Buscar

Teoria Estruturalista da Administração

Prévia do material em texto

Teoria Estruturalista da Administração 
- O homem organizacional 
O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem sucedido em todas 
as organizações, precisa ter as seguintes características: 
1- Flexibilidade, devido as constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, 
bem como a diversidade dos papeis desempenhados nas diversas organizações e 
aos novos relacionamentos; 
2- Tolerância as frustações, para evitar o desgaste emocional decorrentes do 
conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja 
mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas; 
3- Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho rotineiro 
dentro da organização, em detrimento das preferencias e vocações pessoais; 
4- Permanente desejo de realização, para garantir a conformidade e cooperação 
com as normas que controlam e asseguram o acesso as posições de carreira na 
organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais. 
- Modelo racional da organização: concebe a organização como um meio 
deliberado e racional de alcançar metas conhecidas, sistema fechado, inclui 
abordagem da administração cientifica em que a única incógnita na equação era o 
operador humano, razão pela qual a administração se concentrava no controle sobre 
ele. Inclui também o modelo burocrático de weber, no qual toda contingencia é 
prevista e manipulada por especialistas orientados por regras, enquanto as 
influencias ambientais sob a forma de clientes são controladas pelo tratamento 
impessoal da clientela através de regras padronizadas. 
- Modelo natural de organização: concebe a organização como um conjunto de 
partes interdependentes que, juntas constituem um todo: cada parte contribui com 
alguma coisa e recebe alguma coisa do todo, o qual, por sua vez, é interdependente 
com um ambiente mais amplo. Procura tornar tudo funcional e equilibrado, podendo 
ocorrer disfunções, presume uma interdependência com um ambiente incerto, 
flutuante e imprevisível, havendo um delicado equilíbrio das complicadas 
interdependências dentro do sistema ou entre o sistema e o meio ambiente. Sistema 
aberto. 
- Abordagem múltipla: os níveis da organização 
As organizações caracterizam-se por uma hierarquia de autoridade, isto é, pela 
diferenciação de poder. 
 Nível institucional: é o nível organizacional mais elevado, composto dos 
dirigentes ou de altos funcionários. É denominado nível estratégico, pois define 
os principais objetivos e estratégias da organização, lida com os problemas de 
longo prazo e com a totalidade da organização, é o nível que se relaciona com o 
ambiente externo da organização. 
 Nível gerencial: é o nível intermediário situado entre o nível institucional e o 
nível técnico, cuidando do relacionamento e da integração desses dois níveis. As 
decisões tomadas no nível institucional são transformadas no nível gerencial em 
planos e programas para que o nível técnico os execute. Trata da solução dos 
problemas, da captação dos recursos necessários para aloca-los dentro das 
diversas partes da organização e da distribuição e colocação dos produtos e 
serviços oferecidos pela organização. 
 Nível técnico: ou nível operacional, é a camada mais baixa da organização, é o 
nível em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as 
técnicas são aplicadas, cuida da execução das operações e das tarefas, 
focalizando no curto prazo e segue os programas e rotinas que são 
desenvolvidos no nível gerencial. 
 
- Principio de Peter 
Ou principio da incompetência – salienta que uma organização hierárquica, todo 
empregado tende a subir ate chegar ao seu nível de incompetência. “ Todo cargo 
tende a ser ocupado por um funcionário que é incompetente para cumprir seus 
deveres”. 
Peter e Hull procuram demonstrar que a ação administrativa na burocracia revela 
sempre uma busca de justificativas para o desempenho inerente. No fundo sua tese é 
de que as organizações burocráticas parecem fadadas à presença constante da 
mediocridade e da incompetência. 
a- Sublimação percussiva: quando um funcionário incompetente atrapalha ou 
bloqueia o serviço ele é promovido para uma posição que, embora possa ser 
elevada, não poderá impedir que o trabalho seja feito. 
b- Arabesco lateral: quando o funcionário incompetente recebe um cargo maior ou 
titulo novo e é transferido para uma parte mais distante do mesmo escritório. 
c- Inversão de Peter: quando o regulamento interno tem mais valor do que o 
serviço eficiente. Ex: Hospital, onde o atendimento gasta um enorme e precioso 
tempo para preencher os formulários antes de socorrer a vitima acidentada, pois 
quem avalia a sua competência não é o paciente ou o publico, mas o seu chefe 
imediato, com base no cumprimento dos regulamentos. 
d- Esfoliação hierárquica: quando o funcionário produtivo, além de não ser 
promovido, é demitido do seu posto. 
e- Pista paterna: quando o chefe da organização admite o filho em um posto 
elevado, sem passar pelos escalões inferiores, ou, quando não havendo cargo 
para uma pessoa, cria-se um novo.

Continue navegando