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DOENÇA DE PARKINSON

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CAIO CORSO
GABRIEL GUTH
KATIANE DOS SANTOS
DOENÇA DE PARKINSON
	Trabalho apresentado à disciplina de Neuroanatomia, do 3º módulo do curso de Fisioterapia da Faculdade Dom Bosco.
	Professor: CRISTIANE GONCALVES RIBAS
 
CURITIBA
2017
INTRODUÇÃO
 	A doença de Parkinson se desenvolve no sistema nervoso central sendo assim uma doença neurodegenerativa. É caracterizada pela destruição dos neurônios da substância negra, o que ocasiona a diminuição da produção de dopamina, com destruição da via nigroestriatal e subseqüente perda da dopamina estriatal (MENESES; TIEVE, 2003). Essa degeneração do sistema nervoso central leva à falência dos dispositivos neuronais, que, além de serem incapazes de se renovar, são particularmente sensíveis ao envelhecimento. Com a senescência, reduz-se, fisiologicamente, o número de neurônios.
 Em seu decorrer, apresenta 6 estágios que auxilia no processo de diagnóstico, facilitando as 3 principais características que são tremor, rigidez e bradicinesia. Com isso, seu tratamento ocorre de maneira eficaz, dando uma melhor qualidade de vida para quem a possui.
O QUE É?
A doença de Parkison foi descrita em 1817 por James Parkson, em sua monografia intitulada “An Essay on the Shaking Palsy” e é caracterizada pelo inicio assimétrico da tríade: tremor, rigidez e bradicinesia. Também são frequentes os distúrbios do sono e da articulação da fala. A maior parte dos pacientes não apresenta declínio intelectual mantendo preservados as capacidades de raciocínio, percepção e julgamento. 
Além da perda de substância negra, ocorre ainda a perda das células do núcleo pedúnculo-pontino, combinada com a inibição aumentada do próprio núcleo pendúculo-pontino, desinibe as vias reticulo-espinhal e vestíbulo espinhal, produzindo uma contração execessiva dos músculos posturais, estando estes relacionados aos déficitis colinérgicos.
ESTÁGIOS DA DOENÇA 
Quanto as áreas cerebrais acometidas foram subdivididas em 6 estágios conforme o comprometimento, no estágio 1 ocorre o comprometimento do núcleo motor dorsal dos nervos glossofaríngeo e vago, além da zona reticular intermediária e do núcleo olfatório anterior, constituído assim um processo neurodegenerativo quase totalmente localizado nas fibras dopaminérgicas que inervam o putâmen dorso-lateral.
Porém, no estágio 2 existe o comprometimento adicional dos núcleos, núcleo reticular gigantocelular e do complexo do lócus cerúlelos. No estágio 3, observa-se o acometimento da parte compacta da substãncia negra do mesencéfalo. Já nos estágios 4 e 5 há comprometimentos das regiões prosencefálicas, do mesocórtex temporal e de áreas de associação do neocórtex e neocórtex pré-frontal, respectivamente. No estágio 6, ocorre o comprometimento de áreas de associação do neocórtex, áreas pré-motoras e área motora primária.
Com a evolução da doença, complicações secundárias decorrentes dos sinais e sintomas determinam o comprometimento mental/emocional, social e econômico o que se revela extremamente incapacitante para o individuo. 
Sua etiologia é desconhecida, porém costuma-se classificar a doença de Parkinson entre as afecções degenerativa do sistema nervoso central, que levam ao envelhecimento precoce e a degeneração de certas estruturas. Admiti-se a existência de predisposição hereditária, apesar de casos familiares não serem muito freqüentes, somando apenas 10%.
A maior parte dos pacientes com doença de Parkinson apresenta uma inadequada interação dos sistemas responsáveis pelo equilíbrio corporal; sistemas vestibulares, visuais e proprioceptivo, em conseqüência desta alteração esses pacientes tendem a deslocar seu centro de gravidade para frente, sendo incapazes de realizar movimentos compensatórios para readquirir equilíbrio e, assim, caem facilmente.
É caracterizada pela destruição dos neurônios da substância negra, o que ocasiona a diminuição da produção de dopamina, com destruição da via nigroestriatal e subseqüente perda da dopamina estriatal (MENESES; TIEVE, 2003). Essa degeneração do sistema nervoso central leva à falência dos dispositivos neuronais, que, além de serem incapazes de se renovar, são particularmente sensíveis ao envelhecimento. Com a senescência, reduz-se, fisiologicamente, o número de neurônios.
EPIDEMIOLOGIA 
- Mais comum em homens
- Aumenta com a idade
- Aumento do risco para aqueles com resistência rurais ou exposição a herbicidas e pesticidas.
- Risco diminuído em fumantes 
- 10% - 15% dos pacientes já têm/teve algum familiar com a doença. 
SINTOMAS
Bradicinesia: tipicamente, é a instalação e durante o curso inicial da doença. A bradicinesia leva lentidão dos movimentos finos. Os pacientes revelam a alteração na velocidade de fazer atividade diária, como: vestir e comer. As envidencia podem ser percebidas com a marcha do paciente, que fica mais devagar braços oscila menos, postura se torna mais curvada. 
Tremor: ocorre o tremor em 70% dos pacientes, tipicamente o tremor começa no membro superior com envolvimento nos membros inferiores após dois anos. Ocasionalmente os tremores aparecem na mandíbula, lábios e língua.
Rigidez: sendo o principal sintoma da doença, os pacientes se queixam de rigidez ou dor.
Sintomas autonômicos: ocorre urgência urinaria e constipação. 
SINAIS 
Bradicinesia: pode-se suspeitar logo em que o paciente entra no consultório e durante a anamnésia. O paciente tende a permanecer parado e impassível. Pode-se avaliar pedindo para que o paciente realize o movimento de “alisar” a mão oposta, o paciente ao realizar este movimento existe um atraso com diminuição da velocidade e seu alcance. 
Tremor: um tremor em repouso ocorre aproximadamente em 3-4 Hz. A flexão e extensão dos dedos com um movimento de antebraço em pronação-supinação é comum. O tremor pode ser inibido por breves instantes por um movimento definido. 
Rigidez: produz um aumento do tônus muscular em toda extensão do movimento articular. A rigidez pode ser melhor avaliada no pescoço e nos pulsos.
Reflexos posturais: a postura se torna curvada e os pacientes apresentam dificuldade crescente em manter a postura quando empurrados subitamente.
Marcha: o tamanho da passada diminui. O braço mais afetado oscila menos, e casos mais avançados o paciente congela ao iniciar a marcha. 
Sinais oculares: frequência reduzida de pestanejamento, com alteração de convergência e do olhar para o alto.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS 
Demência: a demência é mais provável em pacientes mais idosos onde a doença já esta mais avançada. Distúrbios da função do lobo frontal são comuns, com lentificação do pensamento, apatia e inanição. 
TRATAMENTO DE PARKINSON
Devido à complexidade da doença de Parkinson, o seu tratamento deve ser individualizado e mudar ao longo do tempo. Também exige uma abordagem interdisciplinar que pode incluir diferentes profissionais, como: especialista em desordem de movimento, prestador de cuidados de saúde primários, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.
O tratamento é baseado em uma série de fatores, incluindo sintomas atuais, idade, perfil de efeitos colaterais e atividade diária do paciente. Ele visa aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença de Parkinson, pois ainda não há cura.
Embora não exista nenhum tratamento que possa impedir a progressão da doença, os sintomas podem ser bem controlados. Várias classes de medicamentos estão disponíveis. Carbidopa / levodopa é ainda o tratamento sintomático mais eficaz e pode ser utilizado em combinação com outras classes de medicamentos, incluindo agonistas da dopamina, inibidores de COMT, inibidores da enzima MAO-B, agentes anticolinérgicos e amantadina.
A atividade física é fundamental. Os pacientes devem consultar um fisioterapeuta familiarizado com Parkinson e o seu programa
físico deve incluir exercícios cardiorrespiratórios, de resistência, de flexibilidade, além de marcha e treinamento de equilíbrio.
A dieta deve ser saudável e incluir frutas, vegetais, carnes, cereais e massas em quantidades equilibradas. Se o paciente se sentir triste ou deprimido, deve comunicar ao seu médico, pois ele poderá medicá-lo adequadamente ou encaminhá-lo a um profissional da área.
Mas o tratamento não é completo sem o apoio da família. Ela tem um papel fundamental na vida do paciente com doença de Parkinson no sentido de sempre apoiá-lo e ampará-lo nos momentos difíceis e também estimulá-lo para que participe de atividades sociais.
TRATAMENTO GRATUITO
O Ministério da Saúde, por meio de suas políticas de saúde, disponibiliza medicamentos para a doença de Parkinson no Sistema Único de Saúde (SUS). Estes medicamentos estão divididos em dois grupos. O primeiro grupo é de medicamentos disponibilizados pelas Farmácias de Alto Custo das Secretarias Estaduais de Saúde. 
São eles:
Amantadina 100mg;
Bromocriptina 2,5mg e 5mg;
Cabergolina 0,5mg;
Entacapona 200mg;
Pramipexol 0,125mg, 0,25mg e 1mg;
Selegilina 5mg e 10mg;
Tolcapona 100mg.
O segundo grupo de medicamentos é disponibilizado em postos municipais de saúde. São eles:
Biperideno2 mg
Biperideno4 mg
Levodopa + benserazida 200/50 mg
Levodopa + benserazida 100/25 mg
Levodopa + carbidopa 250/25 mg
Levodopa + carbidopa 200/50 mg
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA DOENÇA DE PARKINSON
A deficiência de vários neurotransmissores, em especial a dopamina, provoca alterações funcionais em estruturas localizadas profundamente no cérebro que estão envolvidas no controle dos movimentos. Enquanto algumas regiões ficam hiperativas, outras se tornam excessivamente inibidas. As tentativas iniciais de tratamento da doença de Parkinson consistiam em fazer microlesões nas regiões hiperativas para provocar melhora nos sintomas.
Com os aparelhos estereotácticos, o tratamento cirúrgico teve um grande avanço em comparação às cirurgias realizadas com os primeiros equipamentos da década de 1940. Esses aparelhos passaram a permitir a localização milimétrica de qualquer região do cérebro e diminuíram os efeitos adversos e complicações relacionadas à cirurgia. Hoje em dia, eles têm interface com computadores dentro da sala cirúrgica.
Porém, na década de 1970, com a introdução do medicamento levodopa, houve redução da indicação de tratamento cirúrgico para a doença de Parkinson, pois se pensou que a cura tinha sido descoberta. Foi somente após alguns anos, com o surgimento das flutuações motoras decorrentes do uso em longo prazo de medicações antiparkinsonianas, que a terapia neurocirúrgica entrou em evidência novamente.
ESTEREOTAXIA
Consiste em lesões no núcleo pálido interno (palidotomia) ou do tálamo ventrolateral (talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a lentidão de movimentos responde melhor aos medicamentos. Essas lesões podem diminuir a rigidez e abolir o tremor. Todavia, nenhuma delas representa a cura da doença e são irreversíveis. O médico dirá se um paciente pode ou não se beneficiar do tratamento.
ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA
Por restabelecer a função dos sistemas neurais, a cirurgia funcional é uma das especialidades que mais cresce na neurologia, pois ela repercute diretamente na melhora da função global do paciente em conjunto com os medicamentos e as reabilitações. Entretanto, o tratamento cirúrgico para a doença de Parkinson deve ser analisado caso a caso pelo especialista quando os medicamentos falharem em controlar os sintomas.
Nem todos os pacientes podem se submeter ao procedimento cirúrgico, pois existem várias restrições, inclusive em relação a outras condições de saúde que ele possa ter. Além disso, qualquer cirurgia envolve riscos, que só um especialista pode avaliar frente ao quadro da doença do paciente e suas condições específicas. É importante ter em mente que a cirurgia não é uma cura e não dispensa o uso de medicamentos e outras terapias e cuidados.
FISIOTERAPIA CONVENCIONAL 
Segundo a Associação Brasil Parkinson, a Fisioterapia visa uma reeducação e manutenção da atividade física, permitindo que o tratamento tenha uma melhor eficácia e consequentemente uma melhora psicológica do paciente com a Doença de Parkinson
A Fisioterapia voltada para a Doença de Parkinson tem como objetivo equilíbrio, autoestima e mais segurança durante a caminhada; melhora significativa no alinhamento biomecânico da postura, alongamento a musculatura dos flexores, abdutores e rotadores externos dos ombros, extensores de coluna vertebral quadril. 
A reabilitação compreende em exercícios motores, treino de marcha (sem e com estímulos externos) treino das atividades diárias, terapia de relaxamento e exercícios respiratórios. Outra meta é educar o paciente e a família sobre os benefícios da terapia através dos exercícios. Os estímulos facilitam os movimentos, o início da marcha e continuação da marcha, o aumento do tamanho dos passos e a redução da frequência e intensidade dos congelamentos. 
Quanto á idade ou estágio ideal para começar um programa de fisioterapia para pacientes de DP, recomendam que nos estágios inicias da doença o treinamento de atividades melhora o desempenho e o aprendizado
Programas de tratamento preventivo ou reabilitador, não apenas motor, mas incluindo treinamentos ventilatórios são importantes para o tratamento de pacientes com Doença de Parkinson, uma vez que favorece a mobilização tóraco-abdominal, aumenta a amplitude torácica e aumenta a força muscular contribuindo para a melhora da capacidade funcional, trazendo maior independência e qualidade de vida a estes pacientes. 
CONCLUSÃO 
Conclui-se que a doença de Parkinson, é uma doença neurodegenerativa que ocorre no sistema nervoso central, se dividindo em 6 estágios primordiais, guiando assim uma avaliação e diagnostico mais preciso ao decorrer de sua evolução. A doença de Parkinson é acometida mais em homens com uma idade mais elevada. É constituída por alguns sinais e sintomas mais marcantes, como: tremor, rigidez e bradicinesia. Sendo a rigidez o sintoma principal da doença.
O grande artifício da medicina hoje em dia para combater o Parkinson consiste em remédios e cirurgias, além da fisioterapia, a terapia ocupacional, e a terapia da fala, entre outros profissionais, pois através da atuação de uma equipe multidisciplinar é possível proporcionar ao paciente uma boa qualidade de vida, funcionalidade e autoestima.
REFERÊNCIAS
American Disease Parkinson Association: ,http://www.apdaparkinson.org/basic-info-about-pd/treatment/, Acessado em 15 de Maio de 2017.
Mayo Clinic: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/basics/treatment/con-20028488, em 15 de Maio de 2017
Associação Brasil Parkinson: http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html, em 15 de Maio de 2017.
Hospital Sírio Libanês: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-dor-disturbios-movimentos/Paginas/doenca-parkinson-cirurgia.aspx, em 15 de Maio de 2017.
Associação Brasil Parkinson: http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html, em 15 de Maio de 2017.
Parkinson’sDisease Foundation: http://www.pdf.org/en/surgical_treatments, em 15 de Maio de 2017.
Parkinson’s UK: http://www.parkinsons.org.uk/content/surgery, em 15 de Maio de 2017.
Afifi, Adel K. Neuroanatomia Funcinal: texto e atlas. 2º ed. São Paulo, Rocca, 2007

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