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Aula 03 Princípios Constitucionais Mandados de Criminalização

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Princípios Constitucionais – Mandados de Criminalização
DIREITO PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS – MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO
Mandados Constitucionais de Criminalização (art. 5º, XLI ao XLIV, da 
CF/1988):
São patamares mínimos de tratamento penal que a CF estabelece para 
determinadas situações e aos quais fica atrelado o legislador penal, devendo 
respeitá-los. O STF define tais normas como imperativos de tutela, deixando 
claro que são proibições de proteção insuficiente.
São reconhecidos pelo STF que, por meio de sua segunda turma, no HC 
104.410/RS de 2012, assim se pronunciou:
Mandatos (sic) Constitucionais de Criminalização: A Constituição de 1988 contém 
um significativo elenco de normas que, em princípio, não outorgam direitos, mas 
que, antes, determinam a criminalização de condutas (CF, art. 5º, XLI, XLII, XLIII, 
XLIV; art. 7º, X; art. 227, § 4º). Em todas essas normas é possível identificar um 
mandato (sic) de criminalização expresso, tendo em vista os bens e valores envol-
vidos.
Dada a impossibilidade de criar crimes, a Constituição determina a criação 
deles. 
Vedação de Práticas Discriminatórias (XLI):
A CF/1988 estabelece uma exigência de punição a qualquer um que pratique 
conduta discriminatória aos direitos e liberdades fundamentais:
Art. 5º (...)
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fun-
damentais;
Atenção!
É importante observar que o referido mandado constitucional não se dirige 
exclusivamente ao legislador, mas também alcança o Poder Judiciário e o 
Poder Executivo. 
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Veja como o referido dispositivo influencia nos três poderes:
 – O Poder Legislativo deve editar leis que coíbam a prática das condutas 
descritas no inciso XLI
 (exemplo: edição da Lei n. 7.716/1989 – Lei de Preconceito);
 – O Poder Judiciário deve utilizar esse preceito como alicerce de suas 
decisões, evitando decisões que reforcem qualquer discriminação dos 
direitos e liberdades fundamentais (exemplo: RE 846.102/PR, em que 
o STF entendeu legítimo o direito de adoção de uma criança por casal 
homossexual que vivia em união estável);
 – O Poder Executivo deve criar políticas públicas que reforcem na socie-
dade a repressão a essas práticas atentatórias;
Racismo (XLII); 3T+H (XLIII); Ação de grupos armados (XLIV);
Nesse ponto, abordaremos simultaneamente três mandados constitucionais 
de criminalização estabelecidos pelo constituinte originário. Basicamente, as 
bancas examinadoras querem saber do candidato as seguintes perguntas: 
→ Quais desses crimes são inafiançáveis? 
→ Quais deles são imprescritíveis? 
→ E quais são insuscetíveis de graça e anistia?
Ração – imprescritível
3TH – Insuscetível de:
• Graça – concedida por meio de decreto do Presidente da República. 
• Anistia – concedida por meio de Lei
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Ambas são formas de encerrar a pena de alguém que esteja preso e são 
causas de extinção da punibilidade. 
Existe uma terceira causa de extinção da punibilidade que também não é 
aplicável aos crimes hediondos e aos seus equiparados. Entretanto, não está 
prevista na Constituição, mas sim na Lei n. 8.072/1990 – ela veda a aplicação do 
indulto aos crimes hediondos e aos seus equiparados.
• Indulto também é fornecido por meio de decreto. 
Princípio da Intranscendência da Pena (XLV):
Também conhecido como princípio da pessoalidade da pena, personalidade 
da pena ou limitação das penas, anuncia o inciso XLV, do art. 5º, da CF/1988:
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, esten-
didas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio 
transferido;
Lendo o dispositivo acima, percebemos que existe uma regra:
NENHUMA PENA PASSARÁ DA PESSOA DO CONDENADO!
• Existe exceção à regra de que nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado?
NÃO. Ou seja, não existe, no direito penal brasileiro, absolutamente NENHUMA 
pena que possa atingir outra pessoa que não seja o autor do delito.
 – E o que dizer da segunda parte do inciso XLV, que diz ser possível esten-
der aos sucessores (até o limite do patrimônio transferido) a obrigação 
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens?
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��������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.

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