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Resumo Psicologia Cognitiva

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REVISÃO – PSICOTERAPIA COGNITIVA
MÓDULO 1 - Apresentação do Panorama histórico da terapia cognitiva-comportamental e suas diferentes áreas de atuação.
Origem da terapia cognitiva: 1956
A terapia cognitiva surgiu de tentativas de modificação de conteúdos e distorções cognitivas negativas comuns aos quadros de depressão.
Aaron Beck pôde perceber em seus pacientes depressivos algo em comum, a forma como interpretavam era semelhante, sendo uma visão pessimista do mundo, de si e do futuro, contrapondo assim a visão psicanalítica e enfatizando o modelo cognitivista.
Michael Mahoney (1946-2006) foi também um importante precursor do movimento cognitivista. Ele criticou os modelos não mediacionais, enfatizando a importância do processamento cognitivo, o qual poderia ser inferido e sustentado cientificamente.
Aaron Beck, o principal fundador da terapia cognitiva, desde o início da década de 60, teve formação original em psicanálise. Beck começou a questionar as formulações psicanalíticas das neuroses, particularmente com relação à depressão, para um conjunto diverso de população e desordens psiquiátricas. A terapia cognitiva é a aplicação da teoria cognitiva de psicopatologia ao caso individual e ela inclui um conjunto formal e abrangente de princípios ou axiomas. O raciocínio teórico subjacente da terapia cognitiva é de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são amplamente determinados pelo modo como ele estrutura o mundo (cognições/pensamentos). 
Terapia Cognitiva: propõe a cognição como o elemento central na determinação do comportamento e da vivência emocional do indivíduo, submetendo assim todos os sistemas psicológicos – atenção, memória, percepção, comportamento, emoção - prioritariamente à sua influência. Nas palavras de Beck (2000,pg.23), cognição é definida como aquela função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros. A cognição inclui o processo de identificar e prever relações complexas entre eventos, de modo a facilitar a adaptação a ambientes passíveis de mudanças.
 A cognição faz a mediação entre o ambiente e as respostas orgânicas do indivíduo.
A psicologia cognitiva enfatiza a importância da cognição no processamento das informações e na mudança comportamental.
Desta forma a teoria da Terapia Cognitiva apresenta-se como uma teoria formal acerca da influência que teorias pessoais – as cognições automáticas do indivíduo – exercem sobre seus sistemas psicológicos. 
"Cognições distorcidas": elemento comum a todos os quadros de distúrbios psicológicos, ou seja, possui um papel de causador e mantenedor dos diversos distúrbios psicológicos. 
Para a Terapia Cognitiva a distorção Cognitiva é um elemento comum a todos os transtornos psicológicos. Alguns exemplos destes padrões distorcidos são: Catastrofização; Leitura mental; Filtro mental; Personificação.
Ao modificar os pensamentos disfuncionais, os comportamentos mal-adaptativos podem se alterar.
O modelo cognitivo proposto por Aaron T. Beck se caracteriza pelo seguinte paradigma: Estímulo, Pensamento, Emoção, Comportamento.
MÓDULO 2 - Teoria e metateoria da terapia cognitiva
No primeiro capítulo de seu livro "O poder integrador da terapia cognitiva" , (Beck & Alford, 2000) os autores apresentam o que entendem serem os dez axiomas formais da Terapia Cognitiva:
 1) As estruturas de cognição com significado (esquemas) são o principal caminho para a adaptação psicológica. Significado é a interpretação da pessoa sobre determinado contexto e a relação desse contexto com o self;
2) A atribuição de significado ativa estratégias para a adaptação;
3) As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas;
4) A especificidade do conteúdo cognitivo se refere ao fato de que cada categoria de significado tem implicações sobre os padrões de comportamento, emoção, atenção e memória;
5) Quando ocorre distorção cognitiva ou preconcepção, os significados são disfuncionais ou mal-adaptativos. As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado) ou no processamento cognitivo (elaboração de significado) ou em ambos.
6) Os indivíduos são predispostos a distorções cognitivas. Essas predisposições são chamadas vulnerabilidades cognitivas.
7) A psicopatologia resulta de significados mal-adaptativos relacionados ao self, ao contexto ambiental (experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados de a tríade cognitiva. 
8) Há 2 níveis de significado: o significado público e o significado pessoal/privado.
9) Há 3 níveis de cognição: o nível pré-consciente, não-intencional ou automático (“pensamentos automáticos”); o nível consciente; e o nível metacognitivo, que inclui respostas “realísticas” ou “racionais” (adaptativas)..
10) Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente e, nesse sentido, são estruturas teleonômicas, uma vez que um estado psicológico não é nem adaptativo nem mal-adaptativo em si, mas em relação a um determinado contexto.
Partindo dos axiomas da terapia cognitiva apresentados por A. T. Beck podemos deduzir um modelo estruturado da relação entre ambiente, organismo e comportamento. A primazia da cognição e o mentalismo são características apresentadas na concepção de homem adotada por Beck.
Uma meta importante do terapeuta cognitivo é tornar o processo da terapia compreensível tanto para o terapeuta como para o paciente, tornando assim a terapia mais eficiente possível. Outro fator importante é construir uma relação de confiança e rapport com os pacientes. Desta forma, vários clínicos e teóricos da psicoterapia acreditam que o relacionamento que se desenvolve entre o terapeuta e o cliente é a essência de um tratamento efetivo. Acreditam que essa relação é significativa para que sejam implementadas as técnicas terapêuticas utilizadas na promoção da mudança do paciente. Os pacientes sentem-se valorizados e entendidos quando o terapeuta demonstra empatia e compreensão dos seus problemas e idéias através de perguntas e declarações atenciosas.
A dualidade ‘Saúde/Doença’ está presente em grande parte das orientações teóricas em Psicoterapia. Para a Terapia Cognitiva proposta por A. T. Beck, a realidade é um elemento primordial na definição de um determinado esquema como mantenedor ou não de um dado distúrbio psicológico. Assim, podemos afirmar que: A interpretação da realidade é um fator relevante na adaptação do indivíduo ao ambiente, ainda que este ambiente seja desfavorável.
MÓDULO 3 - Bases metodológicas e conceituação cognitiva
O terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente e, continua a refinar sua conceituação até a última sessão. Conceituar um paciente em termos cognitivos é crucial para determinar a trajetória mais efetiva de tratamento. Isso também auxilia a desenvolver a empatia, um ingrediente essencial para estabelecer um bom relacionamento de trabalho com o paciente.
Conceituação cognitiva: Fornece a estrutura para atendimento de um cliente pelo terapeuta; busca encontrar o diagnóstico, a história do problema em questão, os pensamentos e as crenças associados ao problema; ajuda a planejar uma intervenção eficiente e efetiva; dura até a última sessão, durante todo o processo terapêutico.
A conceituação cognitiva pode ser entendida como uma espécie de teoria sobre o paciente relacionando à sua queixa uma explicação do porquê da queixa e possibilidades de intervenções.
3 categorias de cognições automáticas: pensamentos automáticos, crenças intermediárias e crenças centrais (avaliações não deliberativas generalizadas, nível mais básico da estrutura).
A todo instante, as pessoas podem apresentar pensamentos automáticos, que não são pensamentos decorrentes de deliberação ou raciocínio. Estes pensamentos parecem surgir automaticamente, de repente e são breves. Segundo a Terapia Cognitiva, quando pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções tendem a mudar. De onde os pensamentos automáticos surgem?A partir de determinadas crenças que a pessoa desenvolve sobre si mesma, outras pessoas e seus mundos.
     Dentro do modelo de psicoterapia proposto por Aaron T. Beck, os pensamentos automáticos estão alocados no nível mais superficial da estrutura cognitiva. Este fato faz dessas cognições automáticas as de mais fácil identificação e modificação. Porém, esta superficialidade não pode ser entendida como algo que diminua sua importância dentro do processo terapêutico. O trabalho de identificação e avaliação dos pensamentos automáticos é fundamental para que a terapia cognitiva possa produzir os frutos a que se propõe. Este processo de identificação e avaliação é bem descrito por Judith S. Beck (1997). Há varias possibilidades de interação com o paciente que favorecem a identificação dos pensamentos automáticos, a pergunta “o que está passando pela sua cabeça neste momento” amplamente utilizada na busca por essas cognições já é um clássico dentro os terapeutas cognitivistas, entretanto uma série de outras estratégias pode ajudar terapeuta e paciente na tarefa de identificação dessas cognições. A correta identificação dos pensamentos automáticos pode ser dificultada pela maneira que ele é expresso pelo paciente, que muitas vezes pode relatá-los, em forma de pergunta, como uma interpretação racional, envolto em outros pensamentos automáticos menos úteis, na forma de pensamentos telegráficos ou mesmo de modo implícito no discurso. Uma vez identificados, cabe ao terapeuta decidir por abordar, ou não tal pensamento automático. Há algumas dimensões que devem ser levadas em conta na decisão de abordar ou não um pensamento automático em uma sessão de terapia. A pertinência de tal abordagem se caracteriza pelas seguintes condições:
- A situação em que tal pensamento ocorre é relevante para o atingimento da meta estabelecida para a terapia? 
- Quanto o paciente acredita neste pensamento?
- Qual a relevância do estado emocional regido por este pensamento automático?
- Quais as sensações corporais relacionadas à ocorrência destes pensamentos?
          Tendo o processo de avaliação dos pensamentos automáticos como de fundamental importância para a terapia cognitiva, cabe compreendermos o que será avaliado quando mencionamos tal avaliação. Esta avaliação tem por objetivo determinar a funcionalidade ou não destes pensamentos. A idéia de funcionalidade é entendida aqui como relativa à validade e utilidade dos pensamentos automáticos. Quando nos referimos à validade dos pensamentos automáticos estamos enfatizando sua congruência com a realidade. Para concebermos a possibilidade de fazer tal análise temos que entender o Mundo como dotado de uma realidade dada passível de ser conhecida pelo observado, e mediante tal realidade podemos fazer a checagem da congruência de um determinado pensamento automático e a realidade a que este se refere. Quando percebemos que um pensamento automático distorce uma determinada realidade podemos afirmar que tal pensamento é disfuncional. A outra dimensão a ser avaliada neste processo é a utilidade deste pensamento. Alguns pensamentos automáticos, apesar de serem congruentes com a realidade, nos conduzem a estados emocionais e a comportamentos que não nos ajudam na adaptação ao contexto em que nos encontramos. Estes pensamentos automáticos avaliados como não úteis tornam-se também alvo do processo terapêutico por não serem favorecedores da adaptação do indivíduo ao meio. 
A realidade dada pode ou não ser apreendida de forma fidedigna pela pessoa que nela está inserida, sendo a distorção uma ocorrência comum a todos os seres humanos.
DEPRESSÃO – Para a terapia cognitiva, a depressão é decorrente da interpretação das experiências cotidianas de forma absolutista e inflexível.
Questionamento socrático: Técnica que Permite que o terapeuta forneça as necessárias correções aos pensamentos disfuncionais do Cliente.
MÓDULO 4 -  Identificação, avaliação e modificação de crenças.
O modelo cognitivo afirma que a interpretação de uma situação (em vez da situação em si), frequentemente expressa em pensamentos automáticos, influencia as respostas emocionais, comportamentais e fisiológicas subsequentemente. Os Pensamentos automáticos são um fluxo de pensamento que coexiste com um fluxo de pensamento mais manifesto. Esses pensamentos não são peculiares a pessoas com angústia; eles são uma experiência comum a todos nós. A maior parte do tempo, nós mal estamos cientes desses pensamentos, embora com um pouco de treinamento possamos facilmente trazer esses pensamentos à consciência. Quando nos tornamos cientes dos nossos pensamentos, podemos automaticamente fazer uma verificação de realidade quando não estamos sofrendo de uma disfunção psicológica.
 Avaliando os Pensamentos Automáticos: Os pacientes têm milhares de pensamentos em um dia, alguns disfuncionais, alguns não. Visando a eficácia terapêutica, o profissional seleciona apenas um ou alguns pensamentos chaves para serem avaliados em uma determinada sessão.
 Respondendo aos Pensamentos Automáticos: O uso de questionamento para ajudar um paciente a avaliar um pensamento automático e determinar a efetividade da sua avaliação é frequente e o Registro de Pensamento Disfuncional é a principal ferramenta para que os pacientes os avaliem e respondam por escrito aos seus pensamentos automáticos. O RPD como é conhecido o registro do pensamento disfuncional (ou automático) é uma minuta que ajuda o paciente a responder mais efetivamente a seus pensamentos automáticos, reduzindo sua disforia.
O RPD (registro de pensamentos disfuncionais) é um instrumento muito útil para o terapeuta trabalhar a reestruturação desses pensamentos. Porém, pode haver resistência no uso desta técnica. A estratégia mais adequada que o terapeuta poderá fazer é: Pedir ao paciente para experimentar o RPD pelo menos uma vez, caso tenha preenchido e verificado a mudança do humor ele possivelmente não precisará de motivação adicional.
    Uma vez identificados, os pensamentos automáticos são submetidos à avaliação. O primeiro passo no processo de avaliação é a definição sobre abordar ou não o pensamento automático identificado. Nesta direção o elemento central a ser contemplado é a relação que este pensamento automático tem com a situação problema e as potenciais alterações emocionais e comportamentais que a alteração deste pensamento automático identificado poderá promover. Uma vez definido como um pensamento automático a ser abordado em sessão, inicia-se o processo de desafio a este pensamento. Este processo deve se dar de forma colaborativa de acordo com o princípio do empirismo colaborativo proposto por Beck. Esta etapa da terapia caracteriza-se pelo levantamento de evidências, contra e a favor destes pensamentos, pela elaboração de explicações alternativas àquelas apresentadas pelos pensamentos automáticos, pela criação de novas perspectivas de avaliação das consequências descritas pelo pensamento automático e pela tentativa de promover um entendimento distinto acerca da situação em questão do promovido pelo pensamento automático identificado. Este trabalho é conduzido sempre de modo que o Cliente colabore ativamente, envolvendo-se no processo terapêutico de maneira ativa e, muitas vezes, mesmo nos períodos compreendidos entre as sessões.
     Na Terapia Cognitiva não se pretende tomar TODAS as cognições automáticas do paciente como alvo do processo terapêutico. Desta forma, a seleção dos pensamentos a serem trabalhados deve ser precisa para que evitemos perda de tempo com intervenções ineficazes no decorrer do processo. A avaliação dos pensamentos automáticos deve contemplar: Sua congruência com a realidade, sua utilidade e sua relevância para o estado emocional relacionada à queixa do paciente.
O terapeuta cognitivo pode descobrir alguns pensamentos automáticos durante a sessão psicoterápica. A partir do momento em que descobre um pensamento, ele poderá: Descobrir sobre as situações associadas a esses pensamentos, por exemplo, perguntando, onde você estava? Fale maissobre a situação em que isso ocorreu.
O terapeuta cognitivo levanta hipóteses sobre como  o paciente desenvolveu sua desordem particular, baseado em alguns questionamentos, que seguem abaixo:  I) Que aprendizagens e experiências antigas(e talvez predisposições genéticas) contribuem para os problemas atuais do paciente; II - Quais são as crenças subjacentes(atitudes, expectativas e regras) e pensamentos do paciente; III -  Como enfrenta as crenças disfuncionais; IV - Que estressores contribuem ou interferem para os problemas.
O terapeuta se concentra nas cognições, distorcidas ou disfuncionais, relacionadas a problemas importantes que possam ser passíveis de mudança e que envolvam temas recorrentes no pensamento do paciente.

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