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TAUBATÉ/SP 2018 ANDREA ALVES SISTEMA DE ENSINO 100% ON LINE PEDAGOGIA 4° SEMESTRE ASPECTOS FILOSÓFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL TAUBATÉ/SP 2018 ASPECTOS FILOSÓFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Sociologia da Educação; Legislação Educacional Teorias e Práticas do Currículo; Filosofia da Educação Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de; Aprendizagem na Educação Infantil; Ed. Cultura Brasileira. Professores: Marcio Gutuzo Saviani; Natália Gomes dos Santos; Mari Clair Moro Nascimento; Marcia Bastos de Almeida; Patricia Alzira Proscêncio; Luciane Batistela Bianchini; Renata de S. F. Bastos de Almeida Orientador :Nathalia Rosseto Andrade ANDREA ALVES SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3 2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................4 3 CONCLUSÃO.........................................................................................................8 REFERÊNCIAS.........................................................................................................9 3 1 INTRODUÇÃO Quando falamos sobre o papel do professor percebemos que podemos ir além da técnica, as atividades desenvolvidas neste trabalho são de extrema relevância para a futura prática docente, trazendo vivência para a sala de aula. Este trabalho tem como finalidade enriquecer o conhecimento do pedagogo(a) desenvolvendo articulações entre disciplinas como a Filosofia e a Sociologia, analisando a infância desde os tempos remotos até os dias atuais e ressaltar os documentos legais que regem a Educação em nosso país, afim de levar uma educação de qualidade aos alunos, quebrando os tabus da sociedade, revendo o conceito de infância e como ele se construiu historicamente. Essa quebra de paradigmas começa na educação básica construindo conhecimentos e se estende por todo período letivo, formando cidadãos que buscam seus direitos de igualdade e justiça. Através da leitura e reflexões sobre os textos propostos, identifica-se a infância do ponto de vista histórico, como era tratada as crianças e a importância dela na idade média, que foi ganhando destaque e acima de tudo através da igreja católica foi passando a ser respeitada seus direitos, principalmente entre a familia, que passa a se preocupar com a educação e se liberta dos preconceitos vividos anteriormente formando modelos familiares e valorizando os laços de sangue entre si. Ainda vemos que a educação básica passa a contar com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), no progresso e aprendizagens essenciais, assegurando as crianças seus direitos aliados ao PNE (Plano Nacional de Educação), em busca de uma sociedade justa e igualitária. O trabalho proporcionou um grande aprendizado sobre a história da educação infantil, os preconceitos vividos e como isso tudo tomou um novo rumo através das leis vigentes, o fato mais importante que foi destacado é a quebra dos paradigmas na educação, que ainda hoje toma grandes proporções e se aprimora a cada dia, ganhando destaque a educação infantil, garantido os direitos da criança a aprender brincando e a uma educação com formação para exercício da democrática e formação plena como cidadão. 4 2 DESENVOLVIMENTO A concepção da infância de séculos passados, para os dias atuais, passou por grandes transformações e melhorias, no Brasil por exemplo somente por volta do século XX, que a criança começa a ser valorizada em sociedade e seus direitos passam a ser segurados, nesse meio tempo elas foram alvos de toda discriminação e abusos e hoje é considerado um ser digno com direitos e deveres na sociedade. “A fascinação pelos anos da infância, um fenômeno relativamente recente” (HEYWOOD, 2004, p.13), fez com que o conceito de infância sofresse alterações significativas ao longo da história. Compreender o que foram esses conceitos, analisando a infância do ponto de vista histórico, pode nos revelar muito sobre a sua situação nos dias atuais. Durante a Idade Média, antes da escolarização das crianças, estas e os adultos compartilhavam os mesmos lugares e situações, fossem eles domésticos, de trabalho ou de festa. Na sociedade medieval não havia a divisão territorial e de atividades em função da idade dos indivíduos, não havia o sentimento de infância ou uma representação elaborada dessa fase da vida (Ariès, 1973). O sentimento pela infância no passado não existia, ele era trocado por diversos tipos de exploração, desamor e so foi tratado de modo diferente quando a igreja católica resolveu trabalhar com os laços familiares e em seguida os seus diretos passam a ser reconhecidos pelo estado. Porém, através de Rousseau (1995), considerado um dos primeiros pedagogos da História, a criança começou a ser vista de maneira diferenciada do que até então existia. Rousseau (1995) propôs uma educação infantil sem juízes, sem prisões e sem exércitos. A partir da Revolução Francesa, em 1789, modificou-se a função do Estado e, com isso, a responsabilidade para com a criança e o interesse por ela. Segundo Levin (1997), “os governos começaram a se preocupar com o bem- estar e com a educação das crianças” (p. 254). E dessa forma aconteceu a concepção e história da infância, marcado por atos selvagens como abusos, trabalhos escravos, humilhação e desafetos e tomou outras proporções quando as crianças seus direitos garantidos pelas leis. 5 Em seguida surgiu as políticas educacionais, priorizando os direitos das crianças e estabelecendo a inserção da criança na escola conforme sua idade. De acordo com Rizzo (1982), o Jardim de Infância é voltado para a educação das crianças de 4 a 6 anos de idade. O termo Jardim de Infância foi caracterizado no período de 1960 a 1980. Após o ano de 1980, houve nova mudança de caracterização e foram concebidos os termos Pré-Escola e Creche, referindo-se este último à educação das crianças de 0 a 3 anos. Até a Lei Federal nº. 11. 114, de 16/05 de 2005, a idade para matricula obrigatória no ensino fundamental era os sete anos, mas, com a instauração desta lei o dever dos pais ou responsáveis em efetuar a matricula no ensino fundamental foi antecipado para os seis anos de idade, mantendo a exigência de duração mínima do ensino fundamental em oito anos letivos. No entanto, a Lei Federal nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, ampliou a escolaridade no país. Sendo assim, o Ensino Fundamental passou a ser de 9 anos e não mais de 8 anos e manteve a obrigatoriedade da matrícula no ensino fundamental aos seis anos de idade. A Educação Infantil foi dividida em duas fases que são consideradas o início do ingresso da criança no seu ciclo escolar em creches e pré-escolas: 1º fase – para crianças com 4 anos de idade; 2º fase – para crianças com 5 anos. Esse conceito se reflete na BNCC (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR), como a forma desenvolvida de aprendizagem do aluno, pois a BNCC é um documento que define objetivos de educadores na hora de elaborarcurrículos dos ensinos infantil, fundamental e médio e que está aberto à consulta pública, com o objetivo principal de melhorar o ensino. Os aspectos da BNCC, deve ser implantado cuidadosamente na realidade escolar, aprimorando os resultados de aprendizagem dos alunos na educação infantil. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. (BRASIL, 2016, p. 7) O objetivo principal, como constava do documento introdutório da BNCC, era oferecer subsídios às propostas curriculares, trazendo a preocupação com as especificidades que caracterizam as escolas brasileiras (BRASIL, 2016). 6 Segundo a LDB, no artigo 12, “os estabelecimentos de ensino deverão elaborar e executar” em articulação com as suas comunidades escolares, as suas próprias propostas pedagógicas (BRASIL, 1996). A Base Nacional Comum Curricular, aponta que as instituições devem ter autonomia ao elaborar seu currículo escolar, estabelecendo as diretrizes de trabalho seguindo um projeto que seja ao mesmo tempo político e pedagógico. A propósito dessa autonomia, Ribeiro e Lemes (2008) afirmam que a esta é um processo de construção que demanda tempo, mas, de qualquer maneira, a implementação de ações que a estimulem deve reconhecer os professores como protagonistas. Barroso (2006) também trabalha com o conceito de autonomia como responsável por transportar os poderes nacionais para as diferentes localidades. Isso significa que, mesmo diante de normas e leis que são válidas para todas as escolas, deverá sempre existir um espaço para as tomadas de decisões em cada localidade, considerando com isso, a pluralidade cultural existente. O autor afirma ainda que somente existirá a autonomia da escola quando os indivíduos forem autônomos; por isso, se existe a pretensão de fazer uma escola autônoma, é necessário libertar as “autonomias individuais”, dando-lhes um sentido coletivo (BARROSO, 2006) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é um assunto dos mais comentados ultimamente na educação, ela foi aprovada e homologada em dezembro de 2017. É necessária uma capacitação entre os profissionais da educação, aprimorando os conhecimentos e nos preparando para desenvolver um trabalho de qualidade, visando a educação infantil e liberando mecanismos que contribuam para a construção do projeto político-pedagógico das escolas, vejamos abaixo como a Constituição Federal estabelece isso. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu a obrigatoriedade de uma educação para todos, como responsabilidade da família, da sociedade e do Estado. Ao mesmo tempo, indicou a necessidade da criação de um sistema nacional de educação e de um currículo de base nacional. Cumprindo a exigência constitucional, o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, definiu que: Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do 7 ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (BRASIL, 1996) Através desta proposta é s que a escola juntamente com seus educadores deve organizar o seu projeto político pedagógico de forma autônoma, com a participação de todos os profissionais envolvidos, para que assim, conhecendo a realidade e adaptando-as as diretrizes propostas aos trabalhos que irão desenvolver, essa autonomia deve ser relativa, colaborativa e eficaz sem abandonar os preceitos legais. 8 3 CONCLUSÃO. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular), veio para tentar unificar o ensino e tem encontrado diversas barreiras para serem rompidas, é uma novidade no meio pedagógico que soa como um avanço na história da educação brasileira. Como futuro pedagogo(a) considerando essa proposta como um passo importante para a educação, com novos métodos de ensino e com novas perspectivas para serem desenvolvidas tanto pelos profissionais capacitados quanto pelos próprios alunos. Esse novo método garante que tanto os gestores quanto os docentes terão autonomia de trabalho, mudando métodos educacionais e fazendo melhorias com o objetivo de alcançar uma melhor desenvoltura na educação de qualidade. Estar preparados para as mudanças ocasionais decorrentes na educação, é um dever de todo profissional, que deve sempre buscar conhecimento e aperfeiçoamento, para que o trabalho tenha um destaque merecido, é necessário que os profissionais dominem o assunto e acima de tudo renovem suas práticas pedagógicas buscando um currículo interativo e diversificado. Pelo exposto, vimos que a atual Constituição Federal e a Legislação infraconstitucional brasileira é pródiga no aspecto relacionado a educação, e em particular, a educação infantil sendo necessária a mobilização de toda a sociedade no sentido de tornar essas construções mais efetivas permitindo que se torne um instrumento eficaz de justiça e inclusão social para o desenvolvimento do sujeito em sua plenitude. 9 REFERÊNCIAS NIEHUES, M. R.; COSTA, M. de O. Concepções de infância ao longo da história. Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012). p. 284-289. Disponível em:https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/download/420/342 . Acesso em: 18 de set. 2018. LUSTIG, A. L.; CARLOS, R. B.; MENDES, R. P.; OLIVEIRA, M. I. de. Criança e infância: contexto histórico social. In: ANAIS... IV Seminário de Grupos de Pesquisa Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Crianças e Infâncias (GRUPECI), Universidade Federal de Goiás. Disponível em: http://www.grupeci.fe.ufg.br/up/693/o/TR18.1.pdf. Acesso em: 18 de set. de 2018 ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara: 1973. p.279 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum, http:// basenacionalcomum.mec.gov.br, 2016. Acesso em 18 de setembro de 2018 BARROSO, João. A autonomia das escolas: retórica, instrumento e modo de regulação da acção política. In: AAVV. A Autonomia das Escolas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2006, p. 23-48. HEYWOOD, Colin. Uma história da infância: da Idade Média a época contemporânea no Ocidente. 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