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Técnic� Dietétic� aplicad� � Leit� � Derivad�� ❖ DEFINIÇÃO: • “Entende-se por LEITE, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie a que proceda”.” (BRASIL, 2011) • Secretado pelas glândulas mamárias de mamíferos. • Laticínios - Alimentos derivados do leite. • pH entre 6,5 – 6,7 = variações indicam alterações indesejáveis (sabor, aroma e consistência). •Ponto de vista biológico -> Produto da secreção das glândulas mamárias, cuja função natural é a alimentação dos recém-nascidos. •Ponto de vista físico-químico -> Mistura homogênea de grande número de substâncias sendo algumas em emulsão (gordura), em suspensão (caseína) e em dissolução verdadeira (lactose, vitaminas, proteínas do soro). - Adultos: preferência leite e derivados com gorduras - Crianças, adolescentes: leite e derivados na forma integral ❖ COMPOSIÇÃO QUÍMICA • Variações: espécie, raça, idade, alimentação, estação do ano, época de lactação, manejo, clima, ordenha e estado sanitário. • O leite deve apresentar um líquido branco, limpo, homogêneo, isento de sabores e odores estranhos, sem resíduos de antibióticos e de outros agentes inibidores do crescimento microbiano. ❖ COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL ➢ Proteína • Alto valor biológico - Caseína, albuminas, globulinas. • Eficiente combinação do leite com cereais. • Propriedades tecnológicas do leite. - Gel mole. Ex: iogurte - Gel duro. Ex: Pudim ➢ Caseínas (total) ○ a-caseína ○ b-caseína ○ k-caseína ○ y-caseína ➢ Proteínas do soro (total) ○ Lactalbumina ○ Lactoglobulina ○ Imunoglobulinas ○ Outras ○ Caseína • Alfa, beta, gama e capa • Resistente à temperatura de ebulição (100ºC) • Coagula em pH ácido rapidamente (pH 4,6 – formação do gel em iogurte), enzimas (renina = formação do gel em queijos). a-Lactoalbuminas (cisteína) e b-lactoglobulinas • Proteínas do soro – fácil digestibilidade. • A distribuição das proteínas soro – diferente no leite humano e bovino. • No soro do leite bovino = predomina a β-lactoglobulina, que praticamente não ocorre no leite humano = ALERGÊNICA. • Soro do leite humano = predomina alfa-lactoalbumina, imunoglobulina, lactoferrina, lisozima. • Precipitam a 70°C e são solúveis em pH 4,6. • Fervura do leite -> Responsáveis pelo sabor do “leite fervido” e formação da película que o recobre = proteínas do soro desnaturadas. ➢ Enzimas • Fosfatase alcalina e peroxidase (monitoração pasteurização e esterilização). • Lipases (Qualidade leite) - Hidrolisa a gordura em glicerol e ácidos graxos livres. - Ácidos graxos livres – ranço. • Proteases (sabor e textura de queijos) • Catalase – (indicador sanidade) - atua peróxido de hidrogênio – liberando água e oxigênio. - Úberes doentes – catalase (+) ➢ Carboidratos • Principal glicídio do leite – Lactose (galactose + glicose). • Substrato para ação de microrganismos (iogurtes, queijos = ácido láctico – reduz pH – coagula caseína). • Intolerância à lactose – lactase • Cristalização da lactose (doce de leite e leite condensado) • Escurecimento – Reação de Maillard (doce de leite). ➢ Gordura • Varia de 3 a 6% (leite integral). • Raça, dieta, estágio de lactação, época do ano, zona geográfica, manejo dos criadores. • Principais ácidos graxos: ácido mirístico (14:0, 8 a 15%), palmítico (16:0, 20 a 32%), esteárico (18:0, 7 a 15%), oleico (18:1n-9, 15 a 30%). • 70% ácidos graxos saturados, 27% mono, 3% poli. • Principal fonte de ácido linoleico conjugado (CLA, efeitos anti-inflamatórios, 2 a 10%). • Constituinte que apresenta maior valor agregado. ➢ MINERAIS E VITAMINAS: • Minerais- CÁLCIO alimentação humana - Potássio, sódio, magnésio e cálcio - Cloretos, fosfatos, citratos, bicarbonatos • Vitaminas - Hidrossolúveis = tiamina, riboflavina (b2), (tom verde-amarelo do soro do leite), piridoxina (B6), cobalamina (B12), ácido pantotênico e biotina. - Lipossolúveis = vitamina A (cor levemente amarelada) e E - Baixos teores de vit C, D e ácido fólico. - Perdas processamento térmico (vit C), e armazenamento por exposição à luz (vit D). ➢ Gases: • Anidrido carbônico (olhaduras nos queijos), nitrogênio e oxigênio. • Perdem-se e expandem-se durante a cocção causando a subida do leite durante a fervura). ★ FERVURA LEITE • “AROMA e SABOR DO LEITE - Aderência de proteínas do soro do leite no recipiente. - Evaporação água, concentrando outros constituintes. - Reação de Maillard. • Precipitam a 70 °C – prendem-se partículas de gordura (nata) e caseína – película sobrenadante – elevando a superfície por ação de gases dissolvidos no soro. ❖ Características sensoriais ➔ Sabor • Levemente adocicado e suave = depende da relação entre teores de lactose e cloreto de sódio e, de ácido cítrico na forma de citrato. • Ácido = crescimento microbiano. • Salgado = animais portadores de mastite (inflamação do úbere). ➔ Cor • Branca-opaca = reflexão da luz pelos glóbulos de gordura, caseína e fosfato de cálcio. • Amarelada = carotenoides • Ligeiramente esverdeada = concentrações elevadas de riboflavina. • Composição fís-quím, alimentação, quantidade de sangue e pus no leite, deterioração microbiana = alteram a coloração. ➔ Consistência • Varia de macia a áspera = depende do equilíbrio lipídio (mais macia) e proteína. ➔ Aroma • Típico e suave. • Relacionada à concentração de citrato. • Influenciado por: ação microbiana, decomposição química e condições ambientais. ❖ CLASSIFICAÇÃO DO LEITE ❏ Em relação à quantidade de gordura: • Integral - > 3% • Semi-desnatado – 0,6 a 2,9% • Desnatado - < 0,5% ❏ Tratamento térmico: cru, pasteurizado (pasteurizado Tipo A, pasteurizado) e, esterilizado. ➢ Pasteurização: • Emprego do calor visando a destruição total de microrganismos patogênicos não-esporulados e redução da microbiota deteriorante. • Vida útil prolongada por pouco tempo – mínimo de 3 dias (depende da indústria). • Processo mínimo obrigatório no Brasil para todos os leites de consumo. • Processo obrigatório em todo o processo de laticínios. ➔ Pasteurização Lenta • Aquecimento do leite a 62-65°C por 30 minutos. • Pouco utilizada. • Alto consumo de energia, mais demorada. • Pouca alteração do leite. • Viável para volumes pequenos – queijarias artesanais. ➔ Pasteurização rápida ou de curta duração • Aquecimento em fluxo contínuo em trocadores de calor a 72 – 75°C por 15 a 20 segundos. • Processo rápido. • Grandes volumes. • Binômio tempo-temperatura ajustado de acordo com a resistência das bactérias patogênicas não-esporuladas Mycobacterium tuberculosis, Coxiella burnetti e da termoestabilidade da fosfatase alcalina (inativada a 71°C por 15 segundos). -> Processo de pasteurização adequado • Peroxidase (positiva) – inativação a 85°C por 20 segundo – indicada uso de altas temperaturas durante o processo de pasteurização. - Perdas nutricionais (pasteuização) • Perdas de vitaminas termolábeis – ácido ascórbico (25%), tiamina (10%), ácido fólico (10%), biotina (10%). ➢ Esterilização e UHT • Destruição de microrganismos, esporulados ou não, ou pelo menos daqueles que possam proliferar-se no produto final. • Produto microbiologicamente estável – armazenamento a temperatura ambiente por um longo período (três a seis meses em embalagem fechada a temperatura ambiente e, após aberto 3 dias na geladeira). ➔ Esterilização comercial – O produto final não é livre de microrganismos, mas aqueles que sobrevivem ao processo de esterilização são incapazes de multiplicaram-se e, provocar danos ao produto nas condições de armazenamento. ➔ Esterilização convencional – Aquecer o produto embalado a 115°C – 120 °C/ 15 - 20 min. ➔ Esterilização UHT (Ultra High Temperature) – Aquecimento contínuo por injeção de vapor ou equipamentos de placas ou tubulares, que aquecem o leite a 140°C/ 2 a 4 segundos. - Alterações nutricionais e sensoriais (Esterilização e UHT) • Escurecimento não enzimático – Reação de Maillard (sabor decozido, perda de lisina – 6,3 a 13% e 0,6 a 2%). • Desnaturação das proteínas no soro do leite – brancura do leite e sabor sulfuroso logo após o processo térmico (50 – 90%). • Perda de tiamina (retém-se 50 vezes mais no UHT em relação à convencional), B12, B6, ácido fólico e ácido ascórbico (perdas similares à pasteurização). ❖ LEITES INDUSTRIALIZADOS LEITE ESTERILIZADO: longa vida. LEITE DESENGORDURADO: desnatado e semidesnatado. LEITE EVAPORADO: redução a 50% da água (54 - 60ºC), 25% de sólidos totais. LEITE CONDENSADO: redução a 1/3 da água + 40% açúcar. LEITE EM PÓ: redução 100% água (atomização). LEITE MODIFICADO: fórmulas lácteas infantis,para dietas especiais, acréscimos ou redução nutrientes. LEITE HOMOGENEIZADO: homogeneização para romper glóbulos de gordura, dando estabilidade a emulsão, maior digestibilidade e mais suave. LEITE FERMENTADO (ACIDIFICADO): Desnatado, fermentado Streptococcus Lactis (resistem a acidez do estômago - defesa sistema digestório e regulação das funções intestinais). EX: Iogurte, coalhada LEITE COM TEOR DE LACTOSE REDUZIDO – obtido por tratamento do leite por hidrólise química e enzimática. O tratamento com a lactase produz açúcares mais solúveis e de mais rápida absorção. ❖ DERIVADOS DO LEITE ➢ IOGURTE (leite espesso – origem turca) • Definição: produto obtido da fermentação do leite - FERMENTAÇÃO: • Atividade microbiana desejável • Controle dessa atividade aroma, sabor, textura • Importante nutricionalmente: metabolização da lactose • Propriedades probióticas Cultura láctica: Streptococcus thermophillus (Temp. ótima: 45 - 50C pH ótimo = 5,5) e Lactobacillus bulgaricus (Temp. ótima: 37 - 45C pH ótimo = 6,5) ❏ BACTÉRIAS LÁTICAS - Características: • Cocos e bacilos Gram (+). • Só utilizam o substrato de modo fermentativo. • Microaerófilas (usa quandidade reduzida de oxigênio). • Mesofílicas ou termofílicas • Habitat: leite e produtos lácteos, plantas intactas, intestino e mucosas do homem e animais. • Podem ser: - Homofermentativas – fermentação dos CHOs produz 90% ác lático. - Heterofermentativas - 50% ác lático + 30% de etanol ou ácido acético e 17% de CO2. ❏ Objetivos da fermentação láctica: • Formação de gel por diminuição do pH. • Promover sabor ácido, consistência e aroma típicos. -> Classificação de iogurtes de acordo com: 1. % de gordura – integral, semi-desnatado ou desnatado. 2. Produção de gel – tradicional, batido ou líquido. 3. Aroma e sabor – natural, com frutas ou aromatizado. Produção em 11 etapas: 1. Obtenção do leite in natura – boa qualidade físico-química e microbiológica. 2. Adição de sacarose (8 – 10%) – açúcar refinado ou cristal de boa qualidade (esta etapa é opcional). 3. Aquecimento - destruição de patogênicos e competidores 95 °C/1,3 min 90 °C/3 min banho-maria 85 °C/8,3 min 80 °C/30min 4. Resfriamento (42-43 °C) – temperatura adequada para inoculação do fermento. 5. Inoculação láctica (1-2%) – S. thermophilus e L. bulgaricus (1:1) (iogurte natural ou fermento em pó). 6. Incubação (41 a 45 ºC)/fermentação – formação de ácido láctico, do coágulo e de compostos aromáticos (até pH 4,1); 7. Resfriamento (10 °C) – inibição do crescimento de bactérias e interromper a formação de ácido. Uso de circulação de água fria, câmara fria ou refrigerador (pequenas quantidades). 8. Homogeneização – “quebra do coágulo” (uso de agitador de inox). Iogurte tradicional – não sofre homogeneização 9. Adição de sabores e cor (eventual) 10. Embalagem – impermeável aos sabores, corantes, odores do ambiente, resistente à acidez do iogurte, à umidade, a golpes mecânicos e à exposição da luz; 11. Conservação - armazenamento = 2-5°C - Aditivos permitidos : • Edulcorantes, aromatizantes e corantes, acidulantes e espessantes ➢ CREME DE LEITE: • Produto derivado do desnate do leite (centrifugação) - gordura do leite homogeneizada. • Rico em Gordura 30 – 50%. • Fresco – creme de leite pasteurizado, preparações que serão aquecidas sem talhar (garrafinha, parte de laticínios, mantido sob refrigeração, verdadeiro chantilly) • Enlatado – a base no creme de leite mesmo, mas recebe estabilizantes para durar mais e ficar fora da geladeira (ultraprocessado) encorpar e dar consistência cremosa a líquido – não deve ser aquecido em meio ácido (molho de tomate, suco de limão), não forma chantilly. • Enlatado light – versão "leve" do creme de leite, costuma trocar parte do creme de leite por leite desnatado + espessante, para diminuir a quantidade de gordura. Os fabricantes precisam simular as características do creme de leite com aditivos químicos. • Caixinha - mistura de creme de leite e soro de leite em pó, acompanhada de estabilizantes (para aumentar a durabilidade) e espessantes (para dar ao leite em pó uma consistência parecida com a do creme de leite) (ultraprocessados). ➢ MANTEIGA: • Emulsão AO • Batimento contínuo do creme de leite, dessoramento e lavagem, sem incorporação de ar = unir glóbulos de gordura. - O tipo de batimento quebra a emulsão e os glóbulos de gordura ficam livres para unir-se. • Elevada concentração de gordura (81 a 84%). -> Saturada • Sem e com sal • Sabor – ácidos graxos (butírico) ➢ QUEIJOS • Fresco ou maturado • Separação parcial do soro de leite, coagulados por adição de coalho ou ácido, com ou sem agregação de substâncias alimentícias, especiarias, condimentos etc. • Proteínas – 6 a 10% • Cálcio – 4 a 8% ➔ CLASSIFICAÇÃO DOS QUEIJOS ❏ De acordo com o teor de gordura: - Extra Gordo ou Duplo Creme: mínimo de 60%. - Gordos: 45,0 e 59,9%. - Semigordo: 25,0 e 44,9%. - Magros: 10,0 e 24,9%. - Desnatados: menos de 10,0% ❏ De acordo com o teor de água: - Baixa umidade (massa dura): até 35,9%. - Média umidade (massa semidura): 36,0 e 45,9%. - Alta umidade (massa branda ou "macios"): 46,0 e 54,9%. - Muita alta umidade (massa branda ou "mole"): não inferior a 55,0%. ❏ De acordo com o método de cozimento e processamento: • Massa crua: Coalho, Minas frescal, Gorgonzola (sem tratamento) • Massa semi-cozida: Prato, Cheddar (tratamento até 42°C) • Massa cozida: Parmesão, Gruyere (tratamento 50 A 55°C) • Massa filada: Mussarela, Provolone • Massa de coagulação ácida: Cottage, Cream cheese • Massa fundida: Requeijão • Massa de proteínas do soro: Ricota ★ Processo de fabricação: 1. Coagulação 2. Separação soro 3. Prensa e salga 4. Cocção 5. Maturação QUEIJO DE MINAS: frescal e variedades segundo maturação: branco (macio), meia-cura branco, meia-cura amarelo, branco curado (duro) - Uso culinário: sanduíches, massas, pães de queijo, recheios. QUEIJO COALHO: queijo regional, branca de leite integral (macio) ou desnatado (duro). • Média a alta umidade • Massa crua • Teor de gordura - 35,0% e 60,0%. - Uso culinário: porção assada na frigideira ou grelha, feijão verde, cuscuz, sanduíches, pratos salgados QUEIJO RICOTA: o original é feito exclusivamente com soro de leite, mas a legislação brasileira permite o acréscimo de 10 a 20% de leite integral. - Uso culinário: c/ doces e geléias, sanduíches, tortas e massas. QUEIJO MANTEIGA: coagulação com ácidos orgânicos de grau alimentício, dessoragem, lavagem e cocção, com acréscimo exclusivamente de manteiga de garrafa (terra ou sertão) - Uso culinário: pães, cartola, doces. ★ Queijos Maturados - Microrganismos: QUEIJO COTTAGE: queijo branco, com baixo teor de gordura, de origem norte-americana, feito com leite de vaca, textura cremosa e grumosa - lembra a ricota, porém apresenta-se sem forma. - Uso culinário: porção, tortas, sanduíches, massas e saladas. QUEIJO PARMESÃO: adaptação do “Grana”, de origem italiana, pode ser usado fresco ou maturado por 6 meses (ralado), denominado montanhês quando a maturação é de 2 meses. - Uso culinário: massas, molhos, sopas, tortas, saladas QUEIJO GORGONZOLA: origem italiana feito com leite de vaca integral ou semi-desnatado. Na maturação - furado com agulha de cobre para facilitar a penetração do bacilo (Penicilllum gorgonzola – ou glaucum). - Uso culinário: canapés, molhos e pizzas. QUEIJOCAMEMBERT: Região da Normandia (França), é um queijo de pasta mole, feito com leite. semi-desnatado. Inocula-se Penicilllum, que matura adquire cor vermelha, castanha e amarela. - Uso culinário: pães e torradas. QUEIJO ROQUEFORT: tradicionalmente é feito com leite cru de ovelha e envelhecido dentro de velhas cavernas. Inocula-se Penicilium Roqueforti. Uso culinário: acompanhamento, c/torradas, molhos, recheios de massas. QUEIJO MUSSARELA: Também denominado mozzarella pela origem italiana, possui massa semi-cozida, filada, de cor branco-porcelana. - Uso culinário: massas, risotos, sanduíches. QUEIJO PRATO: obtido de massa cozida e maturada. - Uso culinário: pães e torradas. QUEIJO FUNDIDO: originalmente francês, tem consistência suave e cremosa. São proveniente da fusão de queijos defeituosos e podem possuir sabores (azeitona, ervas) - Uso culinário: lanches e refeições rápidas. ➢ REQUEIJÃO • Produto obtido pela fusão da massa coalhada, cozida ou não, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite opcionalmente adicionada de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura de leite. - Uso culinário: pães, preparações, doces, recheios, acompanhamentos, pizzas (PHILIPPI, 2003; ORNELLAS 2006) Uso culinário: pães, preparações c/ breve cocção. ● UTILIZAÇÃO NA TÉCNICA E DIETÉTICA: ★ Leite: • In natura, com frutas. • Meio de cocção para diversas preparações – mingaus, sopas e cremes. • Purês, bolos, molhos, com frutas, com infusões, sorvetes. • Agrega ALTO VALOR NUTRICIONAL ➔ Preparações a base de frutas - Leite batido com fruta: • Coagulação protéica– enzimas frutas – Ex. papaína • Características sensoriais -> Alteradas após certo tempo – modificação textura final e sabor amargo ➔ Em panificação:: • Funções do leite na massa = proporcionar umidade para formação do glúten e gelatinização; enriquecer nutricionalmente; melhorar textura. - Leite em pó • Ideal em locais que não há disponibilidade de armazenamento refrigerado. • Melhorar sabor, viscosidade – pudins, molhos. • Sem prévia reconstituição em água, pode ser necessário um ajuste na receita. - Leite evaporado • Confere cor e sabor característico a cremes, pudins e bolos. • Indicado para substituir o leite condensado em produtos com restrição de açúcar. - Leite homogeneizados • Produtos são mais consistentes devido à maior área de superfície de gorduras expostas. • Características desejáveis no pudim. - Leite condensado • Confere cor, sabor e consistência agradáveis. - Leite concentrado (evaporado e condensado) • Pode ocorrer cristalização parcial da lactose e sua precipitação por falta de água. • Fabricação de doce de leite. ★ Queijos • Queijos: preparo de pratos a base de carne, massas (macarrão, lasanha), patês, sopas, molhos, gratinados, pastelarias, sanduíches ★ Iogurtes: • Preparações frias – Cuidado ao utilizar em cocção. • Acompanhamento de frutas, cereais, bolo, massas, pudim, molhos, pratos a base de carne. ★ Creme de leite: • Utilização: sopas, molhos, pratos de carnes em geral, sobremesas, doces, sorvetes, pavês, bebidas, coberturas, mousses, etc • Altera o valor nutricional de preparações, aumentando o conteúdo lipídico e valor calórico. Sua utilização favorece a aceitação de diversos alimentos, dando sabor e consistência agradáveis. - Creme de leite batido: chantilly Creme de leite fresco batido (incorporação ar). • Alto teor de gordura (mais de 30%); • Alto teor de proteína (2,2 a 2,5g); • Durante o batimento, as bolhas de ar são cercadas por água e gorduras estabilizadas por proteína parcialmente desnaturada. • À medida que bate o creme = desnaturação parcial das proteínas. • Leite e utensílios refrigerados (2 a 7ºC) = melhorar a qualidade dos cremes. ★ Manteiga • Acompanhamento de pães, massas “podres”, bolos. Inapropriada p/ fritura de imersão, porém pode ser usada para dourar, saltear, fazer omeletes (ORNELLAS, 2006). • Bolos e pães acrescidos de manteiga ficam mais macios e esponjosos. • Molho base roux – indicado manteiga pelo alto teor de gordura ★ Dicas criativas e saudáveis na cozinha ➢ Extratos de vegetais - Amêndoa e Aveia - Coco • Iogurte de abacaxi com leite de coco e granola caseira • Estrogonofe: substituição do creme de leite tradicional pelo leite de aveia • Patê de frango: substituição do creme de leite tradicional pelo creme de macaxeira • Smoothie de frutas vermelhas: substituição leite de vaca integral pelo extrato de amêndoas • Bolo prestigio de chocolate: substituição do leite de vaca pelo extrato de soja, e do leite condensado para o leite de coco condensado
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