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06/09/2018 
1 
Fraturas 
 
 Complicações das Fraturas 
 
 O sistema esquelético tem por função a proteção às estruturas 
neurovasculares dos membros contra traumatismos. 
 
1. No momento do trauma, os fragmentos decorrentes da fratura podem 
estar desalinhados, podendo levar à laceração ou danificar nervos e vasos 
ou comprimir e envolver essas estruturas no local da fratura 
 
2. As estruturas neurovasculares sujeitas à lesão estão localizadas 
profundamente no membro próximo ao esqueleto; ex: plexo braquial 
situado na axila e na face interna do braço, protegido contra traumatismo 
pelos elementos esqueléticos do ombro; 
 
 
 
 
 
3. Paralisia do Nervo Radial 
 
O nervo radial percorre o sulco espiral 
da diáfise do úmero, onde ele é bem 
protegido; 
 
Quando ocorre uma fratura da diáfise 
do úmero, o fragmento danificado 
pode lesionar o nervo radial; 
 
A manipulação agressiva da fratura 
durante uma redução fechada também 
pode afetar o nervo no local da fratura 
 
4. Paralisia do Nervo ciático 
 
 Geralmente é decorrente de luxação 
ou fratura luxação; 
 
Se existir luxação articular, as 
estruturas neurovasculares que estão 
aderidas ao tecidos moles ao redor das 
articulações têm, pouca chance de 
escapar do dano; 
 
A luxação do quadril mostra uma 
incidência de 15% de paralisia do 
nervo ciático, levando ao pé caído. 
 
5. Síndrome da dificuldade respiratória do adulto 
 
Desenvolve-se frequentemente dentro das 72 horas posteriores à 
fratura de ossos longos; 
 
A patogênese é desconhecida em função dos inúmeros fatores 
envolvidos. 
 
O paciente politraumatizado pode desenvolver quadro de 
insuficiência respiratória pós-traumática . Nessa situação, contusão 
pulmonar direta, atelectasias, aspiração de sangue e de conteúdo 
gástrico, embolia pulmonar, pneumotórax e hemotórax são fatores 
causais bem-conhecidos. 
 
 
6. A imobilização motiva perda mineral do osso e, se for nos 
MMII, há uma tendência à formação de trombos. 
 
 
7. Consolidação viciosa, em que o osso cicatriza numa posição 
anatômica incorreta. 
 
 
8. Fraturas expostas podem levar a uma infecção óssea 
especialmente grave devido à baixa irrigação sanguínea e escassez 
de células vivas nos ossos. 
 
 
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O hematoma que surge do trauma é um excelente 
meio para crescimento bacteriano, que resulta em 
celulite aguda, abscesso ou infecção crônica 
profunda do osso (osteomielite); 
 
A infecção pós-traumática deve ser sempre 
cirúrgica e agressiva, com uso de antibiótico. 
 
Estudos de Gustilo e Anderson apontam que 
infecções de fraturas expostas se comportam assim: 
 
Manifestações iniciais 
precoces (menos de duas 
semanas) de uma infecção 
 
Caracterizada por sintomas 
clínicos (dor,febre,edema) e 
valores laboratoriais patológicos 
nas primeiras duas semanas; 
 
É importante distinguir a 
infecção de distúrbios da 
cicatrização, necrose das bordas 
da incisão e hematoma pós-
traumático/pós-operatório 
 
Distúrbios da 
cicatrização 
 
O retardo da cicatrização 
ocorre juntamente com a 
contaminação local. Se o 
corpo mantiver seus 
mecanismos de defesa, os 
sinais clínicos de infecção, 
febre, edema e dor estarão 
ausentes; 
 
Necrose das bordas da 
incisão- bordas 
desvitalizadas tornam-se 
necróticas; 
 
 
 
Manifestações iniciais retardadas/tardias de infecção 
(mais de duas semanas) 
 
Geralmente, esse tipo de infecção acontece de forma silenciosa 
(escondida), se espalhando despercebidamente pelo paciente e 
por toda a equipe de atendimento. 
 
Isso ocorre, na maioria das vezes, por administração de 
antibióticos inespecíficos. 
 
9. Na pseudoartrose os topos da fratura não se juntam após um 
determinado período de tempo. O tratamento da pseudoartrose 
exige correção cirúrgica. 
 
- Pseudoartrose: complicação apresentada durante o processo de 
consolidação da fratura de um osso. É a ausência da formação de 
um novo osso dentro de um período de tempo considerável, o que 
dificulta a mobilização, traz dor e inclusive deformidade da área 
localizada. 
 
- Algum tempo depois de uma fratura pode ocorrer necrose, se 
ocorrer interrupção dos vasos sanguíneos que levam sangue a essa 
parte do osso. 
 
 pseudoartrose 
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 Evolução das Fraturas 
 
1. Após redução habitualmente há uma diminuição da dor. 
 
2. Na maioria das vezes as fraturas são curadas sem deixar 
sequelas. 
 
3. Uma possível consequência de uma imobilização deficiente ou de 
removê-la antes da hora pode haver formação de pseudoartrose. 
 
4. A imobilização longa de um membro ou segmento corporal pode 
levar a uma atrofia muscular 
 
5. Infecções relacionadas ao implante 
 
6. Osteomielite(crônica, negligenciada) 
 
7. Artrite infecciosa 
 
8. Deformidade de rotação 
 
9. Encurtamento 
 
10. Deformidade com o crescimento 
 
11. Osteonecrose 
 
 Atendimento imediato da fratura fechada 
 
1. Aplicar tração em fraturas de membros sempre que possível 
 
2. Imobilizar a fratura mediante o emprego de talas/gesso. 
 
3. Imobilizar a articulação acima e abaixo da fratura para evitar 
movimento da parte atingida 
 
4. Observar a perfusão nas extremidades dos membros, para 
verificar se a tala/gesso ficou demasiadamente apertada 
 
 
5. Verificar presença de pulso distal e sensibilidade 
 
6. Prevenir o estado de choque; 
 
7. Remover a vítima em maca; 
 
8. Transportar para o hospital. 
 
9.Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve tracionar. 
Imobilizar como estiver. 
 
 
 
Atendimento imediato da fratura exposta 
 
 Fratura caracterizada pela hemorragia abundante, risco de 
contaminação, lesões de grande parte do tecido. As medidas de 
procedimento são: 
 
- Tentar realinhar o membro 
 
- Estancar a hemorragia 
 
 
 
- Prevenir contaminação, mediante assepsia local, mantendo o 
ferimento coberto com gaze esterilizada ou com as próprias 
roupas da vítima (quando não houver gaze) 
 
- Imobilizar com tala comum, no caso de fratura onde os ossos 
permaneçam no seu alinhamento 
 
- Empregar a tala inflável, a qual estancará a hemorragia 
(tamponamento) e prevenirá a contaminação 
 
- Se não for possível realinhar a fratura, imobilizá-la na posição em 
que estiver 
 
 
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- Checar a presença de pulso distal e sensibilidade, Nos casos de 
ausência, o transporte urgente para o hospital é medida prioritária 
 
 
- Remover a vítima em maca para o hospital. 
 
 
Obs: Fraturas e deslocamentos na região do ombro (clavícula, 
escápula e cabeça de úmero) devem ser imobilizadas com 
bandagem. 
 
 
 O que não fazer 
 
- Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido 
 
 
- Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água 
 
 
- Fratura do pescoço e coluna não mexer na vítima mesmo que 
tenha dor, para diminuir o risco de lesões graves na coluna 
Consolidação de Fraturas 
 
Fatores que influenciam na consolidação 
 
1. Idade 
 
2. Estado nutricional 
 
3. Mobilidade 
 
4. Vascularização 
 
5. Infecções 
 
 
 
Consolidação de uma fratura 
 Fratura é um processo puramente mecânico, mas inicia 
reações biológicas importantes, como a reabsorção óssea e a 
formação de osso (calo). 
 
 A consolidação óssea é: primária e secundária. 
 
1. Consolidação ósseaprimária 
 
- Ocorre com o contato direto e íntimo entre os segmentos 
fraturados. O osso novo cresce através das extremidades ósseas 
comprimidas, a fim de unir a fratura. 
 
 
 
É necessário existir uma compressão, a fim de 
unir a fratura. 
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- A consolidação primária do osso cortical (camada mais externa e dura 
do osso) é muito lenta e não pode unir lacunas (espaço vazio) na fratura, 
por isso há necessidade de uma fixação rígida por compressão (placas 
de fixação rígida que impedem qualquer tipo de movimento) 
 
- A estabilidade absoluta diminui a tensão no local da fratura a ponto de 
permitir a cicatrização. 
 
- - Habitualmente há formação de calo ósseo (tecido que se refaz entre 
os fragmentos de osso fraturado e que os solda) e ocorre 
aproximadamente duas semanas depois do momento da lesão. 
 
- O processo de consolidação depende basicamente da reabsorção 
osteoclástica do osso, seguida pela formação osteoblástica de osso novo. 
 
 
 
 
 Os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da 
matriz óssea, composta por colágeno tipo I, 
glicoproteínas e proteoglicanas. Também 
concentram fosfato de cálcio, participando da 
mineralização da matriz. 
 
 
 Os osteoclastos entram em atividade na fase de 
reabsorção óssea, pois podem se mover nas 
superfícies ósseas e destruir áreas lesadas ou 
envelhecidas. Com isto, permitem a atividade dos 
osteoblastos que continuam a produção da matriz 
óssea. 
 
 
 
 
 
Aspecto básico da mecânica da consolidação primária 
 
 A pré-carga compressiva mantém o contato íntimo entre dois 
fragmentos, desde que a compressão no local da fratura exceda as 
forças de tração que agem na extremidades dos fragmentos 
 
Produção de fricção 
 
 Se a quantidade de fricção for maior do que a força que tende a 
deslocar a fratura ao longo do seu plano, a estabilidade absoluta 
será mantida. 
 
 
2. Consolidação óssea secundária 
 
- Denota mineralização e substituição, por osso, de uma matriz 
cartilaginosa com um aspecto radiográfico característico de 
formação de calo 
 
 
- Quanto maior for a mobilidade no local da fratura, maior será a 
quantidade de calo. Esse calo de união externa aumenta a 
estabilidade no local da fratura, por aumentar a espessura do osso. 
 
 
 
Estágios de consolidação da fratura 
- Fase inflamatória 
- Fase reparativa 
- Fase de remodelamento 
 
 Essas fases se superpõem, e os eventos que ocorrem 
principalmente numa fase podem ter começado numa 
fase anterior. 
 
 
 A duração de cada estágio varia, dependendo da localização e 
gravidade da fratura, lesões associadas, e idade do paciente. 
 
 
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Fase inflamatória 
 
- Dura aproximadamente 1 a 2 semanas. 
 
- Inicialmente, a fratura incita uma reação inflamatória. O 
aumento da vascularização permite a formação de 
hematoma que em breve será invadido por células inflamatórias, 
como neutrófilos, macrófagos, e fagócitos. 
 
- Essas células, eliminam o tecido necrosado, preparando o 
terreno para a fase reparativa. 
 
 
 
Fase reparativa ou calo mole 
 
- Dura vários meses 
 
- O hematoma de fratura é invadido por condroblastos e 
fibroblastos, que depositam a matriz para o calo. 
 
- Inicialmente, forma-se um calo mole, composto principalmente 
de tecido fibroso e cartilagem com pequena quantidade de osso. 
 
 
 
 
- Os osteoblastos são responsáveis pela mineralização desse calo 
mole, convertendo-o num calo duro aumentando a 
estabilidade da fratura. 
 
 
- Esse tipo de osso é imaturo e fraco em termos de torque; 
portanto não pode ser submetido a estresse. 
 
 
- A conclusão da fase reparativa fica indicada pela estabilidade da 
fratura. 
 
 
 
Fase de remodelamento 
 
- Leva de meses a anos para se completar 
 
 
- Consiste em atividades osteoblásticas e osteoclásticas que resultam 
na substituição do osso desorganizado e imaturo por osso 
organizado e maturo, aumentando a estabilidade do local 
fraturado. 
 
 
 
 
- Com o passar do tempo, o canal medular vai 
gradualmente sendo reformado. 
 
 
- Ocorre reabsorção e formação do osso. 
 
 
- Radiograficamente, é habitual que a fratura não seja 
mais visualizada. 
 
Estágios da Fratura 
A - Fratura; 
B - Alinhamento e redução da 
fratura; 
C - Fase inflamatória; 
D - Fase reparativa; 
E - Fase de remodelamento. 
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Vantagens do calo ósseo 
- Estabilidade; 
- Aumento da resistência no local da fratura 
 
 
Desvantagens do calo ósseo 
- Bloqueio articular; 
- Deformidades ósseas; 
- Compressão de estruturas vascular e nervosa 
 
 
Biomecânica das Fraturas e da Consolidação Óssea 
 
Considerações: 
A fratura de um osso, na maioria das vezes, produz uma situação 
completamente instável; 
 
Contrapondo essa afirmativa, o mesmo não acontece nas fraturas 
metafisárias (logo abaixo da epífise) impactadas 
 
As fraturas não deslocadas, com periósteo intacto, bem como as 
fraturas por abdução da extremidade proximal do colo femoral e 
as fraturas em “galho verde” são relativamente estáveis 
 
 Os modos de carregamento que ocorrem nos ossos inteiros, 
podem resultar em padrões de fratura característicos: 
 
Quando um osso é carregado em tensão, o osso diafisário 
normalmente fratura devido as tensões de tração ao longo de um 
plano, que é aproximadamente perpendicular à direção de 
carregamento; 
 
Quando carregado em compressão, o osso irá falhar ao longo de 
planos que são oblíquos ao eixo longo do osso; 
 
Quando o osso é submetido à flexão, altos esforços de tração irão 
se desenvolver no lado convexo (fratura transversa) enquanto altos 
esforços de compressão irão se desenvolver no lado côncavo 
(fratura oblíqua) 
 Transversa oblíqua espiral borboleta 
 
 
No lado da tração, ocorre 
fratura transversa e no lado 
compressivo ocorre fratura 
oblíqua. 
 
 
Duas superfícies de fratura 
ocorrem comumente no lado 
compressivo, criando uma 
cunha solta de osso que, às 
vezes, é chamada de 
fragmento de borboleta. 
 
 
 
Outros padrões de carregamento traumático podem levar o osso a 
uma combinação de carregamento axial, de flexão e torcional, que 
pode mudar os relatados anteriormente; 
 
O osso também pode sofrer fratura decorrente de uma única carga 
que é maior do que sua capacidade de sustentação (carga de falha 
final); 
 
Cargas repetidas também podem levar o osso a fadigar e, 
ocasionalmente, à fratura. 
 Fraturas e Lesões Fisárias 
 
 Também chamada de fraturas de Salter-Harris, fraturas de 
placas de crescimento, lesões fisárias, fraturas pediátricas, fraturas 
da infância, fraturas e lesões epifisárias. 
 
 A placa epifisária ou fise (placa de crescimento ou 
cartilagem de crescimento) é a parte mais frágil do esqueleto da 
criança cuja resistência varia com velocidade do crescimento, sexo e 
alterações hormonais. 
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 Considerações 
 
- A remodelação óssea é tanto maior quanto menor a idade do 
indivíduo. 
 
- Entorses, contusões, fratura, luxação, podem acarretar lesões 
graves na criança devido a lesão da cartilagem de crescimento 
 
- As lesões fisárias ocorrem devido a maior resistência dos 
ligamentos e cápsulas em comparação a placa de crescimento 
 
- Trauma:causa principal da lesão fisária 
 
 
 
- Outras causas: desuso, radiação ionizante, 
infecção, lesões tumorais, insuficiência 
vascular, lesões por estresse, queimaduras 
por frio ou calor e lesões iatrogênicas 
 
- Na fise comprometida em toda sua extensão 
há fusão entre metáfise e epífise 
parada de crescimento 
 
- Lesão fisária parcial há deformidades 
angulares. 
 
 
 Epidemiologia 
 
- A causa mais comum de lesão da fise é o trauma 
 
- 15 – 20 % de todas as lesões da infância 
 
- Em 10% dos acometimentos da placa ocorrem alterações 
importantes do crescimento 
 
 
 
 Classificação 
 
 
Tipo I 
- Separa a metáfise da epífise 
 
- Sem desvio, pode ser difícil o 
diagnóstico por não ter 
comprometimento ósseo 
 
- Prognóstico excelente 
 
- Tratamento conservador e 
cirúrgico (quando houver 
instabilidade. 
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Tipo II 
- Compromete parcialmente a 
cartilagem de crescimento 
 
- Tipo mais frequente 
 
Tipo III 
- Lesão da fise com fratura intra-
articular da epífise 
 
- Não há acometimento da metáfise 
 
- Rara, tratamento cirúrgico 
 
Tipo IV 
- Compromete a metáfise, atravessando a 
fise e a epífise, até a articulação. 
 
- Necessitam de redução precisa, pois 
pode levar a pontes ósseas com 
consequente deformações 
 
Tipo V 
- Lesões por compressão da fise 
 
- Lesões raras e diagnóstico difícil 
 
 Tipo VI 
- Foi acrescentada à classificação original de Salter-Harris por Rang 
 
- Lesão periférica na fise, denominada lesão pericondral, com formação 
de ponte óssea e deformidade angular. 
 
 
 Tratamento 
 
Lesões do tipo I e II 
 
- Bom resultado com a redução incruenta, que consiste na 
manipulação forçada do fragmento distal, seguida de imobilização em 
aparelhos gessados ou talas. 
 
- Se ocorrer interposição do periósteo ou de partes moles: cirurgia 
 
 
Tipo III e IV 
 
- Apresentam descontinuidade da fise e epífise com fratura intra-
articular 
 
- Pode acarretar osteoartrose, comprometimento do crescimento 
com deformidades ou encurtamentos. 
 
- Tratamento cirúrgico para realinhamento articular e fise 
 
Tipo V e VI 
- Acarretam a formação da barra óssea e parada parcial ou total do 
crescimento. 
 
- Procedimentos cirúrgicos posteriores para ressecção da barra de 
crescimento ou correções de deformidades. 
 
Prognóstico 
I e II – bom 
 
III e IV – ruim (pode haver fechamento da fise parcial ou total) 
 
V e VI – sequela inevitável 
 
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 Fraturas da Diáfise do Úmero 
 Mecanismo da Lesão 
 
- Trauma direto ou indireto: 
 
 quedas com a mão espalmada 
 
 acidentes automobilísticos 
 
 desportistas 
 
 Classificação 
 
 Conforme: 
- Tipo do traço da fratura 
 transversa 
 oblíqua 
 espiralada 
 cominutiva 
 
- A sua localização 
 acima da inserção do peitoral 
maior 
 
 
 abaixo da inserção do peitoral maior e acima da inserção do 
deltóide 
 abaixo da inserção do deltóide 
 
- Se exposta ou fechada 
 
- A condição do osso (normal ou patológico). 
 
 Tratamento 
 Conservador e cirúrgico 
 
 
Tratamento Conservador 
- Imobilização 
- Fisioterapia 
 
 
Tratamento Cirúrgico 
- Nas dificuldades de redução ou manutenção do alinhamento 
- Fraturas cominutivas, patológicas, expostas 
- Lesão vascular associada 
 
 Complicações 
 
- Lesão do nervo radial 
 
- Lesões vasculares 
 
- Consolidação viciosa 
 
- Pseudo-artrose (ausência da formação de um novo osso dentro de 
um período de tempo considerável) 
 
 Métodos de tratamento das fraturas 
 
Fratura com tratamento conservador 
- Tração 
 
- Redução da fratura, que consiste no reposicionamento ósseo 
feito pelo médico. 
 
- Imobilização, que consiste em colocar o gesso ou tala gessada 
na região da fratura. A mobilidade ampla é reduzida, enquanto o 
micromovimento persiste à estabilização da fratura com gesso, 
agindo como um tutor, reduzindo a mobilidade sem eliminá-la. 
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Tratamento conservador 
 Tração ou gessos e talas. 
 O tratamento conservador da fratura consiste na redução 
fechada para restaurar o alinhamento e subsequente estabilização. 
 
1. Tração Trans-Esquelética 
 
- São aplicados temporariamente ao osso. Esse tratamento alinha os 
fragmentos ósseos e promove certa estabilidade. 
 
- Para esse tipo de tratamento pode ser usados Fios Kirschner ou 
Pinos Steinman 
 
 
- A indicação mais comum da TTE é na fratura de fêmur e menos 
comum em fraturas de membro superior. 
 
 
2. Gesso e Talas 
 
- Pode ser dispositivos usados para imobilização temporária ou, 
em muitos casos, como tratamento definitivo. 
 
- O gesso promove uma estabilidade relativa com certa 
restauração da anatomia, sendo considerado um dispositivo de 
compartilhamento de estresse que permite a formação de calo 
ósseo. 
 
- Previne angulação e rotação. Somente fraturas transversas tem 
estabilidade axial no gesso, nas fraturas oblíquas podem deslocar 
e encurtar. 
 
 
- Utilizando gesso, a articulação acima e a articulação abaixo da 
fratura são imobilizadas para evitar rotação e translação dos 
fragmentos fraturados. 
 
- O tratamento com gesso traz algumas complicações devido a 
restrição de movimentos por período prolongado do membro 
imobilizado. Dentre essas complicações estão: atrofia muscular, 
pobre qualidade óssea, rigidez articular e dor. 
 
- É importante saber que dependendo da disposição do gesso no 
membro, se tem um “nome” diferente. 
 
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Fratura com tratamento cirúrgico 
 
 Necessidade de estabilização para alcançar a consolidação da 
fratura. 
 
Métodos de fixação: interna e externa 
 A seleção apropriada do método de fixação de uma fratura 
é uma questão multifacetada que depende: 
 
a) do local e tipo da fratura, 
b) da estabilidade ou não do local da fratura. 
c) do grau desejado de flexibilidade ou movimento 
 
 
1. Fixação interna 
 
Haste Intramedular 
 
- Proporcionam boa fixação e permitem que as articulações 
acima e abaixo da fratura permaneçam livres para mobilização 
precoce e é permitido transferência de preso precoce no 
membro fraturado. 
 
- A localização intramedular das hastes promove um 
posicionamento biomecânico favorável para resistir as forças de 
torção e flexão 
 
- Ineficaz contra torque, não 
evitando encurtamento axial; 
 
- Evolução – haste mais sólidas, 
com autobloqueio, suportando 
movimentos torcionais 
 
Haste intramedular depende 
de: 
 
- Diâmetro da haste; 
 
- Números dos pinos 
 
- Arranjo espacial; 
 
- Flexibilidade e flexão, que dependem do encaixe dentro do 
canal medular. 
 
2. Placas de compressão 
- São placas metálicas com superfícies curvas que se encaixam na 
superfície do osso e são fixadas por parafusos, de tal modo que é 
criada uma compressão no local da fratura; 
 
- São placas com a finalidade de reduzir e fixar anatomicamente o 
local da fratura, promove a estabilidade absoluta. 
 
 
 
 
- São utilizadas na extremidade 
superior, particularmente no radio e 
a ulna 
 
- É um tipo de consolidação primária, 
devido à rigidez da fixação, 
compressãono local fraturado. 
 
- A consolidação primaria é lenta, 
exigindo um longo período de não 
sustentação peso (3 meses em média) 
 
 Modelos de Placas 
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Placas 
 
- Geralmente utilizadas na tíbia 
proximal; 
 
- São utilizadas com parafusos de 
compressão e parafusos para criar uma 
redução anatômica da fratura; 
 
- O paciente não deve sustentar peso. 
Em média, leva-se 8 semanas para 
sustentação de peso. 
 
Método de fixação: 
 pinos, fios e parafusos 
 
 Fio de Kirschner (fio K) 
 
- Dispositivos de compartilhamento 
de estresse permitindo micro-
movimento entre os fragmentos 
ósseos. 
 
- Pode ser aplicado isoladamente ou 
em conjunto com outro tipo de 
fixação. 
 
- Assim que ocorrer a consolidação, retira-
se o fio. 
 
 Parafusos de compressão 
- Utilizado para fraturas com mais de um 
fragmento; 
 
- O corpo liso do parafuso atravessa o local 
fraturado 
 
- É um dispositivo de tensão e, portanto, 
não se deve colocar carga precoce. 
 
 
 
Placa e parafuso deslizante para 
quadril 
 
- É um dispositivo especial para 
fratura proximal do fêmur 
 
- Geralmente, é usado nas fraturas 
intertrocantéricasdo fêmur. 
 
 
 
Placa de compressão condilar 
de 95°• 
 
- Utilizada para fraturas 
supracondilares da parte distal do 
fêmur. 
 
 
- Dispositivo de tensão, porque é 
difícil fixar rigidamente. 
 
 
Fixador Externo 
 
- De fácil e rápida aplicação, minimamente 
invasiva e com mínima agressão às partes 
moles. 
 
- Tem amplas variedades de configurações 
de armação e permitem ao cirurgião 
utilizá-los em várias situações clinicas 
para melhor consolidação óssea; 
 
- É utilizado em fraturas expostas 
associadas a extensas lesões de tecidos 
moles. 
 
 
06/09/2018 
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@rafavictorb

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