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009 direito constitucional emilly albuquerque remedios constitucionais III

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AEPCON Concursos Públicos
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer-
ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos.
ÍNDICE
Mandado de Injunção �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Ação Popular ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Jurisprudências Do STF ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer-
ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos.
Mandado de Injunção
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali-
dade, à soberania e à cidadania;
O mandado de injunção é, talvez, a ação mandamental que menos utilidade tem tido para 
os seus autores�
Presta-se ela, ideologicamente, a suprir a falta de norma regulamentadora de direito, 
liberdade ou prerrogativa constitucional, sem a qual tais direitos não podem ser exercidos� 
Em outras palavras, a Constituição Federal em várias passagens, estabeleceu direitos cujo 
exercício foi condicionado à elaboração de uma lei posterior que viesse a dizer em que termos 
isso iria ocorrer�
Dispõe o art� 5�°, LXXI, da CF/1988: “conceder-se-á mandado de injunção sempre 
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”�
É parte legítima para impetrar o mandado de injunção toda pessoa que tenha interesse na 
existência de determinada norma regulamentadora para o exercício de direito ou liberdade 
constitucional� O pólo passivo da ação será ocupado pela pessoa jurídica de direito público 
competente para expedir tal norma regulamentadora (esta pode ser entendida como aquela 
que torne um direito ou liberdade plenamente exercitável – art� 5º, VI, XXXIX e L)�
São requisitos para o seu cabimento: 1 – ausência de norma regula mentadora; 2 – que a 
mencionada ausência inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacio nalidade, à soberania e à cidadania�
Tem legitimidade ativa qualquer pessoa que tenha interesse na supressão da omissão, 
devendo o mandado ser impetrado em face do ente responsável pela edição da norma�
Ação Popular
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
O objetivo da ação popular não é outro senão o de anular um ato lesivo a bem 
constitucionalmente protegido, sendo estes apenas o patrimônio histórico e cultural, o 
patrimônio público, o meio ambiente e a moralidade pública, esta última um conceito muito 
amplo que dá extraordinário alcance à ação popular�
Pode propor essa ação somente o “cidadão”, o que implica dizer que não é qualquer 
brasileiro que pode fazê-lo, mas apenas aquele detentor de direitos políticos, de capacidade 
eleitoral ativa, ou, ainda, de poder de voto�
Ação popular é a ação ajuizável pelo cidadão que visa anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência�
A legitimidade para propor a ação popular decorre do preenchimento dos requisitos 
previstos no art� 14, CF/1988, que trata dos direitos políticos�
Estão excluídos do pólo ativo os estrangeiros, apátridas, pessoas jurídicas e os brasileiros 
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ciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos.
que estiverem com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos� Devem figurar no pólo 
passivo o agente que praticou o ato, a entidade lesada e os beneficiários do ato ou contrato 
lesivo ao patrimônio público (art� 6�° Lei 4�717/65)� A pessoa jurídica de direito público ou de 
direito privado cujo ato seja objeto de impugnação poderá abster-se de contestar o pedido ou 
atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, ajuízo do respectivo 
representante legal ou dirigente (art� 6�°, § 3�°, da Lei 4�717/ 1965)�
Ação popular é a ação ajuizável pelo cidadão que visa anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência�
A legitimidade para propor a ação popular decorre do preenchimento dos requisitos 
previstos no art� 14, CF/88, que trata dos direitos políticos�
Maior de 16 – Não há mais controvérsia na jurisprudência sobre a possibilidade de o maior 
de 16 anos propor ação popular� A discussão era porque o maior de 16 pode votar, mas 
não pode ser votado� Então, será que ele teria ou não exercício dos direitos políticos? 
Aqui, vale aquela ideia de sempre ampliar a legitimidade, portanto, pode� Porque senão 
todo mundo só vai poder propor ação popular com 35, que é a idade mínima para ser 
votado para Presidente da República� Esse é o raciocínio� Acabou a briga� Se ele propor, 
não precisa estar assistido porque os direitos políticos não podem ser exercidos por inter-
posta pessoa� São direitos personalíssimos�
 ˃ O brasileiro naturalizado pode propor ação popular? Sim, pois ele é brasileiro� Ele vota e pode 
ser votado�
 ˃ E o estrangeiro? Não pode propor AP porque ele não pode votar e nem ser votado� Exceção: art� 
12, § 1º – portugueses�
 ˃ MP pode propor AP? A maioria nega� HNM diz que pode� A CF tornou o MP um legitimado 
universal para todas as coletivas� Um precedente do STJ fala que pode� Resp� 700�206/MG�
 ˃ É possível a propositura da AP fora do domicílio eleitoral? Prevalece que não há limites� Posso 
propor onde eu quiser�
 ˃ Os arts� 12, § 1º e 4º, bem como o 15, todos da CF, falam da perda e da suspensão dos direitos 
políticos� Se isso acontecer, perde a legitimidade para propor a AP� Qual o comportamento do 
órgão judicial? Convidar outros legitimados (são os cidadãos) para assumir a titularidade ativa� 
Se, eventualmente, todos os cidadãos não se interessarem, o MP assume a titularidade ativa da 
AP� Assim, o MP pode ser autor quando não tiver seguimento na ação ou quando não tiverem 
interessados�
Cada autor dá um conceito diferente de ação popular� Para fins didático,s prefiro adotar 
o conceito do Hely Lopes Meirelles porque quem melhor trabalha a ação popular, não é 
o constitucionalista ou o processualista� O que melhor investiga é o administrativista, 
exatamente porque há uma intimidade muito grande entre a ação popular e o direito 
administrativo�
“A ação popular é um mecanismo constitucional de controle popular da legalidade/
lesividade dos atos administrativos.”Hely usa uma expressão, ele diz que a ação popular é uma ação de caráter cívico-
administrativa, pois envolve a cidadania e a Administração Pública, mistura o controle da 
Administração através do exercício da cidadania�
Estão excluídos do pólo ativo os estrangeiros, apátridas, pessoas jurídicas (Súmula 35 do 
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STF) e os brasileiros que estiverem com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos (art� 
15, CF)� Devem figurar no pólo passivo o agente que praticou o ato, a entidade lesada e os be-
neficiários do ato ou contrato lesivo ao patrimônio público�
O Ministério Público tem posição singular na ação popular: é parte pública autônoma, 
incumbida de velar pela regularidade do processo, de apressar a produção da prova e de 
promover a responsabilidade civil ou criminal dos culpados�
Poderá a ação em estudo ser proposta quando existir ilegalidade ou imoralidade praticada 
em qualquer ato do Poder Público� Exige, assim, a observância dos seguintes requisitos: I – 
que o autor seja cidadão (condição de eleitor); II – ilegalidade (ou ilegitimidade) do ato a ser 
impugnado; e III – lesividade ao patrimônio público�
O objeto da ação popular tem previsão nos arts� 5º, LXXIII, da CF e também no art� 1º, 
§§ 1º e 2º, da LAP� E qualquer semelhança com a ação civil pública não é mera coincidência� 
É para ser semelhante mesmo� Todos os dispositivos comentados vão estabelecer que a ação 
popular serve para:
 ˃ Tutela preventiva (inibitória ou de remoção dos ilícitos) e
 ˃ Tutela reparatória
Dos seguintes bens e direitos difusos:
 » Patrimônio Público
 » Moralidade administrativa
 » Meio ambiente
 » Patrimônio histórico e cultural
 Houve evolução da doutrina e jurisprudência para permitir o uso da ação popular de 
modo preventivo, especialmente para a tutela do patrimônio ambiental e histórico cultural�
 Quero fazer alguns destaques sobre as particularidades da LAP, porque o resto é tudo 
igual à ACP e não preciso ficar repetindo tudo o que já disse�
 1ª Observação: A ação popular tem um objeto bem menor do que o da ação civil 
pública porque a ação popular não se presta à defesa de qualquer direito metaindividual� A 
ação popular se presta à defesa exclusivamente dos mais abstratos direitos metaindividuais, 
que são direitos difusos (aqueles cujos sujeitos são indeterminados e indetermináveis, 
ligados por circunstâncias de fato extremamente mutáveis), são os direitos mais abstratos: 
meio ambiente, patrimônio histórico, moralidade administrativa, patrimônio público� São 
típicos exemplos de direitos difusos, tanto que a doutrina é uniforme no sentido de apontar 
que a ação popular se presta só para a defesa dos interesses difusos, sendo que a ação civil 
pública não funciona assim� A ação civil pública se presta à defesa dos interesses difusos, 
mas também dos coletivos e individuais homogêneos� Então, o objeto da ação popular é bem 
menor�
 2ª Observação: Patrimônio público – Eu quero falar sobre essa expressão e, para 
tanto, vamos ler o art� 1�º, da LAP, mas antes, anote o conceito de patrimônio público para 
fins de ação popular, que é amplíssimo:
 “A proteção do patrimônio público ocorre contra qualquer pessoa jurídica de direito 
público, ou contra entidade que o Estado subvencione na proporção do dinheiro público 
aplicado.”
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comer-
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 A ação popular, óbvio que em 95% das vezes ela vai caber contra pessoa jurídica de 
direito público porque é quem mexe com dinheiro público� Mas muitas vezes, há pessoas 
jurídicas de direito privado que são subvencionadas, que são patrocinadas pelo dinheiro 
público� Na medida em que há dinheiro público em entidade privada, essa entidade privada 
é ré em ação popular� Vamos ler o art� 1�º da LAP para você entender o alcance da expressão 
patrimônio público e para que você saiba que ela pega também pessoas jurídicas de direito 
privado�
 Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos 
ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de 
sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a 
União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos (SESC, SESI 
SENAI, SENAC), de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorri-
do ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio (casos das sociedades de economia mista) 
ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e 
dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
 E se o dinheiro que o Estado põe for menos do que 50%? Ou seja, o Estado não banca 
integralmente� Ele só ajuda com uma verba� A resposta está no § 2º:
º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra 
com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou 
entidades subvencionadas, as conseqüências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a 
repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.
 Quer dizer, o cara que tem uma creche que recebe dinheiro público, se quiser pegar 
o dinheiro da creche, que não é público, e rasgar, ele arca com as consequências, mas isso 
não me interessa para fins de ação popular� O que me interessa é para onde vai o emprego 
da verba pública� Por isso, quando eu ditei: “pessoa jurídica de direito público ou entidade 
subvencionada na proporção do dinheiro público que existir�” Então, há que se fazer uma 
análise casuística para saber o que vai ser atacado, conforme a quantidade de dinheiro 
público aplicado�
 3ª Observação: Moralidade administrativa – É o segundo objeto de proteção 
da ação popular� E o que é moralidade administrativa? Esse é um conceito jurídico 
indeterminado clássico, já que não há como dar um conceito preciso sobre o que seja 
moralidade administrativa� A doutrina se esforça para definir, mas continua sendo um 
conceito tão abstrato quanto a própria expressão “moralidade administrativa�”
 “Moralidade administrativa são os padrões éticos e de boa-fé no trato com a coisa pública.”
 Continua um conceito bem aberto, já que falo em boa-fé é algo que não dá para 
definir direito� A moralidade administrativa evoluiu muito, já que antes era aceitável que 
se utilizasse a coisa pública em benefício próprio� Você podia usar o carro do órgão para 
assuntos particulares� Hoje, não� Você tem seu carro, que usa para ir trabalhar e o carro do 
governo para as coisas do trabalho�
 Um ótimo exemplo de regra que impõe a observância da moralidade administrativa é a 
regra do art� 37, § 1º, da CF, que é aquele que proíbe a propaganda pessoal em bens públicos� 
Só é possível propaganda institucional�
 § 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
 A ideia é que a propaganda tem que ter caráter educativo e não autopromoção� Uma 
candidata a prefeita fez toda sua campanha de cor-de-rosa� Foi eleita e pintoutodos os prédios 
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públicos da cidade de rosa, os carros idem� Tinha que pintar, porque estava precisando, mas 
de rosa? Isso viola a moralidade, já que o custo da tinta é o mesmo� Pintar de rosa, nesse caso, 
foi propaganda pessoal, feriu a moralidade administrativa� Não é um padrão de boa-fé no 
trato da coisa publica�
 4ª Observação: STJ – No julgamento do Resp� 818725/SP bateu o martelo e disse 
que o rol de objetos é taxativo, ou seja, só serve para patrimônio público, moralidade, meio 
ambiente e patrimônio histórico e cultural� Não serve para defesa do consumidor, não 
serve para a proteção do direito dos deficientes� Aqui o rol é taxativo e isso você percebe o 
distanciamento da ACP, que traz um rol exemplificativo de bens, que são defendidos via ação 
popular�
 5ª Observação: meio ambiente e patrimônio histórico e cultural: vários autores 
sustentam que nessas duas hipóteses estaríamos diante de um caso de ACP cuja legitimação 
ativa seria do cidadão, porque não há necessidade de haver ato administrativo atacável, tão 
pouco entidade pública ou que lhe faça às vezes como parte demandada�
 Consequência: aplica o regime da ACP as duas, mesmo eles estando na AP�
Ação civil pública
A ação civil pública encontra previsão uma única vez no Texto Constitucional (art� 129 da 
CF)� Já estava prevista pela Lei 7�347/ 1985 (recepcionada pela CF), e é cabível para defesa do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos�
Cabível a ação civil pública em diversos assuntos, como: atos de improbidade 
administrativa (Lei 8249/92), os direitos da infância e da adolescência (Lei 8069/90), o 
consumidor (Lei 8078/90), o mercado de capitais (Lei 7913/89), os deficientes físicos (Lei 
7853/89), os idosos (Lei 10741/03), dentre outros interesses difusos, coletivos e individuais 
homogêneos�
A legitimidade é conferida ao Ministério Público, pessoas jurídicas de direito público 
interno e por suas entidades paraestatais, ou por associações formadas há mais de um ano, 
que tenham como finalidade a defesa dos direitos difusos e coletivos� No entanto, nestes 
casos, o Ministério Público, quando não for autor, sempre deverá intervir no feito como fiscal 
da lei�
São legitimados passivos as pessoas físicas ou jurídicas, os órgãos da Administração 
Pública e os beneficiários do ato ilícito praticado�
Na hipótese de a ação civil pública ser ajuizada para combater atos de improbidade 
eventualmente praticados por agentes públicos, a sua procedência determina a aplicação 
das seguintes penalidades: suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; 
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível�
Jurisprudências Do STF
1) O princípio da isonomia é auto-aplicável e deve ser considerado sob duplo aspecto: 
a) o da igualdade na lei; b) o da igualdade perante a lei� A igualdade na lei é exigência 
dirigida ao legislador, que, no processo de formação da norma, não poderá incluir fatores de 
discriminação que rompam com a ordem isonômica� A igualdade perante a lei pressupõe a 
lei já elaborada e se dirigi aos demais Poderes, que, ao aplicá-la, não poderão subordiná-la a 
critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório�
2) A quebra do sigilo bancário não afronta o art� 5º, incisos X e XII, da Constituição 
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Federal� O sigilo bancário não consubstancia direito absoluto, cedendo passo quando 
presentes que denotem a existência de interesse público superior� Sua relatividade, no entanto, 
deve guardar contornos na própria lei, sob pena de se abrir caminho para o descumprimento 
da garantia à intimidade� Apenas o Poder Judiciário, a Comissão Parlamentar de Inquérito 
(CPI) e autoridade da Receita Federal por um de seus órgãos, podem eximir as instituições 
financeiras do dever de segredo em relação às matérias arroladas em lei�
3) A associação regularmente constituída e em funcionamento pode postular em 
favor de seus membros ou associados, precisando de autorização especial em Assembléia, 
não bastando a constante do estatuto� O Supremo Tribunal Federal adotou esse novo 
entendimento a partir do ano de 2000�
4) Não se confunde a figura de representação, prevista no inciso XXI do art� 5º da 
Constituição, com a substituição processual, contemplada no inciso LXX do art� 5º, referente 
à legitimação para o mandado de segurança coletivo�
5) Não há direito adquirido contra texto constitucional, resulte ele do poder constituinte 
originário, ou do poder constituinte derivado� A supremacia jurídica das normas inscritas na 
Carta Federal não permite, ressalvadas as eventuais exceções proclamadas no próprio texto 
constitucional, que contra elas seja invocado o direito adquirido�
6) O princípio da irretroatividade somente condiciona a atividade jurídica do Estado nas 
hipóteses expressamente previstas pela Constituição, em ordem a inibir a ação do Poder 
Público eventualmente configuradora de restrição gravosa: a) ao status libertatis da pessoa 
(art� 5º, inciso XL), b) ao status subjectionis do contribuinte em matéria tributária (art� 150, 
inciso III, alínea a ) e c) à medida jurídica no domínio das relações sociais (art� 5º, inciso 
XXXVI)� Na medida em que a retroprojeção normativa da lei não gere e nem produza os
gravames referidos, nada impede que o Estado edite e prescreva atos normativos, com 
efeito, retroativo�
7) O postulado do juiz natural, por encerrar uma expressiva garantia de ordem 
constitucional, limita, de modo subordinante, os poderes do Estado – que fica assim 
impossibilitado de instituir juízos ad hoc ou de criar tribunais de exceção – ao mesmo 
tempo em que assegura ao acusado o direito ao processo perante a autoridade competente 
abstratamente designada na forma da lei anterior, vedados em conseqüência, os juízos ex post 
facto.
8) Não cabe mandado de injunção fundado na alegação de norma regulamentadora a 
tornar viável o exercício de direitos previstos em lei complementar�
9) A prestação de informações vagas e/ou incompletas sobre a pessoa do impetrante enseja 
a concessão do habeas data�
10) Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular�
11) Pessoa jurídica tem direito a honra e a indenização por dano moral�
12) Pessoa jurídica tem direito a assistência jurídica integral e gratuita, a ser oferecida 
pelo Estado, desde que comprovada a insuficiência de recursos�
EXERCÍCIOS
01. O mandado de injunção destina-se a regulamentar as normas constitucionais de eficácia 
contida e de eficácia limitada�
a) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
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inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania�
b) Não cabe mandado de injunção para alterar lei ou ato normativo já existente, incompatível 
com a Constituição Federal, sob a alegação de reclamar a edição de norma regulamentadora 
de dispositivo constitucional�
c) Para a posição concretista individualintermediária, após julgar o mandado de injunção 
procedente, o Poder Judiciário deve fixar um prazo para que a omissão seja suprida pelo 
poder competente� Findo o prazo sem que nada seja feito, o Poder Judiciário deve fixar as 
condições necessárias ao exercício do direito por parte do autor do mandado de injunção�
Gabarito: A
Assinale a alternativa incorreta�
02. O cidadão com 17 anos de idade para propor a ação popular deverá ser assistido�
a) A prova da cidadania, para ingresso em juízo da ação popular, será feita com o título eleito-
ral, ou com documento que a ele corresponda�
b) Quando o pleito, na ação popular, interessar simultaneamente à União e a qualquer outra 
pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interes-
sar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, 
se houver�
c) Na defesa do patrimônio público, em ação popular, caberá a suspensão liminar do ato lesivo 
impugnado�
d) Para fins de impetração do mandado de segurança, a autoridade coatora será tanto a pessoa 
que ordenou, de forma concreta e específica, a prática do ato ilegal, como aquela que se apre-
sentou como mero executor do ato impugnado�
Gabarito: A
03. 4) Considere que a associação dos servidores do DETRAN/ES pretenda impetrar mandado de 
segurança contra ato da autoridade responsável, que suprimiu determinada gratificação do 
contracheque de parte de seus associados� Nesse caso, segundo a jurisprudência do STF, como 
a pretensão interessa apenas a uma parte da categoria, a associação em questão não tem legiti-
midade para impetrar a ação mandamental�
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: E
Súmula 630 STF – A entidade de classe tem legitimidade para o mandado de segurança 
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
04. Um partido político que possua representação no Congresso Nacional está autorizado a 
impetrar mandado de segurança coletivo desde que devidamente autorizado por aqueles cujos 
direitos se pretenda tutelar�
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: E
 O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação 
no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à 
finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e 
certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos 
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e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
05. O habeas data, via de regra, pode ser impetrado para a obtenção de informações que o poder 
público ou entidades de caráter público possuam a respeito de terceiros�
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito: E
“O habeas data não se presta para solicitar informações relativas a terceiros, pois, 
nos termos do inciso LXXII do art. 5º daCF, sua impetração deve ter por objetivo ‘assegurar 
o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante’.” (HD 87-AgR, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, julgamento em 25-11-2009, Plenário, DJE de 5-2-2010.)“
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