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SISTEMAS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA Profa Roberta Barone Mestre em Medicina e Saúde/Faculdade de Medicina (UFBA) Residência Multiprofissional em Nutrição Hospitalar/COM-HUPES (UFBA) Pesquisadora do Serviço de Genética Médica/COM-HUPES (UFBA) ATIVIDADE FÍSICA Esporte : prática definida pelas característica competitivas com regras específicas e seus praticantes são classificados como Atletas. Biodinâmico, psicodinâmico, sociodinâmico Prática esportiva no limite de competência fisiológica e biomecânica Atuação profissional Competições – critérios de julgamento da modalidade são padronizados (condições ambientais e equipamentos reprodutivos) DANÇA Expressão corporal dentro do limite de competência Dança competitiva- reprodutividade (capacidade física, flexibilidade e força, habilidades como saltar, girar, equilibrar aliadas a expressões artísticas) Prática lúdica, atividades livres, desempenho dentro da normalidade humana Corridas de rua (Atletas e indivíduos se recreando) Utilizada para avaliar desempenho destacado em crianças e adolescentes RECREAÇÃO E LASER EDUCAÇÃO FÍSICA Prática sistemática que se utiliza de testes fisiológicos e metabólicos, avaliação da composição corporal, capacidades e habilidades Qualidade de vida por longo tempo Profissional de Educação Física SUBSTRATOS ENERGÉTICOS NOS DIFERENTES TIPOS DE EXERCÍCIOS Diferem entre em si # Intensidade # Duração do exercício #Estado de aptidão do atleta/ativo CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES Músculo esquelético: metabolismo oxidativo e anaeróbio (depende da capacidade metabólica, substratos e O2); Tipos de fibras: I e II (IIa e IIb); Fibra tipo I: oxidativa (contração lenta) Ricas mitocôndrias, fibras pequenas, ricas mioglobina, alta capacidade de utilizar ácidos graxos essenciais FIBRAS MUSCULARES Fibras tipo IIa: oxidativas (contração rápida); ( Apresentam eficiente resposta adaptativa ao esforço)- MISTA Fibras tipo IIb: glicolíticas (contração rápida); Maior diâmetro, número reduzido mitocôndrias, pouca mioglobina FIBRAS MUSCULARES SISTEMAS ENERGÉTICOS Equilíbrio dinâmico entre as taxas de degradação e síntese de ATP Imediato/ Fosfagênico ATP/CP Anaeróbico glicose/glicogênio (muscular) Oxidativo/Aeróbico (muscular e hepático), ácidos graxos, aminoácidos INTEGRAÇÃO METABÓLICA DURANTE O EXERCÍCIO Célula muscular - função promover movimento corporal - interação fibrilas contráteis (actina e miosina) OBTENÇÃO ANAERÓBIA DE ENERGIA Importância da manutenção das concentrações de ATP na célula muscular Atividade Motora ATP ADP Ativação de vias metabólicas (Glicólise e sistemas oxidativos (ciclo de Krebs e cadeia respiratória) Nível de aptidão física x capacidade aeróbica de executar uma atividade VIA AERÓBIA ( CICLO DO ÁCIDO TRICARBOXÍLICO) VIA ANAERÓBIA ( VIA GLICOLÍTICA) SUBSTRATOS UTILIZADOS PARA OBTENÇÃO DE ENERGIA ENERGIA IMEDIATA A PARTIR DO SISTEMA ATP-CP EXERCÍCIOS DE ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO ENERGIA IMEDIATA ATP e fosfocreatina (quebra glicogênio muscular) EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS: Futebol americano, levantamento de pesos, beisebol, vôlei, basquete e salto com vara. (McArdle, 2008). Possibilitar novo trabalho muscular BIOQUÍMICA- OBTENÇÃO DE ENERGIA NECESSIDADE PERSISTENTE DE ENERGIA NO TECIDO MUSCULAR GLICÓLISE Adaptação ao jejum e esforço físico prolongado GLICÓLISE Glicólise aeróbia: piruvato (produto final); Glicólise anaeróbia: lactato (produto final); Glicólise: parte da E utilizada para quebra de ligações é conservada na forma de ATP SUBSTRATOS ENERGÉTICOS NOS DIFERENTES TIPOS DE EXERCÍCIOS Em geral, o exercício intenso com aproximadamente 60 segundos utiliza a produção de energia a partir das vias anaeróbia e aeróbia (70% e 30% respectivamente). Em exercícios mais prolongados (duração superior a 10 minutos) Energia Aeróbio ( Consumo de ácidos graxos e proteínas (5%) (FRY et al., 1995 apud LAPIN et al., 2007). SUBSTRATOS ENERGÉTICOS Principal substrato energético em atividade moderada e intensa CHO Depleção em níveis críticos Fadiga Padrão de mobilização dos substratos energéticos (Conlee, 1987 apud Afonso et al, 2003). Glicose O glicogênio muscular Ácidos graxos livres (AGL) circulantes Afonso et al, 2003 SUBSTRATOS ENERGÉTICOS NOS DIFERENTES TIPOS DE EXERCÍCIOS Nos exercícios 10 segundossubstrato utilizado é proveniente do sistema creatina fosfato (ATP-CP). Nos exercícios intensos com duração superior a 10 segundos, a produção de ATP passa a depender também do sistema glicolítico. (FRY et al., 1995 apud LAPIN et al., 2007). LACTATO •Lactato: acumulado nas células musculares pH sangue arterial (6,8) •Acidose muscular: pH: 6,4 •pH músculo em repouso: 7,4 LACTATO Exercícios intensos: pH 6,5 ou menor ( lactato); pH 6,5: falha no mecanismo contrátil (inibição da fosforilase e fosfofrutocinase); Na fase de recuperação após sobrecarga extenuante, a acidose normaliza após 30 a no máximo 60 minutos RESUMINDO Fonte primária de energia ATP CP Glicólise anaeróbia Obtenção de energia CADA SISTEMA SE ABASTECE AS CUSTAS DO SEGUINTE A PREPARAÇÃO DE ENERGIA ,OU RESSÍNTESE NÃO OCORRE RIGIDAMENTE UMA ATRÁS DA OUTRA, MAS SIM SOBREPONDO-SE. Efeitos Agudos Efeitos subagudos Efeitos crônicos Exercício Físico FC máxima de um atleta = sedentário Diferente tempo p/ ser atingida MANUTENÇÃO DA CAPACIDADE ENERGÉTICA Para emagrecimento (quanto mais intenso mais efetivo o uso da gordura, devido maior gasto calórico) Intercalar exercícios (Intermitente : Intensidade e duração) SNC libera adrenalina (intensidade) – sinaliza no tecido adiposo a queima de gordura catabolismo EFEITO DA INTENSIDADE NO EXERCÍCIO FUNÇÃO DA ADRENALINA COMO HORMÔNIO REGULAR DURANTE O EXERCÍCIO Início do exercício --- SNC ---- estimulada liberação Adrenalina (Prepara tecidos para a ação) ----- catabolismo CONCLUSÕES Os sistemas ATP-CP suprem aproximadamente metade da energia para o exercício intenso com duração de 2 minutos, e as reações aeróbicas suprem o restante. Assim, se sobressai o atleta que possui uma capacidade bem desenvolvida para o metabolismo tanto anaeróbio quanto aeróbio. O exercício intenso com duração intermediária (5 a 10 min), a exemplo do basquete, exige grande demanda do mecanismo aeróbico. Maratonas, provas de natação de longa distância, ciclismo e grandes caminhadas, por sua vez, demandam um suprimento constante de energia aeróbica, com pouca dependência da anaeróbica. CONCLUSÕES Assim, compreender essas diferenças de demandas energéticas nas diversas modalidades esportivas é crucial para a formulação de estratégias nutricionais para garantir melhores adaptações do atleta ao exercício. A energia no exercício é obtida através de uma combinação harmoniosa do sistemas energéticos, com superposição de uma modalidade de energia para a outra, a depender da demanda.ENERGIA OBJETIVOS DA ADEQUAÇÃO CALÓRICA: Maximizar os resultados do treinamento Adequação e manutenção do peso e da composição corporal Manter a saúde ENERGIA Um atleta com ingestão calórica adequada aumenta a adaptação fisiológica ao treino; Ingestão energética deficiente Aumenta a prevalência de overtraining Definição: O organismo é submetido a um excesso de carga ( trabalho físico), sem que haja a devida recuperação, levando o organismo a alterações cardiovasculares, metabólicas, hormonais, motoras e psicológicas, excedendo a capacidade de adaptação do organismo. SINTOMAS Fadiga Irritabilidade Falta de vontade de malhar Perda de apetite Perda de força Contusões e resfriados frequentes Dores de cabeça Sede anormal Insônia Tremor nas mãos Depressão Exercícios de 30-40 min/dia, 3 vezes por semana normalmente podem atender às necessidades nutricionais em um padrão normal de dieta: 1800-2400 kcal/dia 25-35 kcal/kg/dia Atletas envolvidos em níveis moderados de treinamento intenso (por exemplo, 2-3 h/dia de exercício intenso realizado 5-6 vezes por semana) Alto volume de treinamento intenso (por exemplo, 3-6 h/dia de treinamento intenso em 1-2 exercícios para 5-6 dias por semana) pode gastar 600 - 1200 kcal ou mais por hora durante o exercício. Por este motivo, suas necessidades calóricas podem se aproximar a 50 - 80 kcal/kg/dia (2.500-8.000 kcal/dia para atletas de 50- 100kg). Recomendação energética RECOMENDAÇÃO ENERGÉTICA Para os atletas de elite, o gasto energético durante o treinamento intenso ou competição é enorme. Necessidades calóricas em atletas com 100-150 kg 6.000 - 12.000 kcal/dia, dependendo do volume e intensidade de diferentes fases de treinamento. A SBME recomenda que as calorias ofertadas se situem na faixa de 1,5 a 1,7 vezes a energia produzida, o que, em geral, corresponde a um consumo entre 37 a 41kcal/kg/dia e, a depender dos objetivos, a taxa calórica pode apresentar variações mais amplas, com o teor calórico da dieta situando-se entre 30 e 50kcal/kg/dia CONCLUSÃO Incorporando boas práticas alimentares como parte de um programa de treinamento é uma forma de ajudar a otimizar o treinamento. Adaptações e prevenir o overtraining. Adequar o consumo de energia e principais necessidades de nutrientes de indivíduos ativos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS McARDLE et al. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. LAPIN et al. Respostas metabólicas e hormonais ao treinamento físico. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 2, n. 4, p. 115-124, dez. 2007. AFONSO et al. Respostas metabólicas agudas ao exercício físico moderado em ratos wistar. Motriz, Rio Claro, v.9, n.2, p. 87 – 92 , mai./ago. 2003. Jeukendrup. Performance and endurance in sport: can it all be explained by metabolism and its manipulation? Dialogues in Cardiovascular Medicine - Vol 17 No.1, 2012. Westerblad et al. Skeletal muscle: Energy metabolism, fiber types, fatigue and adaptability. EXPERIMENTAL CELL RESEARCH, 316 (2010) 3093 – 3099. International Society of Sports Nutrition (ISSN, 2010).
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