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Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ana´lise 1 Mo´dulo 2 Lista 4 1.o/2013 1) Considere a func¸a˜o f : R→ R dada por f(0) = 0 e f(x) = e−1/x 2 para x 6= 0. a) Calcule f ′(x) para x 6= 0. Em seguida, justifique a afirmac¸a˜o de que f e´ deriva´vel em x = 0 e calcule f ′(0). Resposta: f ′(x) = 2x3 e −1/x2 e f ′(0) = limx→0 f ′(x) = 0 b) Proceda de forma ana´loga para calcular f ′′(x), x 6= 0, e f ′′(0). Resposta: f ′′(x) = (− 6x4 + 4 x6 ) e −1/x2 e f ′′(0) = limx→0 f ′′(x) = 0 c) Determine os pontos cr´ıticos e os pontos de inflexa˜o de f . Resposta: ponto cr´ıtico: x = 0; pontos de inflexa˜o: x = ± √ 6 3 1 d) Determine os intervalos em que a func¸a˜o e´ crescente, decrescente, coˆncava e convexa, e esboce o gra´fico da func¸a˜o. Resposta: decrescente:(−∞, 0); crescente:(0,∞); coˆncava:(−∞,− √ 6 3 )∪( √ 6 3 ,∞); convexa:(− √ 6 3 , √ 6 3 ) e) Justifique a afirmac¸a˜o de que f e´ de classe C∞. Em seguida, decida se a func¸a˜o e´ anal´ıtica em x = 0. Resposta: f (n)(0) = limx→0 f (n)(x) = 0 ∀ n ∈ N; f na˜o e´ anal´ıtica em x = 0 2) Suponha f e g func¸o˜es anal´ıtica em um ponto c, e indique a diferenc¸a por h = f − g. O ponto c e´ um zero de ordem p ∈ {0} ∪ N da func¸a˜o h se h(j)(c) = 0 para 0 ≤ j ≤ p e h(p+1)(c) 6= 0. Se h(j)(c) = 0 para todo j = 0, 1, 2, . . . , o ponto c e´ dito de ordem infinita. a) Obtenha a expressa˜o da se´rie de Taylor de h em torno do ponto c. Resposta: ∑∞ n=0 h(n)(c) n! (x− c) n b) Conclua que, se c e´ um zero de ordem p, enta˜o h escreve-se como h(x) = (x−c)p+1ϕ(x), onde ϕ(c) 6= 0 . Resposta: h(x) = (x− c)p+1 ∑∞ n=0 h(p+1+n)(c) (p+1+n)! (x− c) n = (x− c)p+1ϕ(x), com ϕ(c) = h (p+1+n)(c) (p+1+n)! 6= 0 c) Nas condic¸o˜es do item anterior, obtenha δ > 0 tal que ϕ(x) 6= 0 para |x− c| < δ. Resposta: ϕ e´ cont´ınua em x = c, e basta escolher ǫ = |ϕ(c)|2 d) Ainda nas condic¸o˜es do item anterior, conclua que c e´ um zero isolado da func¸a˜o h, isto e´, que h(x) 6= 0 para 0 < |x− c| < δ. Resposta: basta notar que (x− c)p+1 6= 0 para 0 < |x− c| < δ e) Use os itens anteriores para concluir que, se existe uma sequeˆncia xn → c, com xn 6= c e f(xn) = g(xn) ∀n, enta˜o f(x) = g(x) para todo x em alguma vizinhanc¸a de c. Resposta: x = c na˜o e´ zero isolado de h⇒ x = c e´ zero de ordem infinita ⇒ h ≡ 0 Ana´lise 1 Mo´dulo 2 Lista 4 1.o/2013 – 1/2 3) Considere a func¸a˜o f : [0, 1]→ R dada por f(x) = 1 + x2. Para uma partic¸a˜o pi de [0, 1], indique por s(f, pi) e S(f, pi) as somas inferior e superior correspondentes. Em particular, para a partic¸a˜o pin = {0 < 1 n < · · · j n < · · · < 1}, pode-se mostrar que sn = s(f, pin) e´ uma sequeˆncia crescente, Sn = S(f, pin) e´ decrescente e sn ≤ Sn ∀ n. 1 a) Calculando, verifique que s1 < s2 e S1 > S2. Resposta: s1 = 1 < 98 = s2 e S1 = 2 > 13 8 = S2 b) Verifique que, refinando a partic¸a˜o pin com um u´nico ponto, isto e´, pi = pin ∪ {a} = {0 < 1 n < · · · j n < a < j+1 n · · · < 1}, tem-se que sn ≤ s(f, pi) e S(f, pi) ≤ Sn. Resposta: notar que mj(xj − xj−1) = mj(xj − a) + mj(a − xj−1) ≤ mj1(xj − a) + mj2(a − xj−1), onde os mjk sa˜o os ı´nfimos nos intervalos correspondentes, a ana´logamente para os Mjk c) Use induc¸a˜o para mostrar que o resultado do item anterior e´ verdadeiro se a partic¸a˜o pin for refinada com um nu´mero qualquer de pontos. Resposta: o item anterior ja´ e´ o passo indutivo d) Do item anterior conclua, em particular, que sm ≤ Sn quaisquer que sejam m e n. Da´ı e da monotonicidade, conclua ainda que existem os limites lim sn e limSn. Resposta: notar que π = πn ∪ πm refina πn e πm; notar em seguida que sm e´ cota inferior para (Sn) e Sn e´ cota superior para (sm) e) Finalmente, calcule sn e Sn usando a identidade 1 2 + 22 + · · ·n2 = 1 6 n(n+ 1)(2n+ 1), e verifique que lim sn = limSn. Resposta: sn = 1 + 16 (1 − 1 n )(2− 1 n ), Sn = 1 + 1 6 (1 + 1 n )(2 + 1 n ) e lim sn = limSn = 1 + 1 3 4) Para α ∈ R, a equac¸a˜o (1− x2)y′′(x)− xy′(x) + α2y(x) = 0 e´ conhecida como a equac¸a˜o de Chebyshev, e esta´ associada a` apro- ximac¸o˜es uniformes de func¸o˜es cont´ınuas por polinoˆmios. A soluc¸a˜o pode ser escrita na forma de uma se´rie y(x) = ∑ ∞ n=0 anx n, com os coeficientes an a serem determinados. — func¸a˜o - - polinoˆmio Nesse sentido, observe que a equac¸a˜o equivale a y′′(x) + (α2y(x)− xy′(x)−x2y′′(x)) = 0, onde os termos entre pareˆnteses corresponte a uma se´rie em poteˆncias da forma xn. a) Por uma mudanc¸a no ı´ndice do somato´rio, escreva tambe´m a se´rie de y′′(x) em poteˆncias da forma xn. Resposta: y′′(x) = ∑∞ n−0(n+ 2)(n+ 1)an+2x n b) Obtenha as relac¸o˜es de recorreˆncia, expressando an+2 em temos de an. Resposta: an+2 = an(n2 − α2)/[(n+ 1)(n+ 2)] c) Do item anterior tem-se que y(x) = a0y0(x) + a1y1(x), em que y0(x) e uma se´ria em poteˆncia pares e y1(x) e´ uma se´rie em poteˆncias ı´mpares. Use o teste da raza˜o para determinar o raio de convergeˆncia destas se´ries. Resposta: ambas de raio r = 1 d) Obtenha os treˆs primeiros termos de cada uma das se´ries y0(x) e y1(x). Resposta: y0(x) = 1− α 2 2 x 2 − α 2(22−α2) 4! x 4 + · · · e y1(x) = x+ 1−α2 3! x 3 + (1−α 2)(32−α2) 5! x 5 + · · · e) Se α for um inteiro na˜o negativo, enta˜o a equac¸a˜o possui uma soluc¸a˜o polinomial de grau α. Determine esse polinoˆmio nos casos em que α = 0, 1, 2 e 3. Resposta: p0(x) = 1, p1(x) = x, p2(x) = 1− 2x2 e p3(x) = x− 8x3/3! Ana´lise 1 Mo´dulo 2 Lista 4 1.o/2013 – 2/2
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