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Jaiany Mendes SELAMENTO DE CICATRÍCULAS E FISSURAS E RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA Consiste na obliteração mecânica dos defeitos estruturais do esmalte dental, por meio da aplicação de um selante de fóssulas e fissuras resinoso, ionomérico ou ionomérico-resinoso. Sulcos, fóssulas e fissuras representam um nicho propício ao seu desenvolvimento, aliados à dificuldade de higienização da área A aplicação de selantes é considerada uma forma de controle da atividade cariogênica nessa região As superfícies oclusais dos dentes são as áreas mais vulneráveis à cárie dentária, devido a sua anatomia Há duas técnicas: Técnica Não invasiva Superfície oclusal sem suspeita de lesão cariosa, com sulcos pouco profundos, não fissurados e sem pigmentação escura que poderiam sugerir a presença de uma lesão mais profunda 1. Isolamento Absoluto 2. Profilaxia com pedra pomes e água e escova cônica (não usar pasta profilática pois não é hidrossolúvel) 3. Condicionamento ácido do esmalte (Ácido fosfórico a 37% - 30 segundos) 4. Lavagem e secagem 5. Aplicação do agente selador e fotopolimerização (se necessário) 6. Checagem oclusal Técnica invasiva: Superfície oclusal com suspeita de lesão cariosa Cicatrículas e fissuras escurecidas 1. Isolamento Absoluto 2. Profilaxia com pedra pomes e água e escova cônica 3. Desgaste do esmalte com ponta diamantada em forma de lápis 3. Condicionamento ácido do esmalte (Ácido fosfórico a 37% - 30 segundos) 4. Lavagem e secagem 5. Aplicação do agente selador e fotopolimerização (se necessário) 6. Checagem oclusal Quando a extensão da lesão se restringir ao esmalte, estará indicado o selante!! Quando atingir a porção dentinária e/ou a extensão lateral proporcionar uma abertura significativa que implique em volume considerável do material, deve-se optar por uma restauração preventiva em resina composta ou cimento ionomérico Os selantes não tem resistência, por isso se usa apenas para sulcos no esmalte. É pouco frequente a utilização em adultos, pois nessa fase geralmente a carie já está instalada, usa-se mais na odontopediatria. Os selante são fluidos, e se assemelham a resina flor com menor carga. Restauração em amálgama TÉCNICA DE PREPARO RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA FORMA DE CONTORNO Delimitação da forma de contorno externa com lápis, envolvendo as áreas susceptíveis à cárie e preservando as estruturas de reforço do dente (apenas no manequim) Desgaste inicial com as brocas 245 ou 556, na fossa central Broca paralela ao longo eixo longitudinal do dente Movimentos para distal e mesial formando uma canaleta cuja profundidade deve corresponder à metade da ponta ativa da broca, com largura igual ou ligeiramente superior ao diâmetro da broca (broca 245 tem 4mm, a metade deve entrar no dente formando uma cavidade com 2mm no mínimo, pois o amalgama é friável e precisa dessa profundidade para uma melhor adesão) Largura correspondendo a cerca de ¼ da distância entre as cúspides vestibular e lingual, se não tiver essa distância, precisa desgastar o dente até alcança-la Paredes vestibular e lingual: Broca paralela ao longo eixo longitudinal do dente Fossetas mesial e distal: Inclinação que determine borda da restauração em torno de 70° Broca movimentada ligeiramente para os lados, nos sulcos secundários vestibular e lingual Parede pulpar lisa e reta Ângulos diedros do segundo grupo ligeiramente arredondados, se usar a broca 245 já consegue ter esse resultado FORMA DE RESISTÊNCIA E RETENÇÃO 1. Parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo longitudinal do dente 2. Paredes circundantes paralelas entre si ou convergentes para oclusal 3. Cavidades preparadas com a broca 245 apresentam características de autoretentividade ACABAMENTO DAS PAREDES DA CAVIDADE E DAS MARGENS DO ESMALTE 1.Se a broca 245 for utilizada, dispensa o uso de brocas para acabamento, pois esta apresenta lâminas de corte lisas 2. Em cavidades para amálgama, não é indicado a utilização de bisel no ângulo cavossuperficial 3. Acabamento das margens pode ser realizado em baixa rotação, com o intuito de remoção dos prismas de esmalte fragilizados CARACTERÍSTICAS DA CAVIDADE CLASSE I DE AMÁLGAMA (BROCA 245) Abertura vestíbulo-lingual na região do istmo, com ¼ da distância intercuspídea Parede pulpar plana e perpendicular ao longo eixo do dente Paredes circundantes convergentes para oclusal Ângulos diedros do primeiro e segundo grupo arredondados Isolamento do campo operatório Trituração manual ou mecânica Colocação no copo dappen e preensão com o porta amalgama Deposição do material no interior da cavidade Condensação com condensadores de Ward de encontro aos ângulos da cavidade Porções subsequentes condensadas com condensadores de maior diâmetro, de encontro as margens da cavidade Condensação com ligeiro excesso Inicia-se a escultura, tomando-se por base as vertentes e cristas Esculpidor de hollemback, discoide-cleoide, conjunto de frahn Aguardar a cristalização inicial do amalgama para realizar a brunidura Brunir com ligeira pressão do centro para a margem Acabamento e polimento final apenas com 48horas
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