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RESUMÃO INFECTO EXERCÍCIOS - Meningite/Encefalite, Doenças Exantemáticas, Arboviroses

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MENINGITE E ENCEFALITE 
1- Diferença entre meningite e encefalite. 
As duas tem febre, cefaleia, convulsões, rebaixamento do sensorium, vômitos e náuseas. 
• Meningite: inflamação das meninges e geralmente acontece envolvendo o LCR, no espaço 
subaracnóide. Sinais de irritação meníngea falam mais a favor de uma meningite. 
• Encefalite: inflamação do parênquima cerebral, associada a evidências clínicas de disfunção 
neurológica (Disfunção cognitiva aguda, Rebaixamento do sensório, Alterações de personalidade e 
comportamento, Sinais neurológicos focais). Para as encefalites, o mais característico é disfunção 
cognitiva aguda, alterações comportamentais e sinais neurológicos focais. Além disso, na encefalite as 
alterações do estado mental são mais precoces. 
 
2- Diferença entre meningite viral e bacteriana. 
Meningite bacteriana Meningite viral 
– Cefaleia 
– Febre 
– Sinais meníngeos 
– Alterações do sensório 
– Vômitos 
– Convulsões 
– Sinais neurológicos focais (incomuns) 
(ex.: perda de sensibilidade, hemiplegia, 
paralisia facial) 
– Febre 
– Vômitos 
– Cefaleia 
– Meningismo 
– Letargia 
– Dor abdominal 
– Convulsões 
RESULTADO DO EXAME DE LÍQUOR 
Bacteriana Viral 
Células: 1.000 a 5.000 | PMN > 80% 
Proteínas > 200 mg/dL 
Glicose < 40 mg/dL 
Células: 100 a 1.000 
Proteínas < 100 mg/dL 
Glicose inalterada ou pouco diminuída 
 
3- Quando tem que puncionar? 
Quando tem suspeita clínica + pelo menos 01 critério da tríade (febre, sinais de irritação meníngea ou alteração 
do sensorium). 
 
4- Quando tem que fazer a tomografia antes de puncionar? 
1. Imunossupressos (AIDS ou em terapia com imunossupressor): esses pacientes têm mais chance de fazer lesão 
intraparenquimatosa (parameníngea). Por isso tem que fazer TC antes! Feita a TC e visto que não há esse tipo 
de lesão, podemos puncionar. 
2. História de doença do SNC (lesões em massa, AVC, infecções focais, ou até trauma): fazer TC antes! 
3. Convulsão de início recente (dentro de 1 semana): é um critério controverso ainda. Se uma criança chega com 
um quadro de meningite, mas teve uma convulsão de 30 segundos há 3 ou 4 horas, dá para julgar puncioná-
la, mas por segurança maior, é melhor fazer um TC antes. 
4. Papiledema: é preciso fazer exame de fundo de olho, pois é um indicativo de HIC. 
5. Alteração do nível de consciência (qualquer rebaixamento do sensório). 
6. Déficit neurológico focal (incluindo uma pupila dilatada não reativa, anormalidades na motricidade ocular, 
campos visuais, paralisia ocular, alteração de força em membros...) 
Thomás R. Campos | Medicina - UFOB Infectologia 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
1- Diferença entre elas: 
Doença Agentes Clínica 
Exantema súbito Herpesvirus humano tipo 6 (HHV-6) 
Enterovirus, como coxsackievirus A e 
B 
Adenovirus e Parainfluenza tipo 1 
Febre que dura de 3 a 5 dias, depois 
desaparece e surge o exantema. 
Pode causar linfadenomegalia, hiperemia do 
tímpano, irritabilidade 
Manchas de nagayama 
Sarampo Morbilivirus Febre, mal estar, tosse, coriza, conjuntivite 
seguido de exantema. 
Pode ser transmitido até 5 dias antes do rash 
até 4 dias depois. 
Manchas de Koplik (patognomônicas) 
Rubéola Rubella vírus Quadro leve ou subclínico, com rash maculo-
papular associado a sintomas e sinais 
sistêmicos mínimos. 
É característico adenopatia retroauricular 
Artralgias em adolescentes 
Manchas de Forchheimer 
Eritema 
infeccioso 
Parvovírus B19 Em crianças, causa o rash da bochecha 
esbofeteada. 
No adulto, é mais comum o acometimento 
articular 
Esse é o #destruidorDeReticulócitos e por isso 
esse vírus pode ser um grande problema para 
pessoas com anemia hemolítica 
Enterovírus Echovirus 
Coxsackie 
Enterovirus 
Echovirus podem dar exantema 
maculopapular generalizado e podem dar a 
síndrome mão-pé-boca também. 
Enterovirus causa herpangina, que parece 
uma amigdalite, a diferença é que tem 
vesículas. 
Escarlatina Streptococcus Geralmente associada a faringoamigdalite e o 
paciente tem um rash que se inicia na virilha 
ou axila com característica de lixa de madeira. 
É o da língua em framboesa 
Mononucleose Epstein-Barr É o da #amigdalitedos15aos24anos, 
#adenopatiaGeneralizada, #linfocitoseAtípica 
e #anticorposHeterófilos 
É mais comum a mononucleose ter o quadro 
todo sem rash do que com rash, mas pode 
acontecer. O exantema tá muito associado ao 
uso de amoxicilina. 
 
2- A maioria dessas doenças dificilmente evoluem com gravidade. Mas que tipo de sinal nos faria não 
liberar o paciente? 
Alteração do sensório; Desconforto respiratório; Hipoxemia; Sinais de choque circulatório. Esses sinais, 
independente da doença, marcam uma doença grave. 
 
Thomás R. Campos | Medicina - UFOB Infectologia 
ARBOVIROSES 
1- Diferença entre elas 
Doença Etiologia Clínica 
Dengue Vírus: gênero Flavivirus 
Mosquito: Aedes aegypti e 
Aedes albopictus 
Doença febril aguda, com duração de 7-10 dias, 
acompanhada de cefaleia, mialgia e prostração. 
Chikungunya Vírus: Chikungunya 
Mosquito: Aedes aegypti e 
Aedes albopictus 
Doença febril aguda com poliartralgia e artrite. 
Dengue não dá artrite. 
O que mais diferencia chikungunya de zika e dengue 
é derrame articular 
Sintomas persistentes também é outra coisa que 
diferencia da dengue. 
Zika Vírus: Zika vírus 
Mosquito: Aedes aegypti e 
Aedes albopictus 
Usualmente a doença é leve, só se tem uma vez 
(imunidade duradoura). 
Sintomas mais comuns: febre baixa, exantema 
maculopapular, artralgia (geralmente mãos e pés), 
conjuntivite, mialgia, cefaleia, dor retroorbital 
 
2- Gravidade da dengue. 
A dengue é considerada grave quando há (pelo menos um): 
• Aumento da permeabilidade capilar (percebida por sinais como ascite, derrame pleural, aumento do 
hematócrito, choque ou aumento do fígado com dor à palpação) 
• Hemorragias de grande monta 
• Alteração do nível de consciência 
• Envolvimento severo do TGI (ex.: icterícia, vômitos persistentes, dor intensa) 
• Comprometimento orgânico grave (ex.: falência hepática ou renal, encefalopatia, cardiomiopatia) 
 
3- Sinais de alarme da dengue. 
1. Dor abdominal intensa e contínua → Não cessa com analgesia, no quadrante superior direito. Ocorre 
por causa do aumento do fígado (edema pelo aumento da permeabilidade vascular haverá 
extravasamento capilar) com distensão da cápsula hepática 
2. Vômitos persistentes → Pode haver desidratação 
– Se o paciente estiver com a zona crítica da doença, perdendo líquido para o terceiro espaço, 
distendendo o fígado, fazendo ascite, derrame pleural, provavelmente ele está com o intravascular 
depletado. Se ainda por cima ele tiver vômitos persistentes, ele vai chocar. 
3. Hepatomegalia dolorosa - se relaciona com dor abdominal intensa e contínua. 
4. Hemorragias importantes (hematêmese, melena) 
– Fenômeno hemorrágico: não é incomum o paciente possuir petéquias ou gengivorragia, mas por si 
só não marcam gravidade. Seriam mais hemorragias maiores, como gastrointestinais ou vaginal. 
5. Sonolência ou irritabilidade: à baixa de PA 
6. Diminuição da diurese (>6h). 
7. Indicativos de choque (extremidades frias e pegajosas, hipotensão arterial, pressão arterial 
convergente). 
8. Desconforto respiratório 
9. Hipotensão → como indicar para esse paciente quando está hipotenso: prostração, suor excessivo, 
sonolência excessiva. 
Thomás R. Campos | Medicina - UFOB Infectologia 
4- Dengue Hemorrágica 
Dengue hemorrágica não é a mesma coisa que dengue grave. O diagnóstico de dengue hemorrágica se baseia 
em um tripé: (1) fenômenos hemorrágicos (gengivorragia, epistaxe, petéquias... se nada disso estiver presente, 
prova do laço), (2) evidências de transudação plasmática (hematócrito aumentado ou derrames cavitários)e 
(3) plaquetopenia. Os três devem estar obrigatoriamente presentes. 
 
5- Manejo da dengue. 
Passo 1 - Avaliação geral 
• Compreende a história, exame físico, hemograma, testes para confirmação do diagnóstico (não 
impactam na conduta, pois os resultados vão chegar só depois que o quadro já estiver resolvido). 
• Se necessário: perfil hepático, eletrólitos, uréia, creatinina, lactato, enzimas cardíacas e ECG. 
Passo 2 - Avaliação da gravidade 
• Determinar a fase (febril, crítica ou de recuperação) 
• Investigar se há sinais de alarme 
• Determinar se há necessidade de hospitalização 
Passo 3 - Intervenção terapêutica 
• É preciso notificar o caso 
• Decisões quanto ao tratamento - definir os grupos A, B e C. 
 
GRUPO A GRUPO B GRUPO C 
É o paciente sem sinais de 
alarme, com boa ingesta hídrica e 
diurese a cada 06h. 
 
Pode ser atendido na UBS 
mesmo, você manda ele ir pra 
casa, orienta a beber água e 
evitar AINE e pede pra retornar 
se tiver algum sinal de alarme. 
Paciente com sinais de alarme ou 
então condições complicadoras 
(grávidas, idosos, IRC, obesos, 
DM, anemias hemolíticas) 
 
O tratamento é intra-hospitalar. 
Hidratação (se não tiver sinais de 
alarme pode ser VO ou IV, mas se 
tiver sinais de alarme tem que ser 
IV e agressiva. 
Além disso, você faz reavaliação 
constante (clínica e laboratorial) 
É o paciente com DENGUE 
GRAVE. 
Choque, hemorragia de grande 
monta ou comprometimento 
orgânico grave (falência hepática 
ou renal, cardiomiopatia, 
encefalopatia) 
 
Internar em UTI. 
 
Thomás R. Campos | Medicina - UFOB Infectologia

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