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06/09/2018 1 Fraturas Complicações das Fraturas O sistema esquelético tem por função a proteção às estruturas neurovasculares dos membros contra traumatismos. 1. No momento do trauma, os fragmentos decorrentes da fratura podem estar desalinhados, podendo levar à laceração ou danificar nervos e vasos ou comprimir e envolver essas estruturas no local da fratura 2. As estruturas neurovasculares sujeitas à lesão estão localizadas profundamente no membro próximo ao esqueleto; ex: plexo braquial situado na axila e na face interna do braço, protegido contra traumatismo pelos elementos esqueléticos do ombro; 3. Paralisia do Nervo Radial O nervo radial percorre o sulco espiral da diáfise do úmero, onde ele é bem protegido; Quando ocorre uma fratura da diáfise do úmero, o fragmento danificado pode lesionar o nervo radial; A manipulação agressiva da fratura durante uma redução fechada também pode afetar o nervo no local da fratura 4. Paralisia do Nervo ciático Geralmente é decorrente de luxação ou fratura luxação; Se existir luxação articular, as estruturas neurovasculares que estão aderidas ao tecidos moles ao redor das articulações têm, pouca chance de escapar do dano; A luxação do quadril mostra uma incidência de 15% de paralisia do nervo ciático, levando ao pé caído. 5. Síndrome da dificuldade respiratória do adulto Desenvolve-se frequentemente dentro das 72 horas posteriores à fratura de ossos longos; A patogênese é desconhecida em função dos inúmeros fatores envolvidos. O paciente politraumatizado pode desenvolver quadro de insuficiência respiratória pós-traumática . Nessa situação, contusão pulmonar direta, atelectasias, aspiração de sangue e de conteúdo gástrico, embolia pulmonar, pneumotórax e hemotórax são fatores causais bem-conhecidos. 6. A imobilização motiva perda mineral do osso e, se for nos MMII, há uma tendência à formação de trombos. 7. Consolidação viciosa, em que o osso cicatriza numa posição anatômica incorreta. 8. Fraturas expostas podem levar a uma infecção óssea especialmente grave devido à baixa irrigação sanguínea e escassez de células vivas nos ossos. 06/09/2018 2 O hematoma que surge do trauma é um excelente meio para crescimento bacteriano, que resulta em celulite aguda, abscesso ou infecção crônica profunda do osso (osteomielite); A infecção pós-traumática deve ser sempre cirúrgica e agressiva, com uso de antibiótico. Estudos de Gustilo e Anderson apontam que infecções de fraturas expostas se comportam assim: Manifestações iniciais precoces (menos de duas semanas) de uma infecção Caracterizada por sintomas clínicos (dor,febre,edema) e valores laboratoriais patológicos nas primeiras duas semanas; É importante distinguir a infecção de distúrbios da cicatrização, necrose das bordas da incisão e hematoma pós- traumático/pós-operatório Distúrbios da cicatrização O retardo da cicatrização ocorre juntamente com a contaminação local. Se o corpo mantiver seus mecanismos de defesa, os sinais clínicos de infecção, febre, edema e dor estarão ausentes; Necrose das bordas da incisão- bordas desvitalizadas tornam-se necróticas; Manifestações iniciais retardadas/tardias de infecção (mais de duas semanas) Geralmente, esse tipo de infecção acontece de forma silenciosa (escondida), se espalhando despercebidamente pelo paciente e por toda a equipe de atendimento. Isso ocorre, na maioria das vezes, por administração de antibióticos inespecíficos. 9. Na pseudoartrose os topos da fratura não se juntam após um determinado período de tempo. O tratamento da pseudoartrose exige correção cirúrgica. - Pseudoartrose: complicação apresentada durante o processo de consolidação da fratura de um osso. É a ausência da formação de um novo osso dentro de um período de tempo considerável, o que dificulta a mobilização, traz dor e inclusive deformidade da área localizada. - Algum tempo depois de uma fratura pode ocorrer necrose, se ocorrer interrupção dos vasos sanguíneos que levam sangue a essa parte do osso. pseudoartrose 06/09/2018 3 Evolução das Fraturas 1. Após redução habitualmente há uma diminuição da dor. 2. Na maioria das vezes as fraturas são curadas sem deixar sequelas. 3. Uma possível consequência de uma imobilização deficiente ou de removê-la antes da hora pode haver formação de pseudoartrose. 4. A imobilização longa de um membro ou segmento corporal pode levar a uma atrofia muscular 5. Infecções relacionadas ao implante 6. Osteomielite(crônica, negligenciada) 7. Artrite infecciosa 8. Deformidade de rotação 9. Encurtamento 10. Deformidade com o crescimento 11. Osteonecrose Atendimento imediato da fratura fechada 1. Aplicar tração em fraturas de membros sempre que possível 2. Imobilizar a fratura mediante o emprego de talas/gesso. 3. Imobilizar a articulação acima e abaixo da fratura para evitar movimento da parte atingida 4. Observar a perfusão nas extremidades dos membros, para verificar se a tala/gesso ficou demasiadamente apertada 5. Verificar presença de pulso distal e sensibilidade 6. Prevenir o estado de choque; 7. Remover a vítima em maca; 8. Transportar para o hospital. 9.Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve tracionar. Imobilizar como estiver. Atendimento imediato da fratura exposta Fratura caracterizada pela hemorragia abundante, risco de contaminação, lesões de grande parte do tecido. As medidas de procedimento são: - Tentar realinhar o membro - Estancar a hemorragia - Prevenir contaminação, mediante assepsia local, mantendo o ferimento coberto com gaze esterilizada ou com as próprias roupas da vítima (quando não houver gaze) - Imobilizar com tala comum, no caso de fratura onde os ossos permaneçam no seu alinhamento - Empregar a tala inflável, a qual estancará a hemorragia (tamponamento) e prevenirá a contaminação - Se não for possível realinhar a fratura, imobilizá-la na posição em que estiver 06/09/2018 4 - Checar a presença de pulso distal e sensibilidade, Nos casos de ausência, o transporte urgente para o hospital é medida prioritária - Remover a vítima em maca para o hospital. Obs: Fraturas e deslocamentos na região do ombro (clavícula, escápula e cabeça de úmero) devem ser imobilizadas com bandagem. O que não fazer - Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido - Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água - Fratura do pescoço e coluna não mexer na vítima mesmo que tenha dor, para diminuir o risco de lesões graves na coluna Consolidação de Fraturas Fatores que influenciam na consolidação 1. Idade 2. Estado nutricional 3. Mobilidade 4. Vascularização 5. Infecções Consolidação de uma fratura Fratura é um processo puramente mecânico, mas inicia reações biológicas importantes, como a reabsorção óssea e a formação de osso (calo). A consolidação óssea é: primária e secundária. 1. Consolidação ósseaprimária - Ocorre com o contato direto e íntimo entre os segmentos fraturados. O osso novo cresce através das extremidades ósseas comprimidas, a fim de unir a fratura. É necessário existir uma compressão, a fim de unir a fratura. 06/09/2018 5 - A consolidação primária do osso cortical (camada mais externa e dura do osso) é muito lenta e não pode unir lacunas (espaço vazio) na fratura, por isso há necessidade de uma fixação rígida por compressão (placas de fixação rígida que impedem qualquer tipo de movimento) - A estabilidade absoluta diminui a tensão no local da fratura a ponto de permitir a cicatrização. - - Habitualmente há formação de calo ósseo (tecido que se refaz entre os fragmentos de osso fraturado e que os solda) e ocorre aproximadamente duas semanas depois do momento da lesão. - O processo de consolidação depende basicamente da reabsorção osteoclástica do osso, seguida pela formação osteoblástica de osso novo. Os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Também concentram fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Os osteoclastos entram em atividade na fase de reabsorção óssea, pois podem se mover nas superfícies ósseas e destruir áreas lesadas ou envelhecidas. Com isto, permitem a atividade dos osteoblastos que continuam a produção da matriz óssea. Aspecto básico da mecânica da consolidação primária A pré-carga compressiva mantém o contato íntimo entre dois fragmentos, desde que a compressão no local da fratura exceda as forças de tração que agem na extremidades dos fragmentos Produção de fricção Se a quantidade de fricção for maior do que a força que tende a deslocar a fratura ao longo do seu plano, a estabilidade absoluta será mantida. 2. Consolidação óssea secundária - Denota mineralização e substituição, por osso, de uma matriz cartilaginosa com um aspecto radiográfico característico de formação de calo - Quanto maior for a mobilidade no local da fratura, maior será a quantidade de calo. Esse calo de união externa aumenta a estabilidade no local da fratura, por aumentar a espessura do osso. Estágios de consolidação da fratura - Fase inflamatória - Fase reparativa - Fase de remodelamento Essas fases se superpõem, e os eventos que ocorrem principalmente numa fase podem ter começado numa fase anterior. A duração de cada estágio varia, dependendo da localização e gravidade da fratura, lesões associadas, e idade do paciente. 06/09/2018 6 Fase inflamatória - Dura aproximadamente 1 a 2 semanas. - Inicialmente, a fratura incita uma reação inflamatória. O aumento da vascularização permite a formação de hematoma que em breve será invadido por células inflamatórias, como neutrófilos, macrófagos, e fagócitos. - Essas células, eliminam o tecido necrosado, preparando o terreno para a fase reparativa. Fase reparativa ou calo mole - Dura vários meses - O hematoma de fratura é invadido por condroblastos e fibroblastos, que depositam a matriz para o calo. - Inicialmente, forma-se um calo mole, composto principalmente de tecido fibroso e cartilagem com pequena quantidade de osso. - Os osteoblastos são responsáveis pela mineralização desse calo mole, convertendo-o num calo duro aumentando a estabilidade da fratura. - Esse tipo de osso é imaturo e fraco em termos de torque; portanto não pode ser submetido a estresse. - A conclusão da fase reparativa fica indicada pela estabilidade da fratura. Fase de remodelamento - Leva de meses a anos para se completar - Consiste em atividades osteoblásticas e osteoclásticas que resultam na substituição do osso desorganizado e imaturo por osso organizado e maturo, aumentando a estabilidade do local fraturado. - Com o passar do tempo, o canal medular vai gradualmente sendo reformado. - Ocorre reabsorção e formação do osso. - Radiograficamente, é habitual que a fratura não seja mais visualizada. Estágios da Fratura A - Fratura; B - Alinhamento e redução da fratura; C - Fase inflamatória; D - Fase reparativa; E - Fase de remodelamento. 06/09/2018 7 Vantagens do calo ósseo - Estabilidade; - Aumento da resistência no local da fratura Desvantagens do calo ósseo - Bloqueio articular; - Deformidades ósseas; - Compressão de estruturas vascular e nervosa Biomecânica das Fraturas e da Consolidação Óssea Considerações: A fratura de um osso, na maioria das vezes, produz uma situação completamente instável; Contrapondo essa afirmativa, o mesmo não acontece nas fraturas metafisárias (logo abaixo da epífise) impactadas As fraturas não deslocadas, com periósteo intacto, bem como as fraturas por abdução da extremidade proximal do colo femoral e as fraturas em “galho verde” são relativamente estáveis Os modos de carregamento que ocorrem nos ossos inteiros, podem resultar em padrões de fratura característicos: Quando um osso é carregado em tensão, o osso diafisário normalmente fratura devido as tensões de tração ao longo de um plano, que é aproximadamente perpendicular à direção de carregamento; Quando carregado em compressão, o osso irá falhar ao longo de planos que são oblíquos ao eixo longo do osso; Quando o osso é submetido à flexão, altos esforços de tração irão se desenvolver no lado convexo (fratura transversa) enquanto altos esforços de compressão irão se desenvolver no lado côncavo (fratura oblíqua) Transversa oblíqua espiral borboleta No lado da tração, ocorre fratura transversa e no lado compressivo ocorre fratura oblíqua. Duas superfícies de fratura ocorrem comumente no lado compressivo, criando uma cunha solta de osso que, às vezes, é chamada de fragmento de borboleta. Outros padrões de carregamento traumático podem levar o osso a uma combinação de carregamento axial, de flexão e torcional, que pode mudar os relatados anteriormente; O osso também pode sofrer fratura decorrente de uma única carga que é maior do que sua capacidade de sustentação (carga de falha final); Cargas repetidas também podem levar o osso a fadigar e, ocasionalmente, à fratura. Fraturas e Lesões Fisárias Também chamada de fraturas de Salter-Harris, fraturas de placas de crescimento, lesões fisárias, fraturas pediátricas, fraturas da infância, fraturas e lesões epifisárias. A placa epifisária ou fise (placa de crescimento ou cartilagem de crescimento) é a parte mais frágil do esqueleto da criança cuja resistência varia com velocidade do crescimento, sexo e alterações hormonais. 06/09/2018 8 Considerações - A remodelação óssea é tanto maior quanto menor a idade do indivíduo. - Entorses, contusões, fratura, luxação, podem acarretar lesões graves na criança devido a lesão da cartilagem de crescimento - As lesões fisárias ocorrem devido a maior resistência dos ligamentos e cápsulas em comparação a placa de crescimento - Trauma:causa principal da lesão fisária - Outras causas: desuso, radiação ionizante, infecção, lesões tumorais, insuficiência vascular, lesões por estresse, queimaduras por frio ou calor e lesões iatrogênicas - Na fise comprometida em toda sua extensão há fusão entre metáfise e epífise parada de crescimento - Lesão fisária parcial há deformidades angulares. Epidemiologia - A causa mais comum de lesão da fise é o trauma - 15 – 20 % de todas as lesões da infância - Em 10% dos acometimentos da placa ocorrem alterações importantes do crescimento Classificação Tipo I - Separa a metáfise da epífise - Sem desvio, pode ser difícil o diagnóstico por não ter comprometimento ósseo - Prognóstico excelente - Tratamento conservador e cirúrgico (quando houver instabilidade. 06/09/2018 9 Tipo II - Compromete parcialmente a cartilagem de crescimento - Tipo mais frequente Tipo III - Lesão da fise com fratura intra- articular da epífise - Não há acometimento da metáfise - Rara, tratamento cirúrgico Tipo IV - Compromete a metáfise, atravessando a fise e a epífise, até a articulação. - Necessitam de redução precisa, pois pode levar a pontes ósseas com consequente deformações Tipo V - Lesões por compressão da fise - Lesões raras e diagnóstico difícil Tipo VI - Foi acrescentada à classificação original de Salter-Harris por Rang - Lesão periférica na fise, denominada lesão pericondral, com formação de ponte óssea e deformidade angular. Tratamento Lesões do tipo I e II - Bom resultado com a redução incruenta, que consiste na manipulação forçada do fragmento distal, seguida de imobilização em aparelhos gessados ou talas. - Se ocorrer interposição do periósteo ou de partes moles: cirurgia Tipo III e IV - Apresentam descontinuidade da fise e epífise com fratura intra- articular - Pode acarretar osteoartrose, comprometimento do crescimento com deformidades ou encurtamentos. - Tratamento cirúrgico para realinhamento articular e fise Tipo V e VI - Acarretam a formação da barra óssea e parada parcial ou total do crescimento. - Procedimentos cirúrgicos posteriores para ressecção da barra de crescimento ou correções de deformidades. Prognóstico I e II – bom III e IV – ruim (pode haver fechamento da fise parcial ou total) V e VI – sequela inevitável 06/09/2018 10 Fraturas da Diáfise do Úmero Mecanismo da Lesão - Trauma direto ou indireto: quedas com a mão espalmada acidentes automobilísticos desportistas Classificação Conforme: - Tipo do traço da fratura transversa oblíqua espiralada cominutiva - A sua localização acima da inserção do peitoral maior abaixo da inserção do peitoral maior e acima da inserção do deltóide abaixo da inserção do deltóide - Se exposta ou fechada - A condição do osso (normal ou patológico). Tratamento Conservador e cirúrgico Tratamento Conservador - Imobilização - Fisioterapia Tratamento Cirúrgico - Nas dificuldades de redução ou manutenção do alinhamento - Fraturas cominutivas, patológicas, expostas - Lesão vascular associada Complicações - Lesão do nervo radial - Lesões vasculares - Consolidação viciosa - Pseudo-artrose (ausência da formação de um novo osso dentro de um período de tempo considerável) Métodos de tratamento das fraturas Fratura com tratamento conservador - Tração - Redução da fratura, que consiste no reposicionamento ósseo feito pelo médico. - Imobilização, que consiste em colocar o gesso ou tala gessada na região da fratura. A mobilidade ampla é reduzida, enquanto o micromovimento persiste à estabilização da fratura com gesso, agindo como um tutor, reduzindo a mobilidade sem eliminá-la. 06/09/2018 11 Tratamento conservador Tração ou gessos e talas. O tratamento conservador da fratura consiste na redução fechada para restaurar o alinhamento e subsequente estabilização. 1. Tração Trans-Esquelética - São aplicados temporariamente ao osso. Esse tratamento alinha os fragmentos ósseos e promove certa estabilidade. - Para esse tipo de tratamento pode ser usados Fios Kirschner ou Pinos Steinman - A indicação mais comum da TTE é na fratura de fêmur e menos comum em fraturas de membro superior. 2. Gesso e Talas - Pode ser dispositivos usados para imobilização temporária ou, em muitos casos, como tratamento definitivo. - O gesso promove uma estabilidade relativa com certa restauração da anatomia, sendo considerado um dispositivo de compartilhamento de estresse que permite a formação de calo ósseo. - Previne angulação e rotação. Somente fraturas transversas tem estabilidade axial no gesso, nas fraturas oblíquas podem deslocar e encurtar. - Utilizando gesso, a articulação acima e a articulação abaixo da fratura são imobilizadas para evitar rotação e translação dos fragmentos fraturados. - O tratamento com gesso traz algumas complicações devido a restrição de movimentos por período prolongado do membro imobilizado. Dentre essas complicações estão: atrofia muscular, pobre qualidade óssea, rigidez articular e dor. - É importante saber que dependendo da disposição do gesso no membro, se tem um “nome” diferente. 06/09/2018 12 Fratura com tratamento cirúrgico Necessidade de estabilização para alcançar a consolidação da fratura. Métodos de fixação: interna e externa A seleção apropriada do método de fixação de uma fratura é uma questão multifacetada que depende: a) do local e tipo da fratura, b) da estabilidade ou não do local da fratura. c) do grau desejado de flexibilidade ou movimento 1. Fixação interna Haste Intramedular - Proporcionam boa fixação e permitem que as articulações acima e abaixo da fratura permaneçam livres para mobilização precoce e é permitido transferência de preso precoce no membro fraturado. - A localização intramedular das hastes promove um posicionamento biomecânico favorável para resistir as forças de torção e flexão - Ineficaz contra torque, não evitando encurtamento axial; - Evolução – haste mais sólidas, com autobloqueio, suportando movimentos torcionais Haste intramedular depende de: - Diâmetro da haste; - Números dos pinos - Arranjo espacial; - Flexibilidade e flexão, que dependem do encaixe dentro do canal medular. 2. Placas de compressão - São placas metálicas com superfícies curvas que se encaixam na superfície do osso e são fixadas por parafusos, de tal modo que é criada uma compressão no local da fratura; - São placas com a finalidade de reduzir e fixar anatomicamente o local da fratura, promove a estabilidade absoluta. - São utilizadas na extremidade superior, particularmente no radio e a ulna - É um tipo de consolidação primária, devido à rigidez da fixação, compressãono local fraturado. - A consolidação primaria é lenta, exigindo um longo período de não sustentação peso (3 meses em média) Modelos de Placas 06/09/2018 13 Placas - Geralmente utilizadas na tíbia proximal; - São utilizadas com parafusos de compressão e parafusos para criar uma redução anatômica da fratura; - O paciente não deve sustentar peso. Em média, leva-se 8 semanas para sustentação de peso. Método de fixação: pinos, fios e parafusos Fio de Kirschner (fio K) - Dispositivos de compartilhamento de estresse permitindo micro- movimento entre os fragmentos ósseos. - Pode ser aplicado isoladamente ou em conjunto com outro tipo de fixação. - Assim que ocorrer a consolidação, retira- se o fio. Parafusos de compressão - Utilizado para fraturas com mais de um fragmento; - O corpo liso do parafuso atravessa o local fraturado - É um dispositivo de tensão e, portanto, não se deve colocar carga precoce. Placa e parafuso deslizante para quadril - É um dispositivo especial para fratura proximal do fêmur - Geralmente, é usado nas fraturas intertrocantéricasdo fêmur. Placa de compressão condilar de 95°• - Utilizada para fraturas supracondilares da parte distal do fêmur. - Dispositivo de tensão, porque é difícil fixar rigidamente. Fixador Externo - De fácil e rápida aplicação, minimamente invasiva e com mínima agressão às partes moles. - Tem amplas variedades de configurações de armação e permitem ao cirurgião utilizá-los em várias situações clinicas para melhor consolidação óssea; - É utilizado em fraturas expostas associadas a extensas lesões de tecidos moles. 06/09/2018 14 @rafavictorb