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Unidade 1 - Estrutura

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ESTRUTURA
DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL
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Direito Natural e Direito Positivo
Direito natural: O Direito natural tem como uma de suas naturezas as leis naturais, advindo com a criação da sociedade, como normas, consideradas divinas, pela qual os homens estariam subordinados. 
O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. É um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação da experiência e razão. E constituído por um conjunto de princípios, e não de regras de caráter universal, eterno e imutável. 
Ex.: Direito à vida e à liberdade.
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Direito Positivo: A Ciência do Direito é sempre ciência de um Direito positivo, isto é, positivado no espaço e no tempo, como experiência efetiva, passada ou atual.
Assim, temos o sentido da expressão Direito Positivo, como sendo o Direito que, em algum momento histórico, entrou em vigor, teve ou continua tendo eficácia. 
A positividade do Direito pode ser vista como uma relação entre vigência e eficácia. 
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DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO
O Direito é dividido de forma clássica em Direito Público e Direito Privado. Tal classificação é considerada equívoca por alguns doutrinadores. Analisando que em muitos casos não é possível identificar a natureza jurídica do interesse em questão, uma vez que todos estão interligados.
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O Direito Público é o ramo do direito composto pelas normas que tem por matéria interesse do Estado, tais como a função e organização, a ordem e segurança, a paz social, etc. Tais normas regulam as relações entre o Estado e os particulares, visando sempre a concretização do interesse público, conforme as previsões da lei. O interesse público se concretiza por meio da atuação da Administração Pública, com a organização e prestação dos serviços públicos e utilização de recursos financeiros públicos.
Na definição de Celso Ribeiro Bastos Direito Público é: “conjunto de normas e princípios que regem a atividade do Estado, a relação deste com os particulares, assim como o atuar recíproco dos cidadãos.”
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O Direito Privado é formado por normas que tem por matéria as relações existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extra patrimoniais. As normas de direito privado encontram-se no direito civil e no direito comercial.
Seriam considerados seus ramos o próprio Direito Civil, além do Direito Comercial, Direito do Consumidor e Direito do Trabalho. Vale destacar, inclusive, que estes últimos ramos, embora tenham grande atuação do Estado, não deixam de ser privados, uma vez que envolvem relações entre particulares em geral.
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Para se concluir acerca da natureza dos dois principais ramos do direito ou para se alcançar uma exata noção da realidade das mesmas devemos ter em mente a preponderância dos interesses em questão. Predominando-se os interesses particulares, tem-se o direito privado. Ao contrário, na predominância dos interesses que afetariam todo o grupo social, teríamos o direito público.
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FONTES DO DIREITO 
Na concepção gramatical, fonte é origem, gênese, de onde provém. 
As chamadas “fontes do direito” nada mais são, portanto, do que os meios pelos quais se formam ou se estabelecem as normas jurídicas. Trata-se, em outras palavras, de instâncias de manifestação normativa.
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Classificam-se as fontes do direito em:
a) diretas;
b) indiretas.
Nas primeiras, também denominadas fontes primárias ou imediatas, enquadram-se a lei fonte primacial do direito brasileiro e o costume, fonte primeira de diversas normas, bem como elemento chave de alguns ordenamentos jurídicos. São consideradas as fontes formais do direito.
Entre as fontes indiretas (conhecidas ainda como secundárias ou mediatas), elencam-se a analogia e os princípios gerais de Direito, mencionados expressamente na LINDB.
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LEI 
A lei é, por excelência, a mais importante fonte do direito em nosso ordenamento positivo. Nela se encontra toda a expectativa de segurança e estabilidade que se espera de um sistema positivado.
Em conceito bastante didático, SÍLVIO VENOSA define-a como a “regra geral de direito, abstrata e permanente, dotada de sanção, expressa pela vontade de autoridade competente, de cunho obrigatório e forma escrita”
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COSTUMES 
O costume é o uso geral, constante e notório, observado socialmente e correspondente a uma necessidade jurídica.
Trata-se de uma fonte do direito, com objetividade evidentemente menor, uma vez que sua formulação exige um procedimento difuso, que não se reduz a um procedimento formal, como se verifica na elaboração das leis.
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ANALOGIA 
Embora mencionada no art. 4.º da LINDB, não se trata bem de uma fonte do direito, mas sim de um meio supletivo em caso de lacuna da lei.
Trata-se, em verdade, de uma forma típica de raciocínio pelo qual se estende a compreensão de uma norma a situações semelhantes para as quais, em princípio, não havia sido estabelecida. 
Por meio do emprego da analogia, portanto, havendo omissão legal, o juiz aplicará ao caso concreto a norma jurídica prevista para situação semelhante.
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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
Também mencionados no art. 4.º da LINDB, os princípios gerais são postulados que procuram fundamentar todo o sistema jurídico, não tendo necessariamente uma correspondência positivada equivalente. Os Princípios Gerais do Direito seriam as ideias basilares e fundamentais do Direito, que lhe dão apoio e coerência, respaldados pelo ideal de Justiça, que envolve o Direito. Seriam ideias fundamentais de caráter geral dentro de cada área de atuação do Direito. (Exemplos: honestidade, moral, igualdade)
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São fontes do Direito Civil:
Código Civil como fonte primordial ou fonte primária. É a norma jurídica que, ocorrido um caso concreto dentro da esfera civilista, deverá ser aplicada na solução do conflito existente;
Leis civis especiais e os microssistemas jurídicos, aqui podendo serem considerados como fonte secundária. Desta forma, não havendo previsão para o caso dentro da estrutura do Código Civil, secundariamente utilizar-se-á das leis civis especiais e dos demais instrumentos jurídicos aplicáveis.
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