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ESPOROTRICOSE GRUPO: BRENDA MARTINS, DESIRÊE LUIZE, GIL CÉSAR, LETÍCIA COUTO, SÂMICK LAYENE INTRODUÇÃO ❖ A Esporotricose Humana é uma micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii. A forma micelial, está presente no solo, nos espinhos de arbustos, em árvores e vegetação em decomposição. Já a forma de levedura, é a que pode parasitar o homem e animais. ❖ Atualmente distribuída em todo o mundo, principalmente nas zonas tropicais e subtropicais. ❖ A infecção ocorre por meio da contaminação de ferimentos já abertos ou pela implantação do fungo na pele ou mucosa por meio de um trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; ou arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o agente transmissor mais comum. (BARROS; PAES; SHUBACH, 2011) INTRODUÇÃO ❖ Em sua fase saprófita ou quando cultivado a 25 ° C, assume uma forma filamentosa, composta de hifas hialinas, septadas, com células conidiogênicas provenientes de hifas indiferenciadas formando conídios. ❖ Já quando crescidas em meio apropriado a 37 ° C, assume a forma de levedura, sendo esta forma, mais osmotolerante. ❖ Parede celular formada por quitina, que confere rigidez à parede celular fúngica, em ambas as fases morfológicas do S. schenckii. (BARROS, PAES, SHUBACH, 2011; ALMEIDA, 2013) PRINCIPAIS FORMAS CLÍNICAS ❖ Esporotricose cutânea localizada: caracteriza-se por uma única lesão, manifestada principalmente nas mãos e braços. ❖ Esporotricose linfocutânea: é a forma clínica mais frequente; são formados pequenos nódulos no local da inserção do fungo na pele, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. ❖ Esporotricose sistêmica: Está mais associada a pacientes HIV positivos, acometendo olhos e nariz. ❖ Esporotricose disseminada: acontece quando a doença se espalha para outros locais do organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado). (BARROS; PAES; SHUBACH, 2011);(HUGO; ROCHA; FERREIRA, 2012) PRINCIPAIS FORMAS CLÍNICAS Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/esporotricose-humana> Figura 1. Lesões de esporotricose cutânea no gato e no homem. Figura 2. Lesões de esporotricose na mão. FATORES DE VIRULÊNCIA DE S. SCHENCKII ❖ Termotolerância: habilidade de crescer a 37 ° C. ❖ Melanina: sintetizada por ambos os estágios morfológicos de S. schenckii. Promove resistência contra a fagocitose pelos macrófagos. ❖ Adesão: favorece a aderência aos tecidos do hospedeiro e a disseminação de fungos por todo o corpo. ❖ Ergosterol: presente na membrana celular, capaz de reagir com o peróxido de hidrogênio, produzido pelo macrófago, formando o peróxido de ergosterol, sendo este um mecanismo evasão do fungo. (BARROS, PAES, SHUBACH, 2011; ALMEIDA, 2013) DIAGNÓSTICO ❖ EXAME DIRETO: geralmente realizado com hidróxido de potássio a 10%, a fim de observar brotamento de células de levedura parasitas. Alguns autores recomendam a coloração de Giemsa. ❖ Estes procedimentos de coloração carecem de sensibilidade. A observação de células de levedura através de exame direto, não é conclusiva para o diagnóstico de esporotricose. ❖ DETECÇÃO MOLECULAR: a detecção molecular de S. schenckii é útil para um diagnóstico rápido de esporotricose e também é valiosa em casos de culturas negativas devido à baixa carga fúngica ou infecções secundárias. (BARROS; PAES; SHUBACH, 2011) EXAME MICROSCÓPICO Forma Leveduriforme a 37 C° Disponivel em: <http://thunderhouse4-yuri.blogspot.com/2015/05/sporothrix-schenckii-complex-revisited.html> Forma Filamentosa a 25 C° Figuras 3 e 4: Identificação microscópica de Sporothrix schenckii em suas duas formas, leveduriforme e filamentosa. Cells seen in a suspension in Lactophenol Cotton Blue DIAGNÓSTICO ❖ CULTURA: isolamento em ágar Sabouraud com cloranfenicol e em meio com cicloheximida, como o ágar micobiótico. ❖ Após 5 a 7 dias de incubação a 25 ° C, colônias hialinas filamentosas começam a crescer, e depois de algum tempo, elas podem desenvolver uma cor escura, geralmente nos centros das colônias. ❖ A 37 ° C, desenvolve forma parasitária de levedura, com colônias que lembram bactérias: cremosas de coloração amarelada. ❖ Apesar da presença do fungo nos tecidos por exame direto ser um indicativo da esporotricose, o diagnóstico definitivo se dá após o isolamento do S. shenckii em meio de cultura a 25 ° C, e sua conversão para a forma leveduriforme a 37 ° C. D isponível em : <https://w w w .ncbi.nlm .nih.gov/pm c/articles/PM C 3194828/> (BARROS; PAES; SHUBACH, 2011) Figura 5: Culturas de pus de lesões por S. schenckii. As cepas tornam-se visíveis após 4 dias de crescimento em ágar Sabouraud dextrose, algumas cepas não apresentam produção de melanina (tubo à esquerda), enquanto outras são melanizadas desde o início do crescimento (tubo no centro). Quando transferidos para ágar de infusão de cérebro e coração e cultivados a 37 ° C, as cepas sofrem dimorfismo, apresentando colônias cremosas de leveduras (tubo à direita). TRATAMENTO ❖ O tratamento deve ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. ❖ A duração do tratamento pode variar de três a seis meses, ou mesmo um ano, até a cura do indivíduo. ❖ Os antifúngicos utilizados para o tratamento da esporotricose humana são o Itraconazol, o Iodeto de Potássio, a Terbinafina e o Complexo Lipídico de Anfotericina B, para as formas graves, disseminadas. ❖ O Sistema Único de Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, oferece gratuitamente, o Itraconazol e o Complexo Lipídico de Anfotericina B para o tratamento da Esporotricose humana. (BARROS, PAES, SHUBACH, 2011; ALMEIDA, 2013) OBRIGADO! REFERÊNCIAS ● BARROS, Mônica Bastos de Lima; PAES, Rodrigo de Almeida; SCHUBACH, Armando Oliveira. Sporothrix schenckii e a Esporotricose. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3194828>. Acesso em: 11 nov. 2018. ● BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Aldeberg. 25. ed. Porto Alegre. AMGH. 2012. ● YURI. Complexo Sporothrix schenckii. Disponível em: <http://thunderhouse4-yuri.blogspot.com/2015/05/sporothrix-schenckii-complex-revisited.ht ml>. Acesso em 11 nov. 2018. ● HUGO, Carina Paulino; ROCHA, Roberta D. Rodrigues; FERREIRA, Mônica de F. Ribeiro. ESPOROTRICOSE HUMANA: aspectos clínicos, laboratoriais e caso clínico. 6. 2012. Disponível em: <http://blog.newtonpaiva.br/pos/944/>. Acesso em: 11 nov. 2018.
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