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Monitoria de eletrotermofototerapia 2018 Calor superficial Monitoria eletrotermofototerapia 2018.1 Hipertermoterapia O calor e o frio são recursos muito antigos utilizados na fisioterapia. Aquecimento indispensável para: ✓ Prática de cinesioterapia ✓ Manipulações ✓ Eletroestimulação • Quantidade de calor: Quantidade de energia trocada entre dois corpos quando há uma diferença de temperatura. • Temperatura: Medida do grau de agitação das moléculas. (Medida da quantidade de calor). • Calor específico: Quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de 1 kg de material em 1ºc. Transferência de energia: ✓ Condução: Consiste na transferência de energia térmica entre substâncias que estão em contato direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. ✓ Convecção: Consiste na transferência de calor por meio do movimento do fluido, ou seja, vai haver uma absorção de calor em um determinado local que se desloca para outro. Ocorre por diferenças de densidade. (Acontecem nos fluidos – Líquidos, gases e vapores). ✓ Radiação ou conversão: Conversão da energia eletromagnética ou ultrassônica em energia térmica. Homeotermia x regulação térmica Homeotermia é a capacidade que certos corpos têm de manter a temperatura constante. Essa manutenção depende do equilíbrio entre perdas e ganhos de calor. Informações de temperatura do sangue e dos receptores cutâneos Perfundem para o hipotálamo (Regulador de processos metabólicos). Manda uma resposta (No caso do calor, manda sinais de frio). Que vai levar a uma regulação térmica voluntária ou involuntária. ✓ Para um efeito terapêutico através do calor é necessário que ele provoque alterações tanto fisiológicas como físicas na área a ser tratada. Alterações fisiológicas: Alterações na fisiologia isto é, nas funções mecânicas, e bioquímicas nos seres vivos. ➢ Estimulação de nervos sensoriais pelo calor e pelo frio: Nosso sistema sensorial recebe informações do ambiente. Esses estímulos são transmitidos de na forma de impulso elétrico até nosso SNC. ➢ Redução ou aumento da condução nervosa ➢ Vasoconstricção ou vasodilatação. ➢ Aumento do fluxo sanguíneo e na troca de fluidos: O aumento do fluxo sanguíneo vai ter uma relação direta com a circulação de anticorpos e células fagocitárias, isso estimula um aumento do aporte sanguíneo para a região. Alterações físicas: Tem relação com a transformação física da matéria. ➢ Desnaturação de proteínas: Processo no qual moléculas biológicas perdem suas funções vitais, no caso o calor pode trazer essa alteração física para algumas proteínas. Um exemplo é a febre alta, que acima de 40º pode levar a uma inatividade de algumas enzimas. ➢ Congelamento dos fluidos e destruição tecidual: Temperaturas muito baixas podem levar a uma redução do metabolismo e congelamento dos líquidos corporais. ➢ Mudança na viscosidade dos fluidos; ➢ Mudança na maleabilidade do colágeno: O Calor aumenta a flexibilidade dos tecidos (Extensibilidade). Efeitos terapêuticos do calor: São os efeitos de terapia que o calor gera, ou seja, o que faz o calor ser usado como um auxilio aos métodos de tratamento. ➢ Acelera a cicatrização: A cicatrização nada mais é que a formação de uma “nova” pele, ou seja, com o aumento da taxa metabólica, e o consequente recrutamento de mais células, esse processo de cicatrização vai ser acelerado. ➢ Alívio da dor e sedação: O calor provoca efeito sedativo nas fibras dos nervos sensitivos periféricos, ➢ Redução de espasmo: Efeito gerado pelos receptores de temperatura da pele diminui a excitabilidade dos fusos das células, o que leva a um relaxamento muscular e consequente redução de espasmo. ➢ Facilita a mobilização articular: O calor deixa o tecido mais maleável e diminui a rigidez articular. • A faixa terapêutica do calor é de 40º a 45º; • Acima disso pode causar lesão tecidual; • Em caso de lesão a área deve ser resfriada o mais rápido possível; Calor superficial - Hipertermoterapia Calor Superficial – 2 cm no máximo (De fora para dentro) - Esquenta Profundo – 6 cm no máximo (De dentro para fora) – Não esquenta. Perde intensidade. • 40º a 45º para produzir efeito terapêutico. ➢ Indicações: - Fase sub-aguda (Cuidado!) e crônica; - Redução da dor e espasmo; - Auxilia no aumento da amplitude; - Diminuição de aderências; - Antes da mobilização articular; - Entorses - Traumatismo - Artrose/artrite - Contratura - Bursite ➢ Contra-Indicações: - Processos agudos; - Processos infecciosos; - Feridas abertas; - Hemorragias; - Paciente inconsciente - Áreas anestésicas - Alteração de sensibilidade - Dermatite - Pacientes oncológicos - Diabéticos e hipertensos e cardiopatas descompensados; Banho de parafina (Calor por condução) • Calor específico e condutividade baixa, o que permite ser aplicada diretamente sobre a pele. • Parafina misturada com óleo mineral • Utilizada para oferecer calor para pequenas áreas como mãos, dedos, punhos e pés. (Extremidades). • Pode aumentar a temperatura intra-articular em até 3,5 ºC • Transferência de calor por condução. ➢ Aplicação: - Aquecer a parafina antes; - Testar a sensibilidade; - Limpar a área; - Observar a temperatura; - Escolher o método; - Colocar a mão com os dedos abduzidos. ➢ Cuidados: - Higiene - Cuidado pra evitar contaminação; - Filtrar a parafina. ➢ Temperatura: Extremidades superiores: 47,7º a 52.2º. Extremidades inferiores: 45º a 49º Tempo: 15 a 20 minutos. Métodos de aplicação: Mergulho ou imersão: Mergulhar o membro de 7 a 12 vezes - Retirar todo e qualquer adorno; - Nível da parafina não pode estar baixo; - Verificar a temperatura antes; - O membro é submerso e mantido cerca de 2 segundos. - Envolver a “Luva” com plástico e depois uma toalha. Pincelamento: - Aplicação com um pincel; - Forma-se uma camada de mais ou menos 1 cm; - Cobre com plástico e toalha. Enfaixamento: - Enfaixar e colocar a parafina. - De 7 a 8 voltas - Coloca plástico e toalha. Finalização da técnica: - Retirar a toalha após o tempo; - Retirar o plástico já sobre o gabinete; - Retirar a parafina; - Examinar a parafina; - Limpar a área; - Iniciar a cinesioterapia; Forno de bíer: - Formato de U invertido; - O equipamento possui duas resistências elétricas, que estão protegidas por placas. - Possui um termostato, para manter o controle da temperatura. - Modo de transferência de calor: Convecção. Aplicação: - Paciente em posição confortável; - Retirar metais; - Introduzir a parte a ser tratado no FB; - Tempo: 20 minutos casos subagudos e 30 minutos para casos crônicos. - Temperatura: 60º para casos subagudos e 80º para casos clínicos. Cuidados: - Pré aquecer o forno antecipadamente; - Manter o membro centralizado; - Orientar ao paciente a não encostar-se às placas de metal, pois correrá o risco de queimaduras; - Pedir para o paciente retirar os metais, como: Anéis, pulseiras, relógios, etc. - Colocar a manta para manter a temperatura. Obs: Pode-se molhar uma toalha com água quente e envolver o membro, e no caso a forma de transferência de energia, mudaria para condução. Compressas quentes: - Calor por condução; - Compressas de gel; - Compressas de toalhas (Necessita de troca constante). - Modo de transferênciade energia – Condução. Turbilhão: Aparelho que gera um turbilhonamento de água quente, que atinge a região e promove uma analgesia. Vantagem do turbilhão é a mobilidade que ele dá ao paciente. INDICAÇÕES: Artrite, anquilose, contusão, contratura, coto doloroso, distensão, espasticidade, hipertonia, fibrose, mialgias e etc. CONTRAINDICAÇÕES: Estado febril, processo inflamatório agudo, doenças dermatológicas, feridas abertas e etc. - Transferência de calor por convecção; - Muito utilizado para membros superiores e inferiores; - Tempo: 20 a 40 minutos - Temperatura: 38-40 ºC ✓ Como realizar o teste de sensibilidade: Dois tubos de ensaio, um com água a temperatura de 40 a 45ºC e outro com a temperatura de 10 a 15ºC. Encostam-se em diferentes pontos da pele do paciente e verifica-se a integridade da sua sensação térmica. Como identificar um processo agudo: Dor Rubor Calor Edema Obs: Considera-se que saiu da fase aguda quando somem os sinais flogísticos, principalmente o rubor e o calor. Edema (Comprime os nociceptores) – Há um extravasamento de sangue p/ o interstíscio, gerando dor, rubor e calor. Sinal de cacifo: Edema agudo (Fluído) – Dedo desce Edema crônico (Edema de macromoléculas) – Dedo não desce, e a cavidade formada demora a subir novamente. Estudo dirigido 01. Defina: Quantidade de calor – Temperatura – Calor específico 02. Sobre transferência de calor: Consiste na transferência de energia térmica entre substâncias que estão em contato direto ( ) Consiste na transferência de calor por meio do movimento de fluido ( ) Conversão da energia eletromagnética ou ultrassônica em energia térmica ( ) 03. Para que ocorra efeito terapêutico através do calor é necessário que ele provoque alterações físicas e fisiológicas. Associe as colunas: (1) Alterações fisiológicas ( ) Redução ou aumento da condução (2) Alterações físicas nervosa. ( ) Mudança na maleabilidade do colágeno. ( ) Vasodilatação. ( ) Estimulação dos nervos sensoriais Pelo calor e pelo frio. ( ) Mudança na viscosidade dos fluidos. 04. Quando fazemos uso do calor, deve-se tomar cuidado redobrado antes de realizar a aplicação dos recursos, pois o risco de queimadura é alto. Deve-se observar o tempo, a temperatura, e sempre testar a sensibilidade térmica antes do uso de qualquer recurso. Descreva o teste de sensibilidade: 05. Complete a tabela: MODALIDADES CONDUÇÃO CONVERSÃO BANHOS ENVOLTURAS DUCHAS ULTRAVIOLETA BOLSAS TÉRMICAS SAUNAS ALMOFADAS PROFUNDO ULTRASSOM 06. Antes de se aplicar o calor existem algumas precauções que devem ser tomadas. Cite-as: 07. Cite as indicações e contraindicações do calor superficial: 08. Cite os métodos de aplicação da parafina: 09. Quais cuidados devem ser tomados na aplicação do forno de bíer: 10. Paciente M.C.G chega ao seu consultório relatando dor causada por uma tendinite de punho, devido a esforços repetitivos. Você decide realizar manobras de mobilização articular, porém além da dor impedir, a região apresenta-se bastante rígida. Você resolve, portanto usar um recurso termoterápico, já que a região não apresenta sinais flogísticos e a sensibilidade da paciente é totalmente preservada. Diante dos recursos que tem a sua disposição, você elege o banho de parafina como o mais indicado. Especifique agora, o tempo, distância e método de aplicação que você elegeria para a paciente.
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