Buscar

transplante de tecidos e orgaos

Prévia do material em texto

Transplante de Tecido e Orgãos                                                                                                                                                                                                                                                         Muitos dos diferentes antígenos das hemácias que causam reações transfusionais também outros presentes  em outras células  do corpo, e há também outros antígenos. Consequentemente, quaisquer células estranhas transplantadas em um recepto podem produzir respostas e reações imunes. Em outras palavras, a maioria dos receptores é capaz  de resistir tanto à invasão de células estranhas quanto à invasão de bactérias  e hemácias estranhas.                                                                                                                                                                                                                                                                                  Transplantes Autólogos, Isólogos, Homólogos e Heterólogos e Heterólogos. Um transplante de um tecido ou órgão inteiro  de uma região para outra do mesmo animal é chamado de autólogo; de um gêmeo idêntico para outro, de isólogo; de um ser humano para outro ou de qualquer animal para outro da mesma espécie, de homólogo; e de um animal inferior para um animal de uma espécie para um de outra espécie, de heterólogo.                                                                                                 Transplante de Células.No caso dos transplantes autólogos e isólogos, as células do transplante contêm virtualmente os mesmo tipos de antígenos e quase sempre viverão indefinidamente caso um suprimento sanguíneo adequado lhes seja proporcionado; no caso dos transplantes homólogos e heterólogos, as reações imunes quase sempre  ocorrem causando a morte  de todas as células  no transplante  dentro de uma cinco semanas após , a menos que alguma terapia específica seja usada para evitar a reação imune. As células do transplante homólogo normalmente persistem por mais tempo do que as do transplante heterólogos, porque  a configuração antigênica do  transplante homólogo é 15 a 50 vezes mais próxima dos tecidos do que a do recepto do que a  do transplante heterólogos. Quando os tecidos são adequadamente "determinados" e são similares entre  o doador e o recepto em relação aos seus antígenos celulares, transplantes homólogos bem-sucedidos de longa duração ocorrerão, mas, geralmente, somente se uma terapia simultânea com drogas é usada para minimizar a reação imune. Alguns dos diferentes tecidos e órgãos que foram transplantados experimentalmente, ou  para benefício terapêutico, de uma pessoa para outra são a pele, o rim, o fígado, o  tecido glandular, a medula óssea e o pulmão. Muitos transplantes homólogos de rim tiveram êxito por cinco a 15 anos, e transplantes homólogos de fígado  e coração por um a 15 anos.                                                                                                                                                                                                                                                    Transplantes para Superar a Reação Imune no Tecido Transplantado                                                                                                                         Devido à extrema importância potencial em transplantar certo tecidos e órgãos, sérias tentativas têm sido feitas para evitar as reações antígeno-anticorpo associadas aos transplantes. Os seguintes procedimentos específicos têm encontrado certo grau de sucesso clínico e experimental.
 
Tipagem Tecidual -o Complexo Antigênico HLA  
Os antígenos mais importantes que causam a rejeição de enxerto formam um complexo chamado de antígenos HLA (antígenos linfocitário humano). Somente seis desses  antígenos estão presentes nas  superfícies das células de qualquer pessoa, mas existem cerca de 150 tipos diferentes. Por conseguinte, isto representa mais do que um trilhão de combinações possíveis. Em consequência, é virtualmente impossível duas pessoas -exceto no caso de gêmeo idêntico - possuírem os mesmo seis antígenos HLA. O desenvolvimento de imunidade significativa contra qualquer um desses antígenos pode causar a rejeição de enxerto. Os antígenos HLA ocorreram nos glóbulos brancos, assim como em outras células. Por conseguinte, a tipagem tecidual para esses antígenos é feita nas membranas de linfócitos que foram separados  do sangue da pessoa. Os linfócitos são misturados com um anti-soro apropriado e complemento; após incubação, as células são testadas  em relação  a lesão da membrana, geralmente testando-se o índice de captação de um corante vital pelos linfócitos.  Alguns dos antígenos HLA não são rigorosamente antigênicos, razão pela qual um pareamento preciso de alguns dos antígenos  entre doador e recepto não é essencial para permitir a aceitação de transplante homólogo. Por conseguinte, obtendo-se o melhor pareamento possível entre doador e receptor, o procedimento de enxerto torna-se muito menos perigoso. O melhor resultado tem sido com tecido tipado e pareado entre irmãos  e entre pais e filhos. Como  o pareamento entre gêmeos idênticos é exato, então os transplantes entre gêmeos idênticos quase nunca são rejeitados por reações imunes.    
                                                                                                                                                                                  
 
     Prevenção da Rejeição de Enxerto por Supressão do Sistema Imune 
                        
 Se o sistema imune foi completamente reprimido, a rejeição contra o enxerto não ocorre. De fato, ocasionalmente,  em pessoa que têm sucesso sem o uso de terapia para evitar a rejeição. Numa pessoa normal, mesmo com o melhor tecido tipado, enxertos homólogos resistem à rejeição durante pouco mais que algumas semanas, sem o uso de algum procedimento terapêutico para  suprimir o sistema imune. Além disso, em consequência de as células do enxerto, sua supressão é muito mais importante do que a supressão dos anticorpos plasmático. Dentre alguns dos agentes terapêuticos que têm sido usadospara este propósito, incluem-se os seguintes: 
                                                                                                                                                      1.Hormônios glicocorticóides isolados do córtex da glândulas adrenal(ou drogas com atividade glicocorticóde), que suprimem o crescimento de todo o tecido linfóide e, consequentemente, diminuem a foemação de anticorpos e células T.
          2.Várias drogas que têm um efeito tóxico sobre o sistema  linfóide e, por conseguinte, bloqueiam a formação de anticorpos e células T, em especial a droga azitioprine (Imuran).
           3.Ciclosporina, que tem um efeito inibitório específico na formação de células T de ajuda e, consequentemente, é sobretudo eficaz no bloqueio da reação celular na rejeição. Isto provou que, de todas as drogas, esta é a mais valiosa porque não deprime outras 
áreas do sistema imune.  O uso destes agentes deixa a pessoa desprotegida contra doenças infecciosas; por esta razão, algumas vezes infecções bacterianas e virais tornam-se graves. Além disso, a incidência de câncer é várias vezes maior numa pessoa imunodeprimida, presumivelmente porque o sistema  imune é importante para a destruição de células cancerosas imaturas antes  que elas comecem a proliferar. Em  resumo, até o presente, o transplante de tecidos vivos nos seres humanos tem tido sucesso limitado porém importante. Por outro lado, quando alguém obtiver sucesso no bloqueio da resposta imune do receptor a um órgão doado sem, ao mesmo tempo, destruir a imunidade específica do receptor para a doença, a história mudará da noite para o dia.  
Referências
   
Baumgartner,W.A., and Reitz, B.A.:Heart and Heart-Lung Transplantation.
Philadelphia, W. B. Saunders CO., 1989.
Beutler, E., et al.: Williams' Hematology.Hightstown, NJ,McGraw-Hiil, 1994.
Boren, T.,and Falk, P.:Helicobacter pylori binds to blood group antgens. New York, Scientific American Science and Medicine, September/October,1994.
Bryant, N. J.: Laboratory Immunology and Serology. Philadelphia,W.B. saunders Co.;1992.
Coleman, R.W.,et  al.: Hemostasis and thrombosis: Basic principles and clinical practice. 3 rd Ed. Pliladelphia, J. B. Lippincott,1994. 
   
Demetris, A.J.: et al.: Pathology of hepatic transtation: A review of 62 adult allograft recipients immunosuppressed with a cyclosporin/steroid regimen. Am. J., Pathol.,118:151, 1985. 
    
 Doherty,P. C.,et al.: Immunological surveillance of T cell formation. Adv. Cancer Res., 42:1, 1984.
 Fowler, M. B and  Schoeder, J. S.: Current status of cardiac transplanttion.
Mod.Conc.Cardio. Dis.55:37,1986. 
Hackel, E., and AuBuchon, J. P.: Advances in Transplantation. Farmington CT, Hancock, W. W.: Analysis of intragraft effector  mechanisms assoated with human renal allograft rejection: Immunohistogical studies  with monoclonal  antibodies. Immunohistological studies with monoclonal antiboies.Immunol.Rev.,77:61,1994.
 Handin,, R. I, et al.:Blood:Principles and Practice of  Hematology. Philadelphia, J. B. Lippinncott,1994.
Hillman, R. S.:Hematology in Clinical Practice. Hightstown,Nj, McGraw-Hill1994
Hobbs, J.R.(ed.): Thymic Factor Therapy.new York, Raven Press,1985.
Kahan,B.D., et al.:wintrobe'sclinical and experimental studies with cyclosporine in renal transplantation. surgery,97:125,1985.
Lee, G. R., et al.: Wintrobe's Clinical Hematology. Baltimore, Williams & Wilkins,1993.
McKenzie,S., Textbook of Hematology. Baltimore, Williams& Wilkins, 1994.
Messmer, K., et al.:Microcicirculation in Organ Transplantation. Farmington,Cl,S. karger Publishers,Inc.,1994.
Miller,D.R., et al .(eds.): Blood Diseases of Infancy and Childhood. St. Louis, C. V. Mosby Co.,1989.
Morris, P.J.:Kidney Transplantation.3rd Ed. Philadelphia, W. B. Saunders Co.,1988.
Pisciotto,P.T.:Blood TransfusionTherapy. Farmington. CT,s. karger Publishers,Inc.,1993.
Rodack, B.F.: Diagnostic Hematology.  Pliladelphia, W.B. Saunders Co.,1994.
Rodger,J.C.,and Drake, B.L.: The enigma of the  fetal graft.Am. Sci.,75:51 1997.
Rossi, E.C., et al.: Principles of Transfusion Meedicine. Baltimore, Williams&Wilkins,1990. 
Rudmann,S.V.: Blood banking: Concepts and Applications. Philadelphia, W. B.Saunders Co.,1994.
Sacher,R.A.,AuBuchon, J.P.: Marrow  Transplantation: Practical and Technical Aspects of stem Cell Reconstitution. Farmaington, CT,S. karger publishers, Inc.,1992.
Singal,D.P.:immunological Effects of  Blood  Transfusion. Boca Raton, FL, CRC Press, Inc.,1994.
Stamatoyannopoulos, G., et al.: The Molecular Basis of Blood Diseases.  Pliladelphia, W.B. Saunders Co.,1994.
Strom, T.B.: Toward more selective Therapies to block graft rejection. AFR Nephrol. Letter,4;13,01987.
Ward, K.M.,et  Al.:clinical Laboratory instrumentation: Principles, Applications and Selection. Philadelphia, W. B. Saunders Co.,1994
Williams,W.J., et al. (eds.): Hematology, 4 th Ed. New York, McGraw-Hill Book Co.,1990.
Zmijewski,C. M.:Human leukocyte antigen matching in renal transplantation: Review and current status. J.Surg. Res.,38:66,1985.
Autor.:Guyton ,Arthur C.

Continue navegando