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O PLANEJAMENTO COMO ELEMENTO NORTEADOR DA PRÁTICA

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O PLANEJAMENTO COMO ELEMENTO NORTEADOR DA PRÁTICA 
DOCENTE 
MARTINS, Tyago Campos 
Licenciando em Matemática, Universidade Estadual de Goiás, UnU-Iporá 
tgtyagotg@hotmail.com/tyago7@outlook.com 
AZEVEDO, Douglas Pereira 
Licenciando em Matemática, Universidade Estadual de Goiás, UnU-Iporá 
douglaspr_@hotmail.com/douglas_aren@yahoo.com.br 
DUARTE, Pollyana Cristina 
Licencianda em Matemática, Universidade Estadual de Goiás, UnU-Iporá 
pollycd@hotmail.com 
PERES, Thalitta Fernandes de Carvalho 
Professora do Curso de Licenciatura em Matemática, UnU-Iporá 
thalitta@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
Este trabalho tem como objetivo a compreensão da importância do planejamento em sala de aula. Planejar 
uma aula é pensar, refletir quais procedimentos devemos tomar na prática. Planejamento em si é algo 
muito comum em nosso dia a dia, ás vezes o fazemos e nem percebemos. Então porque grande parte dos 
professores persiste em dizer que o mesmo não tem importância? Não gostam de planejar ou não 
conseguem fazer? E quando o faz, não o utiliza, sendo feito apenas por cobrança das escolas e/ou equipe 
gestora. Devemos repensar a nossa prática e para isto o planejamento é um bom mecanismo, pois por 
meio dele, pode-se perceber o que está dando ou não certo no exercício em sala de aula. Sendo assim, 
atividades propiciadas pela interação do PIBID com a escola campo, vieram nortear nossas reflexões a 
respeito desta problemática. Planejamento é um instrumento importante para que aconteça um bom 
aproveitamento das aulas, com o plano o professor entrará em sala de aula sabendo o que fazer naquele 
dia, quais as atividades que ele tem que corrigir, qual capítulo ele estava. Vale ressaltar, é claro que o 
plano tem mobilidade isto é, não exige que o sigamos de forma assídua, pois as condições e imprevistos 
não são consideradas no ato da construção do planejamento, daí ele ser mutável, dependendo do momento 
ele pode ser modificado, isto é, inserir e/ou retirar etapas do mesmo. 
Palavras-Chaves: Planejamento escolar; Dificuldades e desafios; O ato de planejar. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Planejar é projetar, elaborar um plano. Podemos dar inúmeros significados ao 
ato de planejar, todavia de nada adianta sabermos conceitos se não colocarmos na 
prática. 
Para discutir sobre planejamento é preciso ter um conhecimento, mesmo que 
seja breve sobre ele, e que saibamos que cotidianamente estamos envolvidos nesse 
processo, todavia não o percebemos. O que se percebe nas escolas, é que muitos 
professores tem resistência em cumprir suas obrigações em se tratando de planejamento, 
outros simplesmente o elaboram por serem cobrados pelo grupo gestor, fazendo de 
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qualquer forma sem visar o aprendizado dos alunos, conhecido como planejamento de 
gavetas. 
Vale ressaltar, é claro que há professores, que planejam sua prática docente, e 
refletem sobre suas ações em sala. De modo geral, o planejamento é a organização 
anterior de uma ação que faremos ou que é feito para realização de algo, norteando a 
nossa prática em sala de aula. Em suma, em nosso cotidiano muitas vezes adotamos o 
ato de planejar, então porque não planejar a nossa prática docente? Esta e outras 
questões, é que refletiremos no decorrer do mesmo. Buscamos neste trabalho entender 
qual o papel do professor na formação crítica dos cidadãos na sociedade, procuramos 
identificar alguns motivos que levam os professores a terem aversão ao planejamento 
através das experiências que tivemos no decorrer do PIBID (Projeto Institucional de 
Bolsa de Iniciação à Docência). 
A pesquisa é oriunda de relatos e experiências de atividades do PIBID 
interligada a reflexões de leituras sobre o ato de planejar, questão esta, vivenciada na 
escola-campo, onde atuamos como bolsistas de um projeto, financiado pela CAPES, 
intitulado de PIBID, tendo como base teórica a obra de Masetto (1997), Menegolla e 
Sant’anna (2008), Dálmas (1994), Libâneo (1994), Tardif e Lessard (2007), Pimenta e 
Lima (2008), dentre outros. As questões norteadoras que permearam este estudo foram: 
Para que serve o planejamento? Qual a sua utilidade em sala de aula? Como deve ser 
feito o plano? Por que alguns professores não gostam de planejar? Segundo Mengolla e 
Sant’anna (2008, p.10), 
A rejeição se dá ainda porque, muitas vezes, são exigidos dos professores 
planejamentos um tanto sofisticados, mas pouca funcionalidade na sala de aula. 
Sabemos que o ato de planejar deve estar destituído de sofisticações, e para 
isso ele deve exigir objetividade, simplicidade, validade e funcionalidade. 
 
 Muitas vezes é feito um planejamento só para ser entregue a direção, sendo em 
grande parte nem mesmo usado, o professor neste caso planeja o plano, mas não planeja 
sua aula. 
 Masetto (1997) aborda assuntos sobre a didática da escola, de alguns fatos que 
acontecem nela dentre eles, que o fato de uma boa aprendizagem está ligado à 
necessidade de um bom planejamento no dia a dia em sala de aula. 
 
PLANEJAR A AULA OU ESCREVER O PLANO 
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 Muitos professores não planejam suas aulas, eles planejam o plano. Ainda há 
também, alguns professores que pensam que não adianta planejar, pois não há relação 
entre aprendizado e planejamento. Dizem ainda que sua finalidade é o preencher de 
papéis que às vezes nem são usados. Masetto (1997, p.80) nos mostra que: “o 
planejamento é um instrumento útil de trabalho para os professores e alunos. Existe para 
resolver (e não criar) problemas”. O planejamento irá facilitar a aula do professor, pois 
com ele poderá ficar mais seguro e sabendo o que irá fazer. Tem alguns professores que 
escrevem o plano, mas não planeja a aula, nem pensam sobre o que devem fazer na 
aula. Alguns professores pensam que o planejamento não é para ser usado, ele só serve 
para escrito por mera burocracia. 
 
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de 
formulários para controle administrativo; é antes uma atividade consciente de 
previsão de ações docentes, fundamentadas em opções políticas pedagógicas, 
e tem como referência permanente as situações concretas (LIBÂNEO, 1994. 
p.222). 
 
Menegolla e Sant’anna (2008, p.46) nos expõem que: “Para alunos e professores 
o plano é um roteiro de uso diário na sala de aula; é um guia de trabalho; um manual de 
uso constante enfim, é um roteiro que direciona uma linha de pensamento e ação”. Por 
meio do plano o professor saberá o que irá fazer na aula, quais objetivos terá que 
alcançar na aula, em seu plano ele irá refletir sobre sua ação na sala de aula, “planejar é 
organizar ações” (MASETTO, 1997, p.76). O professor que planeja, sabe o que tem que 
fazer, entende sua ação pedagógica na sala de aula, quais os objetivos daquela aula, do 
conteúdo, está tudo organizado, ele sabe até quanto tempo irá gastar com as atividades, 
pois conhece seus alunos e a si mesmo e planeja segundo essas condições, deixando 
claro, que como o próprio nome já nos diz, o mesmo é algo mutável, podendo ter troca 
de etapas e outras mais, como já citamos anteriormente sobre a flexibilidade. 
Para Pimenta e Lima (2008, p. 178 e 179) os alunos percebem que o professor 
planeja quando: 
1. Apresenta e segue um plano, roteiro ou conteúdo explícito da aula. (...) 
2. Apresenta uma sequência lógica. (...) 
3. Faz comentários bibliográficos, utilizando indicações de livros, revistas e 
autores, citando estudos e pesquisas sobre a área de estudos e sobre o tema 
trabalhado. 
4. Realiza atividades programadas, por meio de esquemas metodológicos ou 
perguntas. (...) 
5. Utiliza algummaterial didático que se adapte às condições da sala de aula 
e ás condições objetivas dos alunos. 
6. Flexibilidade a aula. (...) 
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7. Demonstra domínio do conteúdo. (...) 
8. Planeja e repensa. (...) 
9. Transita pelos conhecimentos elaborados, atualidades, notícias de 
pesquisas, jornais e revistas, articulando-os. 
10. Cuida da avaliação e do planejamento. (...) 
 
A forma como os alunos se posicionam frente à ação docente mostra a 
importância do planejamento, que como afirma Pimenta e Lima (2008) se manifesta 
como a espinha dorsal, sustentando e permeando o processo de ensinar e aprender. 
 
PLANEJAR PRA QUÊ? 
 Há profissionais que discordam do uso de planejamento, por já se intitularem de 
experientes, e dizem que planejamento é prática de iniciante, que não tem domínio de 
sala, e conteúdo e uma série de coisas a mais. 
Planejar é uma atividade intrínseca à educação e, como tal, apresenta as 
seguintes características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, 
estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução 
da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. 
(SOUSA, 2006, p.70) 
 
Quem planeja não perde tempo olhando no caderno do aluno o que foi passado 
na aula anterior para se situar na aula, ele sabe o que vai fazer quais serão os passos no 
decorrer da aula para levar seus alunos adiante, não fica tentando improvisar aula e 
acima de tudo, pensa que esse improviso engana os alunos. Desta forma, Castro (2008, 
p.55) mostra que “existem professores que são negligentes na sua prática educativa, 
improvisando suas atividades.”. 
 Por outro lado há professores que atuam na sala muitos anos e buscam sempre 
utilizar a mesma metodologia facilitando seu trabalho para que ocorra improvisos na 
aula, mas mesmo assim é necessário que ele tenha ciência dos objetivos que quer obter 
necessitando assim de um planejamento. Pois devemos sempre pensar, que o que deu 
certo em uma turma, pode dar certo ou não com outras. São realidades diferentes, cada 
um com suas bagagens/ experiências de vida e aspirações diferentes. 
Sant’anna et al. (1989. p.12) nos informa que: “Para obtenção de êxito, o 
planejamento se impõe com medida básica.” Pode-se notar que com algo planejado, 
tem-se mais certeza do que vai acontecer. O ato de planejar é muito importante em todas 
as situações da vida, e com a profissão docente a mesma necessidade acontece. 
Sant’anna et al. (1989) argumenta que o homem precisa refletir sua ação 
pedagógica para conviver em sociedade, quando ele reflete irá favorecê-lo a ter ideias 
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mais inteligentes e quando ele planeja estará fazendo isso. Assim, os que planejam e se 
preparam estão a um passo a frente de seus concorrentes pela forma de planejamento e 
organização, estando sempre em ascensão profissional. 
 
PLANEJAMENTO ESCOLAR 
 De acordo com o Art. 67 da LDB, 
 
Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da 
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos 
de carreira do magistério público: [...]V – período reservado a estudos, 
planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; [...] (BRASIL, 
2011). 
 
Assim, existe um espaço reservado para que o professor planeje sua aula, mas 
infelizmente não é o que se observa, pois o baixo salário, muitas vezes, levam os 
professores a incorporarem uma carga horária elevada, dificultando o período de tempo 
para o planejamento. 
 Na elaboração do planejamento, devemos estar atentos sobre questões 
fundamentais que não podem ser deixadas de lado, sintetizando-as, de maneira geral 
seriam: ser como um guia de orientação, este se refere aos meios, ações que 
desenvolveremos para o bom desenrolar de nosso planejamento, em outras palavras 
funciona como o esqueleto do nosso planejamento; apresentar ordem sequencial, esta 
ordem é imprescindível para até mesmo nossa autoavaliação, pois somente saberemos 
se extrapolamos ou não o tempo, se antes tivermos planejado, além de ser sequência 
lógica dos fatos servindo para nos orientar a respeito de nossas práticas; objetividade, 
esta uma também das mais importantes, refere-se às metas que pretendemos conseguir 
ao longo daquele determinado espaço de tempo, onde queremos levar/chegar com o 
nosso alunado, ou em outras palavras, é a parte em que saberemos se o que vamos 
ensinar influenciará ou não na vida do meu educando; e por último, a coerência, em que 
não adianta colocarmos inúmeras metodologias sendo que sabemos que não 
conseguiremos alcançá-las, ou seja, devemos relacionar os nossos ideais as nossas 
práticas. Vale deixar claro também que o planejamento depois de feito, não pode ser 
visto como algo único, pois este por ser aplicado a vários tipos de pessoas, e 
consequentemente, ideias e culturas diferentes, pode sofrer influências mudando 
decisões/ metas a serem alcançadas. Pegando avaliação como ponto de reflexão, Dalmás 
(p.107, 1994) nos aponta que: 
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[...] pode-se deduzir que o planejamento se reduz a duas faces, ou seja, à fase 
da elaboração e à fase da avaliação. Esta, por sua vez, se subdividindo em 
“revisão durante a ação” e em “revisão após a ação”. Pode-se também 
entender que o acompanhamento é uma avaliação, apenas com diferença de 
que esta se realiza durante a ação. 
 Dentre os fatores que levam o professor a ter em mãos, e consequentemente, 
fazer uso de um bom planejamento, está na formação, pois é a partir dela que o 
professor adquire condições para expor seu aprendizado em ação. Por isso, as 
Universidades que oferecem cursos de Licenciatura devem estar bastante atentas 
também à questão das disciplinas pedagógicas, pois se não tiverem atenção necessária, 
podem gerar um profissional incompetente no mercado, acarretando um mal educador, e 
consequentemente, um aprendizado, insuficiente, gerando uma bola de neve. Muitos 
licenciandos atentam-se somente com as disciplinas específicas, deixando de lado as 
demais disciplinas das áreas pedagógicas, não percebendo a importância que estas 
exercem em sua prática docente. 
 Pensando agora no curso de matemática, há alunos em que as disciplinas 
didáticas pedagógicas passam por eles, mas eles não passam por elas, por que segundo 
eles não querem ser professores, fazem o curso unicamente com interesses para 
concursos públicos. Porém devemos considerar que como o curso é Licenciatura, ou 
seja, formando profissionais para a área de educação, temos que valorizar aos “dois 
tipos de disciplinas” de forma igualitária, tanto das áreas pedagógicas, quanto das áreas 
específicas, pois se no futuro não conseguir ingressar em outra área no mercado de 
trabalho, estará habilitado para a prática docente. Assim, é uma grande a 
responsabilidade dos professores dos cursos de Licenciatura em valorizar as disciplinas 
pedagógicas, não somente os que ministram estas matérias, mas todos os professores 
sejam das áreas específicas ou pedagógicas. É viável que se tenha uma grande 
união/relação entre os professores do curso, para que o comprometimento do alunado 
seja melhorado fazendo com que ele perceba a importância das mesmas em sua 
formação. 
 Na elaboração do planejamento é imprescindível que os professores envolvidos 
devam estar atentos a todo o momento na questão do que se pode fazer, que ações 
devam ser tomadas para que a escola melhore, favorecendoassim uma aprendizagem 
mais eficaz e duradoura aos alunos, isto é, o professor deve sempre pré-avaliar seu 
planejamento conhecendo os alunos, e no que este irá influenciar na vida dos mesmos. 
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 Após discutimos sobre diversos fatores que nos levam a elaborar planejamento, 
devemos construir um conceito, segundo Vasconcellos (2000, p. 79): 
 
O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma 
mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação 
passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo 
vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e para isto é necessário estabelecer as 
condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no 
tempo. 
 
 Assim, para Vasconcellos (2000) o planejamento representa a análise teórica 
metodológica com o objetivo de concretizar o ensino aprendizagem na prática docente. 
Para Menegolla e Sant’Anna (2008), planejar o processo educativo é planejar algo 
indeterminado, porque educação não é um processo, onde os produtos podem ser 
pensados prontos e acabados. Para planejar a ação educativa é necessário possibilitar ao 
homem a capacidade dele ser criador de sua história. E para nós a definição de 
planejamento que melhor se encaixa seria a de Libâneo (1994, p. 221) descrito abaixo: 
 
[...] o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das 
atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos 
objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de 
ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é 
também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação. 
 
 Neste sentido, percebemos ainda que a cada dia os noticiários nos informam que 
a evasão escolar e/ ou desistência está se acentuando de forma significativa. E uma das 
formas de reverter esse quadro, seria através do planejamento, em que o professor ao se 
planejar, criaria aulas atrativas, chamando atenção do seu alunado que muitas vezes 
sofrem com problemas pessoas/ familiares, mas quando chegam à escola se sentem 
atraídos pela aula ou pela matéria e até mesmo pelo professor que muitas vezes inova 
suas aulas trazendo dinâmicas, músicas, teatro, jogos e outras coisas mais, não deixando 
assim ficar a aula monótona, muitas vezes dita pelos alunos de chata, em que somente o 
professor fala, sendo ele o único dono da verdade, e consequentemente, único portador 
do conhecimento. Todavia quando ele sente que está aprendendo, em consequência 
passa a se sentir também motivado. Assim, uma aula bem planejada baixa os problemas 
de evasão escolar, pois os alunos passam a ver a escola como sua segunda casa se pondo 
às vezes como peça fundamental. E ao estipular responsabilidades aos alunos, ou seja, 
tarefas a serem cumpridas pelos educandos dentro da própria escola, eles irão se sentir 
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atraídos, importantes para a escola, fazendo com que haja uma relação não mais de 
escola/aluno, mas de aluno/minha escola, essa mesma escola que nossos pais em grande 
parte passaram por ela e um dia formará nossos filhos e por isso buscamos o melhor 
para ela. 
 Masetto (1997, p. 80), neste contexto afirma que: 
[...] se não estiver amparado por um sistema de avaliação que envolva, em 
cada nível, todos aqueles que participam da elaboração do planejamento e sua 
implementação, este planejamento perderá sua flexibilidade, dinamismo, 
confiabilidade e eficácia, podendo comprometer seriamente a ação educativa 
que se pretende viabilizar. 
 
 Dentro desta perspectiva, vale relatar aqui também, sobre as escolas de tempo 
integral que se juntamente com a direção e toda a escola não planejarem ações a serem 
desenvolvidas nela durante todo o tempo em que os alunos se encontrarem, poderá 
ocasionar um aumento da evasão escolar. É algo que deve ser bastante pensado e 
discutido por toda a escola e para isso nada melhor do que o planejamento, pois o ato o 
simples ato de planejar não garante o sucesso da educação, mas se torna um dos fatores 
significativos para o desenvolvimento desta. Ainda não podemos nos esquecer, de uma 
etapa de suma importância do planejamento, a avaliação, em que através desta 
reconheceremos nossa prática, percebendo se a mesma gerou resultados positivos ou 
não, tudo que compõem o planejamento deve ser avaliado, como: objetivos, recursos, 
interação dos envolvidos, e por completo os resultados alcançados pela clientela, no 
nosso caso, nossos educandos. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O ato de planejar é muito comum em nossas vidas. Vale relacionar também que 
estamos envolvidos com o planejamento diariamente, nossa vida é planejada, quando 
nascemos, nossos pais planejam nossos futuros, alguns serão doutores, outros serão 
engenheiros, agrônomos e outros mais, porém quando ficamos adultos, as nossas 
vontades juntamente com as vontades de nossos pais acabam se modificando, alterando 
assim, um planejamento feito por nossos pais. Todos os pais sonham que seus filhos 
estudem, entrem em uma boa faculdade e que depois de formados consigam um bom 
emprego que ofereça a ele reconhecimento profissional/ pessoal e financeiro, estas 
questões nos mostra uma característica que o planejamento possui a flexibilidade. 
Assim, como afirma Tardif e Lessard (2007, p.214), 
 
9 
 
Por mais minucioso que seja o planejamento, os professores precisam, 
necessariamente, alterá-lo ao longo do ano, das etapas e dos dias, porque as 
coisas raramente acontecem como previstas. No fim das contas, o 
planejamento não passa de um plano, um mapa geográfico do ensino; 
portanto, é normal que, em contato com o território real do trabalho, esse 
mapa seja modificado, especificado, adaptado. 
 
Ao deitarmos a noite, por exemplo, muitas vezes fazemos uma pequena reflexão 
do que fizemos no dia, e planejamos algo para fazer no dia seguinte, prática bastante 
frequente com nossas mães, em que imaginam o que farão no café da manha, no 
almoço, em outros casos, no serviço em casa e fora. Dentro desta questão, podemos 
perceber como nós estamos em constante planejamento e não percebemos. Dados estes 
exemplos, é notável que o planejamento é de suma importância, pois conseguiremos 
organizar nossos horários para que a nossa programação saia de forma esperada. Como 
nos pontuam Menegolla e Sant’anna (2008, p. 16) “tudo é pensado e planejado na vida 
humana”. Então o planejamento como vimos é bastante abrangente, pois em tudo que 
formos fazer, com o desejo de chegarmos a um fim, temos que nos preparar. Menegolla 
e Sant’anna (2008, p.15) nos apontam que: “O planejar foi uma realidade que 
acompanhou a trajetória da humanidade”. Desde os primórdios o homem já planejava, 
nota-se que foi e é muito comum o ato de planejar. 
 Por meio de nossas vivências na escola-campo, percebemos o quanto o 
planejamento gera discussão por parte dos educadores. É uma questão que precisa ser 
debatida, discutida em diversos lugares, pelo seu alto grau de críticas e aceitação. É 
sempre com questionamentos que podemos chegar a uma conclusão. E para chegarmos 
a esta conclusão, devemos ter ações traçadas e metas previstas, pois é a partir daí, que 
saberemos se nossa ação resultou ou não naqueles objetivos/metas pretendidas. 
Seguindo a problemáticos muitos professores não utilizam o planejamento feito 
por escrito a fim de registro, o que eles fazem é uma preparação de sua aula, ou mesmo 
um estudo das aulas a serem realizadas. Assim, tem muito o desgosto por parte dos 
professores,devido o planejamento ser muito burocrático, sendo que os mesmos visam 
uma aula bem planejada, porém não conseguem fazer por escrito. 
 
CONCLUSÃO 
 Pode-se perceber que o planejamento é algo comum, que todos nós fazemos e 
sabemos fazer, tendo sempre que e um bom planejamento reflete em bons resultados. 
Compreendemos também que o professor deve tomar cuidado, de ao invés de escrever o 
10 
 
plano deve-se planejar bem a aula, no sentido do que irá fazer, pois o planejamento 
serve para isto, um auxílio no desenvolvimento da aula. Evitar improvisos em sala de 
aula faz com que o professor se situe em sua aula com confiança. Assim, “o 
planejamento é colocado à prova na hora de ensinar” (TARDIF E LESSARD, 2007, 
p.216). 
 Para todos os acadêmicos de licenciatura que pretendem seguir a carreira de 
professor é necessário se conscientizarem da importância do planejamento, para que 
futuramente sejam reconhecidos (pelos outros professores, alunos ou mesmo a 
sociedade) como verdadeiros profissionais dedicados e dignos de sua profissão, que 
aprenderam e se corrigiram durante a fase de estudo, mas que como profissionais 
cobraram de si mesmos e buscaram o aperfeiçoamento em sua prática docente. Assim, o 
professor que planeja suas aulas se torna consciente dos seus métodos de aplicação e da 
função que irá exercer no seu espaço, que é a sala de aula. 
Desta forma, por meio de nossas atuações do PIBID, fica claro que há diversos 
questionamentos e críticas a respeito do planejamento, porém cabe a postura ética e 
profissional do licenciando, sobre que tipo de educador que almeja ser, e ainda repensar 
de que forma queremos contribuir na vida de nossos educandos, deixando de exemplo 
nossa prática e esforço para uma melhor educação. 
 
REFERÊNCIAS: 
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em 2 de nov. 2011. 
CASTRO, Patricia Aparecida Pereira Penkal de. A importância do planejamento das 
Aulas para organização do trabalho do Professor em sua prática docente. 
ATHENA Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008. Disponível em: 
<http://www.faculdadeexpoente.edu.br/upload/noticiasarquivos/1243985734.PDF >. 
Acesso em: 29 out. 2011. 
DALMÁS, Ângelo. Planejamento na escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. 
Petrópolis: Vozes, 1994. 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática A aula como Centro. 4. ed. São Paulo: FTD, 
1997. 
MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como 
Planejar? currículo-área-aula. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. 
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. 3. ed. – 
São Paulo: Cortez, 2008. 
11 
 
SANT’ANNA, Flávia Maria et al. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. - Porto 
Alegre: Editora Sagra, 1989. 
SOUSA, José Vieira. Teorias administrativas. Brasília: Universidade de Brasília, 
2006. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/10_trab_esc_teo_ad.pdf>. Acesso 
em: 8 out. 2011. 
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma 
teoria da docência como profissão de interações humanas. Trad. João Batista Kreuch. 3. 
ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. 
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento Projeto de Ensino-Aprendizagem e 
Projeto Político-Pedagógico. Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São Paulo, 2000.

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