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Paper III Estágio

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A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS NO 
ENSINO DA GEOGRAFIA 
 
 
 
Silvane Inês Caczmareki 
Professor Orientador: Carlos Odilon da Costa. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI 
Licenciatura em Geografia (GED 0154/6) – Papear do Estágio III 
28/06/2016 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho relata a vivência do III e último estágio tendo em vista as Metodologias 
e as didáticas utilizadas em sala de aula, as experiências vividas o contato direto com os 
alunos e novamente agora com uma visão do conjunto da Escola e dos alunos o tema proposto 
da Importância das Tecnologias no Ensino da Geografia tornou-se algo visto como essencial. 
O mesmo tema trabalhado nos Estágios I e II agora é um dos assuntos mais discutidos na 
área da Educação em Geral. Trata-se da Importância das Tecnologias e também da grande 
preocupação em torno do professor que não está preparado para lidar com tantas inovações 
e que mudam e aperfeiçoam-se muito rápido. Os aparelhos eletrônicos estão na vida diária 
das pessoas, mas é preciso saber utiliza-lo em uma sala de aula. E o responsável por o modo 
de aproveitar essa tecnologia é o professor porque é ele que está no comando, mas pelo fato 
de alguns professores terem suas limitações quando se trata de tecnologias em sala de aula. 
Aluno e professor ficam lado a lado, trocando informações e utilizando-se de todas essas 
ferramentas juntos. 
 
Palavras-chave: Metodologia. Docência. Aprendizagem. Tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O III Estágio Observatório e Regencial foi realizado na mesma Instituição Escolar que 
os Estágios I e II, que é na Escola Estadual de Ensino Médio Dom Feliciano, localizada na rua 
Venâncio Aires n0 87 bairro centro Rio Grande do Sul, Brasil. A realização do estágio III tem 
como objetivo oportunizar o acadêmico futuro professor a praticar e vivenciar as atividades 
do dia a dia de uma sala de aula, poder trabalhar e sentir o que um professor de Geografia faz 
em seu ofício, como também observar a formação intelectual e cultural dos alunos e os 
métodos de estudo desenvolvidos por ele no momento em que coloca em prática o seu 
conhecimento adquirido na sua caminhada acadêmica. 
A área de concentração selecionada foi a Metodologia de Ensino e Aprendizagem de 
Geografia onde foi abordado o mesmo tema dos dois últimos estágios que está relacionado ás 
novas tecnologias no ensino da Geografia. A inovação tecnológica tem avançado muito rápido 
consequentemente observa-se a necessidade de haver internet e computadores para todos os 
alunos, principalmente em disciplinas como Geografia, História, Sociologia entre outras, onde 
principalmente na ciência Geográfica que engloba a parte econômica, social e política da 
Geografia , rivalidades entre nações, estuda-se a população, a renda, a economia, os fatores 
sociais e socioeconômicos e tudo isso está em constantes mudanças, acredita-se que não há a 
possibilidade de estudar-se através de livros didáticos de 4 anos atrás, pois é necessário 
fornecer dados da atualidade, sem contar que a aula se torna muito mais interessante, deixando 
claro que o professor precisa estar de olho no que estão fazendo, se estão em sites de 
entretenimento ou em pesquisa. Em algumas Escolas já estão utilizando-se de celulares e 
tabletes, pois é uma forma de utilizar a internet e por um valor bem mais baixo. Em relação a 
sites de entretenimento é muito fácil resolver o problema, bloqueando a entrada em qualquer 
um que seja somente para interesses que não tenham propósitos de pesquisa. 
 
 
 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E VIVÊNCIA DS 
DOCÊNCIA 
 
 
Quem está no comando de uma sala de aula sabe como é difícil manter o interesse do 
aluno, atualmente um dos principais desafios do professor é planejar aulas estimulantes e 
motivadoras, e, nesse sentido, esse desafio proporcionará ao aluno um desenvolvimento do 
domínio de ensino, fazendo com que ele possa perceber aos poucos e sozinho , como é 
importante estar centrado nos temas da atualidade, o professor pode aos poucos fazer com 
que eles entendam isso, e a forma mais fácil e que certamente daria certo e com o uso da 
internet. “São componentes do ambiente de aprendizagem que dão origem a estimulação para 
o aluno”. (FRANCO, 1995) 
O ensino da Geografia permite que os educandos por meio das tecnologias em sala de 
aula se insiram cada vez mais em ambientes interativos, dado que os inúmeros recursos 
tecnológicos podem tornar as aulas mais dinâmicas e motivadoras favorecendo sua 
participação em sala, e contribuindo para sua aprendizagem e consequentemente para a 
qualidade de ensino. As mudanças demandadas pela educação, requerem firmeza de 
princípios ideológicos e ousadia. Ensina-nos a articular teoria e prática na busca de objetivos 
bem definidos, que levam à ação concreta, transformando homens e sociedades. Segundo 
Kuenzer (1999, p. 12): 
 
Em face da complexificação da ação docente o educador precisará ser um 
profundo conhecedor da sociedade do seu tempo, das relações entre educação, 
economia e sociedade, dos conteúdos específicos, das formas de ensinar, e 
daquele que é a razão de seu trabalho: o aluno. 
 
 
A educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas. 
As paredes das escolas e das universidades se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam 
informações, dados, pesquisas. A educação continuada é otimizada pela possibilidade de 
integração de várias mídias, assessorando-as tanto em tempo real, como assincronicamente, 
isto é, no horário favorável a cada indivíduo, e também pela facilidade em pôr em contatos 
educadores e educandos. 
Ensinar utilizando internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de 
tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário 
trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, 
de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem 
ininterruptamente. E importante que o professor fique atento ao ritmo de cada aluno, ás suas 
formas pessoas de navegação. O professor não impõe; acompanha, sugere, incentiva, 
questiona, aprende junto com o aluno salienta Moran (1994.p.1-3). 
A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas 
possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta, se o professor 
a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. Mais que a 
tecnologia, o que facilita o processo de ensino aprendizagem é a capacidade de comunicação 
autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo 
equilíbrio, competência e simpatia com que atua. 
 
2.1 A PESQUISA NA INTERNET 
 
A pesquisa na internet requer uma habilidade especial devido á rapidez com que são 
modificadas as informações nas páginas e a diversidade de pessoas e pontos de vista 
envolvidos. A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para não 
se deter, diante de tantas possibilidades, em todas elas, sabendo selecionar, em rápidas 
comparações, as mais importantes. A intuição é um radar que vamos desenvolvendo ao 
“clicar” o mouse nos links que nos levarão mais perto do que procuramos. A intuição nos leva 
a aprender por tentativa, acerto e erro. Ás vezes pode-sepassar muito tempo sem achar algo 
importante e, de repente, se estivermos atentos, conseguiremos um artigo fundamental, uma 
página esclarecedora enfatiza Seabra (1995). 
Segundo Moran (1994) nos projetos brasileiros que temos acompanhado, podemos 
observar algumas dimensões positivas e alguns problemas. Aumenta a motivação, o interesse 
dos alunos pelas aulas, pela pesquisa, pelos projetos. Motivação ligada à curiosidade pelas 
novas possibilidades, a modernidade que representa a internet. Há uma primeira etapa de 
deslumbramento, de curiosidade, de fascínio diante de tantas possibilidades novas. Depois 
vem a etapa do domínio da tecnologia, de escolha das preferências. Mais tarde, começa-se a 
enxergar os defeitos, os problemas, as dificuldades de conexão, as repetições, a demora. O 
aluno aumenta as conexões linguísticas, as geográficas e as interpessoais, desenvolve a 
aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados. A interação bem-
sucedida aumenta a aprendizagem. Em alguns casos, há uma competição excessiva, 
monopólio de determinados alunos sobre o grupo. Mas, no conjunto, a cooperação prevalece. 
Conforme Lasmar (1995) a internet ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade 
mental, a adaptação a ritmos diferentes. A intuição, porque as informações vão sendo 
descobertas por acertos e erros, por conexões “escondidas” As condições não são lineares, vão 
“linkando-se” por hipertextos, textos interconectados, mas ocultos, com inúmeras 
possibilidades diferentes de navegação. Desenvolve-se a flexibilidade, porque a maior parte 
das sequências é imprevisível, aberta. A mesma pessoa costuma ter dificuldade em refazer a 
mesma navegação duas vezes. Ajuda na adaptação a ritmos diferentes: a internet permite a 
pesquisa individual, em que cada aluno vai no seu próprio ritmo, e a pesquisa em grupo, em 
que se desenvolve a aprendizagem colaborativa. Também se desenvolve formas novas de 
comunicação, principalmente escrita. 
 Segundo Gilder (1996) o interesse pelo estudo de línguas aumenta, outro resultado 
comum à maior parte dos projetos na internet confirma a riqueza de interações que surgem, 
os contatos virtuais, as amizades, as trocas constantes com outros colegas, tanto por parte de 
professores como dos alunos. Os contatos virtuais se transformam, quando é possível, em 
presenciais. A comunicação efetiva, a criação de amigos em diferentes países se transforma 
em um grande resultado individual e coletivo dos projetos. 
De acordo com Linard (1995), há informações demais e conhecimento de menos no 
uso da internet na educação. E há certa confusão entre informação e conhecimento. Temos 
muitos dados, muitas informações disponíveis. Na informação, organizamos os dados dentro 
de uma lógica, de um código, de uma estrutura determinada. Conhecer é integrar a informação 
no nosso referencial, no nosso paradigma, apropriando-a, tornando-a significativa para nós. O 
conhecimento não se passa, o conhecimento se cria, constrói-se. Outro problema é que os 
alunos tendem a dispersar-se, se perdem no emaranhado de possibilidades de navegação. Não 
procuram o que está combinado, deixando-se arrastar para áreas de interesse pessoal. É fácil 
perder tempo com informações pouco significativas, ficando na periferia dos assuntos, sem 
aprofundá-los, sem integrá-los em um paradigma consistente. Conhecer se dá ao filtrar, 
selecionar, comparar, contextualizar, o que é mais relevante e significativo. 
 
2.2 PROFESSORES x TECNOLOGIAS 
 
A participação dos professores é desigual. Alguns se dedicam a dominar a internet, a 
acompanhar e supervisionar os projetos. Outros, ás vezes por estarem sobrecarregados, 
acompanha a distância o que os alunos fazem e vão ficando para trás no domínio das 
ferramentas da internet. Esses professores terminam pedindo aos alunos as informações 
essenciais. Em avaliações dos projetos educacionais que utilizam a internet, há queixas de que 
muitos professores vão deixando de estar atentos aos projetos dos alunos, que não se 
atualizam, não mexem no computador e empregam mal o tempo de aula e de pesquisa afirma 
Ferreira (1994, p.258-263) 
O professor da atualidade deve munir-se das novas tecnologias para viabilizar o 
processo de ensino aprendizagem, onde o mesmo deve utilizar não só fotografias mais 
detalhadas, como também imagens de satélites, softwares, atlas, enciclopédias e bibliotecas 
virtuais, dando aos alunos um maior acervo de informações em curto prazo, a fim de obter dos 
mesmos uma maior compreensão frente ao conteúdo ministrado, e desenvolver a 
instrumentalização do que fora abordado durante a aula. O professor diante das inovações 
tecnológicas deve manter-se informado e preparado para promover e viabilizar o processo de 
ensino e aprendizagem. O mesmo deve manter-se informado e preparado para promover a 
instrumentalização em sala de aula, visando aproximar a ciência geográfica lecionada em sala 
de aula em uma ciência comprometida por parte dos alunos. Para Cavalcanti (2005, p.83) 
 
 O trabalho com essas formas de linguagens requer muita sensibilidade de 
professores e alunos, pois a cultura produzida neste mundo de tecnologia é repleta 
de informações geográficas. Então, é preciso que os professores, bem como as 
instituições de ensino, estejam conectados com esse mundo, no sentido de continuar 
trabalhando com o saber escolar. 
 
 
No contexto atual as novas tecnologias surgem como instrumentos a serem usados 
livre e criativamente por professores e alunos, na realização das atividades mais diversas 
várias medidas para inserir o uso de novas tecnologias nas salas de aula vêm sendo abordadas, 
dentre elas está a criação do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO) que 
é um programa educacional criado a partir da portaria no. 522, de 09 de abril de 1997, pelo 
Ministério da Educação, para promover o uso pedagógico da informática na rede pública de 
ensino fundamental e médio. A utilização da tecnologia no processo educativo é tão 
importante que o próprio governo federal lançou o programa banda larga nas escolas, cujas 
expectativas circundam em oferecer acesso dos alunos as bibliotecas virtuais, enciclopédias 
virtuais e aguçar o interesse do aluno no ambiente escolar. Sob a ótica do ensino fundamental 
II, os alunos pertencentes as escolas públicas poderão ter mais acesso à informação em redes, 
além de várias outras maneiras de construir seu conhecimento. 
“ Educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens, 
desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis 
manipulações. É importante educar para uso democráticos, mais progressistas e participativos 
das tecnologias que facilitem a educação dos indivíduos. ” Constata Seabra (1995) ” 
A ciência Geográfica assim como as demais é mutável e necessita de análise constante, 
e é na escola que o aluno ganha traços de cidadão conhecedor de seus direitos e deveres. É 
de suma importância desenvolver nos alunos a multicularidade ( pluralismo cultural) , ou seja, 
a criticidade, frente aos acontecimentos, do cotidiano e assim os associar a ciência geográfica 
O emprego dessas inovações tecnológicas na prática educacional ganha força quando 
associadas ao estudo da cartografia , conteúdo bastante ministrado aos alunos do ensino 
fundamental II para buscar a compreensão desses alunos sobre a estrutura terrestre é de suma 
importância a análise das inúmeras mudanças sofridas pela terra ao longo dos anos, para tal 
são de grande valia imagens de satélites, de diversas dimensões, softwares que reconstruam 
tais mudanças , a internet sob a forma de promover um maior acervo de conhecimento aosalunos e o GPS. A utilização do Google Earth para demonstrar aos alunos algumas dinâmicas 
terrestres incide em um grande aproveitamento da aula ministrada, pois desperta no aluno a 
curiosidade e vários questionamentos acerca do objeto de estudo. Logo várias outras 
mudanças motivadas pela incidência tecnológica sucederam-se no campo da geografia, dentre 
alas o próprio livro didático, que traz consigo várias temáticas relacionadas a temas da 
geografia, assim como a própria impressão desses livros. É de fundamental importância 
dinamizar as aulas de geografia, tanto para prender a atenção dos alunos quanto para obter um 
maior aproveitamento no processo de ensino e aprendizagem, para Moran (2006.p.36). “A 
escola inserida num contexto em que a tecnologia predomina, pode formar cidadãos 
autônomos e conscientes, permitindo que os alunos tenham uma postura crítica diante da 
massa de informação que são bombardeadas continuamente. ” 
 
2.3 INTEGRAR A INTERNET EM UM NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL 
 
Ensinar na internet e com a internet atinge resultados significativos quando se está 
integrado em um contexto estrutural de mudança do processo de ensino-aprendizagem, no 
qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas, de participação 
interpessoal e grupal efetivas. Caso contrário, a internet será uma tecnologia a mais, que 
reforçará as formas tradicionais de ensino. A internet não modifica, sozinha, o processo de 
ensinar e aprender, mas a atitude básica pessoal e institucional diante da vida, do mundo, de 
si mesmo e do outro. 
A palavra-chave é integrar. Integrar a internet com as outras tecnologias na educação-
vídeo, televisão, jornal, computador. Integrar o mais avançado com as técnicas convencionais, 
integrar o humano e o tecnológico, dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta. 
Conforme Ferreira (1994), há um pouco de confusão entre tecnologias interativas- que 
permitem participação – e processos interativos. Uma tecnologia pode ser profundamente 
interativa, como, por exemplo, o telefone, que permite o intercambio constante entre quem 
fala e quem responde. Isso não significa que automaticamente a comunicação entre pessoas, 
pelo telefone, seja interativa no sentido profundo. As pessoas podem manter formas de 
interação autoritárias, dependentes, contraditórias, abertas. O telefone facilita a troca, não a 
realiza sempre. Isso depende sempre das pessoas envolvidas. 
A mesma situação acontece com a internet. Fala-se das inúmeras possibilidades de 
interação, de troca, de pesquisa. Elas existem. Mas, na prática, se uma escola mantém um 
projeto educacional autoritário, controlador, a internet não irá modificar o processo de 
pesquisa dos alunos, os resultados esperados, a forma impositiva de avaliação. Os alunos, 
eventualmente, ou alguns professores poderão estabelecer formas de comunicação menos 
autoritárias, mas, para isso, precisam contrariar a filosofia da escola, mudando-a por conta 
própria, sem o endosso institucional. 
 
 Essas ferramentas tecnológicas só se concretizam, se, na prática, elas estão 
atentas, preparadas, motivadas, para querer saber, aprofundar, avançar na pesquisa, 
na compreensão do mundo. Quem está acomodado com uma atitude superficial 
diante das coisas pesquisará de forma superficial (MORAN 1994, pp.1-3) 
 
 
 
2.4 NOSSA MENTE É A MELHOR TECNOLOGIA, PORQUE PENSA, RELACIONA, 
SENTE, INTUI E PODE SURPREENDER. 
 
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os 
outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, nós as utilizaremos para comunicar-nos mais, 
para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias 
de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias 
para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente 
nas tecnologias, mas nas nossas mentes. 
Ensinar com a internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os 
paradigmas do ensino. Caso contrário, servirá somente como um verniz, um paliativo ou uma 
jogada de marketing para dizer que o nosso ensino é moderno e cobrar preços mais caros nas 
já salgadas mensalidades. De acordo com Chaves (2011) 
 A profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber 
compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, 
a comunitária e a tecnológica. Nem todas tecnologias inventadas pelo homem são 
relevantes para a Educação. 
 
 
 
2.5 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO 
 
O III e último Estágio observatório e regencial foi realizado na Escola Estadual de 
Ensino Médio Dom Feliciano, localizada no Município de Dom Feliciano, Rio Grande do Sul, 
com as turmas 113 e 114 do ensino médio sendo as duas do primeiro ano e estudando no turno 
da manhã. As duas turmas, os alunos com idades entre 14 e 18 anos residem no interior do 
município e dependem de transporte escolar esse mesmo fornecido gratuitamente pela 
prefeitura da cidade. No primeiro encontro regencial, foram desenvolvidas duas aulas com a 
turma 114. A primeira aula teve como objetivo geral entender que cada lugar da superfície 
terrestre possui uma paisagem com as características particulares, formada pela combinação 
dos diferentes elementos naturais e / ou culturais. (Nesse caso cabe ressaltar que se seguiu o 
mesmo conteúdo que estava sendo aplicado pela professora regente de Geografia, sendo ele o 
Espaço, o Lugar e as Paisagens). Para tanto, o primeiro momento iniciou com uma breve 
apresentação seguida de uma dinâmica na qual cada aluno deveria dizer um lugar do 
município que considera importante e /ou bonito, e a partir das escolhas alguns alunos foram 
convidados a localizar estes lugares no mapa do município de Dom Feliciano. 
A atividade proposta com o fim de “quebra gelo” e introspecção ao tema da aula foi 
bastante positiva, uma vez que tanto aqueles alunos que se mostraram num primeiro momento 
reprimidos, como aqueles um tanto dispersos e agitados, foram conquistados a partir da 
atividade e curiosos com o tema, ou seja, se mantiveram envolvidos com a aula. No segundo 
momento da aula, com apoio de figuras de diferentes lugares do Município, região e do mundo 
utilizou-se uma estratégia proposta por Dias (1993), que é a discussão em classe, instigando a 
contribuição informal de cada aluno, encorajando-os a desenvolver as habilidades de 
expressão oral e autoconfiança. Esta estratégia, além de proporcionar o envolvimento do 
aluno, com o tema da aula, permite que o professor obtenha um diagnóstico preliminar do 
nível de conhecimento do aluno sobre o tema da aula, A primeira aula com a primeira turma 
encerrou com alguns exercícios de fixação sobre o conteúdo estudado, foi seguido o mesmo 
roteiro com a turma 113, que também se mostrou bem empolgada com o trabalho proposto. 
Como são apenas 5 horas de regência e ainda dividas entre duas turmas foi dado além de 
exercícios de fixação um texto e o encaminhamento de uma atividade extraclasse na qual o 
aluno deveria descrever a paisagem do lugar do município, escolhida na dinâmica realizada 
no primeiro momento de aula, esses trabalhos serão entreguem para a professora regente e 
servirão como pontos para os alunos. Na última aula regencial com a turma 114 foi entregue 
o mesmo texto com o mesmo tema proposto apenas com um diferencial, saímos eu a 
professora regente e eles para dar um pequeno passeio em volta do prédio da escola, onde 
cada um teria que observar algo, e descrever a diferença ente lugar e paisagem, O mesmo foi 
feito com a outra turma só que observados os pontos em auladescreveriam em casa. 
Junto com os exercícios de fixação e mais o trabalho extraclasse foi dado a cada aluno 
um polígrafo falando sobre o tema. Mesmo que a professora regencial tenha feito isso, nunca 
é demais incentivar o aluno a ler pois só assim as explicações tornam-se mais claras. O único 
ponto negativo é a falta de tempo para desenvolver atividades que estimulassem mais e 
despertassem nos mesmos o interesse pela ciência Geográfica. O que foi programado 
infelizmente não pode ser cumprido: que as aulas seriam no laboratório de informática onde 
os alunos pudessem trabalhar através do Google Earth. 
 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
 
Mais uma vez, confirma-se que o desafio do professor de Geografia é possibilitar 
condições para que os seus alunos construam conhecimento, não os forçar a reproduzir 
conhecimento e conceitos prontos. Reafirma-se a ineficácia de se ensinar apenas 
Conseguiu-se desenvolver a capacidade de associação com fatos cotidianos, da 
comparação a compreensão do espaço, além do concreto, ou seja, a compreensão do espaço 
real e do imaginável, isto é, transformar a prática em uma atividade onde a metodologia de 
incorporação de conhecimento é elaborada na busca de valorizar o lugar de vivência do aluno, 
ou seja, do seu cotidiano. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Neste III e último Estágio pode-se ter uma visão bem mais abrangente de como a 
educação está sendo conduzida e em quais aspectos teve ou não um crescimento positivo ou 
negativo. Tendo em vista conhecimentos mais claros de poder ver essa realidade não há como 
sentir avanços positivos nas técnicas de ensino aprendizagem. Tudo está registrado e 
amparado pelas normas e leis que regem a lei das Diretrizes e Bases (LDB). Infelizmente só 
está no papel, pouco se vê melhorias na prática. 
Acredita-se que o ensino daria um grande salto se todas as escolas pudessem se valer 
da internet é essa fosse uma ferramenta na qual o aluno pudesse realmente colher bons 
resultados. Podemos fazer uma comparação de 15 anos atrás para hoje, onde nem sequer 
sonhava-se com uso de tecnologias como se vê nos dias de hoje. Não há como negar, é uma 
realidade está aí em nosso cotidiano, não podemos mais viver sem esse meio de comunicação 
rápido e eficiente. 
Ensinar com a internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os 
paradigmas de ensino. Caso contrário, servirá somente como um verniz, um paliativo ou uma 
jogada de marketing para dizer que o nosso ensino é moderno e cobrar preços mais caros nas 
já salgadas mensalidades, cita-se aqui o uso das tecnologias em instituições particulares. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia Alternativa, 2002 
 
CHAVES C O, Eduardo, TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO,2011 
 
DIAS, Genebaldo Freire, Educação Ambiental: princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: 
Gaia,1993. 
 
FERREIRA, Sueli Mara. Introdução às redes eletrônicas, Ciência da Informação. Brasília, 
v.23, n 2, p. 258-263, maio/ago,1994. 
 
FRANCO, A.P (Coord.). Processos de Interação e Comunicação no Ensino Mediados 
pelas Tecnologias. In: ROSA, Dalva E.G e SOUZA, Vanilton C Prática de Ensaio Didática 
e Prática de Ensino- Interfaces com Diferentes Saberes e Lugares Formativos: Rio de 
Janeiro: DP&A,2002, p.254-264. 
 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessário a prática Educativa. São 
Paulo: Paz e Terra, 1996. 
 
 
GILDER, George. Vida após a televisão; vencendo na revolução digital, Rio De Janeiro, 
Ediouro, 1996 
 
KUENZER, Acássia Zenaide. Revista Trabalho e Educação. 
 
LASMAR, Tereza Jorge. Usos Educacionais da Internet: A contribuição das redes 
eletrônicas. 
 
 
MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. 
Revista Diálogo Educacional. Curitiba, v.4, n 12, P. 13-21. 
 
MORAN, José Manuel. Novos Caminhos do Ensino à Distância. Informe CEAD- Centro 
de Educação à distância. SENAI. Rio de Janeiro, ano I, n. 5, out/nov. /Dez 1994, p. 1-3. [ 
Links] 
 
 
SEABRA, Carlos. Usos da telemática na Educação. In Acesso; Revista de Educação e 
Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho,1995 
 
TRINDADE, Marta Kohl de Oliveira Trindade. Vygotsky aprendizado e desenvolvimento 
um processo socioeconômico. São Paulo: Scipione, 2003.

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