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Gestão de Gente em Saúde MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 1 Apresentação ............................................................................................................................ 7 Aula 1: Desafios contemporâneos ....................................................................................... 9 Introdução ............................................................................................................................. 9 Conteúdo .............................................................................................................................. 10 A concepção do trabalho ............................................................................................... 10 A concepção do trabalho ............................................................................................... 10 O trabalho na Idade Média ............................................................................................ 11 Capitalistas X Proletariado .............................................................................................. 11 Vantagens na divisão do trabalho ................................................................................ 12 Trabalho como mercadoria ........................................................................................... 13 Administração científica ................................................................................................. 13 Taylorismo ........................................................................................................................ 14 O modelo Fordista ........................................................................................................... 14 O paradigma da especialização flexível ...................................................................... 15 O sistema Toyota ............................................................................................................. 16 Os pilares do sistema Toyota ........................................................................................ 16 O modelo de competências no contexto da flexibilização ..................................... 17 O paradigma da especialização flexível ...................................................................... 18 Competências .................................................................................................................. 18 Empregabilidade .............................................................................................................. 18 Modelos de arquitetura organizacional ...................................................................... 19 Estrutura organizacional ................................................................................................ 19 Divisão e coordenação do trabalho ............................................................................. 20 Conceito de especialização ........................................................................................... 20 Superespecialização e departamentalização ............................................................. 21 Divisão por produtos ....................................................................................................... 21 Mecanismos de coordenação ....................................................................................... 22 Tipos de estrutura organizacional ................................................................................ 24 Modelo burocrático ......................................................................................................... 24 Organização em rede ..................................................................................................... 25 Organização vital ............................................................................................................. 27 Paradigma da economia ................................................................................................ 27 Atividade proposta .......................................................................................................... 29 MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 2 Atividade proposta .......................................................................................................... 30 Aprenda Mais ....................................................................................................................... 32 Referências........................................................................................................................... 32 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 32 Notas ........................................................................................................................................... 38 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 38 Aula 2: Modelos de administração de RH ........................................................................ 41 Introdução ........................................................................................................................... 41 Conteúdo .............................................................................................................................. 42 O mais importante são as pessoas ............................................................................... 42 Paradigma do conhecimento ........................................................................................ 42 Capital humano................................................................................................................ 43 História da Administração .............................................................................................. 43 Homem e relações de trabalho .................................................................................... 44 Evolução da gestão de pessoas no Brasil.................................................................... 46 Arquitetura da gestão de pessoas ................................................................................ 49 Importância do RH .......................................................................................................... 50 Papéis do RH ..................................................................................................................... 51 Atuação do RH ................................................................................................................. 52 Ambientes da organização ............................................................................................ 53 Mapas de orientação ....................................................................................................... 53 Prós e contras ................................................................................................................... 54 Descentralização do RH ................................................................................................. 55 Alterações históricas que influenciam o RH............................................................... 56 Atividade proposta .......................................................................................................... 57 Aprenda Mais ....................................................................................................................... 59 Referências........................................................................................................................... 59 Exercícios de fixação .........................................................................................................60 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 65 Aula 3: Gestão estratégica de pessoas ............................................................................. 68 Introdução ........................................................................................................................... 68 Conteúdo .............................................................................................................................. 69 Estratégia ........................................................................................................................... 69 Organizações modernas ................................................................................................ 69 Modelo de análise ............................................................................................................ 70 Estratégias genéricas ....................................................................................................... 71 MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 3 Gestão estratégica ........................................................................................................... 72 Análise do ambiente ....................................................................................................... 72 Elementos básicos da gestão estratégica ................................................................... 73 Missão ................................................................................................................................ 74 Visão ................................................................................................................................... 75 Objetivos organizacionais .............................................................................................. 75 Valores organizacionais.................................................................................................. 76 Matriz SWOT ..................................................................................................................... 77 Vantagens da análise SWOT .......................................................................................... 77 Análise externa ................................................................................................................. 78 Fatores analisados pela técnica SWOT ........................................................................ 80 Cultura organizacional ................................................................................................... 81 Dimensões da cultura organizacional ......................................................................... 82 Personalidade da organização ...................................................................................... 83 Clima organizacional ...................................................................................................... 84 Psicologia Positiva ........................................................................................................... 84 Melhorias nas empresas ................................................................................................. 85 Pesquisa de clima ............................................................................................................ 85 Pesquisa de clima ............................................................................................................ 86 Etapas preliminares ......................................................................................................... 87 Formação do grupo de clima ........................................................................................ 87 Elaboração do questionário ........................................................................................... 88 Próximas etapas do questionário ................................................................................. 91 Consolidação dos dados ................................................................................................ 92 Desdobramentos ............................................................................................................. 92 Planos de ação gerencial ............................................................................................... 93 Atividade proposta .......................................................................................................... 95 Referências........................................................................................................................... 95 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 96 Chaves de resposta ................................................................................................................... 101 Aula 4: Planejamento .......................................................................................................... 104 Introdução ......................................................................................................................... 104 Conteúdo ............................................................................................................................ 105 Planejamento ................................................................................................................. 105 Atividade de planejamento .......................................................................................... 106 Modelo de planejamento ............................................................................................. 106 MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 4 Estratégias do modelo de planejamento .................................................................. 107 Processo de planejamento .......................................................................................... 108 Análise ambiental .......................................................................................................... 108 Estratégias de recursos humanos ............................................................................... 109 Planejamento estratégico ............................................................................................ 110 Planejamento estratégico em recursos humanos .................................................. 111 Vantagens e desvantagens do planejamento estratégico ..................................... 111 Metodologia de planejamento estratégico de recursos humanos ...................... 112 Previsão das necessidades de RH ............................................................................... 114 Pessoas como vantagem competitiva ....................................................................... 114 Base competitiva ............................................................................................................ 115 Impactos das ações estratégicas no RH .................................................................... 116 Análises de ações ........................................................................................................... 117 Dimensões competitivas da estratégia de RH ......................................................... 119 Estratégia competitiva .................................................................................................. 120 Construção do planejamento estratégico ................................................................ 120 Gestão do fluxo de recursos humanos ...................................................................... 121 Desenvolvimento de carreiras .................................................................................... 122 Atividadeproposta ........................................................................................................ 124 Aprenda Mais ..................................................................................................................... 125 Referências......................................................................................................................... 125 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 126 Chaves de resposta ................................................................................................................... 132 Aula 5: Gestão estratégica com pessoas ....................................................................... 136 Introdução ......................................................................................................................... 136 Princípios constitucionais que orientam a Administração Pública ...................... 137 Balanced Scorecard (BSC) com pessoas ................................................................... 138 As eficácias do Balanced Scorecard (BSC) ................................................................ 139 Perspectivas do Balanced Scorecard ......................................................................... 140 Fatores críticos de sucesso das perspectivas do BSC ............................................. 141 A relação de causa e efeito do Balanced Scorecard ............................................... 144 A perspectiva da aprendizagem ................................................................................. 145 O BSC aplicado à gestão de pessoas ......................................................................... 146 Produtos de recursos humanos .................................................................................. 147 Atividade proposta ........................................................................................................ 150 Referências......................................................................................................................... 153 MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 5 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 153 Chaves de resposta ................................................................................................................... 157 Aula 6: Modelo de competências ..................................................................................... 159 Introdução ......................................................................................................................... 159 Conteúdo ............................................................................................................................ 161 Competência .................................................................................................................. 161 Debates sobre o conceito de qualificação e o processo de formação profissional ........................................................................................................................................... 161 As contextualizações da competência ...................................................................... 162 As competências organizacionais .............................................................................. 164 As competências humanas .......................................................................................... 166 A gestão por competências ......................................................................................... 167 Atividade proposta ........................................................................................................ 169 O mapeamento das competências ............................................................................ 170 Métodos e técnicas aplicados ao mapeamento de competências ...................... 170 Processo de mapeamento de competências ........................................................... 171 O indicador de competência ....................................................................................... 172 As competências profissionais individuais ............................................................... 173 Construção de conceitos de competências ............................................................. 173 Desdobramento de competências em comportamentos observáveis ou indicadores ...................................................................................................................... 173 Desenvolvimento de pessoas no modelo de competências ................................ 177 Plano de desenvolvimento individual ........................................................................ 179 Atividade proposta ........................................................................................................ 184 Aprenda Mais ..................................................................................................................... 184 Referências......................................................................................................................... 185 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 185 Chaves de resposta ................................................................................................................... 190 Aula 7: Consultoria interna de RH ................................................................................... 192 Introdução ......................................................................................................................... 192 Conteúdo ............................................................................................................................ 193 O modelo de consultor interno .................................................................................. 193 As perspectivas trabalhadas pelos profissionais de RH .......................................... 193 As estruturas de RH na perspectiva da consultoria interna .................................. 194 Os profissionais de RH .................................................................................................. 195 O consultor interno ....................................................................................................... 196 MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 6 Papéis dos consultores ................................................................................................. 197 Fase 1 – Diagnóstico: avaliação da situação atual .................................................. 202 Fase 2 – desenho da intervenção ............................................................................... 203 Fase 3 – implantação e implementação ................................................................... 203 Fase 4 – avaliação de resultados ................................................................................ 204 Atividade proposta ........................................................................................................ 205 Aprenda Mais ..................................................................................................................... 205 Referências......................................................................................................................... 206 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 206 Chaves de resposta ................................................................................................................... 211 Aula8: Competências do consultor interno ................................................................ 214 Introdução ......................................................................................................................... 214 Conteúdo ............................................................................................................................ 215 A figura do consultor .................................................................................................... 215 Características do trabalho do consultor .................................................................. 215 A ética do consultor ...................................................................................................... 216 A ética .............................................................................................................................. 217 Questionário ético ......................................................................................................... 220 Princípios éticos ............................................................................................................. 220 Ponto fundamental ....................................................................................................... 221 Abordagens ..................................................................................................................... 222 Dilemas sobre ordens da alta gerência ..................................................................... 222 Comportamento ético .................................................................................................. 223 Visão moral de mundo do consultor interno........................................................... 224 Arquiteto da aprendizagem ......................................................................................... 224 Coaching e Mentoring para o desenvolvimento ..................................................... 225 Mentoring X Coaching .................................................................................................. 225 Coachingn no âmbito organizacional ....................................................................... 226 Mentoring no âmbito organizacional ........................................................................ 228 Utilização dos processos inteligente.......................................................................... 230 Atividade proposta ........................................................................................................ 230 Aprenda Mais ..................................................................................................................... 230 Referências......................................................................................................................... 231 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 231 Chaves de resposta ................................................................................................................... 236 Conteudista ........................................................................................................................... 239 MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 7 A Gestão de Recursos Humanos tem passado por grandes transformações nas últimas décadas. A necessidade das empresas de aumentar sua competitividade em mercados globalizados trouxe desafios importantes para a área de RH. Na perspectiva histórica, partimos de uma administração cientifica orientada pela racionalização, pela especialização e divisão do trabalho – expressa pela máxima "homem certo, no lugar certo" –, representando uma visão de homem como objeto passivo no processo produtivo, desapropriado de saber e sujeito à capacidade de comando, disciplina e obediência para uma administração flexível e estratégica, produto de reorganização do processo de produção. A revolução tecnológica crescente produziu novos direcionamentos econômicos, culturais, sociais e educacionais, tanto para as organizações como para a sociedade em geral. Exigiu novas formas de fazer Gestão de Pessoas e novas arquiteturas organizacionais em ambientes cada vez mais complexos. Trouxe o humano para o centro das questões organizacionais e a valorização do conhecimento como diferencial competitivo. O conceito de empregabilidade, dominado pela lógica do capital, coloca a responsabilidade da formação e da especialização diretamente em cada indivíduo e não mais na empresa onde estão ou irão trabalhar. Administrar este capital intelectual, localizado no domínio de cada trabalhador é, sem dúvida, o MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 8 que torna cada área de recursos humanos estratégica e define seu posicionamento na arquitetura organizacional. Assim, a gestão estratégica de pessoas e os modelos de recursos humanos adotados nas organizações são determinantes para alinhar as trajetórias individuais de empregabilidade e as exigências competitivas, cada vez mais velozes e de níveis mais altos das organizações. Essa dialética é o grande desafio! Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 1. Apontar as mudanças no mundo do trabalho rumo no contexto da globalização e do capital intelectual; 2. Discutir o conceito de empregabilidade na gestão dos talentos humanos no trabalho; 3. Analisar os modelos de recursos humanos na perspectiva histórica da gestão de recursos humanos; 4. Examinar o modelo gestão por competências; 5. Explicar os fundamentos do planejamento estratégico de recursos humanos na ótica da aprendizagem organizacional; 6. Descrever a gestão estratégica de pessoas na perspectiva do BSC (Balance Score Card); 7. Definir a consultoria interna de recursos humanos como diferencial estratégico na arquitetura organizacional; 8. Identificar as características do espírito empreendedor no contexto intraogranizacional; 9. Distinguir o papel das lideranças na educação corporativa nos processos de coaching e mentoring. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 9 Introdução Conta a mitologia que Sísifo foi condenado a empurrar eternamente montanha acima uma rocha, que pela ação da gravidade, rolava de volta logo que atingisse o cume. Esta imagem povoa o imaginário cultural associado ao trabalho repetitivo, monótono, sem perspectiva. Para Dejours (1992), o trabalho precisa fazer sentido para o sujeito, para o grupo, seus colegas e a sociedade. O reconhecimento do sentido do trabalho permite a construção de uma identidade social, que posiciona o sujeito na organização social. As relações de poder dentro das organizações atribuem distinções, que diferenciam a natureza das atividades. Essa diferenciação é traduzida na multiplicidade de ocupações, profissões e competências. Compreender a articulação das características estruturais das organizações, das forças dinamizantes do ambiente, dos processos e estratégias constitui competência básica que permite ter uma visão global das dimensões do capital intelectual. Nesta aula vamos apontar as mudanças no mundo do trabalho no contexto da globalização e do capital intelectual; apresentar as características das organizações do fordismo à especialização flexível e os modelos de arquitetura organizacional desse mesmo período. Objetivo: 1. Apontar as mudanças no mundo do trabalho rumo no contexto da globalização e do capital intelectual; 2. Caracterizar e analisar as diferentes arquiteturas ou formatos organizacionais do fordismo à especialização flexível. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES10 Conteúdo A concepção do trabalho Quando pensamos nas ideias sobre o trabalho podemos buscar referência nas ideias da antiguidade, onde o trabalho era destinado àqueles que ocupavam posições sociais menos favorecidas e para os escravos. A filosofia clássica caracterizava o trabalho como algo degradante, inferior e desgastante. O trabalho era realizado pelos escravos sob a força coercitiva de poder de modo que o senhor dos escravos detinha o direito sobre a vida destes. Essa ordem de valores era possível em virtude de uma grande concentração de riquezas e da submissão dos povos e territórios conquistados, o que dava mais “legitimação” à escravidão. A concepção do trabalho era percebida e associada às atividades braçais e de repetição. As atividades superiores não eram consideradas trabalho. Para Aristóteles, haviam pessoas destinadas a fazer uso da força física e outras que deveriam ter suas necessidades satisfeitas. Nessa concepção, o escravo não estaria apto para as invenções e, portanto, alienado do sentido, do valor de propósito, estaria assim condenado à perda da liberdade. A concepção do trabalho Quando pensamos nas ideias sobre o trabalho podemos buscar referência nas ideias da antiguidade, onde o trabalho era destinado àqueles que ocupavam posições sociais menos favorecidas e para os escravos. A filosofia clássica caracterizava o trabalho como algo degradante, inferior e desgastante. O trabalho era realizado pelos escravos sob a força coercitiva de poder de modo que o senhor dos escravos detinha o direito sobre a vida destes. Essa ordem de valores era possível em virtude de uma grande concentração de riquezas e da submissão dos povos e territórios conquistados, o que dava mais “legitimação” à escravidão. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 11 A concepção do trabalho era percebida e associada às atividades braçais e de repetição. As atividades superiores não eram consideradas trabalho. Para Aristóteles, haviam pessoas destinadas a fazer uso da força física e outras que deveriam ter suas necessidades satisfeitas. Nessa concepção, o escravo não estaria apto para as invenções e, portanto, alienado do sentido, do valor de propósito, estaria assim condenado à perda da liberdade. O trabalho na Idade Média Na Idade Média, o trabalho era visto ora como exaltação, como o trabalho religioso, com grande poder e influência social, ora era visto como punição ou expiação do pecado. A concepção capitalista tradicional trata o trabalho como mercadoria, atribuindo um valor e uma associação ao sucesso econômico. O exercício do poder se justifica na propriedade e o trabalhador é alienado a partir do controle das recompensas, por meio do contrato de trabalho, e coerções sobre o domínio do saber, quando, por exemplo, o planejamento está concentrado apenas nos níveis superiores. Com o desenvolvimento do capitalismo se constrói uma reflexão mais perceptível sobre as relações de poder e sobre a instrumentalidade dos processos de trabalho. O trabalho disciplinado, sistemático, estritamente supervisionado e altamente simplificado, exigindo pouca qualificação do trabalhador, provoca uma divisão do trabalho. O planejamento é realizado pelos gerentes e especialistas e a produção pelos operários em regime de alta obediência. Capitalistas X Proletariado Podemos dizer, assim, que foi criada a dicotomia entre capital e trabalho, que pode ser exemplificada dessa forma: De um lado, o capitalista, dono dos meios de produção; MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 12 De outro lado o proletário, os trabalhadores, donos da força de trabalho, mas desprovidos de poder para alterar a condição de sua subsistência. Assim, o trabalho é concebido como um valor de uso. O trabalho como mercadoria precisa ter uma utilidade e consequentemente um valor de troca. Vantagens na divisão do trabalho “Produzir mais com menos”. Esta máxima capitalista foi uma das preocupações de Adam Smith no final do século XVII. No seu livro, A Riqueza das Nações, leitura recomendada, o primeiro capítulo é dedicado à divisão do trabalho. Nele é defendida a ideia da vantagem da divisão do trabalho. Para o autor a simplificação do trabalho ao nível da tarefa possibilita o aperfeiçoamento da habilidade. Outro ponto destacado é a redução do tempo de execução da atividade. E a terceira vantagem é a utilização das máquinas para otimização do processo produtivo. Na concepção do trabalho proposta por Karl Marx, um dos representantes mais críticos do capitalismo, a glorificação do trabalho é formulada pela ideia de que o trabalho é uma categoria social estruturante, que produz a condição humana e representa um eixo da historia da humanidade. Ele defende que o processo de diferenciação do homem se dá quando este produz seus meios de subsistência. O trabalho passa a ser expressão do próprio ser. O que os indivíduos produzem e como o fazem, os identificam no tecido social. O que os indivíduos são depende da sua produção. O trabalho não só permite a sobrevivência do homem como também o transforma constantemente, historicamente, dialeticamente. O pensamento de Marx se opõe ao de Smith sobre o sentido do trabalho. Para Smith, o valor social da organização do trabalho é o que interessa. Os resultados são as finalidades que justificam a divisão do trabalho, em um parcelamento que desapropria o trabalhador do produto final da sua produção. Ou seja, a contribuição social é o que tem valor. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 13 Já para Marx, o trabalhador é submetido à exploração por meio das condições materiais e sociais, que não oferecem condições de sobrevivência, o poder da propriedade do capital e a ausência de condições dignas de trabalho, juntamente com o valor atribuído ao trabalho, considerando a perspectiva de lucro que norteia a visão capitalista. Ou seja, o capital, o lucro é que tem valor. Trabalho como mercadoria A perspectiva de Marx sobre a concepção do trabalho sob a forma de mercadoria, na visão capitalista, é alienante, quando o trabalhador desconhece o processo produtivo e o valor agregado da sua produção ao produto que é comercializado. O trabalho é explorador, quando os objetivos de acumulação de capital superam a mais valia, isto é, o valor agregado ao processo produtivo é menosprezado em relação ao lucro e pode ser humilhante quando nesse contexto produz sofrimento e afeta a autoestima. Além disso, é monótono, quando é repetitivo e sem desafios para o sujeito, tornando a extrema especialização um esvaziamento do conteúdo da tarefa. Para ele, o trabalho é discriminante, porque a hierarquia classifica os homens em trabalhadores produtivos e improdutivos, em um estrato social diferenciado pela estrutura funcional. Para o pensador, o trabalho também inibe as potencialidades e o desenvolvimento humano e é submisso, porque pressupõe uma aceitação passiva das características do trabalho. Administração científica Foi a partir da Revolução Industrial, séculos XVIII e XIX, que o capitalismo constitui-se em um modo de produção que cria uma classe operária urbana. A organização dos trabalhadores cresceu durante todo o século XIX. Além disso, sofreu influência do positivismo, de ideias iluministas que valorizavam a razão, o desenvolvimento científico. Esse cenário possibilitou o incremento da profissionalização da gerência e a elaboração de uma argumentação científica para a concepção e organização do MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 14 trabalho. Surge a administraçãocientífica tendo Taylor e Fayol como seus maiores expoentes. Taylorismo A escola da administração científica surgiu no final do século XIX por Frederick W. Taylor. O objetivo principal dos sistemas de administração é assegurar o máximo de resultados financeiros ao “dono” e ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. Isso demonstra a linha central da administração científica proposta por Taylor, que desconsidera a visão de exploração do trabalhador e propõe uma perspectiva de mais-valia, pois busca conciliar trabalho e capital. A busca da eficácia, na sua concepção, a partir da adoção do estudo dos tempos e movimentos com a finalidade de eliminar os movimentos desnecessários e substituir os lentos e ineficientes. A visão de homem é de um trabalhador indolente. Para alcançar os objetivos, as tarefas deveriam ser decompostas em operações mínimas. Acreditava-se na divisão do trabalho entre a gerência e trabalhadores. A ênfase é na padronização e na repetição. Com isso, a ideia de que somente a gerência era capaz de planejar, desapropriando o empregado de pensar, da crítica. Com isso Taylor acreditava que havia eliminação de perda de tempo e consequentemente ganho de produtividade. O modelo Fordista As inovações produzidas no início do século XX, associadas ao pensamento da administração científica, produziram um efeito na produção em escala. As normas de consumo e os efeitos sobre os mercados da Primeira Guerra Mundial trouxeram um desdobrando para a organização do trabalho. A necessidade de padronização com qualidade e redução de custos foram determinantes nesse novo modelo. A inovação de Ford foi a criação da linha de montagem. No modelo de Ford, o que determina o ritmo da produção é a máquina e não a supervisão humana. Além disso, implementou uma política de remuneração MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 15 conhecida como “five dolar a day”, que pagava salários acima da média. Sua política era centrada na remuneração e havia pouca possibilidade de ascensão. Em síntese, as ideias formadoras do fordismo são: Separação entre trabalho intelectual e trabalho manual; Fragmentação e esvaziamento das tarefas com ênfase em rotinas; Noção de homem-tarefa com especialização desqualificante; Controle do tempo de execução determinado pelas “máquinas”; Submissão às normas operacionais e não exclusivamente à supervisão; Disciplina como eixo central da qualificação requerida; Pouca ou nenhuma aceitação do saber dos trabalhadores; Produção em massa e estímulo ao mercado de massa. O Fordismo revolucionou a administração de empresas, suas teorias mudaram para sempre o modo de administrar empresas. Na perspectiva do treinamento o objetivo era especializar o trabalhador numa determinada etapa da produção. O paradigma da especialização flexível Com o fim do paradigma fordista e sob a influência de outros fatores históricos do neoliberalismo, entra em cena um novo paradigma industrial: a especialização flexível. A ideia do mercado como elemento regulador da produção teve sua crise na produção de massa e o esgotamento da demanda de produtos estandardizados, instituindo nesse cenário, novos padrões de exigência do consumidor. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 16 Essa reorganização do mercado leva à crise do sistema fordista, e à saturação dos mercados leva as empresas a buscar novos nichos de automação flexível, que prima pela qualidade além da versatilidade. Agrega-se, assim, o trabalhador flexível, mais participativo e envolvido no controle da qualidade. O sistema Toyota O sistema Toyota de produção surgiu no Japão, em torno dos anos 50, pós- guerra, quando a indústria japonesa vivia uma produção muito baixa com escassez de recursos. Esse sistema é baseado em princípios básicos: a eliminação de desperdícios e a qualidade da produção. A concepção da organização do trabalho considera a polivalência, em oposto a especialização do sistema fordista. O trabalhador é envolvido no processo produtivo, de forma coletiva (e não individualizado, como no sistema fordista), distribuído em equipes de trabalho. Uma característica importante é a redução da hierarquia gerencial. O reflexo é sensível na estrutura das firmas, saindo de um modelo verticalizado para uma estrutura focada em processos e produtos. Assim, se antes o predomínio era o conceito de qualificação especializado centrado nas habilidades e destreza, no modelo de acumulação flexível é o conceito de competência que está intrinsecamente associado à empregabilidade. Os pilares do sistema Toyota O modelo japonês Toyota propõe a produção de produtos diferenciados e em séries limitadas, além de um estoque mínimo. Pensa na organização estruturada de forma linear, em ilhas de produção e fundada em um trabalho cooperativo, de equipe. Assim, o trabalhador seria polivalente, multifuncional. Para o alcance dos objetivos centra sua política em treinamentos de qualificação e autonomia quanto à liderança. O sistema Toyota de Produção é representado por uma casa. Os pilares dão estabilidade a partir de uma cultura orientada para a qualidade, e uma gestão MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 17 que permite a participação de todos os envolvidos tenha informação adequada e uma carga de trabalho equilibrada. O coração da casa é o respeito pelas pessoas, a gestão das equipes orientadas pelo conceito de melhoria contínua através da redução do desperdício. Na proposta do modelo Toyota, a base se constitui da construção de desafios, de uma visão de longo prazo, do Kaizen, são comportamentos de melhoria contínua através de estruturas enxutas, promovendo a aprendizagem organizacional. O comportamento organizacional é centrado no comprometimento das pessoas em buscar soluções para a solução de problemas que afetem a qualidade e o atingimento dos objetivos e metas organizacionais. O respeito pelas pessoas se baseia nos processos de comunicação e a criação de um ambiente de confiança mútua. O trabalho em equipe é uma das diferenças principais do modelo fordista, que via o homem integrado à máquina. Para o modelo Toyota, é importante estimular o crescimento pessoal e profissional e o pensar do grupo como um time. O modelo de competências no contexto da flexibilização O modelo fordista era baseado na produção de massa de bens padronizados, no sistema de linha de montagem, isto é, com a utilização de máquinas especializadas, não flexíveis e com recursos humanos não qualificados, dos quais se exigia o cumprimento rigoroso das normas operacionais estabelecidas. A ênfase era na tarefa e na disciplina de cumprir o estabelecido. A visão era individualista, com pouca ou nenhuma comunicação durante o trabalho na linha de montagem. Essa modalidade sofre uma crise quando a economia e o mercado começam a exigir mais diversificação. Da crise do modelo fordista surge o chamado modelo de especialização flexível, onde o modelo Toyota é um exemplo contemporâneo, que cria uma ruptura com a proposta fordista, e inclui MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 18 elementos importantes para direção mais humanizada da concepção do trabalho. O paradigma da especialização flexível Dessa forma, a competência pode ser entendida como “a Inteligência prática para situações que se apoiam sobre conhecimentos adquiridos e os transformam com tanto mais força, quanto mais aumenta a complexidade das situações” (Zarafian apud Fleury). Assim, a “competência é um saber agirresponsável e que é reconhecido pelos outros. Implica saber como mobilizar, integrar e transferir os conhecimentos, recursos e habilidades, em um contexto profissional determinado” (Fleury, 2001). A competência remete a uma exigência de um “saber-ser” mais do que um “saber-fazer”. Os conhecimentos e as habilidades adquirem são reconhecidos como competência quando são comunicados e utilizados. “A rede de conhecimento em que se insere o indivíduo é fundamental para que a comunicação seja eficiente e gere a competência”. Falaremos de redes de conhecimento, mais tarde. Neste momento é importante registrar a geração de valor dado pelo conjunto de competências. Competências Fleury (2001) define a competência como um “saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. Observe o diagrama abaixo: Empregabilidade A palavra empregabilidade pode ser definida como a capacidade de se manter ativo no mercado de trabalho, isto é, de se manter empregado mesmo em tempos de redução de oferta de postos de trabalho. A definição está atrelada à visão de que o desemprego é resultado da inadequação do sujeito às exigências de qualificação do mercado. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 19 Nesse sentido, está implícita a ideia de que haveria trabalho para toda população que se adaptasse às demandas do novo modelo produtivo. Além disso, centra a responsabilidade sobre o desemprego exclusivamente no trabalhador, na sua capacidade de adequação. E nós sabemos que o cenário é muito mais complexo. Modelos de arquitetura organizacional A arquitetura organizacional pode ser compreendida como a forma de articulação dos vários sistemas, estruturas, processos e estratégias que constituem uma organização. Neste conjunto de elementos, estão a estrutura formal, a concepção do trabalho, a organização informal, cultura, processos de operação, seleção, socialização e desenvolvimento de pessoas. A noção de arquitetura organizacional é composta por três elementos básicos: • A estrutura organizacional, o sistema de planejamento, os mecanismos de controle, indicadores; • As competências das lideranças e dos trabalhadores para a efetividade do trabalho; • As redes e pratica informais, o conhecimento tácito, o sistema de valores, a cultura organizacional. Estrutura organizacional A construção de uma estrutura organizacional envolve a compreensão dos mecanismos básicos da divisão e integração das partes do trabalho ou das pessoas que compõem a organização. As configurações organizacionais serão produto da concepção do trabalho e de como todos os elementos são definidos e a sua intensidade. Algumas questões nos auxiliam a compreender os conceitos das dimensões da estrutura organizacional. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 20 Divisão e coordenação do trabalho A divisão do trabalho foi bem representada pelo fordismo, pois Ford demonstrou que o trabalho poderia ser realizado de maneira mais eficaz na medida em que os trabalhadores fossem especializados em cada tarefa. Essa especialização do trabalho é o grau em que as tarefas são subdivididas em funções separadas. Assim, os indivíduos se especializam em realizar uma parte da atividade em vez de fazer a atividade inteira. A ênfase está no adestramento das habilidades. Essa perspectiva reduzia o nível de complexidade das tarefas de tal forma que a consequência geralmente era de trabalhadores atuando abaixo do seu nível de competência. Os mecanismos de coordenação surgem a partir do entendimento de que a ação coletiva é mais eficaz na execução da produção. Remete-se à colaboração entre pessoas, setores, departamentos. E, dessa forma, exigem que as pessoas precisam ser coordenadas de modo a gerar os resultados desejados e assegurar a unidade da organização. Conceito de especialização O conceito de especialização é central e pode se apresentar de quatro formas diferentes. Vamos conhecê-las: Diferenciação horizontal: quando o trabalho é executado em cada nível hierárquico e é dividido em tarefas simples e individualizadas. Diferenciação vertical: refere-se à divisão do trabalho considerando os níveis hierárquicos da organização. Diferenciação pessoal: quando o trabalho é dividido em função da especialização das pessoas. Diferenciação espacial: quando o trabalho é dividido em função da localização geográfica. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 21 Superespecialização e departamentalização A superespecialização do trabalho leva os indivíduos a resultados bastante negativos. A fadiga, tédio, estresse, queda de produtividade, rotatividade, entre outros. Essa característica ignora o que acreditamos ser o valor mais precioso de uma organização: as complexas e múltiplas capacidades das pessoas. Departamentalização Já a departamentalização é um conceito associado ao nível de especialização. A modelagem de uma arquitetura organizacional requer determinar o modo de agregar os grupos e as equipes de trabalho. Nesse caso a principal vantagem é a maior responsabilidade pelo desempenho do produto, já que todas as atividades relacionadas ficam sob a direção de um único responsável. Essa especialização produz grupos eficientes, mas relativamente inflexíveis, de especialistas funcionais. A forma mais comum de agrupamento é a criação de departamentos funcionais. Esse tipo de departamentalização busca a eficiência ao colocar juntos especialistas na mesma área. As desvantagens que esse tipo de estrutura pode gerar é colocar a responsabilidade do desempenho somente na cúpula. A coordenação torna-se complexa dependendo do tamanho da organização e pode produzir muita especialização do trabalho. Divisão por produtos Outra forma de agrupamento departamentalizado é a divisão por produtos. Esse tipo de estrutura apresenta flexibilidade em cada divisão, podendo torna- se unidades de negócios e tomar decisões que requerem qualificações profissionais mais específicas às demandas particulares dos mercados. As desvantagens desse tipo de estrutura é que podem exigir mais pessoal e recursos, produzindo uma duplicação de esforços. Além dos critérios descritos acima, a departamentalização pode existir a partir de outras configurações, como por base geográfica, tipos de clientes ou ainda MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 22 processos de produção. As grandes organizações utilizam vários processos de departamentalização. A especialização vertical relaciona-se com o grau de controle que o trabalhador tem sobre o seu trabalho. É a distância entre o planejamento e a execução. Quanto mais alto o grau de especialização vertical, mais níveis hierárquicos de autoridade são criados e por consequência uma maior distância entre gestão e operação. A complexidade da estrutura hierárquica de uma organização pode ser mais comprometida quanto maior for o empobrecimento dos cargos, o distanciamento da visão de resultados e dos processos de trabalho. Mecanismos de coordenação Um dos maiores desafios para as organizações é conseguir integrar e produzir sinergia entre diferentes funções ou departamentos. Essa integração refere-se tanto às relações verticais, dos diferentes níveis hierárquicos, quanto às horizontais, entre equipes e também as redes de empresas. Os mecanismos de integração podem ser diretos, relativos à padronização de procedimentos, subordinação hierárquica, regrasorganizacionais e indiretas, especialmente em organizações complexas, como as equipes multifuncionais, sistema de informações gerenciais etc. Os mecanismos básicos de coordenação podem se dar de algumas formas: • Por ajuste mútuo, quando a coordenação acontece pela troca de informações sobre procedimentos entre colegas de trabalho; • Por supervisão direta, quando o trabalho é produto de ordem direta para os membros do grupo; MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 23 • Por padronização, quando o planejamento e os protocolos e padrões de procedimentos controlam o desempenho das pessoas. Os mecanismos básicos vistos até agora são utilizados para coordenar ações no nível horizontal. Entretanto, já vimos que existem também processos de diferenciação vertical, que cria os diferentes níveis hierárquicos na estrutura de uma organização. Nesse processo define-se a hierarquia e a decorrente cadeia de comando associados aos níveis de poder de decisão específicos e a amplitude das ações de controle de cada liderança de acordo com o número de trabalhadores sob sua responsabilidade. Síntese das características estruturais HIERARQUIA CADEIA DE COMANDO representada no organograma, define a quem se reportar CENTRALIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO AUTORIDADE PARA A TOMADA DE DECISÃO Alta centralização – poder decisório na cúpula Descentralização – autoridade mais diluída nos níveis hierárquicos AMPLITUDE DE CONTROLE REFERE-SE AO NÚMERO DE SUBORDINADOS PARA UMA COORDENAÇÃO EFICAZ Maior amplitude: pode diminuir a eficácia Menor amplitude: amplia o controle, torna a comunicação vertical mais complexa e as decisões mais lentas MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 24 Os níveis hierárquicos revelam uma hierarquia de autoridade, definindo quem se reporta a quem, bem como quem toma decisões e as responsabilidades respectivas. O termo centralização refere-se ao grau em que o processo decisório está concentrado em um local da hierarquia organizacional. Assim, a alta centralização significa poder decisório concentrado na autoridade formal. Tipos de estrutura organizacional Henry Mintzberg desenvolveu uma tipologia no seu estudo das organizações no final dos anos 1970. Trabalharemos aqui três categorias que definem os modelos historicamente construídos: estruturas pré-burocrática, burocráticas e pós-burocráticas. Organizações pré-burocráticas são estruturas simples, associadas a pequenas empresas criadas por um empreendedor e que em geral o dono é o próprio gerente. As estruturas são enxutas e planas, nas quais todas as pessoas se reportam diretamente ao chefe, o que proporciona muita agilidade no processo decisório. Modelo burocrático No modelo burocrático, os processos de padronização são caracterizados por tarefas operacionais e rotineiras realizadas através de especialização, autoridade centralizada e pequena amplitude. O principal ponto forte das organizações burocráticas é a capacidade de realizar atividades padronizadas de maneira altamente eficiente. Uma estrutura matricial combina duas formas de departamentalização – a funcional e a por produto ou divisional. Isto é, em um mesmo desenho organizacional, as pessoas participam de grupos por funções e grupos por produtos, projetos ou divisões. Esse tipo de arranjo surge da necessidade de integrar a diversidade e demanda mais flexibilidade. Essas estruturas rompem MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 25 com o princípio da autoridade centralizada, burocrática funcional. Existe mais de uma cadeia de comando, a funcional e a de projeto. Conheça os modelos e características das estruturas burocráticas. Estrutura funcional - Padronização é o mecanismo central de coordenação; - A departamentalização é funcional; - É centralizada; - Vantagem principal: eficiência econômica relacionada à padronização; - Desvantagem: pouca flexibilidade e reduzida capacidade de lidar com mudanças. Estrutura divisional • É um pouco mais descentralizada, departamentalizada e moderadamente eficiente, com duplicação de esforços entre as divisões. Estrutura matricial • Utiliza ao mesmo tempo a departamentalização funcional e a divisional estruturada em projetos; • O ajuste mútuo é o mecanismo básico de coordenação nas camadas superiores; • A tomada de decisão é descentralizada, especialmente nos coordenadores de projetos; • A padronização e a supervisão direta atuam nas camadas inferiores. Organização em rede A partir da segunda metade da década de 1970, consolidação do conceito de especialização flexível e de um novo paradigma tecno-industrial baseado na tecnologia da informação e de inovações no campo da microeletrônica. O advento da globalização transforma o padrão das economias. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 26 A arquitetura organizacional típica do sistema fordista passam a conviver com organizações de redes de empresas. A configuração dessas estruturas com empresas de portes variados enfatizam a importância da colaboração e do capital social. As configurações tornam-se mais fluidas e as relações interorganizacionais ganham importância crítica de sucesso, mais até do que as características internas, tamanho da organização ou da tecnologia dententora. No paradigma Fordista prevalecia uma estrutura hierarquizada que legitimava o poder da supervisão e submetida às funções técnicas objetivas e necessárias para o funcionamento efetivo da organização. As arquitetura que se apresentava era de organizações hierarquizadas e verticalmente integradas, com características de centralização, hierarquia, disciplina, regras rígidas, fragmentação do trabalho. Dessa forma, a flexibilidade reduzida da estrutura produtiva restringia a capacidade de promover agilidade dos ajustes necessários para o novo parâmetro de funcionalidade, isto é, na era fordista a hierarquia profissional era necessária para atender às necessidades da sociedade. A organização racional, burocrática era totalmente legitimada, valorizando os status gerenciais. Com o paradigma da especialização flexível surge uma nova arquitetura organizacional. Mais horizontalizada, com descentralização interna de processo e pela organização em redes. Esse modelo mais orgânico e menos hierárquico trouxe um conceito de organização mais preparada aos ambientes em transformação e mudança nas expectativas sobre a maneira como as pessoas deveriam trabalhar. Esta proposta incentiva a criatividade individual em contrapartida à simples obediência passiva às regras, estimulando a capacidade dos colaboradores de resolver problemas cotidianos. A complexidade das relações de mercado aparentes a partir da flexibilidade e da globalização produz nas organizações a necessidade de contemplar todos os MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 27 eventos que ocorrem em torno das suas atividades e, nesse sentido, a complexidade externa cria a necessidade da complexidade interna. Organização vital Cada vez mais estamos lidando com um mundo mais virtualizado, suportado por tecnologias de informação e comunicação e organizado em redes. Além disso, há as formas de organização do trabalho, terceirização, teletrabalho e conveniências. As redes organizacionais podem ser comunidades presenciais ou virtuais. Essas organizações utilizam estruturas que compartilham custos, habilidades e acesso a mercados. Uma organização virtual caracteriza-se por uma agrupamentopermanente ou temporário de grupos, indivíduos ou departamentos dispersos geograficamente que não pertencem a uma mesma organização e que são dependentes de comunicação eletrônica para a condução do processo produtivo. Paradigma da economia As rápidas transformações produzidas pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC) demanda a aquisição de novas capacitações e conhecimentos. É o chamado Paradigma da Economia baseada em Conhecimento. Peter Drucker afirmou que na nova economia o conhecimento é o único recurso significativo e não apenas mais um recurso tradicional de produção. Assim, a capacidade de transferir conhecimento representa uma fonte distinta de vantagem comparativa para as organizações. Para Davenport e Prusak a gestão do conhecimento pode e deve coexistir bem com as estratégias de negócios e com os processos organizacionais em geral. A gestão do conhecimento baseia-se em melhorar os recursos existentes da organização de forma orientada para o conhecimento. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 28 Isto é, entendendo que o conhecimento é transferido nas organizações, quer gerenciemos ou não esse processo. Segundo os autores, as transferências cotidianas do conhecimento fazem parte da vida organizacional, todavia localizadas e fragmentadas. Embora a transferência espontânea e não estruturada do conhecimento seja vital para o sucesso de uma empresa, o termo gestão do conhecimento implica na transferência formalizada, sendo um dos elementos essenciais o desenvolvimento de estratégias específicas para incentivar essas trocas espontâneas. Aquisição de conhecimento A aquisição do conhecimento tanto pode ser de diferentes áreas da organização quanto do ambiente externo. Criar novas habilidades, novos produtos, ideias criativas e processos mais eficientes caracterizam o desenvolvimento do conhecimento. Neste elemento construtivo Probst, Raube e Romhardt propõem que a organização examine as maneiras gerais de lidar com novas ideias e de utilizar a criatividade de seus colaboradores. O compartilhamento e a distribuição do conhecimento requerem primordialmente o estabelecimento de um clima de confiança, para que possam ser disseminadas emoções e as ideias inovadoras e criativas. Esse elemento construtivo acontece na transição do conhecimento do indivíduo para o grupo ou para a organização. Os elementos construtivos do conhecimento não são estanques, ao contrário, estão sempre em constante inter-relação, devendo a organização possibilitar a construção de um contexto adequado que facilite os processos de interação. Na literatura sobre gestão do conhecimento encontra-se forte influência da teoria da criação do conhecimento organizacional de Nonaka e Takeuch. Mesmo considerando o contexto cultural específico do desenvolvimento de sua teoria, nas organizações empresariais japonesas seu modelo constitui-se uma contribuição importante para os fundamentos da gestão do conhecimento. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 29 Uma característica marcante do novo modo de criação do conhecimento dentro do novo paradigma econômico das tecnologias da informação, da sociedade da informação e do conhecimento é que cada vez mais o processo de inovação acontece através do networking e não através de estruturas hierárquicas e de mercados. Os conceitos de rede (network) encontrados em diversos autores apontam para uma estrutura comum: um conjunto de pessoas que compartilham ideias e interesses para a solução de problemas e a satisfação de necessidades. As redes são espaços valorizados para o compartilhamento da informação e para a construção do conhecimento. As redes de conhecimento são redes informais e auto-organizadas em torno de pessoas com interesses comuns que se comunicam para compartilhar o conhecimento e resolver problemas em conjunto às quais podem tornar formalizadas com o tempo. É um fenômeno dinâmico e rico no qual o conhecimento é compartilhado, desenvolvido e expandido. O novo modelo organizacional prioriza a atuação coletiva que depende de uma cultura organizacional baseada em relações de confiança e cooperação construindo o capital social e o diferencial de competitividade. Atividade proposta Assista ao filme “Tempos Modernos, de Charles Chaplin: Agora, escolha uma ou duas cenas do filme e analise os impactos do taylorismo e fordismo na perspectiva dos trabalhadores. Compare com a empresa onde você trabalha. Chave de Resposta: • A empresa é percebida como um conjunto de cargos hierarquizados e não possui uma perspectiva sistêmica? • O trabalhador deve se adaptar às necessidades organizacionais e para isso há reforço no treinamento de habilidades? MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 30 • A motivação é dada somente associada à remuneração do trabalho? Atividade proposta Ainda hoje as mulheres sofrem com diferenças no campo do trabalho. As empresas criam programas para “valorizar a competência profissional independente do gênero”. Leia a matéria sobre o assunto e depois comente a frase “ao não terem para mulheres e homens a mesma extensão, alcance, ou ainda a mesma significação os procedimentos de formação/requalificação podem ser o lugar da construção da incompetência técnica das mulheres”. Mulheres invadem redutos masculinos no mercado 27 de Julho de 2014 | 00h00 Divulgação/Eldorado Falta de mulheres na política gera desigualdade Com o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho, as mulheres se destacam em áreas antes consideradas redutos masculinos, conforme mostra matéria de hoje (27) no jornal Correio do Estado. A industrialização de Três Lagoas mostra essa nova realidade, através da empregabilidade da mão-de-obra feminina nas indústrias para monitorar painéis, operar maquinários pesados, cultivar eucaliptos ou até mesmo fazer parte da segurança patrimonial. É o caso da Eldorado Brasil, uma das empresas MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 31 de celulose responsável por tornar o município a capital mundial da celulose. De acordo com o gerente de recursos humanos da empresa, Carlos Gajardoni, atualmente cerca de 8% (uma média de 400) das mulheres que trabalham na empresa ocupam cargos prioritariamente masculinos, como motoristas de tratores, líderes florestais e ratificadores de correntes. Na opinião de Gajardoni o número representa a importância que a empresa nutre, cada vez mais, em valorizar a competência profissional independentemente do gênero. “As mulheres estão buscando inserção em áreas que antes não eram ocupadas por elas e temos observado o alto nível de qualidade do serviço feminino. Elas são bastante cuidadosas com os equipamentos que operam e tem clara obediência aos procedimentos de segurança, que é um dos nossos pilares”, destacou. Simone Pasolini, 31 anos, é formada em Técnico em Papel e Celulose e atua no setor de processo final da secagem de celulose como operadora de área II da Eldorado, mas já faz parte do setor fabril há 12 anos, quando ainda existiam poucas mulheres trabalhando no ramo de celulose e papel. “Em alguns momentos eu fui vítima de preconceito, mas sempre soube superar isso enfrentando sempre com bom humor e mostrando que as mulheres não são mais submissas aos homens e lutam por seus direitos e espaço na sociedade”, lembrou. A reportagem é de Gisele Mendes, corresponde em Três Lagoas.·. Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticia/mulheres-invadem-redutos- masculinos-no-mercado/223176/ Chave de resposta:Ainda encontramos situações onde o modelo de flexibilização reforça a desigualdade através de formas atípicas, como contratação com salários menores, contratos de curta duração. A consequência para as mulheres é que elas se tornaram polivalentes, mas sem o respectivo aumento de salário e sem perspectivas de promoções. É preciso superar a ideia da mulher como força de trabalho secundária. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 32 Aprenda Mais Material complementar Para saber mais sobre novos modelos de negócios na Internet, leia o artigo Crowdbusiness: inovação em modelo de negócios na web 2.0, disponível em nossa biblioteca virtual. Referências SOUZA, Donaldo Bello de, SANTANA, Marco Aurélio; DELUIZ, Neise. Trabalho e educação: centrais sindicais e reestruturação produtiva no Brasil. Rio de Janeiro: Quartet, 1999. FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso. Construindo o conceito de competência. Revista de administração contemporânea, v. 5, n. SPE, p. 183-196, 2001. ROBBINS, Stephen. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002. ZANELLI, Jose Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo E.; BASTOS, Antonio V.B. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2014. Exercícios de fixação Questão 1 Adam Smith exemplificou a divisão do trabalho com a produção de alfinetes. Dizia ele que executando todas as funções um homem pode fazer no máximo dez ou quinze alfinetes por dia. Seis homens fariam 60 alfinetes. Mas, se cada um se ocupasse de uma função específica, a produção subiria para centenas diariamente. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 33 O texto acima ilustra o pensamento de Smith e a máxima capitalista sobre a organização do trabalho: “ produzir mais por menos”. Analise as afirmativas abaixo e verifique qual está corretamente associada ao pensamento tradicional capitalista da organização do trabalho. I. O treinamento especializado visa aumentar a destreza do trabalhador; II. A produtividade é medida na economia de tempo correspondente à passagem de uma tarefa a outra; III. O estimulo a invenção e utilização de maquinas que aumentem a escala de produção; IV. Defende o trabalho como única fonte de riqueza. Considerando as afirmativas acima está correto afirmar que: a) A alternativa IV é a única correta b) As alternativas I, II e III estão corretas c) Todas as alternativas estão corretas d) Somente as alternativas I e II estãocorretas e) A alternativa II é a única incorreta Questão 2 Para Karl Marx a divisão do trabalho é alienante porque: I. O trabalhador é submetido a exploração por meio das condições materiais e sociais. II. O poder está no capital e não no trabalho. III. A perspectiva do lucro aumenta o valor distribuído ao trabalho. Está correto afirmar: a) Apenas a afirmativa I está correta b) As afirmativas I e II estão corretas c) Apenas a afirmativa II está correta d) Todas as afirmativas estão corretas e) Apenas a afirmativa III está correta MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 34 Questão 3 As ideias iluministas que valorizavam a razão e o desenvolvimento científico possibilitaram o surgimento da administração científica no final do século XIX. Neste cenário, houve um incremento da profissionalização da gerência e da concepção científica para a organização do trabalho. Frederick Taylor foi um dos expoentes desse movimento. Na concepção de Taylor, a administração científica deve considerar: I. A ênfase do treinamento é destreza de habilidades. II. A visão do homem é de um trabalhador indolente. III. O planejamento é exclusivo da gerência. IV. O trabalhador é capaz de se auto-organizar. Está correto afirmar: a) Apenas a afirmativa I está correta b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas c) Apenas a afirmativa IV está incorreta d) Todas as afirmativas estão corretas e) Apenas a afirmativa III está correta Questão 4 O fordismo revolucionou a administração e suas teorias mudaram para sempre o modo de administrar empresas. Na perspectiva do treinamento, assinale a alternativa que apresenta relação com a proposta do pensamento de Ford. a) O objetivo do treinamento era especializar o trabalhador em uma determinada etapa da produção. b) O treinamento visava envolver o trabalhador na perspectiva da qualidade total. c) Os trabalhadores eram capacitados para qualificar suas habilidades e competências. d) O trabalho em equipe era valorizado. e) Em relação às lideranças, a ênfase era estimular a participação dos trabalhadores. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 35 Questão 5 Dos pilares do sistema Toyota, assinale a afirmativa INCORRETA. a) O trabalhador, do modelo Ford, era treinado para desenvolver seu trabalho em uma única máquina; no modelo Toyota ele deveria se responsabilizar por várias. É o conceito de trabalhador qualificado e polivalente. b) O comportamento organizacional é centrado no comprometimento das pessoas em buscar soluções problemas que afetem a qualidade e o atingimento dos objetivos e metas organizacionais. c) O trabalho em equipe é uma das diferenças principais do modelo fordista. d) É importante estimular o crescimento pessoal e profissional e o pensar do grupo como um time. e) O controle é determinado pela máquina, a submissão as normas operacionais, sendo a disciplina o principal papel da supervisão. Questão 6 O mundo do trabalho é marcado pela complexidade e diversidade de tipos de estrutura organizacional. Sobre os tipos de estrutura organizacional é INCORRETO afirmar: a) Uma organização pré-burocrática, muito comum em empresas familiares e pequenas empresas, é marcada por estruturas planas, enxutas, pouca formalização e alta centralização nas decisões. b) Uma organização pós-burocrática, muito comum em multinacionais, é identificada por ser mais horizontalizada, com alta descentralização interna, pela comunicação ágil e organizada em redes. c) A organização burocrática é caracterizada pela padronização, formalização, hierarquização e departamentalização. d) Na organização pós-burocráticas, organizadas em rede, proporciona maior facilidade de comunicação e estimula a formação de redes formais e informais. e) Uma organização burocrática, a configuração dessas estruturas com empresas de portes variados enfatizam a importância da colaboração e do capital social. MODELOS DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES 36 Questão 7 A abordagem de rede é uma maneira de organizar e articular unidades organizacionais. Sobre esse tipo de abordagem é correto afirmar: a) Neste modelo, a organização é menos preparada aos ambientes de mudança. b) Essa proposta incentiva a criatividade individual. c) A obediência às normas internas é determinante para resolver problemas cotidianos. d) Apresenta limitações com a flexibilidade da força de trabalho e estrutura enxuta. e) Agrega as principais funções em uma única companhia e as funções secundárias em companhias separadas. Questão 8 Os mecanismos básicos de coordenação podem se dar de algumas formas. Analise as afirmativas a seguir, julgando-as verdadeiras (V) ou falsas (F). I - O mecanismo do ajuste mútuo acontece a partir da troca de informações entre colegas, sobre como e quem deve realizar uma tarefa. II - Na supervisão direta, a autoridade hierárquica determina as tarefas que devem ser executadas. III - A descrição de uma tarefa ou processo é um mecanismo de coordenação muito comum nas organizações pré-burocráticas.
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