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LEITE MSc. Elaine dos Ramos Soares Bacharel em Nutrição (UERJ) Mestre em Alimentação Nutrição e Saúde (UERJ) Doutoranda em Alimentação Nutrição e Saúde (UERJ) Junho de 2017 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMÉDICO INSTITUTO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo DEFINIÇÃO “Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas”. “O leite de outros animais devem ser denominados segundo a espécie de que proceda”. BRASIL, 2002. •Secretado pelas glândulas mamárias de fêmeas (mamíferos) •Emulsão de cor branca (amarelada) de odor suave e gosto adocicado •Nutrientes para o recém nascido •Absorve odores e sabores do ambiente •Proteínas, lipídeos, carboidratos, sais minerais, vitaminas, água INTRODUÇÃO Mistura de substâncias orgânicas e inorgânicas em diferentes estados de dispersão. Componentes Principais Composição Média Água 87,0% Lipídeos 3,9% Proteínas 3,4% Carboidratos 4,8% Sais Minerais 0,8% Raça Período de lactação Idade Alimentação Saúde Espaço entre ordenhas COMPOSIÇÃO QUÍMICA Tabela 1: Componentes principais e composição média de água, macronutrientes e sais minerais no leite de vaca cru. Água • Maior quantidade • Diluição de componentes Carboidratos • Responsáveis pelo gosto adocicado • Lactose → único presente no leite de todos os mamíferos. Lipídeos • Mistura: ésteres e ácidos graxos • Cor amarelada • Glóbulos → partículas grandes e leves → nata • Carotenoides e vitaminas lipossolúveis DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES Proteínas • 18 tipos de aminoácidos (8 essenciais) • Formadoras da massa branca (coagulação) • Caseína (80% da proteína total) Sais Minerais • Cálcio • Potássio • Magnésio • Sódio Vitaminas • A,D,E,K • C • Complexo B Submicelas de caseína: unidas por Ca, Mg, ácido fosfórico e outros sais coagulação do leite para a elaboração de queijos • Alfa s1 (α s1) caseína • Alfa s2 (α s2) caseína • Beta (β) caseína Facilmente precipitada pelo cálcio Precipitada com baixas concentrações de cálcio Sensível ao cálcio Facilmente hidrolisável De 4 ºC a 8 ºC → dissociação • Gama (γ) caseína • Kappa (ĸ) caseína Resistência ao cálcio não precipita clivagem da β caseína Proteger o interior hidrofóbico da submicela • Hidrólise enzimática • Temperatura • pH (acidificação) • Concentrações de Ca2+ 10 a 20% de caseína ainda permanece solúvel no leite Enzimas (coalho/ renina) Formando uma rede Proteína (aminoácidos Phe105-Met106) Fatores que alteram a estabilidade das micelas de caseína RecepçãoOrdenha Controle de Qualidade CentrifugaçãoArmazenamento Envase Homogeneização ETAPAS DA PRODUÇÃO DE LEITE 1. Clarificação CENTRIFUGAÇÃO Permite a eliminação de bactérias mortas (enzimas) que poderão ser prejudiciais ao leite e seus derivados. Centrifugação (antes da pasteurização) que visa retirar bactérias e células somáticas do leite, melhorando suas qualidades e outros aspectos para seu processamento. 2. Padronização • Retirada parcial da gordura do leite • Os leites tipo A e B não sofrem padronização, devem ser integrais Leite tipo C e UHT é padronizado (3% de gordura) Mantém constante o teor no produto final • Centrífugas desnatadeiras, sendo a nata utilizada na fabricação de derivados do leite Homogeneização • Consiste em subdividir os glóbulos de gordura em frações menores • A temperatura deve ser de 54°C ou superior (gordura do interior do glóbulo esteja líquida) • O glóbulo é rompido por forças mecânicas: pressão ou ultra-som Vantagens da homogeneização Evita a separação da gordura durante o transporte e armazenagem (indispensável no leite UHT e no leite com longa refrigeração) Torna o leite mais branco (aumento do número de glóbulos de gordura) Não forma película ao ferver Melhora a palatabilidade e viscosidade (aparência geral do produto) Desvantagens da homogeneização Aumenta a sensibilidade às lipases Aumenta a sensibilidade à luz Dificulta o desnate posterior Diminui a estabilidade das proteínas ao calor Leite cru Filtração Tratamento térmico Resfriamento RecepçãoOrdenha Controle de Qualidade CentrifugaçãoArmazenamento Envase Homogeneização Filtração • Logo após a ordenha • Retenção de resíduos • Filtro de material poroso Resfriamento •Resfriamento imediato → armazenado (tanques) • Evitar o crescimento microbiológico e as alterações químicas • Leite deve ser agitado → padronizar a temperatura/diminuir tempo •Temperatura: 4 a 5ºC Resfriador 1.Pasteurização •Eliminar micro-organismos patogênicos •Aumentar a vida de prateleira •Reduz/elimina bactérias lácticas benéficas •Tipos: -Pasteurização Lenta -Pasteurização Rápida (HTST) Tratamentos Térmicos Pasteurização Lenta: 63 a 65ºC (30 min) e resfriado a 4ºC. 95% de eficiência Pasteurização Rápida: 72 a 77ºC (15 s). 95% de eficiência 2. Uperização (leite longa vida) • Ultra High Temperature (UHT) • 130 a 150ºC (3 a 5 s) •Homogeneização •Não permite uso para fabricação de derivados de leite • Perdas de nutrientes •Armazenagem em temperatura ambiente •Eficiência 99,99% (formas esporuladas) Processo Longa vida 3. Esterilização •120ºC (10 min) •Elimina todas as formas de micro-organismos, inclusive esporos Leite escuro https://www.youtube.com/watch?v=sigeA531sNs DERIVADOS DO LEITE Tecnologia de Alimentos M.Sc. Carolyne Pimentel Rosado Nutricionista Mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde (UERJ) Doutoranda em Alimentação, Nutrição e Saúde (UERJ) Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo Carolyne Carimbo DERIVADOS DO LEITE A partir do leite, através do emprego de processos tecnológicos, é possível a elaboração de diversos derivados – queijos, creme de leite, manteiga, iogurtes - agregando valor ao produto. QUEIJOS HISTÓRICO ❖ Antigos gregos – lenda atribui a fabricação do queijo a um nômade árabe. ❖ Império Romano – produção de queijos foi aperfeiçoada, alcançando um alto padrão. ❖Muitos especialistas consideram a Idade Média como o marco inicial da fabricação de queijo. ❖ Idade Média – monges cristãos transformaram a fabricação de queijos em uma verdadeira arte com a introdução de vários tipos de queijo. DEFINIÇÃO DE QUEIJO “Entende-se por queijo o produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente desnatado) ou de soros lácteos, coagulados pela ação física do coalho, enzimas especificas de bactérias específicas, de ácidos orgânicos, isolados ou combinados, todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificamente indicados, substâncias aromatizantes e matérias corantes” (MAPA). O QUEIJO TECNOLOGICAMENTE É... ❖ 1. É um concentrado protéico-gorduroso resultante da coagulação do leite, seguida da dessora do coágulo que causa o decréscimo na umidade. ❖ 2. A proteína é o componente mais importante do queijo. ❖ 3. A gordura varia de acordo com o tipo de queijo. ❖ 4. O teor de umidade também varia muito e é correlacionado com o tempo de conservação do queijo. COMPOSIÇÃO E VALOR NUTRITIVO Componentes (%) LeiteIntegral Queijo Soro Água 87,0 40,0 93,3 Proteína 3,5 25,5 0,9 Gordura 3,8 29,0 0,2 Lactose 5,0 1,8 5,0 Sal (NaCl) - 1,7 - Cinzas 0,7 2,0 0,6 QUEIJO FRESCO: O QUE ESTÁ PRONTO PARA CONSUMO LOGO APÓS SUA FABRICAÇÃO QUEIJO MATURADO: O QUE SOFREU TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS E FÍSICAS NECESSÁRIAS ÀS CARACTERÍSTICAS DE CADA TIPO DE QUEIJO CLASSIFICAÇÃO DE QUEIJOS CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO DE QUEIJOS EXEMPLOS Consistência Brandos/ Macios: umidade > 50% Requeijão cremoso Semi-brandos/ Firme/ Semiduros: umidade entre 40 – 50% Minas Frescal, Prato, Gouda Duros: umidade entre 37 e 40% Suíço, Cheddar Extraduros/ Muito Duros: umidade <37% Parmesão CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO DE QUEIJOS Teor de Gordura Desnatado:< 15% Magro: 15 – 24,9% Semigordo: 25 – 44,9% Gordo: 45 – 59,9% Extra gordo: >60% ❖Excesso de Gordura: • Coagulação mais lenta • Queijo mais macio • Maturação mais rápida • Menor resistência a oxidação lipídica ❖Pouca Gordura: • Massa mais dura • Maturação mais lenta TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO ❖ São 4 etapas básicas: 1. Coagulação do leite; 2. Corte da coalhada, para liberação do lactosoro; 3. A massa obtida é colocada em formas e prensada; 4. O queijo é salgado e embalado. ❖ No caso de queijos que necessitam de maturação, esta pode ser feita antes ou após a embalagem. TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO ❖Matéria-prima: LEITE 1. Deve ser de boa qualidade, livre de contaminação bacteriana ou por agentes químicos (antibióticos, herbicidas, pesticidas) 2. Antibióticos podem inibir a coagulação do leite e alterar o tempo de maturação 3. Pode-se adicionar CO2 ao leite com a finalidade de diminuir o pH, e assim reduzir o tempo de fermentação. TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO ❖ Coagulação do Leite: Ácida ou Enzimática ❖ Coagulação enzimática: • Responsável pela aglutinação da caseína, principal proteína do leite. • A enzima responsável por esta ação é a Renina, cujo princípio ativo é a Quimosina. • Coalhos atuais entre 10 a 60% de pepsina • Coalho vegetal extrato solúvel de algumas espécies de cardos. • Atualmente, utilizam-se enzimas elaboradas por diversos fungos Mucor mihei, M. pusillus e Endothia parasítica. TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO CASEÍNA (α, β, γ, κ) REMOÇÃO DA CAMADA GLUPEPTÍDICA DA κ-CASEÍNA PARACASEÍNA + Ca+2 CASEÍNATO DE CÁLCIO ❖ Coagulação enzimática: TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO ❖ Coagulação ácida: • Método alternativo para coagulação do leite. • Consiste no abaixamento do pH • Produção de ácido lático pelas bactérias do fermento. • Adição de ácido orgânicos ao leite em quantidade suficiente. • As micelas de caseína agregam-se e precipitam. pH 4,5 TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO ❖ A coalhada enzimática apresenta características que são totalmente opostas as da coalhada ácida, é impermeável, flexível, compacta, contrátil e fácil de dessorar. ❖ A qualidade do queijo produzido pelo método de coagulação ácida é inferior ao produzido pelo método enzimático. ❖ Queijo fabricado por coagulação enzimática, retém mais da metade do cálcio e do fósforo existente no leite. Coagulação Ácida Coagulação Enzimática pH 4,6 6,0 – 6,5 Consistência do coágulo Bastante frágil dispersando em partículas finamente subdivididas. Se fracionado cuidadosamente, provocando a dessora, resulta precipitado ressecado e firme, porém quebradiço. Firme e elástico, como uma gelatina, o qual vai se tornado cada vez mais resistente. Ao ser fracionado se contrai, por sinerese, dando origem a um precipitado consistente e elástico. TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO QUEIJO ❖ Aditivos: • CaCl2 aumenta o teor de íons Ca 2+ acelerando a coagulação da caseína • Na2 PO4 reage com o leite formando Ca3 (PO4 )2 aumentando a elasticidade do coágulo (substituindo glóbulos de gordura do leite). • Adição de corantes: clorofila, urucum • Nitrato de sódio/ potássio: inibe a ação de contaminantes, principalmente de bactérias do gênero Clostridium TIPOS DE QUEIJOS ❖ O grande número de variedades de queijos resulta de variações, como: • Tipo de leite utilizado; • Tipo de coagulação; • Teor de gordura; • Tempo de maturação; • Tipos de coalho; • Tipos de micro-organismos. TIPOS DE QUEIJOS MINAS ❖ FRESCAL • Produzido com leite de vaca pasteurizado • Tem pouca acidez e baixa durabilidade • Queijo macio, semi-gordo, de alta umidade ❖ CURADO • Feito com leite não pasteurizado e conservado em temperatura ambiente • Consistência semi-dura, sabor levemente ácido e cor creme-claro ❖ PADRÃO • Prensado e passa por período de maturação de 20 dias • Consistência semi-dura, sabor levemente ácido e cor branco-creme TIPOS DE QUEIJOS ❖MUSSARELA • Originalmente feito com leite de búfala • Um dos queijos mais fabricado e consumido no Brasil • Cor esbranquiçada e sabor levemente ácido ❖ RICOTA • Produto obtido da albumina do soro de queijos • Consistência mole, mas não pastosa, de cor branca ou branco-creme ❖ PARMESÃO • Tempo de maturação de no mínimo 6 meses • Fabricado com leite de vaca cru ou pasteurizado • Queijo duro e compacto, cor ligeiramente amarelada e sabor levemente picante e salgado CREME DE LEITE DEFINIÇÃO “Entende-se como o produto lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequados, que apresente a forma de uma emulsão de gordura em água” (Portaria nº146 de 7 de março de 1996) O CREME DE LEITE TECNOLOGICAMENTE É... ❖ 1. É a gordura do leite, correspondendo a 30% ❖ 2. Principal ingrediente da manteiga ❖ 3. É a camada de gordura à superfície do leite em repouso CARACTERÍSTICAS ❖Mínimo de 25% de gordura ❖ Cor branca, levemente amarelada ❖Sabor e odor suave, não rançoso nem ácido. CLASSIFICAÇÃO DO CREME DE LEITE CRITÉRIO CLASSIFICAÇÃO Conteúdo de matéria gorda Creme de baixo teor de gordura ou leve Creme Creme de alto teor de gordura Tratamento térmico Creme pasteurizado Creme esterilizado Creme UHT PROCESSO TECNOLÓGICO DE OBTENÇÃO DO CREME DE LEITE ❖ A separação da gordura é feita aproveitando-se a diferença de densidade entre a matéria gorda e os demais componentes do leite. PROCESSO TECNOLÓGICO DE OBTENÇÃO DO CREME DE LEITE ❖ O CREME DE LEITE é liberado para o consumo após ser submetido a diferentes tratamentos ❖ PAUSTERIZAÇÃO: • Inibir a ação da lipase evitar o ranço hidrolítico; • Eliminar micro-organismos patogênicos; • Reduz a viscosidade; • 85 a 100°C durante 10 a 15 segundos. PROCESSO TECNOLÓGICO DE OBTENÇÃO DO CREME DE LEITE ❖ ESTERELIZAÇÃO: • Creme submetido ao tratamento térmico na própria embalagem de venda; • Visa a destruição das formas esporuladas de bactérias; • 114°C em 25 minutos ou 116°C em 20 minutos. • Confere durabilidade ao leite; • Tratamento por UHT (132°C de 2 a 4 segundos). MANTEIGA DEFINIÇÃO “Entende-se por manteiga o produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado, derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura Láctea” (MAPA). REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DA MANTEIGA ❖ Ingredientes: • Obrigatório: Creme pasteurizado obtido a partir do leite da vaca. • Opcionais: Cloreto de sódio até 2g/100gde manteiga; Fermentos láticos (maturada). CARACTERÍSTICAS ❖ Aspecto: Consistência sólida, pastosa à temperatura de 20°C, de textura lisa uniforme, com distribuição uniforme de água (umidade). ❖ Cor: branco amarelada sem manchas ou pontos de outra coloração. ❖ Sabor e odor: de sabor suave, característico, aroma delicado, sem odor e sabor estranho. COMPOSIÇÃO MÉDIA DA MANTEIGA Componentes % Gordura 81,0 Água 16,0 Sal 1,5 Proteína, lactose e minerais 1,5 CLASSIFICAÇÃO DA MANTEIGA ❖ A qualidade da manteiga, bem como as modificações ocorridas durante o processamento, dá origem a produtos de diferentes composições. ❖A manteiga é classificada em: • Extra: >83% de gordura, <3% de acidez e ausência de corante vegetal. • 1ª Qualidade: >80% de gordura, <8% de acidez e corante vegetal facultativo. • 2ª Qualidade: >80% de gordura, <10% de acidez e corante vegetal obrigatório. PROCESSO DE OBTENÇÃO DA MANTEIGA ❖ Bateção: aglomeração dos glóbulos de gordura, eliminando substâncias não gordurosas. ❖Malaxagem: textura e cor, distribuição da umidade, dissolução do sal, expulsão do leitelho remanescente. IOGURTE HISTÓRICO ❖A origem do iogurte ainda não é totalmente conhecida. ❖ Relatos do surgimento na antiguidade. ❖ Leite armazenado em marmitas de barro à temperatura ambiente fermentação rudimentar tipo de iogurte. ❖ Turquia: Armazenamento do leite fresco em bolsas feitas de pele de cabramassa semissólida e coagulada. DEFINIÇÃO DE IOGURTE “Entende-se por iogurte o produto obtido pela fermentação láctea através da ação do Lactobacillus bulgaricus e do Streptococcus thermophilus sobre o leite integral, desnatado ou padronizado” (MAPA). CARACTERÍSTICAS ❖ Pertence ao grupo dos leites fermentados por bactérias. ❖É o resultado da fermentação do leite por Streptococcus thermophylus e Lactobacillus delbrueckii, subespécie bulgaricus, que produzem ácido e aroma característicos. Estes microrganismos devem estar vivos e abundantes no momento do consumo. ❖Possui alto valor nutricional e de fácil digestão. ❖ Líquido espesso, branco e levemente ácido. ❖ Contém todos os constituintes nutricionais do leite, exceto lactose (fermentação) PROCESSO DE OBTENÇÃO DO IOGURTE PROCESSO DE OBTENÇÃO DO IOGURTE TIPOS DE IOGURTE LEITES DESIDRATADOS HISTÓRICO ❖ Desidratação é um dos métodos mais antigos de preservação de alimentos. ❖ Gail Borden (1856): otimizar o transporte e armazenamento de leite. Notou que antes de desidratar o leite condensava. ❖ Surgiu, ao mesmo tempo, LEITE EM PÓ e LEITE CONDENSADO. DEFINIÇÃO DE LEITES DESIDRATADOS “Refere-se ao produto resultante da desidratação (remoção de água) parcial ou total, em condições adequadas, do leite” (MAPA). ❖ Os produtos resultantes podem ser: • Leite Concentrado • Leite Evaporado ou “leite condensado sem açúcar” • Leite Condensado ou “leite condensado com açúcar” • Doce de leite • Leite em pó • Farinhas lácteas LEITE CONCENTRADO ❖ Produto resultante da desidratação de leite fluido, e posterior refrigeração ou tratamento térmico condizente ao fim que se destina; LEITE EVAPORADO ❖ Produto resultante da desidratação parcial do leite fluido, e posterior homogeneização, enlatamento e esterilização (apertização). LEITE CONDENSADO ❖ Produto resultante da desidratação parcial do leite fluido ao qual é adicionado xarope (glicose ou sacarose), e posterior envasamento. ❖ São fases de fabricação do leite condensado: • 1. Seleção do leite • 2. Padronização dos teores de gordura e de sólidos totais • 3. Pré-aquecimento • 4. Adição de xarope • 5. Condensação • 6. Refrigeração • 7. Cristalização • 8. Enlatamento 1 PARTE DE LEITE PARA 2,25 PARTES DE ÁGUA 28% de Gordura 45% de Açúcar, excluída a lactose DOCE DE LEITE ❖ Produto com ou sem adição de substâncias alimentícias, obtido por concentração e ação do calor a pressão normal ou reduzida do leite ou leite reconstituído, com ou sem adição de sólidos de origem láctea e/ou creme e adicionado de sacarose (parcialmente substituída ou não por monossacarídeos e/ou outros dissacarídeos). LEITE EM PÓ ❖ Produto obtido por desidratação total do leite de vaca e apto para alimentação humana. ❖ São fases de fabricação do leite em pó: • 1. Seleção do leite • 2. Padronização dos teores de gordura • 3. Pré-aquecimento • 4. Pré-concentração • 5. Homogeneização • 6. Secagem • 7. Embalagem SEM CONSERVADORES E ANTIOXIDANTES FARINHA LÁCTEA ❖ Produto resultante de dessecação em condições próprias, da mistura de leite com farinha de cereais e leguminosas, cujo amido tenha sido tornado solúvel por técnica apropriada. ❖Mínimo de 5% de gordura láctea, máximo de 6% de umidade, mínimo de 30% de farinha de cereais ou leguminosas, máximo de 1% de celulose. SEM CONSERVANTES
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