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CONTROLE DE QUALIDADE FOMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS

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CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
Teste de dureza
- Permite determinar a resistência do comprimido ao esmagamento ou à ruptura sob pressão radial. A dureza de um comprimido é proporcional à força de compressão e inversamente proporcional à sua porosidade. O teste se aplica, principalmente, a comprimidos não revestidos. 
- O teste consiste em submeter o comprimido à ação de um aparelho (durômetro) que meça a força, aplicada diametralmente, necessária para esmagá-lo. A força é medida em newtons (N).
- Juntamente com o teste de friabilidade, visa garantir se o medicamento irá resistir a choques mecânicos e atrito durante os processos de envase, embalagem e transporte. 
- O teste é realizado com 10 comprimidos, eliminando qualquer resíduo superficial antes de cada determinação. Os comprimidos são testados, individualmente, obedecendo sempre à mesma orientação (considerar a forma, presença de ranhura e gravação). 
- Expressar o resultado como a média dos valores obtidos nas determinações. 
- O resultado do teste é informativo.
- O equipamento pode ser manual ou de bancada e esse último por poder ser calibrado garante maior reprodutibilidade.
Teste de friabilidade
- O teste de friabilidade permite determinar a resistência dos comprimidos à abrasão, quando submetidos à ação mecânica de aparelhagem específica. O teste se aplica, unicamente, a comprimidos não revestidos.
- O teste consiste em pesar com exatidão um número determinado de comprimidos, submetê-los à ação do aparelho e retirá-los depois de efetuadas 100 rotações. Após remover qualquer resíduo de pó dos comprimidos, eles são novamente pesados. A diferença entre o peso inicial e o final representa a friabilidade, medida em função da porcentagem de pó perdido.
- Aparelho utilizado – friabilômetro.
- o equipamento lança o comprimido para lateral simulando a queda do comprimido a 1,5 m de altura. 
- Para comprimidos com peso médio igual ou inferior a 0,65 g, utilizar 20 comprimidos. Para comprimidos com peso médio superior a 0,65 g, utilizar 10 comprimidos. Pesar, com exatidão, os comprimidos, introduzi-los no aparelho. Ajustar a velocidade para 25 rotações por minuto e o tempo de teste para 4 minutos. Decorrido o prazo, remover qualquer resíduo de pó da superfície dos comprimidos e pesar novamente.
- Nenhum comprimido pode apresentarse, ao final do teste, quebrado, lascado, rachado ou partido.
- São considerados aceitáveis os comprimidos com perda igual ou inferior a 1,5% do seu peso ou a porcentagem estabelecida na monografia.
- Se o resultado for duvidoso ou se a perda for superior ao limite especificado, repetir o teste por mais duas vezes, considerando-se, na avaliação, o resultado médio das três determinações.
Teste de umidade – não está nos métodos gerais da farmacopeia, mas algumas monografias solicitam esse teste.
- Muitas substâncias farmacopeicas encontram-se na forma hidratada ou contém água absorvida, tornando-se relevante sua determinação por métodos específicos como o método volumétrico, método da destilação azeotrópica, ou método gravimétrico. 
- Equipamento: Aparelho de Karl-Fischer (determina somente a água perdida e não outros componentes voláteis por destilação azeotrópica), balança analítica, estufa.
Obs.: determinação de umidade ≠ determinação de voláteis (gravimétrico).
Determinação de peso/ peso médio
- O teste se aplica a formas farmacêuticas sólidas em dose unitária (comprimidos não revestidos, comprimidos revestidos, pastilhas, cápsulas duras e moles e supositórios), formas farmacêuticas sólidas acondicionadas em recipientes para dose unitária (pós estéreis, pós liofilizados, pós para injetáveis e pós para reconstituição de uso oral) e a formas farmacêuticas sólidas e semissólidas acondicionadas em recipientes para doses múltiplas (granulados, pós, géis, cremes, pomadas e pós para reconstituição).
- Aparelho utilizado: balanças de sensibilidade adequada.
- Aplicação: Para determinação de comprimidos, cápsulas, supositórios, óvulos, cremes, géis, pastas, pomadas e pós.
- Procedimento para produtos em dose unitária: pesar individualmente 20 unidades e calcular o peso médio. Serve para comprimidos não revestidos, comprimidos revestidos com um filme, drágeas, capsulas e cápsulas moles. 
- Procedimento para produtos em doses múltiplas: o teste permite verificar a homogeneidade do envase. Pesar individualmente 10 unidades, remover o conteúdo e lavar os respectivos recipientes utilizando solvente adequado. Em seguida, pesar o recipiente limpo e seco. Assim, a diferença entre as pesagens representa o peso do conteúdo. 
- Calcula-se o peso médio e depois verifica na farmacopeia qual o limite de variação para cada forma farmacêutica e seu respectivo peso médio para saber se o medicamento se encaixa nos critérios de aceitação. 
Obs.: pesar as unidades juntas e dividir pela quantidade total (20 ou 10 a depender se for dose unitária ou múltipla), pois ao somar um por um, junta os erros individuais de cada pesagem. 
Obs.: lembrar de fazer a conversão de g para mg antes de olhar o limite de variação.
Paquímetro 
Determina o diâmetro e a espessura do comprimido de acordo com as especificações do fabricante.
Teste de caracterização de pós e granulados 
- Densidade aparente
- Ângulo de repouso
Teste de desintegração
- O teste faz com que o comprimido reduza suas dimensões físicas para grânulos ou pós dentro de um limite de tempo.
- O teste de desintegração permite verificar se comprimidos e cápsulas se desintegram dentro do limite de tempo especificado, quando seis unidades do lote são submetidas à ação de aparelhagem específica sob condições experimentais descritas.
- O equipamento utilizado é o desintegrador
- O meio de desintegração utilizado depende do medicamento analisado, podendo ser água, HCl 0,1 M para simular o meio gástrico, tampão fosfato pH = 6,8 para simular meio entérico ou pH = 7,5 para comprimidos revestidos. 
- O teste se aplica a comprimidos não revestidos, revestidos com filme ou com revestimento açucarado (drágeas), comprimidos com revestimento entérico, comprimidos sublinguais, comprimidos solúveis, comprimidos dispersíveis, cápsulas duras e cápsulas moles. Pode ser aplicado a comprimidos mastigáveis.
- O teste não se aplica a pastilhas e comprimidos ou cápsulas de liberação controlada (prolongada).
- Inicialmente fazer uso de 6 unidades em meio adequado.
- Critérios de aprovação: 
Comprimidos: desintegrar em no máximo 30 minutos
Cápsulas: no máximo 45 minutos
Drágeas: no máximo 60 em minutos
Comprimidos sublinguais: no máximo 5 minutos
Comprimidos entéricos: resistir sem desintegrar em 60 minutos em HCl 0,1 M e desintegrar em no máximo 45 minutos em tampão
Teste de dissolução
- O teste de dissolução possibilita determinar a quantidade de substância ativa dissolvida no meio de dissolução quando o produto é submetido à ação de aparelhagem específica, sob condições experimentais descritas.
- O resultado é expresso em porcentagem da quantidade declarada no rótulo.
- O aparelho utilizado é o dissolutor e de acordo com a monografia de cada medicamento, pode-se utilizar três tipos de hastes: cestas, pás ou cilindros alternantes.
- O meio de dissolução é especificado na monografia do produto e deve ser previamente desgaseificado para evitar formação de bolhas, as quais podem interferir na velocidade de dissolução do medicamento ao causar turbulência no meio, impedindo o fluxo adequado do meio, mudando o movimento das partículas ou diminuindo contato entre sólido e líquido. 
- A desgaseificação pode ser feita por filtração à vácuo, ultrassom ou borbulhamento com gás hélio.
- Após retirada da alíquota, essa deve ser imediatamente filtrada e os filtros empregados devem ser inertes, não adsorver porção significativa do fármaco e possuir porosidade adequada.
- Após filtração e diluição (quando necessário) da alíquota, a quantificação do fármaco é efetuada mediante a técnica indicada na monografia do produto. Repetir o teste com dosesunitárias adicionais, conforme necessário, considerando os Critérios de aceitação.
- Critérios de aceitação para formas farmacêuticas de liberação imediata:
Estágio 1: Cada unidade apresenta resultado maior ou igual a Q + 5%. 6 amostras testadas.
Estágio 2: Média de 12 unidades (E1 + E2) é igual ou maior que Q e nenhuma unidade apresenta resultado inferior a Q – 15%. %. 6 amostras testadas.
Estágio 3: Média de 24 unidades (E1 + E2 + E3) é igual ou maior do que Q, não mais que duas unidades apresentam resultados inferiores a Q – 15% e nenhuma unidade apresenta resultado inferior a Q – 25%. 12 amostras testadas.
Obs.: o Q corresponde à quantidade dissolvida de fármaco, especificada na monografia individual, expressa como porcentagem da quantidade declarada.
- Passo a passo para os cálculos:
Preparar a SQR
Preparar as amostras
Calcular a concentração real das amostras
Calcular as cedências
Discutir os critérios de acordo com a farmacopeia
- Teste de dissolução X Estudo de perfil de dissolução:
No teste de dissolução a coleta é única, ou seja, é um teste pontual e nele verifica-se se o produto está de acordo com as especificações, já no estudo de perfil de dissolução, faz-se várias coletas, comparando-se os perfis de cada e nele a dissolução é avaliada em diferentes tempos.
Determinação do teor – doseamento
- Permite quantificar o componente ativo em formas farmacêuticas de um determinado lote.

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