 
e) Valor da remuneração liquida deste funcionário 
 
 
5- Um funcionário que trabalhe em atividade periculosa e tem sua jornada estendida em 900 minutos. 
O seu salário é de R$ 600,00. No referido mês tivemos 26 DU e 4 DNU. Qual o valor da remuneração 
bruta deste funcionário.
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A Constituição Federal/88 preceitua, no seu artigo 7º são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (IX) - remuneração do trabalho noturno 
superior à do diurno. 
 
 
2.7.1 Horário Noturno 
 
Considera-se noturno, o labor compreendido entre: 
 
Empregado Período Duração Adicional Legislação 
 
Urbano 22 às 5 52:30 20% CLT, ART. 73, §§ 1º E 2º 
Rural (lavoura) 21 às 5 60:00 25% LEI Nº 5.889/73, ART. 7º 
Rural (pecuária) 20 às 4 60:00 25% LEI Nº 5.889/73, ART. 7º 
Advogado 20 às 5 60:00 25% LEI Nº 8.906/94, ART. 20, § 3º 
Engenheiro 22 às 5 60:00 25% LEI Nº 4.950/66, ART. 7º 
Químico 23 às 5 60:00 25% LEI Nº 4.950/66, ART. 7º 
Arquiteto 24 às 5 60:00 25% LEI Nº 4.950/66, ART. 7º 
Agrônomo 25 às 5 60:00 25% LEI Nº 4.950/66, ART. 7º 
Veterinário 26 às 5 60:00 25% LEI Nº 4.950/66, ART. 7º 
Petroleiro 27 às 5 60:00 20% LEI Nº 5.811/72 E EM. Nº 112 DO TST 
Portuário 19 às 7 60:00 20% LEI Nº 4.860/65 E SDI-1 - TST = 60 
Aeronauta entre o pôr e o 52:30 
 
20% 
 
LEI Nº 7.183/84, ART. 41, §§ 1º E 2º 
nascer do sol 
 
Fonte: CORTEZ, Juliano Chaves. Práticas trabalhistas: Cálculos. 14. ed. São Paulo: LTr, 2009. 
 
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A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora noturna, por disposição legal, nas 
atividades urbanas e para os aeronautas, a mesma é computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) 
minutos e 30 (trinta) segundos. Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos sobre 
o valor da hora diurna. 
 
Para que possamos achar o real número de horas noturnas trabalhadas, teremos que utilizar um fator 
de correção, onde, pega-se a hora normal (60 minutos) e divide-se pela hora noturna 52:50 (corresponde a 
52’30"), assim sendo, achando o fator de correção 1,1429 que deverá ser multiplicado pelo número de horas 
relógio que o funcionário laborou, deste modo descobrindo o número exato de horas noturnas trabalhadas. 
 
Salienta-se que as calculadoras, normalmente, são programadas para elaborar os cálculos na forma 
centesimal; por isso, é necessário transforma as horas de relógio, em centesimal e, para tanto basta dividir os 
minutos por 60. 
 
Ressalta-se que esta não é a única maneira de apurar o número de horas noturnas trabalhadas, todavia 
constitui da maneira mais fácil de visualização. 
 
Assim, outra forma de calcular as horas noturnas seria: Para se calcular as horas noturnas, utilize o 
seguinte raciocínio: divida o número de horas-relógio por 52,5 (corresponde a 52’30") e multiplique por 60' 
36 
 
 
 
 
 
nº. de horas / 52,5 x 60 = nº. de horas noturnas 
 
Exemplo 07: 
 
O funcionário ABC trabalha no horário compreendido entre as 22:00 as 05:00, quantas horas noturnas o 
mesmo laborou? 
 
Solução: 
 
a) Número de horas relógio trabalhadas = 22:00 as 05:00 = 7:00 horas-relógio 
b) Multiplicar pelo fator de correção = 7:00 x 1,1429 = 8:00 
 
Ou 
 
a) Número de horas relógio trabalhadas = 22:00 as 05:00 = 7:00 horas-relógio 
b) Divide-se por 52,5 e multiplica-se por 60 = 7 / 52,5 = 0,13 x 60 = 8:00 
Assim, temos que o aludido funcionário laborou no mencionado dia 08:00 horas noturnas. 
 
Nas atividades demais atividade a hora noturna é considerada como de 60 (sessenta) minutos, não havendo, 
portanto, a redução como nas atividades urbanas. Porém há que atenta-se para os percentuais de cada 
atividade em conformidade com a tabela acima demonstrada. 
 
2.8.1 Intervalo 
 
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo: 
 
� jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo; 
� jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15 minutos; 
 
� jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 2 (duas) 
horas. 
 
Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, prevalecendo para esse efeito a 
de 60 minutos. 
 
A concessão do período de repouso ou alimentação a plica-se inclusive a vigias, vigilantes, zeladores, 
porteiros e outras funções assemelhadas sem qualquer distinção, sob pena de pagamento de multas e horas 
complementares. 
 
 
Exemplos 08: 
 
O funcionário Julpiano Chaves Cortez trabalha no horário compreendido entre as 22:00 as 02:00, quantas 
horas noturnas o mesmo laborou? 
 
Solução: 
 
a) Número de horas relógio trabalhadas = 22:00 as 02:00 = 4:00 horas-relógio 
b) Multiplicar pelo fator de correção = 4:00 x 1,1429 = 4,60 ou 4:36 
37 
 
 
 
 
 
Ou 
 
a) Número de horas relógio trabalhadas = 22:00 as 02:00 = 4:00 horas-relógio 
b) Divide-se por 52,5 e multiplica-se por 60 = 4 / 52,5 = 0,08 x 60 = 4,60 ou 4:36 
 
 
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Considerando um empregado que durante sua jornada normal trabalhe das 14:30 às 23:20 horas, este 
terá, durante o período noturno, o horário reduzido. 
 
Exemplo 09: 
 
A funcionário YWZ trabalha de Segunda a Sexta-feira: das 14:30 às 18:30 e das 19:30 às 
23:20, com 1 horas de intervalo para descanso e alimentação e aos Sábados das 15:00 as 19:00 horas. 
Quantas horas a mesma trabalha por semana? 
 
Solução: 
 
Calculando as horas trabalhadas temos: 
 
Horas diurnas = das 14:30 às 18:30 e das 19:30 às 22:00 = 06:30 horas normais Horas Noturnas = 
das 22:00 às 23:20 = 01:20 horas = 1,33horas x 1 ,1429 = 1,52 horas centesimais ou 1:31 horas relógio 
 
Total de horas diárias= 06:30 + 01:31 = 08:00 horas 
Total de horas de segunda à sexta = 08:00 x 5 dias = 40:00 horas Total de horas de Sábados: das 
15:00 às 19:00 = 04:00 horas 
 
Somando as horas de segunda a sábado = 40:00 + 04:0 = 44:00 horas semanais. 
 
Se o empregado trabalha em período noturno, deve ser feita a redução para compor a jornada normal 
de trabalho (8:00 horas diárias ou 44:00 horas semanais). Se o total de horas ultrapassar o previsto em lei, 
caberá o pagamento de horas

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