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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO AEPCON Concursos Públicos 1 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. ÍNDICE Mandado de Injunção �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2 Ação Popular ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2 Jurisprudências Do STF ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6 AEPCON Concursos Públicos 2 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. Mandado de Injunção LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali- dade, à soberania e à cidadania; O mandado de injunção é, talvez, a ação mandamental que menos utilidade tem tido para os seus autores� Presta-se ela, ideologicamente, a suprir a falta de norma regulamentadora de direito, liberdade ou prerrogativa constitucional, sem a qual tais direitos não podem ser exercidos� Em outras palavras, a Constituição Federal em várias passagens, estabeleceu direitos cujo exercício foi condicionado à elaboração de uma lei posterior que viesse a dizer em que termos isso iria ocorrer� Dispõe o art� 5�°, LXXI, da CF/1988: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”� É parte legítima para impetrar o mandado de injunção toda pessoa que tenha interesse na existência de determinada norma regulamentadora para o exercício de direito ou liberdade constitucional� O pólo passivo da ação será ocupado pela pessoa jurídica de direito público competente para expedir tal norma regulamentadora (esta pode ser entendida como aquela que torne um direito ou liberdade plenamente exercitável – art� 5º, VI, XXXIX e L)� São requisitos para o seu cabimento: 1 – ausência de norma regula mentadora; 2 – que a mencionada ausência inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacio nalidade, à soberania e à cidadania� Tem legitimidade ativa qualquer pessoa que tenha interesse na supressão da omissão, devendo o mandado ser impetrado em face do ente responsável pela edição da norma� Ação Popular LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; O objetivo da ação popular não é outro senão o de anular um ato lesivo a bem constitucionalmente protegido, sendo estes apenas o patrimônio histórico e cultural, o patrimônio público, o meio ambiente e a moralidade pública, esta última um conceito muito amplo que dá extraordinário alcance à ação popular� Pode propor essa ação somente o “cidadão”, o que implica dizer que não é qualquer brasileiro que pode fazê-lo, mas apenas aquele detentor de direitos políticos, de capacidade eleitoral ativa, ou, ainda, de poder de voto� Ação popular é a ação ajuizável pelo cidadão que visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência� A legitimidade para propor a ação popular decorre do preenchimento dos requisitos previstos no art� 14, CF/1988, que trata dos direitos políticos� Estão excluídos do pólo ativo os estrangeiros, apátridas, pessoas jurídicas e os brasileiros AEPCON Concursos Públicos 3 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. que estiverem com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos� Devem figurar no pólo passivo o agente que praticou o ato, a entidade lesada e os beneficiários do ato ou contrato lesivo ao patrimônio público (art� 6�° Lei 4�717/65)� A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado cujo ato seja objeto de impugnação poderá abster-se de contestar o pedido ou atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, ajuízo do respectivo representante legal ou dirigente (art� 6�°, § 3�°, da Lei 4�717/ 1965)� Ação popular é a ação ajuizável pelo cidadão que visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência� A legitimidade para propor a ação popular decorre do preenchimento dos requisitos previstos no art� 14, CF/88, que trata dos direitos políticos� Maior de 16 – Não há mais controvérsia na jurisprudência sobre a possibilidade de o maior de 16 anos propor ação popular� A discussão era porque o maior de 16 pode votar, mas não pode ser votado� Então, será que ele teria ou não exercício dos direitos políticos? Aqui, vale aquela ideia de sempre ampliar a legitimidade, portanto, pode� Porque senão todo mundo só vai poder propor ação popular com 35, que é a idade mínima para ser votado para Presidente da República� Esse é o raciocínio� Acabou a briga� Se ele propor, não precisa estar assistido porque os direitos políticos não podem ser exercidos por inter- posta pessoa� São direitos personalíssimos� ˃ O brasileiro naturalizado pode propor ação popular? Sim, pois ele é brasileiro� Ele vota e pode ser votado� ˃ E o estrangeiro? Não pode propor AP porque ele não pode votar e nem ser votado� Exceção: art� 12, § 1º – portugueses� ˃ MP pode propor AP? A maioria nega� HNM diz que pode� A CF tornou o MP um legitimado universal para todas as coletivas� Um precedente do STJ fala que pode� Resp� 700�206/MG� ˃ É possível a propositura da AP fora do domicílio eleitoral? Prevalece que não há limites� Posso propor onde eu quiser� ˃ Os arts� 12, § 1º e 4º, bem como o 15, todos da CF, falam da perda e da suspensão dos direitos políticos� Se isso acontecer, perde a legitimidade para propor a AP� Qual o comportamento do órgão judicial? Convidar outros legitimados (são os cidadãos) para assumir a titularidade ativa� Se, eventualmente, todos os cidadãos não se interessarem, o MP assume a titularidade ativa da AP� Assim, o MP pode ser autor quando não tiver seguimento na ação ou quando não tiverem interessados� Cada autor dá um conceito diferente de ação popular� Para fins didático,s prefiro adotar o conceito do Hely Lopes Meirelles porque quem melhor trabalha a ação popular, não é o constitucionalista ou o processualista� O que melhor investiga é o administrativista, exatamente porque há uma intimidade muito grande entre a ação popular e o direito administrativo� “A ação popular é um mecanismo constitucional de controle popular da legalidade/ lesividade dos atos administrativos.”Hely usa uma expressão, ele diz que a ação popular é uma ação de caráter cívico- administrativa, pois envolve a cidadania e a Administração Pública, mistura o controle da Administração através do exercício da cidadania� Estão excluídos do pólo ativo os estrangeiros, apátridas, pessoas jurídicas (Súmula 35 do AEPCON Concursos Públicos 4 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. STF) e os brasileiros que estiverem com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos (art� 15, CF)� Devem figurar no pólo passivo o agente que praticou o ato, a entidade lesada e os be- neficiários do ato ou contrato lesivo ao patrimônio público� O Ministério Público tem posição singular na ação popular: é parte pública autônoma, incumbida de velar pela regularidade do processo, de apressar a produção da prova e de promover a responsabilidade civil ou criminal dos culpados� Poderá a ação em estudo ser proposta quando existir ilegalidade ou imoralidade praticada em qualquer ato do Poder Público� Exige, assim, a observância dos seguintes requisitos: I – que o autor seja cidadão (condição de eleitor); II – ilegalidade (ou ilegitimidade) do ato a ser impugnado; e III – lesividade ao patrimônio público� O objeto da ação popular tem previsão nos arts� 5º, LXXIII, da CF e também no art� 1º, §§ 1º e 2º, da LAP� E qualquer semelhança com a ação civil pública não é mera coincidência� É para ser semelhante mesmo� Todos os dispositivos comentados vão estabelecer que a ação popular serve para: ˃ Tutela preventiva (inibitória ou de remoção dos ilícitos) e ˃ Tutela reparatória Dos seguintes bens e direitos difusos: » Patrimônio Público » Moralidade administrativa » Meio ambiente » Patrimônio histórico e cultural Houve evolução da doutrina e jurisprudência para permitir o uso da ação popular de modo preventivo, especialmente para a tutela do patrimônio ambiental e histórico cultural� Quero fazer alguns destaques sobre as particularidades da LAP, porque o resto é tudo igual à ACP e não preciso ficar repetindo tudo o que já disse� 1ª Observação: A ação popular tem um objeto bem menor do que o da ação civil pública porque a ação popular não se presta à defesa de qualquer direito metaindividual� A ação popular se presta à defesa exclusivamente dos mais abstratos direitos metaindividuais, que são direitos difusos (aqueles cujos sujeitos são indeterminados e indetermináveis, ligados por circunstâncias de fato extremamente mutáveis), são os direitos mais abstratos: meio ambiente, patrimônio histórico, moralidade administrativa, patrimônio público� São típicos exemplos de direitos difusos, tanto que a doutrina é uniforme no sentido de apontar que a ação popular se presta só para a defesa dos interesses difusos, sendo que a ação civil pública não funciona assim� A ação civil pública se presta à defesa dos interesses difusos, mas também dos coletivos e individuais homogêneos� Então, o objeto da ação popular é bem menor� 2ª Observação: Patrimônio público – Eu quero falar sobre essa expressão e, para tanto, vamos ler o art� 1�º, da LAP, mas antes, anote o conceito de patrimônio público para fins de ação popular, que é amplíssimo: “A proteção do patrimônio público ocorre contra qualquer pessoa jurídica de direito público, ou contra entidade que o Estado subvencione na proporção do dinheiro público aplicado.” AEPCON Concursos Públicos 5 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. A ação popular, óbvio que em 95% das vezes ela vai caber contra pessoa jurídica de direito público porque é quem mexe com dinheiro público� Mas muitas vezes, há pessoas jurídicas de direito privado que são subvencionadas, que são patrocinadas pelo dinheiro público� Na medida em que há dinheiro público em entidade privada, essa entidade privada é ré em ação popular� Vamos ler o art� 1�º da LAP para você entender o alcance da expressão patrimônio público e para que você saiba que ela pega também pessoas jurídicas de direito privado� Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos (SESC, SESI SENAI, SENAC), de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorri- do ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio (casos das sociedades de economia mista) ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. E se o dinheiro que o Estado põe for menos do que 50%? Ou seja, o Estado não banca integralmente� Ele só ajuda com uma verba� A resposta está no § 2º: º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as conseqüências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos. Quer dizer, o cara que tem uma creche que recebe dinheiro público, se quiser pegar o dinheiro da creche, que não é público, e rasgar, ele arca com as consequências, mas isso não me interessa para fins de ação popular� O que me interessa é para onde vai o emprego da verba pública� Por isso, quando eu ditei: “pessoa jurídica de direito público ou entidade subvencionada na proporção do dinheiro público que existir�” Então, há que se fazer uma análise casuística para saber o que vai ser atacado, conforme a quantidade de dinheiro público aplicado� 3ª Observação: Moralidade administrativa – É o segundo objeto de proteção da ação popular� E o que é moralidade administrativa? Esse é um conceito jurídico indeterminado clássico, já que não há como dar um conceito preciso sobre o que seja moralidade administrativa� A doutrina se esforça para definir, mas continua sendo um conceito tão abstrato quanto a própria expressão “moralidade administrativa�” “Moralidade administrativa são os padrões éticos e de boa-fé no trato com a coisa pública.” Continua um conceito bem aberto, já que falo em boa-fé é algo que não dá para definir direito� A moralidade administrativa evoluiu muito, já que antes era aceitável que se utilizasse a coisa pública em benefício próprio� Você podia usar o carro do órgão para assuntos particulares� Hoje, não� Você tem seu carro, que usa para ir trabalhar e o carro do governo para as coisas do trabalho� Um ótimo exemplo de regra que impõe a observância da moralidade administrativa é a regra do art� 37, § 1º, da CF, que é aquele que proíbe a propaganda pessoal em bens públicos� Só é possível propaganda institucional� § 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. A ideia é que a propaganda tem que ter caráter educativo e não autopromoção� Uma candidata a prefeita fez toda sua campanha de cor-de-rosa� Foi eleita e pintoutodos os prédios AEPCON Concursos Públicos 6 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. públicos da cidade de rosa, os carros idem� Tinha que pintar, porque estava precisando, mas de rosa? Isso viola a moralidade, já que o custo da tinta é o mesmo� Pintar de rosa, nesse caso, foi propaganda pessoal, feriu a moralidade administrativa� Não é um padrão de boa-fé no trato da coisa publica� 4ª Observação: STJ – No julgamento do Resp� 818725/SP bateu o martelo e disse que o rol de objetos é taxativo, ou seja, só serve para patrimônio público, moralidade, meio ambiente e patrimônio histórico e cultural� Não serve para defesa do consumidor, não serve para a proteção do direito dos deficientes� Aqui o rol é taxativo e isso você percebe o distanciamento da ACP, que traz um rol exemplificativo de bens, que são defendidos via ação popular� 5ª Observação: meio ambiente e patrimônio histórico e cultural: vários autores sustentam que nessas duas hipóteses estaríamos diante de um caso de ACP cuja legitimação ativa seria do cidadão, porque não há necessidade de haver ato administrativo atacável, tão pouco entidade pública ou que lhe faça às vezes como parte demandada� Consequência: aplica o regime da ACP as duas, mesmo eles estando na AP� Ação civil pública A ação civil pública encontra previsão uma única vez no Texto Constitucional (art� 129 da CF)� Já estava prevista pela Lei 7�347/ 1985 (recepcionada pela CF), e é cabível para defesa do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos� Cabível a ação civil pública em diversos assuntos, como: atos de improbidade administrativa (Lei 8249/92), os direitos da infância e da adolescência (Lei 8069/90), o consumidor (Lei 8078/90), o mercado de capitais (Lei 7913/89), os deficientes físicos (Lei 7853/89), os idosos (Lei 10741/03), dentre outros interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos� A legitimidade é conferida ao Ministério Público, pessoas jurídicas de direito público interno e por suas entidades paraestatais, ou por associações formadas há mais de um ano, que tenham como finalidade a defesa dos direitos difusos e coletivos� No entanto, nestes casos, o Ministério Público, quando não for autor, sempre deverá intervir no feito como fiscal da lei� São legitimados passivos as pessoas físicas ou jurídicas, os órgãos da Administração Pública e os beneficiários do ato ilícito praticado� Na hipótese de a ação civil pública ser ajuizada para combater atos de improbidade eventualmente praticados por agentes públicos, a sua procedência determina a aplicação das seguintes penalidades: suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível� Jurisprudências Do STF 1) O princípio da isonomia é auto-aplicável e deve ser considerado sob duplo aspecto: a) o da igualdade na lei; b) o da igualdade perante a lei� A igualdade na lei é exigência dirigida ao legislador, que, no processo de formação da norma, não poderá incluir fatores de discriminação que rompam com a ordem isonômica� A igualdade perante a lei pressupõe a lei já elaborada e se dirigi aos demais Poderes, que, ao aplicá-la, não poderão subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório� 2) A quebra do sigilo bancário não afronta o art� 5º, incisos X e XII, da Constituição AEPCON Concursos Públicos 7 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. Federal� O sigilo bancário não consubstancia direito absoluto, cedendo passo quando presentes que denotem a existência de interesse público superior� Sua relatividade, no entanto, deve guardar contornos na própria lei, sob pena de se abrir caminho para o descumprimento da garantia à intimidade� Apenas o Poder Judiciário, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e autoridade da Receita Federal por um de seus órgãos, podem eximir as instituições financeiras do dever de segredo em relação às matérias arroladas em lei� 3) A associação regularmente constituída e em funcionamento pode postular em favor de seus membros ou associados, precisando de autorização especial em Assembléia, não bastando a constante do estatuto� O Supremo Tribunal Federal adotou esse novo entendimento a partir do ano de 2000� 4) Não se confunde a figura de representação, prevista no inciso XXI do art� 5º da Constituição, com a substituição processual, contemplada no inciso LXX do art� 5º, referente à legitimação para o mandado de segurança coletivo� 5) Não há direito adquirido contra texto constitucional, resulte ele do poder constituinte originário, ou do poder constituinte derivado� A supremacia jurídica das normas inscritas na Carta Federal não permite, ressalvadas as eventuais exceções proclamadas no próprio texto constitucional, que contra elas seja invocado o direito adquirido� 6) O princípio da irretroatividade somente condiciona a atividade jurídica do Estado nas hipóteses expressamente previstas pela Constituição, em ordem a inibir a ação do Poder Público eventualmente configuradora de restrição gravosa: a) ao status libertatis da pessoa (art� 5º, inciso XL), b) ao status subjectionis do contribuinte em matéria tributária (art� 150, inciso III, alínea a ) e c) à medida jurídica no domínio das relações sociais (art� 5º, inciso XXXVI)� Na medida em que a retroprojeção normativa da lei não gere e nem produza os gravames referidos, nada impede que o Estado edite e prescreva atos normativos, com efeito, retroativo� 7) O postulado do juiz natural, por encerrar uma expressiva garantia de ordem constitucional, limita, de modo subordinante, os poderes do Estado – que fica assim impossibilitado de instituir juízos ad hoc ou de criar tribunais de exceção – ao mesmo tempo em que assegura ao acusado o direito ao processo perante a autoridade competente abstratamente designada na forma da lei anterior, vedados em conseqüência, os juízos ex post facto. 8) Não cabe mandado de injunção fundado na alegação de norma regulamentadora a tornar viável o exercício de direitos previstos em lei complementar� 9) A prestação de informações vagas e/ou incompletas sobre a pessoa do impetrante enseja a concessão do habeas data� 10) Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular� 11) Pessoa jurídica tem direito a honra e a indenização por dano moral� 12) Pessoa jurídica tem direito a assistência jurídica integral e gratuita, a ser oferecida pelo Estado, desde que comprovada a insuficiência de recursos� EXERCÍCIOS 01. O mandado de injunção destina-se a regulamentar as normas constitucionais de eficácia contida e de eficácia limitada� a) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne AEPCON Concursos Públicos 8 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania� b) Não cabe mandado de injunção para alterar lei ou ato normativo já existente, incompatível com a Constituição Federal, sob a alegação de reclamar a edição de norma regulamentadora de dispositivo constitucional� c) Para a posição concretista individualintermediária, após julgar o mandado de injunção procedente, o Poder Judiciário deve fixar um prazo para que a omissão seja suprida pelo poder competente� Findo o prazo sem que nada seja feito, o Poder Judiciário deve fixar as condições necessárias ao exercício do direito por parte do autor do mandado de injunção� Gabarito: A Assinale a alternativa incorreta� 02. O cidadão com 17 anos de idade para propor a ação popular deverá ser assistido� a) A prova da cidadania, para ingresso em juízo da ação popular, será feita com o título eleito- ral, ou com documento que a ele corresponda� b) Quando o pleito, na ação popular, interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interes- sar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver� c) Na defesa do patrimônio público, em ação popular, caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado� d) Para fins de impetração do mandado de segurança, a autoridade coatora será tanto a pessoa que ordenou, de forma concreta e específica, a prática do ato ilegal, como aquela que se apre- sentou como mero executor do ato impugnado� Gabarito: A 03. 4) Considere que a associação dos servidores do DETRAN/ES pretenda impetrar mandado de segurança contra ato da autoridade responsável, que suprimiu determinada gratificação do contracheque de parte de seus associados� Nesse caso, segundo a jurisprudência do STF, como a pretensão interessa apenas a uma parte da categoria, a associação em questão não tem legiti- midade para impetrar a ação mandamental� Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: E Súmula 630 STF – A entidade de classe tem legitimidade para o mandado de segurança quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. 04. Um partido político que possua representação no Congresso Nacional está autorizado a impetrar mandado de segurança coletivo desde que devidamente autorizado por aqueles cujos direitos se pretenda tutelar� Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: E O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos AEPCON Concursos Públicos 9 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer- ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos. e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 05. O habeas data, via de regra, pode ser impetrado para a obtenção de informações que o poder público ou entidades de caráter público possuam a respeito de terceiros� Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: E “O habeas data não se presta para solicitar informações relativas a terceiros, pois, nos termos do inciso LXXII do art. 5º daCF, sua impetração deve ter por objetivo ‘assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante’.” (HD 87-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 25-11-2009, Plenário, DJE de 5-2-2010.)“ Mandado de Injunção Ação Popular Jurisprudências Do STF