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CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 1 AULA VINTE E QUATRO: SEGUNDO SIMULADO Olá, amigos! É com grande saudade e também com imensa sensação de dever cumprido que anunciamos – Prof. Sérgio e Prof. Weber – o encerramento do nosso Curso On-line de Raciocínio Lógico! Essa vigésima quarta aula encerra uma verdadeira maratona: de trabalho, para nós autores, e de estudos, para vocês que nos acompanharam nessa jornada! E a palavra “maratona” assume o seu mais lídimo significado. Senão, vejamos, com base nos números desse curso: vinte e quatro aulas; cerca de 570 (quinhentas e setenta) páginas; aproximadamente 350 (trezentas e cinqüenta) questões de provas recentes resolvidas! A todos os muitos alunos que estiveram juntos conosco nesse caminho, o nosso muito obrigado. Pedimos desculpas pelas falhas cometidas, e reiteramos que a intenção nossa foi a de acertar sempre. Enfim, esperamos, de coração, que este curso vire um verdadeiro Manual – de consulta continuada – nas mãos de vocês, nossos alunos, e de quem mais se dispuser a enveredar pelo estudo dessa disciplina tão instigante, que é o Raciocínio Lógico. Eu, Prof. Weber, dedico esse curso a minha filha Beatriz e a minha amada esposa Regina, que são as pessoas mais importantes da minha vida! E eu, Prof. Sérgio, dedico esse curso à Maria Clara, minha princesinha de 1 ano, razão da minha alegria! Mais uma vez obrigado a todos, um forte abraço e fiquem com Deus! Na seqüência, o segundo simulado! SIMULADO 01. Pedro e Paulo estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em uma fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e Paulo podem escolher seus lugares para sentar, de modo que fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, é igual a: a) 80 d) 18 b) 72 e) 56 c) 90 02. Todos os que conhecem João e Maria admiram Maria. Alguns que conhecem Maria não a admiram. Logo: a) todos os que conhecem Maria a admiram; b) ninguém admira Maria; c) Alguns que conhecem Maria não conhecem João; d) quem conhece João admira Maria; e) Só quem conhece João e Maria conhece Maria; 03. Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se ela for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz, ou uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa, não vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda espada". Para manter a promessa feita, o rei: CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 2 a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem a linda espada c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda espada d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão da princesa e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada, nem a mão da princesa 04. Cada um dos cartões abaixo tem de um lado um número e outro uma letra. Joâozinho afirmou que todos os cartões que têm uma vogal numa face têm um número par na outra. Para verificar se tal afirmação é verdadeira: a) é necessário virar todos os cartões. b) é suficiente virar os dois primeiros cartões. c) é suficiente virar os dois últimos cartões. d) é suficiente virar os dois cartões do meio. e) é suficiente virar o primeiro e o último cartão. 05. Quando não vejo Lucia, não passeio ou fico deprimido. Quando chove, não passeio e fico deprimido. Quando não faz calor e passeio, não vejo Lucia. Quando não chove e estou deprimido, não passeio. Hoje, passeio. Portanto, hoje (A) vejo Lucia, e não estou deprimido, e não chove, e faz calor. (B) não vejo Lucia, e estou deprimido, e chove, e faz calor. (C) não vejo Lucia, e estou deprimido, e não chove, e não faz calor. (D) vejo Lucia, e não estou deprimido, e chove, e faz calor. (E) vejo Lucia, e estou deprimido, e não chove, e faz calor. 06. Na Mega-Sena são sorteadas seis dezenas de um conjunto de 60 possíveis (as dezenas sorteáveis são 01, 02, ..., 60). Uma aposta simples (ou aposta mínima), na Mega-Sena, consiste em escolher 6 dezenas. Pedro sonhou que as seis dezenas que serão sorteadas no próximo concurso da Mega-Sena estarão entre as seguintes: 01, 02, 05, 10, 18, 32, 35, 45. O número mínimo de apostas simples para o próximo concurso da Mega-Sena que Pedro deve fazer para ter certeza matemática que será um dos ganhadores caso o seu sonho esteja correto é: a) 8 d) 60 b) 28 e) 84 c) 40 07. Sejam as matrizes − −= −= 35442000 12228002 20053467 23474567 11022383 40011020 BeA A B 2 3 CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 3 e seja xij o elemento genérico de uma matriz X tal que X = St, ou seja, X é a transposta de S. A matriz S é soma das matrizes A e B. Assim, a diferença absoluta entre x21 e x13 é igual a a) 3439 d) 3549 b) 3449 e) 3600 c) 3539 08. Sejam A e B dois eventos independentes tais que P(A)=1/3 e P(B)=1/4. A probabilidade condicional de A dado que (A U B) ocorreu é igual a (A) 4/7 (D) 7/12 (B) 2/3 (E) 1/2 (C) 1/3 09. Em um triângulo ABC, o ângulo interno de vértice A mede 50°. O menor ângulo formado pelas bissetrizes dos ângulos internos de vértices B e C é: a) 65º e) 115º b) 80º d) 100º c) 95 10. A expressão dada por w=–4senz–2 é definida para todo número z real. Assim, o intervalo de variação de w é a) -6 ≤ w ≤ 1 d) -1 ≤ w ≤ 1 b) w ≤ -6 ou w ≥ 2 e) -6 ≤ w ≤ 2 c) -3 < w ≤ 2 CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 4 SOLUÇÃO DO SIMULADO 01. Pedro e Paulo estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em uma fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e Paulo podem escolher seus lugares para sentar, de modo que fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, é igual a: a) 80 d) 18 b) 72 e) 56 c) 90 Sol.: Temos 2 homens (Pedro e Paulo) e 10 cadeiras dispostas em uma fila. E o enunciado afirma que deve haver ao menos uma cadeira vazia entre os dois, isto é o mesmo que dizer que os dois não podem sentar juntos. Encontraremos a resposta da questão, fazendo a subtração entre o número de formas pelas quais os dois sentam nas dez cadeiras, sem qualquer restrição, e o número de formas pelas quais os dois sentam juntos. ? 1º Cálculo) Número de formas pelas quais Pedro e Paulo podem escolher seus lugares, sem nenhuma restrição. Como são duas pessoas para dez cadeiras, então 8 cadeiras ficarão vazias. Para que vocês compreendam melhor a solução da questão, chamaremos Pedro de X e Paulo de Z, e as cadeiras vazias, de v. Passemos ao desenho de uma possível formação dos dois sentados na fila de cadeiras. ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ Para encontrarmos o total de maneiras de Pedro e Paulo se sentarem, devemos executar uma permutação. Como a letra v se repete, então teremos que realizar uma permutação com repetição. Para aplicarmos a fórmula de permutação com repetição, temos que observar as repetições de cada letra: - letra v se repete 8 vezes. - letra X se repete 1 vez. - letra Z se repete 1 vez. Aplicação da fórmula: ? 910 !8 !8910 !1!.1!.8 !101,1,8 10 ×=××==P = 90 formações Passemos ao próximo cálculo. ? 2º Cálculo) Número de formas pelas quais Pedro e Paulo sentam-se juntos.Segue o desenho de uma possível formação da fila com Pedro e Paulo juntos. ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ Já resolvemos várias questões de Análise Combinatória em que havia a exigência que duas ou mais pessoas sentassem juntas. Portanto, já sabemos que temos que usar o artifício de considerar as pessoas juntas como sendo uma única pessoa! Além disso, teremos que trabalhar com duas permutações: v v v v v v v v X Z v v Z v v v v v X v CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 5 1ª Permutação) Para todo o conjunto (atentando para o fato de que X e Z serão considerados um só, digamos XZ); ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ Esta permutação é com repetição, pois a letra v se repete. Tomemos a repetição de cada elemento da fila: - elemento v se repete 8 vezes. - elemento XZ se repete 1 vez. Aplicação da fórmula: ? 9 !8 !89 !1!.8 !91,8 9 =×==P formações 2ª Permutação) Para o conjunto dos elementos inseparáveis (X e Z): Permutando X e Z, teremos: P2 = 2! = 2 formações Esses dois resultados parciais (9 e 2), referentes ao conjunto inteiro e aos elementos inseparáveis, terão que ser agora multiplicados, para chegarmos ao total de formações com Pedro(X) e Paulo(Z) juntos. Teremos: ? 9x2= 18 formações Obtidos os dois resultados (90 e 18), devemos subtraí-los para encontrar o número de diferentes formas pelas quais Pedro e Paulo podem escolher seus lugares para sentar, de modo que fique ao menos uma cadeira vazia entre eles. Resultado final: 90 – 18 = 72 (Resposta: Alternativa B!) 02. Todos os que conhecem João e Maria admiram Maria. Alguns que conhecem Maria não a admiram. Logo: a) todos os que conhecem Maria a admiram; b) ninguém admira Maria; c) Alguns que conhecem Maria não conhecem João; d) quem conhece João admira Maria; e) Só quem conhece João e Maria conhece Maria; Sol.: Com base no enunciado da questão, estabeleceremos os seguintes conjuntos: Conjunto X: conjunto das pessoas que conhecem João e Maria. Conjunto Y: conjunto das pessoas que admiram Maria. Conjunto Z: conjunto das pessoas que conhecem Maria. Ora, todos que conhecem João e Maria é claro que conhecem Maria, portanto o conjunto X está contido no conjunto Z, simbolicamente: X ⊂ Z. As representações simbólicas das frases do enunciado são as seguintes: v v v v v v v XZ v CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 6 ? A frase: Todos os que conhecem João e Maria admiram Maria. Será representada por: Todo X é Y. ? A frase: Alguns que conhecem Maria não a admiram. Será representada por: Algum Z não é Y. Traduzindo para a linguagem dos diagramas, teremos: ? A começar pela primeira: Todos os que conhecem João e Maria admiram Maria (Todo X é Y). ? Agora, completando a resolução, traduziremos a segunda frase: Alguns que conhecem Maria não a admiram (Algum Z não é Y). Lembre-se que X⊂Z! Teremos: Uma vez concluído esse desenho, fica muito fácil confrontá-lo com as opções de resposta! Vejamos as opções, uma a uma. Opção A) todos os que conhecem Maria a admiram. Traduzindo para a linguagem simbólica, teremos Todo Z é Y. Para que isto fosse verdade, seria necessário que o conjunto Z estivesse contido no conjunto Y, mas pelo desenho acima, percebemos que isto não ocorre. Logo, esta opção é falsa! Opção B) ninguém admira Maria. Falsa! Por conta da seguinte frase do enunciado: “Todos os que conhecem João e Maria admiram Maria”. X Y X Y Z CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 7 Opção C) alguns que conhecem Maria não conhecem João. Segundo o enunciado, é verdade que algumas pessoas que conhecem Maria não a admiram. Para que não haja contradição, estas mesmas pessoas não devem conhecer João, pois, de acordo com o enunciado, as pessoas que conhecem João e Maria admiram Maria. Alternativa correta! Ainda testaremos as alternativas D e E! Opção D) quem conhece João admira Maria. Falsa! O enunciado afirma somente que as pessoas que conhecem João e Maria admiram Maria, mas não fornece mais detalhes sobre o conjunto das pessoas que conhecem João. Portanto, não podemos necessariamente afirmar que: quem conhece João admira Maria. Opção E) só quem conhece João e Maria conhece Maria Falsa! Pois pode haver outras pessoas que conhecem Maria! Resposta: Alternativa C! 03. Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se ela for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz, ou uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa, não vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda espada". Para manter a promessa feita, o rei: a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem a linda espada c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda espada d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão da princesa e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada, nem a mão da princesa Sol.: A frase que o jovem sábio disse ao rei é a seguinte: Vossa Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda espada. O enunciado não informa, expressamente, se a frase do jovem é verdadeira ou falsa. Vejamos abaixo o que acontece em ambos os casos. 1º caso) A frase do jovem sábio é falsa! Se a frase: Vossa Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda espada, é falsa, então a sua negação é verdadeira. Não é verdade!? Antes de passarmos à negação, vamos encontrar uma forma equivalente para a frase do jovem sábio. A forma equivalente é a seguinte: Vossa Majestade não dará o cavalo veloz e não dará a linda espada. A frase acima é uma proposição composta formada por dois termos interligados pelo conectivo E. Logo, a negação será procedida da seguinte forma: 1º) Nega-se o primeiro termo da proposição composta; 2º) Troca-se o conectivo E pelo conectivo OU; 3º) Nega-se o segundo termo da proposição composta. CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 8 Procedendo desta forma, teremos que a negação da frase do jovem sábio é a seguinte: Vossa Majestade dará o cavalo veloz ou dará a linda espada. Esta frase é verdadeira, isso significa que o rei dará alguma coisa (o cavalo ou a espada). O que o rei disse se a frase do jovem sábio fosse falsa? Ele disse: não vos darei nada! Observe que houve uma contradição! Ao considerar a frase do jovem como falsa, concluímos que o rei teria que dar o cavalo ou a espada, mas o rei disse que não dará nada. Portanto, a frase do jovem sábio não pode ser falsa! Agora, consideraremos ela como verdadeira. 2º caso) A frase do jovem sábio é verdadeira! Considerando que a frase do jovem sábio é verdadeira, então o rei não dará o cavalo veloz e não dará a linda espada. O que o rei prometeu dar se a frase fosse verdadeira? O rei prometeu dar ou um cavalo veloz, ou dar uma linda espada, ou dar a mão da princesa. Observe que o rei usou o OU exclusivo, isso significa que ele dará somente uma coisa. Afinal, o que o rei dará ao jovem sábio? Para cumprir a promessa o rei tem que dar a mão da princesa, já que, segundo o jovem sábio que diz a verdade, o rei não vai dar nem o cavalo e nema espada. Não houve nenhuma contradição ao considerar a frase do jovem sábio como verdadeira. Logo, a resposta desta questão é a alternativa B. 04. Cada um dos cartões abaixo tem de um lado um número e outro uma letra. Joâozinho afirmou que todos os cartões que têm uma vogal numa face têm um número par na outra. Para verificar se tal afirmação é verdadeira: a) é necessário virar todos os cartões. b) é suficiente virar os dois primeiros cartões. c) é suficiente virar os dois últimos cartões. d) é suficiente virar os dois cartões do meio. e) é suficiente virar o primeiro e o último cartão. Sol.: A afirmação a qual devemos verificar a sua veracidade é a seguinte: “Todos os cartões que têm uma vogal numa face têm um número par na outra”. Isto é o mesmo que dizer que: “Se o cartão tem uma vogal numa face, então na outra face tem um número par”. Em que situação a afirmação de Joãozinho será considerada falsa? Resposta: somente quando em uma das faces for uma vogal e na outra face não for um número par. A B 2 3 CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 9 Esta informação é muito importante e a usaremos para encontrar a solução da questão. Passemos à análise de cada cartão. 1) É necessário virar este cartão para verificar se a afirmação de Joãozinho é verdadeira ou falsa? Numa face temos a vogal A. Se na outra face tivermos um número par, então não podemos dizer que a afirmação de Joãozinho é falsa, mas se não for um número par, então a afirmação é falsa. Portanto, é necessário virar este cartão! 2) É necessário virar este cartão para verificar se a afirmação de Joãozinho é verdadeira ou falsa? Numa face temos a consoante B, então, segundo o enunciado, na outra face deve haver um número. Desta forma, não é necessário virar esse cartão, pois só podemos dizer que a afirmação de Joãozinho é falsa quando em uma das faces tivermos uma vogal e na outra face não houver um número par. 3) É necessário virar este cartão para verificar se a afirmação de Joãozinho é verdadeira ou falsa? Numa face temos o número par 2. A outra face deve conter uma letra, que poderá ser uma vogal ou uma consoante. Sendo uma consoante ou sendo uma vogal, não podemos dizer que a afirmação de Joãozinho é falsa! Portanto, não é necessário virar o cartão. 4) É necessário virar este cartão para verificar se a afirmação de Joãozinho é verdadeira ou falsa? Numa face temos o número ímpar 3. A outra face deve conter uma letra, que poderá ser uma vogal ou uma consoante. Sendo uma consoante, não podemos dizer que a afirmação de Joãozinho é falsa, mas se for uma vogal, aí diremos que a afirmação de Joãozinho é falsa! Portanto, é necessário virar este cartão! Concluímos que é suficiente virar o primeiro e o último cartão para verificar se a afirmação de Joãozinho é verdadeira. (Resposta: Alternativa E) 05. Quando não vejo Lucia, não passeio ou fico deprimido. Quando chove, não passeio e fico deprimido. Quando não faz calor e passeio, não vejo Lucia. Quando não chove e estou deprimido, não passeio. Hoje, passeio. Portanto, hoje (A) vejo Lucia, e não estou deprimido, e não chove, e faz calor. (B) não vejo Lucia, e estou deprimido, e chove, e faz calor. (C) não vejo Lucia, e estou deprimido, e não chove, e não faz calor. (D) vejo Lucia, e não estou deprimido, e chove, e faz calor. (E) vejo Lucia, e estou deprimido, e não chove, e faz calor. Sol.: A B 2 3 CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 10 Esta questão se enquadra no assunto de Estruturas Lógicas. De acordo com o procedimento de solução feito para este tipo de questão, dividiremos nossa resolução em dois passos. Antes disso, convém traduzirmos as proposições simples do enunciado para a linguagem simbólica. Teremos: L: vejo Lucia. P: passeio. D: deprimido. C: chove. O: faz calor. Uma vez definidas tais proposições simples, as sentenças (ou premissas) do enunciado estarão assim traduzidas: P1: ~L ? (~P ou D) P2: C ? (~P e D) P3: (~O e P) ? ~L P4: (~C e D) ? ~P P5: P Passemos aos passos efetivos de resolução. 1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e descobriremos, mediante a aplicação das tabelas-verdade, o valor lógico de cada uma das proposições simples. Teremos: a) Iniciaremos pela 5ª premissa, uma vez que é uma proposição simples! P1. ~L ? (~P ou D) P2. C ? (~P e D) P3. (~O e P) ? ~L P4. (~C e D) ? ~P P5. P ⇒ P é verdade Resultado: O valor lógico de P é V. b) Substitua P por V (e ~P por F). P1. ~L ? (F ou D) P2. C ? (F e D) ⇒ O segundo termo desta condicional é falso, pois temos uma conjunção com um de seus termos falso. Para que esta condicional seja verdadeira, é preciso que a proposição C seja falsa. Logo: C é Falso! P3. (~O e V) ? ~L P4. (~C e D) ? F P5. V Resultado: O valor lógico de C é F. c) Substitua C por F (e ~C por V): P1. ~L ? (F ou D) P2. F ? F P3. (~O e V) ? ~L P4. (V e D) ? F ⇒ O primeiro termo desta condicional é a conjunção (V e D), que resulta na proposição D. A condicional fica, então, sendo D ? F. Para que esta condicional seja verdadeira, é preciso que a proposição D seja falsa. Logo: D é Falso! P5. V CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 11 Resultado: O valor lógico de D é F. d) Substitua D por F: P1. ~L ? (F ou F) ⇒ Para que esta condicional seja verdadeira, é preciso que a proposição ~L seja falsa. Logo: L é Verdade! P2. F ? F P3. (~O e V) ? ~L P4. F ? F P5. V Resultado: O valor lógico de L é V. e) Substitua L por V (e ~L por F): P1. F ? F P2. F ? F P3. (~O e V) ? F ⇒ O primeiro termo desta condicional é a conjunção (~O e V), que resulta na proposição ~O. A condicional fica, então, sendo ~O ? F. Para que esta condicional seja verdadeira, é preciso que a proposição ~O seja falsa. Logo: O é Verdade! P4. F ? F P5. V Resultado: O valor lógico de O é V. ? Compilando os resultados obtidos acima, teremos: P é V ⇒ É verdade que passeio. L é V ⇒ É verdade que vejo Lucia. O é V ⇒ É verdade que faz calor. C é F ⇒ ~C é V ⇒ É verdade que não chove. D é F ⇒ ~D é V ⇒ É verdade que não estou deprimido. 2º PASSO: De posse das verdades obtidas acima, analisaremos as opções de resposta. Como todas as alternativas são conjunções, então fica fácil de perceber que a alternativa correta é a A. 06. Na Mega-Sena são sorteadas seis dezenas de um conjunto de 60 possíveis (as dezenas sorteáveis são 01, 02, ..., 60). Uma aposta simples (ou aposta mínima), na Mega-Sena, consiste em escolher 6 dezenas. Pedro sonhou que as seis dezenas que serão sorteadas no próximo concurso da Mega-Sena estarão entre as seguintes: 01, 02, 05, 10, 18, 32, 35, 45. O número mínimo de apostas simples para o próximo concurso da Mega-Sena que Pedro deve fazer para ter certeza matemática que será um dos ganhadores caso o seu sonho esteja correto é: a) 8 b) 28 c) 40 d) 60 e) 84 CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 12 Sol.: Segundo o enunciado, devemos considerar que o sonho de Pedro está correto, daí os seis números sorteados no próximo concurso da Mega-Sena estão entre os oito números revelados no seu sonho: 01, 02, 05, 10, 18, 32, 35, 45 O número de cartões,com seis dezenas que podemos formar com os oito números do sonho de Pedro, é dado pela seguinte combinação: C8,6 = 8! __ = 8 . 7 = 28 apostas simples 6! (8-6)! 2 (Resposta: Alternativa B) 07. Sejam as matrizes − −= −= 35442000 12228002 20053467 23474567 11022383 40011020 BeA e seja xij o elemento genérico de uma matriz X tal que X = St, ou seja, X é a transposta de S. A matriz S é soma das matrizes A e B. Assim, a diferença absoluta entre x21 e x13 é igual a a) 3439 b) 3449 c) 3539 d) 3549 e) 3600 Sol.: Podemos resolver esta questão efetuando a soma das matrizes A e B, e depois encontrando a transposta da matriz soma resultante, para, então, obter x21 e x13. Porém, resolveremos esta questão de uma outra forma, diria de forma mais inteligente. Vamos a ela! As matrizes A e B têm três linhas e duas colunas, logo a ordem delas é 3x2. A matriz S tem a mesma ordem 3x2, pois a matriz S é a soma das matrizes A e B. A matriz X é a transposta de S, portanto a matriz X tem ordem 2x3, ou seja, duas linhas e três colunas. E a relação entre os elementos das matrizes S e X é a seguinte: x11 = s11 x12 = s21 x13 = s31 x21 = s12 x22 = s22 x23 = s32 x31 = s13 x32 = s23 x33 = s33 Estamos interessados somente em x21 e x13 , e como podemos ver acima, eles são iguais a s12 e s31, respectivamente. Passaremos ao cálculo de s12 e s31: ? Cálculo de s12 Como bem sabemos, a matriz S é a soma das matrizes A e B, logo teremos: s12 = a12 + b12 Da matriz A encontramos que: a12 = 4001 Da matriz B encontramos que: b12 = 2005 CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 13 De posse desses resultados, vamos chegar agora ao seguinte: s12 = 4001 + 2005 = 6006 Daí: x21 = s12 = 6006 ? Cálculo de s31 A matriz S é a soma das matrizes A e B, logo teremos: s31 = a31 + b31 Da matriz A encontramos que: a31 = 4567 Da matriz B encontramos que: b31 = -2000 De posse desses resultados, vamos chegar agora ao seguinte: s31 = 4567 + (-2000) = 2567 Daí: x13 = s31 = 2567 O que nos pede, finalmente, a questão? Pede para encontrarmos a diferença absoluta entre x21 e x13 . Teremos, pois, que: ? X21 – X13 = 6006 – 2567 = 3439 ? (Resposta: alternativa A) 08. Sejam A e B dois eventos independentes tais que P(A)=1/3 e P(B)=1/4. A probabilidade condicional de A dado que (A U B) ocorreu é igual a (A) 4/7 (D) 7/12 (B) 2/3 (E) 1/2 (C) 1/3 Sol: A probabilidade condicional solicitada na questão é a seguinte: ?)|( =∪ BAAP Já vimos que a fórmula da probabilidade condicional é dada por: )( )()|( YP YXPYXP ∩= Aplicando a fórmula, teremos: )( ))(()|( BAP BAAPBAAP ∪ ∪∩=∪ Agora, vamos calcular as probabilidades que aparecem no numerador e no denominador da expressão acima. ? Nós temos a seguinte equivalência que é facilmente provada desenhando-se os dois conjuntos A e B: CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 14 )( BAA ∪∩ é equivalente a A Daí, 3 1)())(( ==∪∩ APBAAP ? A regra do “ou” é dada pela fórmula seguinte: )()()()( BAPBPAPBAP ∩−+=∪ Como A e B são eventos independentes, a fórmula acima pode ser escrita como: )()()()()( BPAPBPAPBAP ×−+=∪ Usando as probabilidades fornecidas na questão, teremos: 2 1 12 6 4 1 3 1 4 1 3 1)()()()()( ==×−+=×−+=∪ BPAPBPAPBAP Colocando estes resultados na expressão da probabilidade condicional, teremos: 3 2 2 1 3 1 )|( ==∪ BAAP ? (Resposta: alternativa B) 09. Em um triângulo ABC, o ângulo interno de vértice A mede 50°. O menor ângulo formado pelas bissetrizes dos ângulos internos de vértices B e C é: a) 65º c) 95 e) 115º b) 80º d) 100º Sol.: O enunciado apenas diz que o ângulo A do triângulo ABC mede 50º, sem especificar a forma do triângulo, então podemos simplificar a solução da questão considerando que o triângulo é isósceles. Teremos o seguinte: 50º 65º65º B C A CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 15 Construiremos agora as bissetrizes internas dos ângulos B e C, e calcularemos os ângulos envolvidos na figura. Temos dois ângulos entre as bissetrizes internas: o ângulo α e ângulo β. A questão solicita o menor desses ângulos. A soma dos ângulos do triângulo BPC deve ser igual a 180º, daí achamos o valor de α: α + 32,5º + 32,5º = 180º Resolvendo, vem: α = 115º E o valor de β? Observe na figura que α e β são ângulos suplementares, ou seja, a soma deles é igual a 180º. Teremos: α + β = 180º Já encontramos que α=115º. Substituiremos este valor na equação acima: 115º + β = 180º Daí: β = 180º - 115º E, finalmente: β = 65º O ângulo β é menor do que α, daí a resposta é: β = 65º (Resposta: alternativa A) 10. A expressão dada por w=–4senz–2 é definida para todo número z real. Assim, o intervalo de variação de w é a) -6 ≤ w ≤ 1 d) -1 ≤ w ≤ 1 b) w ≤ -6 ou w ≥ 2 e) -6 ≤ w ≤ 2 c) -3 < w ≤ 2 Sol.: A expressão fornecida no enunciado envolve a função seno. Assim, encontraremos o intervalo de variação de w, a partir do intervalo de variação da função seno. Da função seno, sabemos que o seu intervalo de variação é: [-1, 1], ou seja, o valor máximo é 1, e o valor mínimo é -1. E podemos escrever que: sen z ≥ -1 e sen z ≤ 1 50º 32,5º A B C32,5º 32,5º 32,5º α βP CURSO ONLINE – RACIOCÍNIO LÓGICO www.pontodosconcursos.com.br - Prof. Sérgio Carvalho & Prof. Weber Campos 16 A partir da expressão sen z ≥ -1, obteremos uma expressão de variação de w. Temos que sen z ≥ -1 , se multiplicarmos por -4 ambos os lados, obteremos: -4.sen z ≤ -4.(-1) Observe que o sinal inverteu, era um sinal de “maior” e passou para um sinal de “menor”, isso ocorreu porque multiplicamos por um valor negativo (-4). Continuando, teremos: -4sen z ≤ 4 Se subtrairmos por 2 ambos os lados da expressão acima, teremos: -4sen z – 2 ≤ 4 – 2 Daí: -4sen z–2 ≤ 2 E como w=-4sen z–2, então encontramos que w ≤ 2. Agora, a partir da expressão sen z ≤ 1, obteremos uma outra expressão de variação de w. Temos que sen z ≤ 1, se multiplicarmos por -4 ambos os lados, obteremos: -4.sen z ≥ -4.1 Novamente, invertemos o sinal, agora de menor para maior, porque multiplicamos por um valor negativo (-4). Continuando, teremos: -4sen z ≥ -4 Se subtrairmos por 2 ambos os lados da expressão acima, teremos: -4sen z – 2 ≥ -4 – 2 Daí: -4sen z–2 ≥ -6 E como w=-4sen z–2, então encontramos que w ≥ -6. Dos resultados obtidos: w ≥ -6 e w ≤ 2, encontramos o intervalo de variação de w: -6 ≤ w ≤ 2 (Resposta: alternativa E)
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