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Equação Newtoniana para o resfriamento Quando se expõe um corpo de temperatura TC a um ambiente de temperatura TA, de forma que TC ≠ TA, nota-se que, após algum tempo, o objeto atinge o equilíbrio térmico com o ambiente. Pode-se representar isto através de uma equação1: Onde: ∆T variação de temperatura sofrida pelo corpo;⇒ K representa um coeficiente de proporcionalidade, que dependerá da superfície⇒ exposta, do calor específico do corpo e também é função de características do meio ambiente; TC temperatura inicial do corpo; ⇒ TA temperatura ambiente; ⇒ ∆t intervalo de tempo. ⇒ A equação (1) pode ser escrita da seguinte maneira: Onde dT representa a variação de temperatura do objeto durante um intervalo de tempo dt muito pequeno. T é a temperatura do corpo em um determinado instante, TA é a temperatura ambiente e k é uma constante de proporcionalidade. Esta equação pode ser resolvida usando-se técnicas avançadas: A equação (3) acima descrita é chamada de lei de Newton do resfriamento, estabelece que a taxa de perda de calor de um corpo é proporcional à diferença de temperatura entre o corpo e seus arredores e aceita três hipóteses básicas: A temperatura T = T(t) depende do tempo t e é a mesma em todos os pontos do fluído; A temperatura TA do meio ambiente permanece constante ao longo da experiência; A taxa de variação da temperatura com relação ao tempo t é proporcional à diferença entre a temperatura do fluído e do meio ambiente. O experimento consiste em medir com um termômetro a temperatura ambiente, então aquecer 150ml de água ate 60°C, colocar esse termômetro em contato com a água quente até que o termômetro entre em equilíbrio com a água, retirar o termômetro da água colocando-o em contato com o ar e medir o tempo gasto para a temperatura cair de TC para TA. Repetir o experimento colocando o termômetro em contato com água em temperatura ambiente em vez de em contato com o ar. Com o objetivo de determinar a curva de resfriamento de um termômetro e verificar a validade da Lei de Newton para resfriamento. Para isso foram necessários: 2 termômetros com escala de -10°C a 110°C; 1 ebulidor (110volts); 2 béqueres de 250ml; 1 cronometro; 1 tripé tipo estrela com manipulo. O termômetro 1 foi preso no tripé e usado para medir a temperatura ambiente: TA = (28,0 ± 0,5) °C No béquer 1 (de vidro) foram colocados 150 ml de água a temperatura ambiente acompanhado do ebulidor e de um termômetro. O ebulidor ficou ligado até de aquecer a água em 60°C. Ao atingir a temperatura desejada, desligamos o ebulidor, e ao mesmo tempo em que retirávamos o termômetro da água para colocá-lo no suporte do tripé, o cronometro foi acionado a fim de medir o tempo que o termômetro demoraria para sair da temperatura em que se encontrava ao ser colocado em contato com a água quente até atingir a temperatura ambiente. Nesse intervalo de tempo, foram registrados 10 medições de tempo e temperatura para esse resfriamento: Tabela1: Resfriamento no ar T (°C) t (s) 66,0 ± 0,5 0,00 ± 0,01 55,0 ± 0,5 18,00 ± 0,01 50,0 ± 0,5 27,00 ± 0,01 45,0 ± 0,5 45,00 ± 0,01 42,0 ± 0,5 60,00 ± 0,01 40,0 ± 0,5 73,00 ± 0,01 35,0 ± 0,5 120,00 ± 0,01 33,0 ± 0,5 152,00 ± 0,01 30,0 ± 0,5 232,00 ± 0,01 28,0 ± 0,5 450,00 ± 0,01 No béquer 2 (de plástico) foram colocados 150 ml de água à temperatura ambiente. Mais uma vez ligamos o ebulidor no béquer 1 até aquecer a água em 60°C, assim que a temperatura foi atingida desligamos e retiramos o ebulidor da água. E ao mesmo tempo em que retirávamos o termômetro, acionamos o cronometro e fizemos a medição do resfriamento do termômetro, porém dessa vez não o deixamos em contato com o ar e sim com a água em temperatura ambiente do béquer 2. Com as medições de resfriamentos fizemos a seguinte tabela: Tabela 2: Resfriamento na água T (°C) t (s) 60,0 ± 0,5 0,00 ± 0,01 50,0 ± 0,5 2,00 ± 0,01 45,0 ± 0,5 5,00 ± 0,01 40,0 ± 0,5 7,00 ± 0,01 36,0 ± 0,5 10,00 ± 0,01 34,0 ± 0,5 14,00 ± 0,01 32,0 ± 0,5 18,00 ± 0,01 30,0 ± 0,5 25,00 ± 0,01 29,0 ± 0,5 42,00 ± 0,01 28,0 ± 0,5 127,00 ± 0,01 Com os resultados encontrados nas tabelas (1) e (2), montamos um gráfico que nos dá a curva do resfriamento em cada caso: Gráfico 1: Nota-se que o resfriamento do termômetro quando em contato com a água é mais rápido que quando em contato com ar, mesmo os dois estando a uma mesma temperatura ambiente (28,0 ± 0,5)°C. “Os átomos ou moléculas de um corpo, tanto no estado sólido quanto no líquido ou gasoso, estão em constante movimento (agitação atômica). Uma importante descoberta da Física Moderna foi constatar que a energia cinética deste movimento está relacionada com a temperatura que o corpo apresenta. Como o número de átomos e moléculas que constituem o corpo é muito grande, e como eles possuem energias cinéticas diferentes, trabalha-se sempre com um valor médio das energias dessas partículas. [...]” [1] Como a temperatura é uma medida da velocidade com que essas moléculas se movem, então, como consequência, medir a temperatura em relação ao ar, demora mais que em relação a água, já que a água só possui moléculas de hidrogênio e oxigênio e está concentrada em 150ml, enquanto o ar atmosférico é constituído por uma mistura de diversos gases, como o nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e gases nobres e está por toda parte. Nas tabelas (3) e (4) temos os dados da linearização dos gráficos de temperatura em relação ao ar e em relação à água: Tabela 3: Linearização do gráfico de resfriamento em relação ao ar Tabela 4: Linearização do gráfico de resfriamento em relação à água Percebe-se que nossa expressão (3) se transformou em y = yo + A1e-x/t1 Onde: y variação de temperatura sofrida pelo corpo;⇒ 1/t1 representa um coeficiente de proporcionalidade, que dependerá da superfície⇒ exposta, do calor específico do corpo e também é função de características do meio ambiente; A1 temperatura inicial do corpo - temperatura ambiente; ⇒ -x intervalo de tempo; ⇒ yo temperatura ambiente.⇒ Com os dados que temos, podemos comparar o valor da temperatura ambiente e o valor da variação de temperatura, registradas diretamente e por meio do gráfico. Tabela 5: Comparação entre resultados encontrados por linearização e experimentalmente Linearização ar Experimental ar Linearização água Experimental água ∆T (°C) 35 ± 1 38,0 ± 0,5 30 ± 1 32,0 ± 0,5 TA (°C) 29,5 ± 0,8 28,0 ± 0,5 28,8 ± 0,6 28,0 ± 0,5 Essa diferença ocorreu porque a linearização usa os valores mais próximos da curva esperada, que no caso foi uma curva exponencial, fazendo correções e arredondamentos de valores, enquanto o experimento usa os valores reais encontrados. Ainda pela linearização, temos que: k = (1/t1 ± |-erro/t1²|) s-1 Assim: kar = (0,018 ± 0,001) s-1 kágua = (0,14 ± 0,01) s-1 Sabemos que k representa um coeficiente de proporcionalidade, que dependerá da superfície exposta, do calor específico do corpo e também é função de características do meio ambiente. No primeiro caso, o termômetro está exposto ao ar atmosférico que é constituído por uma mistura de diversos gases, como o nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e gases nobres e um calor específico de 0,24 cal/g°C [2], enquanto a água tem um calor específico de 1,0 cal/g°C [3], e só possui moléculas de hidrogênio e oxigênio. Por isso essa diferença entre o k encontrado quando o termômetro é colocado em contato com a água e quando é colocado em contato com o ar. Com todos os resultados obtidos graficamente, podemos fazer uma comparação da temperatura no instante t obtidos gráfica e experimentalmente: Tabela 6: Comparação T/t gráfica e experimentalmente tar (s) Tar exp. (°C) Tar gráf. (°C) tH2O (s) TH20 exp. (°C) TH2O gráf. (°C)0,00 ± 0,01 66,0 ± 0,5 65 ± 2 0,00 ± 0,01 60,0 ± 0,5 59 ± 2 18,00 ± 0,01 55,0 ± 0,5 55 ± 2 2,00 ± 0,01 50,0 ± 0,5 52 ± 2 27,00 ± 0,01 50,0 ± 0,5 51 ± 2 5,00 ± 0,01 45,0 ± 0,5 44 ± 2 45,00 ± 0,01 45,0 ± 0,5 45 ± 2 7,00 ± 0,01 40,0 ± 0,5 40 ± 2 60,00 ± 0,01 42,0 ± 0,5 42 ± 2 10,00 ± 0,01 36,0 ± 0,5 36 ± 2 73,00 ± 0,01 40,0 ± 0,5 39 ± 2 14,00 ± 0,01 34,0 ± 0,5 33 ± 2 120,00 ± 0,01 35,0 ± 0,5 34 ± 2 18,00 ± 0,01 32,0 ± 0,5 31 ± 2 152,00 ± 0,01 33,0 ± 0,5 31 ± 2 25,00 ± 0,01 30,0 ± 0,5 30 ± 2 232,00 ± 0,01 30,0 ± 0,5 30 ± 2 42,00 ± 0,01 29,0 ± 0,5 29 ± 2 450,00 ± 0,01 28,0 ± 0,5 29 ± 2 127,00 ± 0,01 28,0 ± 0,5 29 ± 2 Nota-se uma leve variação entre os valores encontrados por meio do gráfico e diretamente e se dão devido aos valores que o gráfico toma para a temperatura ambiente, variação de temperatura e constante k, ainda deve-se considerar que cada um desses valores que a expressão do gráfico toma, tem seu próprio erro, o que faz com o erro total da equação seja superior ao erro encontrado ao medirmos diretamente com um termômetro. Conclusão: Pudemos observar durante o experimento que o equilíbrio térmico é alcançado quando a diferença entre a temperatura do corpo analisado e a temperatura ambiente vai se tornando cada vez menor, até que se torne desprezível. Para que uma temperatura aumente ou diminua, devemos analisar o meio em que o corpo está, a temperatura do meio, a concentração do meio e o tempo em que ocorre essa variação de temperatura. Pois a temperatura é a velocidade de agitação das moléculas. Ao aumentar a temperatura as moléculas se agitam mais rápido, não como consequência, mas juntas. Considerando apenas uma molécula, em uma área de comprimento x, minha molécula demorará t tempo para ir do ponto que está ate o final da minha área (ou seja, até x), se aumentar o valor de x, como consequência meu tempo aumentará, sendo assim, minha área de contato varia na temperatura. Considerando ar e água como no nosso experimento, notamos que o termômetro esfria mais rápido na água, já que são só dois tipos de moléculas, enquanto no ar são vários tipos de moléculas, e medir a agitação media de todas pode demorar mais tempo quando são muitas a várias velocidades diferente. Observou-se também que quanto maior o valor de k, mais rápido é o refreamento, já que k é a constante de resfriamento e está em uma função exponencial, quanto maior k for, maior o valor de e e maior o valor da temperatura, e quanto maior a temperatura mais rápido os corpos entram em equilíbrio térmico. Conclui-se então que a equação de Newton para resfriamento é válida e bastante útil para a física. Referências Bibliográficas: [1] UFPel, Apostila de física, p.5; [2] e [3] Constantes: Calor Específico de uma Substância Disponível em: <http://www.fisica.net/constantes/calor-especifico-c.php>. Acesso em 10/04/2015
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