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Pedido aula 7

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Pedido: O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido é divido em dois:
· Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional.
· Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
Os juros legais compreendidos no principal já estavam previstos no código de 73. O legislador de 2015 acrescentou a correção monetária e as verbas de sucumbências, inclusive honorários advocatícios.
A correção monetária envolve mera reposição do valor intrínseco da moeda. Considerando o período do vencimento e o efetivo pagamento.
A verba sucumbêncial decorre da norma. Como regra os honorários pertencem ao advogado.
O juiz ao sentenciar deixará claro que o réu deverá pagar a dívida devidamente corrigida de juros e fixará os honorários de sucumbência. Se não constar a condenação, está compreendido, ou seja, se não tiver expresso, está imbutido.
Na hora do cumprimento da sentença, o vencedor irá incluir no cálculo, os juros, as despesas que teve e deve deixar expresso quanto serão os honorários de sucumbência. Em regra o juiz deixará tudo claro. Caso não deixar, caberá ED para o juiz fixar os honorários de sucumbência.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
O CPC/2015 teve a observância de destacar os princípios processuais. Ou seja, o pedido deve ser formulado com lealdade, apreciado a luz da conduta ética. Quando no parágrafo supra é dito “conjunto de postulação”, o legislador teve uma preocupação de evitar a discussão acerca do pedido determinado ou não.
O conjunto de postulação envolve não só o que é extraído do corpo da petição mas pedidos que eventualmente se contradizem, ou seja, se ele foi dúbio (for controverso), deverá ter uma interpretação do que realmente foi pedido.
O pedido implícito é exceção a regra, visto que a regra é o pedido certo. Temos entretanto, normas do Art. 323 que admitem o pedido implícito.
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido (SERÃO CONSIDERADAS IMPLICITAMENTE), independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
O pedido precisa ser certo e determinado. O autor tem que declarar na P. I qual é o pedido mediato que ele formula expressamente, e qual o pedido imediato, ou seja, qual é o provimento que ele quer alcançar para obter o bem da vida. O pedido certo abrange tanto o pedido mediato quanto o imediato.
Dizer que o pedido precisa ser determinado é delimitar a sua quantidade e qualidade. É preciso dizer claramente o que se quer alcançar no que se refere à qualidade e quantidade, para que o pedido não seja genérico e o juiz consiga compreender o limite da sua decisão, além da garantia do contraditório do réu. Com esse princípio, o réu consegue saber o que ele precisa impugnar.

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