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Petição Plano de Saude Home Care.

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA -------VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUÍS/MA.
 
 
Justiça Gratuita
 
 
Antônio da Silva Gomes, brasileiro, viúvo, aposentado, portador da cédula de identidade nº XXXXX, inscrito do CPF sob o nº  XXXX residente e domiciliado nesta cidade na Rua São João Batista, nº 24, Apartamento nº 125, Bairro Paraíso, São Luís/ MA representado por seu filho Arnaldo da Silva Gomes, brasileiro, no endereço supra, por seu advogado abaixo assinado, este com escritório nessa cidade , na Rua  XXXX, nº XXX, bairro XXX, onde recebe intimações e notificações, habilitado pela procuração anexa ( doc. Nº 01), vem perante V. Exa., propor a presente
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA
 
Contra Clinica Viver Bem, pessoa jurídica de Direito privado, sob o CNPJ XXXX, residente e domiciliado nesta cidade, Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, e Plano de Saúde Bem – Estar, pessoa jurídica de Direito Privado, sob o CNPJ nº XXXX, residente e domiciliado nesta cidade, Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX para o que passa a expor e requerer o que se segue: 
 
1 - DOS FATOS
 
O autor contratou o PLANO DE SAÚDE BEM ESTAR para prestações de serviços de assistência medica com cobertura total, tais como cirurgias, emergências, exames, consultas em geral, com uso de helicópteros, enfim, tudo o que se espera de um dos melhores planos de saúde existentes no país, por mais de 15 (quinze) anos, o mesmo sempre pagou de forma assídua as prestações inerentes à manutenção do contrato.
Ocorreu que em data de XXX o Sr. Antônio da Silva Gomes, foi internado na Clínica Viver Bem, vítima de grave vascular cerebral (AVC), ao hospital conveniado ao plano de saúde. 
O senhor Arnaldo da Silva Gomes ao visitar o pai na data XXXX, na CLÍNICA VIVER BEM foi informado pelo médico responsável, Dr. Marcos Vinicius Pereira, que o seu pai encontrava-se em estado de coma na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), conforme laudo e exames em anexos (doc nº 2), sendo o melhor tratamento clínico seria ele permanecer internado em casa com a instalação de HOME CARE com os equipamentos necessários à manutenção da sua vida com conforto e dignidade,
 O senhor Antônio da Silva Gomes impossibilitado para se manifestar sobre seu próprio estado de saúde, seu filho Arnaldo entra em contato imediatamente com o plano de saúde, que para sua surpresa o mesmo lhe informa que nada pode fazer, pois não existe a possibilidade de instalar o HOME CARE para garantir o tratamento do paciente.
Entretanto, Excelência, o plano de saúde não pode se recusar a custear a cobertura do tratamento de saúde do autor, pois viola a expectativa legitima a qual foi pautada na prescrição medica, onde a prestadora de saúde não ofereceu um tratamento alternativo com eficácia.
Importante ressaltar que na celebração do contrato firmado entre as partes o autor paga um valor refere aos custeios de uma assistência medica que cobre todos os casos tais como cirurgias, emergências, exames, consultas em geral, exclusive com uso de helicópteros. 
Assim, nada mais justo venho requerer a reparação judicial de tal fato.
 
2 - DO DIREITO
A saúde é um bem inestimável, devendo ser preservada em fase da necessidade do tratamento domiciliar para a preservação da saúde do autor conforme relatado em laudo acima citados. A situação acima tem fundamentos jurídicos em vários sentidos, conforme a Carta Magna de 1988, no caput do seu artigo 6º, assegura o direito à vida, vejamos:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
 
           A Constituição Federal de 1988 no artigo 5° deixa claro que todo sem distinção têm o direito à vida. Direito que não está sendo concedido ao seu Antônio. Na súmula 608 do STJ, trata-se dos contratos aplicados por planos de saúde, que na contratação do plano foi garantido cobertura total, no artigo nº 08 do código do consumidor da qualidade de serviços, que não pode acarretar riscos à saúde dos consumidores. E Art.10 O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
O   serviço de HOME CARE decorre do caráter emergencial do procedimento para uma melhor qualidade de vida do beneficiário. Além disso, tal serviço se presta para uma maior eficácia do tratamento do quadro clínico de AVC com coma, já que o requerente encontra - se debilitado, motivo que reclama a urgência, com o objetivo primordial de assegurar até mesmo a própria sobrevivência do enfermo.
A recusa da assistência medica feita pelo requerido é infundada, vista que os planos de saúde não podem negar atendimento para tratamentos de doenças, com exceção do rol taxativo nos casos em que o artigo nº 10 da Lei 9656/98, que não se refere o caso.
O serviço de HOME CARE é prescrição medica adequado ao caso exposto.
 
            Vejamos: 
“AGRVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO HOME CARE. TRATAMENTO SOLICITADO PELO MÉDICO. REVISÃO DE CLAÚSULA CONTRATUAL ABUSIVA. INOVAÇÃO RECURSAL. AGRAVO DESPROVIDO.
1.      De acordo com a orientação jurisprudencial do STJ, o plano de saúde pode estabelecer as doenças que terão cobertura, mas não o tipo de tratamento utilizado para a cura de cada uma, sendo abusiva a clausula contratual que exclui tratamento domiciliar quando essencial para garantir a saúde ou a vida do segurado.
2.      Fica inviabilizado o conhecimento de tema trazido somente na petição de agravo interno, configurando-se indevida inovação recursal.
3.      Agravo interno desprovido.”
 
 
 
APELAÇÃO CÍVEL. SERVIÇO DE INTERNAÇÃO DOMICILIAR (HOMECARE). AUTORA DEMONSTRA A CONDIÇÃO DE USUÁRIA DO PLANO E A NECESSIDADE DO TRATAMENTO, MEDIANTE LAUDO MÉDICO. EMPRESA RÉ QUE, POR SEU TURNO, NÃO LOGRA ÊXITO EM JUSTIFICAR A RECUSA DO SERVIÇO. DOENÇA SOFRIDA PELA AUTORA É COBERTA PELA APÓLICE. ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA QUE EXCLUI O CUSTEIO DOS MEIOS NECESSÁRIOS AO MELHOR DESEMPENHO DO TRATAMENTO DA DOENÇA. ENUNCIADOS SUMULARES Nº 338 E 340 DO EG. TJRJ E JURISPRUDÊNCIA DO COL. DANO MORAL CONFIGURADO. SÚMULAS Nº 209 E 339, DO TJRJ QUANTUM INDENIZATÓRIO QUE SE REVELA COMPATÍVEL COM AS BALIZAS DO MÉTODO BIFÁSICO E AS ESPECIFICIDADES DO CASO CONCRETO. SENTENÇA QUE SE MANTÉM. 1. "É abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento domiciliar quando essencial para garantir a saúde e a vida do segurado." (Enunciado sumular nº 338 do TJRJ); 2. "Ainda que admitida a possibilidade de o contrato de plano de saúde conter cláusulas limitativas dos direitos do consumidor, revela se abusiva a que exclui o custeio dos meios e materiais necessários ao melhor desempenho do tratamento da doença coberta pelo plano." (Enunciado sumular nº 340 do TJRJ); 3. "A recusa indevida ou injustificada, pela operadora de plano de saúde, de autorizar a cobertura financeira de tratamento médico enseja reparação a título de dano moral." (Enunciado sumular Nº. 339 do Eg. TJRJ) 4. "Enseja dano moral a indevida recusa de internação ou serviços hospitalares, inclusive home care, por parte do seguro saúde somente obtidos mediante decisão judicial." (Enunciado sumular nº 209 do Eg. TJRJ) 5. In casu, a autora, usuária plano de saúde administrado pela ré, apresentou quadro de aneurisma gigante cerebral trombosado, que gerou hidrocefalia e consequente colocação de válvula ventrículo peritonial para drenagem, além de sequela aneurose por atrofia do nervo óptico, necessitando de tratamento domiciliar (home care), tudo conforme prescrição médica. Aplicação dos enunciados sumulares nº 338 e 340, ambos do TJRJ. 6. Dano moral configurado. Quantum indenizatório fixado pelo Juízo a quo no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) que se revela compatível com os princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, sem que se perca de vista o caráter reparador, punitivo e pedagógico dasanção, considerando-se ainda a condição financeira das partes envolvidas e as peculiaridades inerentes ao caso concreto. Incidência da Súmula nº 343 desta Eg. Corte. 7. Desprovimento do recurso, nos termos do voto do Relator.
(TJ-RJ - APL: 00290588820138190066 RIO DE JANEIRO VOLTA REDONDA 4 VARA CIVEL, Relator: LUIZ FERNANDO DE ANDRADE PINTO, Data de Julgamento: 28/09/2016, VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR, Data de Publicação: 30/09/2016)
 
No mais, devemos também dar a devida atenção ao princípio da dignidade da pessoa humana, com acesso a tratamentos médicos eficazes, etc.  Deverá sempre permanecer o direito à vida (acesso a saúde) e a dignidade sobre qualquer outra alegação de cunho comercial. 
 
3- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
Esta ação de Obrigação de Fazer, apresenta os pressupostos que autorizam o deferimento da Tutela antecipada, quais sejam o Fumus Boni Iuris e Periculum In Mora. O Periculum In Mora está previsto no direito de se perder, nesse caso trata- se da saúde onde a pessoa já encontra-se debilitada por conta do seu AVC. Com essa demora da solução o estado de saúde do autor pode piorar a cada segundo. Como o autor encontrar se em dias com suas prestações nada mais justo da instalação do Home Care em sua residência para a continuidade do seu tratamento, já que o hospital se nega a tal.
 
 
4-   DO PEDIDO
 
a-                 Conceder a prioridade na tramitação do processo, nos termos do artigo 71, da Lei n.º 10.741/03;
b-                 Determinar a citação das Rés;
c-                 A requerente não opta pela audiência de conciliação;
d-                Concessão da Tutela antecipada, para que a Ré seja obrigada a custear a continuidade do tratamento do autor em sua residência, fornecendo o Home Care, ou Subsidiariamente que a clínica mantenha o seu tratamento, no prazo de 24h sob pena de multa diária a ser estipulada por este juízo;  
e-                 A condenação da Ré em danos morais no valor de R$ XXXXX (XXXX reais), pela omissão e negligencia de cancelar e não querer autorizar o tratamento necessário para o requerente, mesmo diante dos relatórios médicos do hospital pedindo autorização para Home Care;
f-                  A condenação dos Réus em custas e honorários de advogado, nos termos do artigo 20, § 3º do CPC.
g-                 A confirmação da tutela em definitiva;
 
Dá-se a causa o valor de R$ XXXX ( XXXXXXX reais).
Nesses termos,
Pede deferimento.
 
 
São Luís, 21/03/2019
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/MA XXXXXXXXXXXXX
Rua 17, Nº 01 – Vinhais - São Luis – MA. CEP: 65. 000.00
 Fone: 098. 98117 9232 – E-MAIL: byancasf@gmail.com