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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES_3NA e 3NB_DIREITO_2204 a 24062015_UNIDADE II_FMN


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Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Data: 23/04/2015 a 24/06, das 19h20 
às 22h00_3NA_DIREITO (UNIDADE II) 
Direito das Obrigações 
UNIDADE II 
Profª Amanda Matos 
Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos das obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio 
Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
 
Nota Explicativa: Este material de estudo foi elaborado com a 
finalidade de auxiliar o aluno no acompanhamento das aulas, NÃO 
SERVINDO, PORTANTO, COMO SUBSTITUTIVO PARA A DOUTRINA 
CIVILISTA. O material em estudo foi extraído do livro MANUAL DE 
DIREITO CIVIL de SEBASTIÃO DE ASSIS NETO, MARCELO DE JESUS, 
MARIA IZABEL DE MELO1, CARLOS ROBERTO GONÇALVES ALINE 
SANTIAGO JACSON PANICHI, RODOLFO PAMPLONA FILHO E 
PABLO STOLZE. Por derradeiro, várias PARÁFRASES E TÓPICOS DE 
AULA, bem como resumo, UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO 
DO PRESENTE MATERIAL TÊM COMO BASE AS OBRAS DE SÍLVIO 
VENOSA, PAULO LUIZ NETTO LÔBO, CRISTIANO SOBRAL, 
LUCIANO FIGUEIREDO, ALINE SANTIAGO E JACSON PANICHI, 
MARIA HELENA DINIZ , dentre outros, ALÉM DO PLANO DE 
ENSINO DA DISCIPLINA . 
 
 
EMENTA 
EMENTA 
1. CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO 
1.1. Conceito, Importância e Efeitos. 
1.2 Princípios Gerais: Pontualidade E Integralidade. 
1.3. Capacidade e Legitimidade para Cumprir ou 
Receber a Prestação. 
 
2. LUGAR, TEMPO E MODO DO CUMPRIMENTO 
2.1 Prestação Portable E Prestação Querable 
2.2 Pagamento em Sentido Estrito- Divida em 
Dinheiro. 
2.3 Recibo e Quitação: Modos e Prova. 
3. Modos Extraordinários de Cumprimento da 
Obrigação ( Próxima Aula: 29/04) 
 
3.1 Depósito em Consignação 
 
3.2 Sub-rogação; 
 
3.3 Imputação de Pagamento 
 
3.4 Dação Em Pagamento 
3.5 Novação. 
Você sabia? 
Do toilete ao tribunal 
STJ recebe Habeas Corpus escrito em papel higiênico 
21 de abril de 2015, 17h18 
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro 
Francisco Falcão, recebeu nessa segunda-feira (20/4) um 
pedido de Habeas Corpus, escrito de próprio punho por 
um preso, em aproximadamente um metro de papel 
higiênico, caprichosamente dobrado. A solicitação foi 
enviada por uma carta simples. 
“Estou aqui há dez anos e é a 
primeira vez que vejo isso”, afirmou o 
chefe da Seção de Protocolo de 
Petições, Henderson Valluci. O 
mensageiro Gilmar da Silva, que abriu 
o envelope, também ficou surpreso. 
“Achei diferente, foi a 
correspondência mais surpreendente 
que já vi aqui”, assegurou. 
O Habeas Corpus, de acordo com a legislação brasileira, pode ser 
impetrado por qualquer pessoa, em qualquer meio. Não é preciso 
ser advogado. 
Seguindo o protocolo, o papel higiênico foi fotocopiado e 
digitalizado, para então ser autuado. Em breve, o processo será 
distribuído a um ministro relator. 
O AUTOR ESTÁ PRESO NO CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA 
PINHEIROS I, EM SÃO PAULO (SP). NA PEÇA, ELE CONTA QUE 
PARTICIPOU DE UMA REBELIÃO EM 2006 E ESTARIA 
ENCARCERADO IRREGULARMENTE HÁ NOVE ANOS POR UM 
CRIME JÁ PRESCRITO. ELE PEDE LIBERDADE. 
O pedaço de papel higiênico utilizado terá o mesmo destino do 
lençol em que outro preso formulou seu pedido de liberdade, há 
cerca de um ano. Passará a integrar o acervo do Museu do STJ. 
Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ. 
http://www.conjur.com.br/2015-abr-21/stj-recebe-habeas-corpus-preso-escrito-
papel-higienico?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook 
 
AULA 22/04/2015 
DIREITO CIVIL 
em flashback 
QUESTÃO 1 
1. Abel, devedor e fazendeiro, obrigou-se a entregar ao seu credor, Caim, para 
pagamento de dívida advinda de compras realizadas no estabelecimento deste, 
cinquenta sacos de 20 Kg de coisa do gênero alimentício. Neste caso, com base no 
Código Civil brasileiro, 
(A) Na obrigação de dar coisa incerta, Abel, antes da escolha, não poderá alegar perda 
ou deterioração da coisa, salvo na ocorrência de caso fortuito ou força maior. 
(B) Se Abel se obrigou a entregar 50 (cinquenta) de 20 Kg de coisa do gênero 
alimentício e, antes da entrega, todas as sacas desse produto existentes em sua fazenda 
venham a perecer, não a estará ele obrigado a fazer a entrega, extinguindo a obrigação 
automaticamente. 
(C) em regra, a escolha da coisa dada em pagamento é de Caim. 
(D) A ALEGAÇÃO DA PERDA OU DA DETERIORAÇÃO DA COISA SOMENTE PODERÁ 
OCORRER DEPOIS DA ESCOLHA, ESTANDO ASSIM JÁ INDIVIDUALIZADA. 
(E) a obrigação assumida afronta as normas civilistas. 
 
arts. 243 - 246 do CC 
Obrigação de Dar coisA 
INCERTA (slides 45 a 48 
apostila) 
(artigo por artigo) 
Atenção: Assunto será revisado no dia 04/04 
(Estudo minucioso dos artigos) 
Teoria e esquema baseados nas obras de Cristiano Sobral (Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião 
de Assis (Manual de Direito Civil),2015 [ Aulas 04/03]] 
REGRA BÁSICA: É A OBRIGAÇÃO DE DAR UM GÊNERO EM CERTA QUANTIDADE 
• Em dado momento, os bens a serem 
entregues deverão ser escolhidos, o que 
chamamos de concentração da 
prestação. 
A quem cabe a escolha? 
 
ao DEVEDOR, que não poderá 
escolher o pior nem ser obrigado a escolher o 
melhor. 
 
Caso o direito de escolha seja do credor ESTE PODERÁ 
ESCOLHER A MELHOR (ART.244) 
 
 
1- A QUEM DEFINIDO NO CONTRATO. 
2- SE NADA FOR DITO, A ESCOLHA CABERÁ 
OBRIGAÇÃO 
REGRA BÁSICA: É A OBRIGAÇÃO DE DAR UM GÊNERO EM CERTA QUANTIDADE 
• Feita a escolha, A OBRIGAÇÃO DE DAR 
COISA INCERTA SE TRANSFORMA EM 
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA, 
aplicando-se as regras que lhe são 
próprias 
• Todavia, se antes da escolha o bem se PERDER ou se DETERIORAR, mesmo que por 
CASO FORTUITO OU MOTIVO DE FORÇA MAIOR 
O devedor NÃO SE EXIME DE CUMPRIR A 
PRESTAÇÃO, pois O GÊNERO NÃO PERECE, PODENDO 
O BEM SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DA MESMA 
ESPÉCIE PARA SER ENTREGUE AO CREDOR. 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela 
quantidade. 
• Quando da escolha da coisa ocorrerá a sua individualização e o 
que até então era apenas determinável passará a ser 
determinado. 
 
• Esta escolha em regra caberá ao devedor, mas poderá ser do 
credor se o 
contrato assim estipular. 
 
• No entanto, quando da escolha (ato que também pode se 
denominar concentração), o devedor não poderá dar coisa pior 
nem ser obrigado a dar coisa melhor (art.244). 
• a alegação da perda ou da deterioração da coisa somente poderá 
ocorrer depois da escolha, estando assim já individualizada. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela 
quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não 
resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa 
pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 
 
 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto 
na Seção antecedente. 
 
 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda 
ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso 
fortuito. 
QUESTÃO 2 
2. No tocante à modalidade das obrigações, considere: 
I. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer aquilo que tiver 
resultado do descumprimento da obrigação negativa, independentemente de autorização 
judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. Trata-se, portanto, de caso típico de 
execução ao princípio da vedação à autotutela, pois permite-se que o credor de uma 
obrigação de não fazer aja por suas próprias mãos no sentido de desfazer o ato, desde que 
se trate de situação de urgência 
II. . Miguel e Halisson celebraram contrato por meio do qual Halisson, notório artista, 
contraiu obrigação intuitu personae de restaurar um quadro de grande valor popular eartístico, devendo receber, para tanto, expressiva contraprestação pecuniária. Ao celebrar o 
referido contrato, Halisson contraiu obrigação de fazer fungível e não há a possibilidade de 
substituição de Halisson. 
III. Tanto na solidariedade como na indivisibilidade, ante a pluralidade subjetiva, cada 
credor pode exigir a dívida inteira e cada devedor está obrigado pelo débito todo. O credor 
que receber responderá pela parte dos demais e o devedor que pagar terá direito de 
regresso contra os outros. 
IV. Patrícia, promitente-vendedor, assume perante Bruno a obrigação de entregar o lote 
compromissado e a financiar a construção que nele será erguida. Ela firmou obrigação 
disjuntiva 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, II e IV, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II e IV, apenas. 
(D) I, II, III e IV. 
(E) I e IV, apenas. 
I. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou 
mandar desfazer aquilo que tiver resultado do 
descumprimento da obrigação negativa, 
independentemente de autorização judicial, sem 
prejuízo do ressarcimento devido. Trata-se, 
portanto, de caso típico de execução ao princípio da 
vedação à autotutela, pois permite-se que o credor 
de uma obrigação de não fazer aja por suas próprias 
mãos no sentido de desfazer o ato, desde que se 
trate de situação de urgência 
 
 
Parágrafo único. Em caso de 
urgência, poderá O CREDOR 
DESFAZER OU MANDAR DESFAZER, 
INDEPENDENTEMENTE DE 
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, SEM 
PREJUÍZO DO RESSARCIMENTO 
DEVIDO. 
CASO PRÁTICO: Judá, fazendeiro, da região sul da Bahia, se obrigou perante Paulo a não 
impedir, mas, impede o curso das águas de um rio que serve para irrigar a plantação da 
fazenda de Paulo. Neste caso, o fazendeiro prejudicado pode desfazer o obstáculo que 
impede o curso das águas do rio desde que autorizado judicialmente? Comente de forma 
fundamentada. 
Art. 250. Extingue-se a 
obrigação de não fazer, desde 
que, sem culpa do devedor, 
SE LHE TORNE IMPOSSÍVEL 
ABSTER-SE DO ATO, QUE SE 
OBRIGOU A NÃO PRATICAR. 
 
Art. 251. Praticado pelo devedor o 
ato, a cuja abstenção se obrigara, O 
CREDOR PODE EXIGIR DELE QUE O 
DESFAÇA, SOB PENA DE SE DESFAZER 
À SUA CUSTA, RESSARCINDO O 
CULPADO PERDAS E DANOS 
SLIDE 60 
II. . Miguel e Halisson celebraram contrato por meio 
do qual Halisson, notório artista, contraiu obrigação 
intuitu personae de restaurar um quadro de grande 
valor popular e artístico, devendo receber, para 
tanto, expressiva contraprestação pecuniária. Ao 
celebrar o referido contrato, Halisson contraiu 
obrigação de fazer fungível e não há a possibilidade 
de substituição de Halisson. 
 
• A obrigação de fazer É AQUELA EM QUE A PRESTAÇÃO DO DEVEDOR CONSISTE NA 
REALIZAÇÃO DE UMA ATIVIDADE.. 
• personalíssima 
(infungível) 
 
 
 
 
 
 
não personalíssima 
(fungível). 
A obrigação de fazer 
pode ser de dois 
tipos 
Será personalíssima quando só o 
devedor puder cumprir a prestação 
Será não personalíssima quando não só 
o devedor, entretanto OUTRA PESSOA 
TAMBÉM PUDER CUMPRIR A 
PRESTAÇÃO 
SLIDE 56 
III. Tanto na solidariedade como na indivisibilidade, ante 
a pluralidade subjetiva, cada credor pode exigir a dívida 
inteira e cada devedor está obrigado pelo débito todo. O 
credor que receber responderá pela parte dos demais e 
o devedor que pagar terá direito de regresso contra os 
outros. 
IMPORTANTE: Se a obrigação, por algum 
motivo, for convertida em uma obrigação 
pecuniária, não se deve falar mais em 
obrigação indivisível, pois a prestação em 
dinheiro tem como característica a 
possibilidade de divisão. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação 
não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-
se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. 
Da Solidariedade Ativa (concorrência de credores) 
• Solidariedade ativa É AQUELA EM QUE HÁ CREDORES SOLIDÁRIOS. 
 
Art. 267. Cada um dos credores solidários 
tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro. 
 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores 
solidários não demandarem o devedor 
comum, a qualquer daqueles poderá este 
pagar. 
IV. Patrícia, promitente-vendedor, assume perante 
Bruno a obrigação de entregar o lote compromissado e 
a financiar a construção que nele será erguida. Ela 
firmou obrigação disjuntiva 
As OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS OU DISJUNTIVAS são aquelas que têm por 
objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor exonera-se cumprindo apenas uma 
delas. 
• A obrigação alternativa é aquela que compreende duas ou mais 
prestações, porém se extingue com a realização de apenas uma delas. 
 
 
obrigação 
alternativa 
escolha cabe ao 
devedor, se outra 
coisa não se estipulou. 
Cumprir 
prestação A 
Cumprir 
prestação B 
 
 
Atenção: 
No entanto, o contrato pode prever que a escolha cabe ao credor. 
 É o que diz o artigo 252 do Diploma Civil, que completa: não pode o devedor obrigar o credor a 
receber parte em uma prestação e parte em outra 
QUESTÃO 3 
3. Com base no Direito das Obrigações, julgue as afirmações seguintes atribuindo-lhes V 
(Verdadeiro) ou F (Falso), assinalando a alternativa que contenha a sequência correta: 
I. Se João, Paulo e Vitor são devedores coobrigados da obrigação “Z”, cada um 
responde pela dívida toda. Se João, por exemplo, pagar a dívida sub-roga-se no 
direito do credor com relação aos outros. 
II. Na obrigação divisível a resolução de problemas é mais “simples”, porque cada um 
dos coobrigados tem a sua quota parte de responsabilidade. A obrigação é rateada entre 
as partes. 
III. No caso de obrigação não cumprida, as perdas e danos devidos ao credor 
abrangem o que efetivamente perdeu, não se podendo incluir o que presumivelmente 
deixou de ganhar. 
IV. Marcus prometeu transferir a propriedade de uma coisa certa, mas antes disso, sem 
culpa sua, o bem foi deteriorado. Assim sendo, a obrigação subsiste, com a entrega da 
coisa no estado em que se encontra e abatimento no preço proporcional à deterioração. 
V. No caso de uma das prestações se tornar inexequível ou não puder ser objeto de 
obrigação, sem que para tanto concorra fato imputável ao devedor, subsiste o débito 
quanto à outra. Neste caso, a solução independe do titular do direito de escolha. 
(A) V V V V V. 
(B) F V V F V. 
(C) V V F F V. 
(D) V V F V V. 
 (E) F F F F F. 
 
I. Se João, Paulo e Vitor são devedores coobrigados da obrigação “Z”, 
cada um responde pela dívida toda. Se João, por exemplo, pagar a 
dívida sub-roga-se no direito do credor com relação aos outros. 
 
II. Na obrigação divisível a resolução de problemas é mais “simples”, 
porque cada um dos coobrigados tem a sua quota parte de 
responsabilidade. A obrigação é rateada entre as partes. 
• Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais 
de um credor em obrigação divisível, esta 
presume-se dividida em tantas obrigações, 
iguais ebdistintas, quantos os credores ou 
devedores. 
Se a obrigação é divisível presume-se dividida 
em tantas obrigações quanto forem 
necessárias para cada credor ou devedor 
existente. 
 
(Na representação ao lado é como se 
existissem três obrigações, uma para 
cada credor ou devedor – é uma presunção). 
obrigação 
"A1" 
obrigação 
"A2" 
obrigação 
"A3" 
III. No caso de obrigação não cumprida, as perdas e 
danos devidos ao credor abrangem o que efetivamente 
perdeu, não se podendo incluir o que presumivelmente 
deixou de ganhar. 
CC Art. 402. “Salvo as exceções expressamente 
previstas em lei, as perdas e danos devidas ao 
credor abrangem, além do que ele efetivamente 
perdeu (DANO EMERGENTE), o que razoavelmente 
deixou de lucrar (LUCRO CESSANTE).” (As 
observações ao textoda lei são nossas). 
IV. Marcus prometeu transferir a propriedade de uma 
coisa certa, mas antes disso, SEM CULPA SUA, O BEM FOI 
DETERIORADO. Assim sendo, a obrigação subsiste, com a 
entrega da coisa no estado em que se encontra e 
abatimento no preço proporcional à deterioração. 
Regra acessória 1: 
SE HOUVER APENAS A 
DETERIORAÇÃO DO 
BEM 
 
SEM CULPA 
ele poderá optar entre a 
solução: 
1- A coisa perece para 
o dono, SERÁ DELE O 
PREJUÍZO (resolvendo 
a situação); 
 
OU 
 
2- RECEBER O BEM 
DETERIORADO, 
ABATENDO-SE O VALOR 
DA DETERIORAÇÃO. 
Regra acessória 2: 
DETERIORAÇÃO do bem MELHORA NO BEM antes da 
entrega 
 
COM CULPA DO 
devedor 
 
1) reponde pelo 
EQUIVALENTE; ou 
 
2) pode 
o credor ACEITAR A 
COISA, MAS NAS DUAS 
SITUAÇÕES CABERÁ 
INDENIZAÇÃO DAS 
PERDAS E DANOS. 
 
 
 
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier 
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem 
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o 
credor, desobrigado de indenização. 
Art. 242. Se para o melhoramento, ou 
aumento, EMPREGOU O DEVEDOR TRABALHO 
OU DISPÊNDIO, o caso se regulará pelas 
normas deste Código atinentes às benfeitorias 
realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-
fé. 
V. No caso de uma das prestações se tornar 
inexequível ou não puder ser objeto de obrigação, sem 
que para tanto concorra fato imputável ao devedor, 
subsiste o débito quanto à outra. Neste caso, a solução 
independe do titular do direito de escolha. 
a) Impossibilidade de uma das prestações: se a escolha 
couber ao devedor, subsiste a obrigação com a outra 
prestação (art. 253 do CC). Mesma solução, se a escolha 
couber ao credor e a impossibilidade se deu sem culpa do 
devedor. 
• O que ocorre sempre que uma ou todas as prestações não puderem ser cumpridas?? 
• Impossibilidade de uma das prestações: 
OBRIGAÇÃO 
 Se uma das duas prestações não puder ser 
objeto de obrigação ou se tornada 
inexequível se a ESCOLHA couber AO 
DEVEDOR 
subsiste a obrigação com a outra prestação 
(art. 253 do CC). 
 
Quando a ESCOLHA couber ao CREDOR e 
uma das prestações tornar-se impossível por 
CULPA DO DEVEDOR 
o credor terá direito de exigir: 
1) a prestação subsistente 
 
ou 
2) o valor da outra, com perdas e 
danos 
QUESTÃO 4 
4. Jon, por contrato se obriga a entregar 50 sacas de milho a 
Sansa, dispondo que, SE LHE CONVIER, PODERÁ SUBSTITUÍ-
LAS POR R$ 60.700,00, FICANDO ASSIM COM O DIREITO DE 
PAGAR COISA DIVERSA DO OBJETO DO DÉBITO. Essa espécie 
de obrigação é denominada 
(A) dar coisa certa. 
(B) alternativa. 
(C) cumulativa. 
(D) solidária. 
(E) facultativa 
Obrigações Facultativas. 
• A obrigação é considerada facultativa quando, tendo um único objeto, O 
DEVEDOR TEM A FACULDADE DE SUBSTITUIR A PRESTAÇÃO DEVIDA POR 
OUTRA DE NATUREZA DIVERSA, PREVISTA SUBSIDIARIAMENTE. 
 
• Não se confunde com a obrigação alternativa, cujo objeto já “nasce” 
composto. 
 
Obrigações Cumulativas. 
• pluralidade de objetos. 
 
• Neste tipo de obrigação O CUMPRIMENTO DEVE SER NUM TODO, OU SEJA, OS 
DOIS OBJETOS DEVEM SER ENTREGUES. Se isto não ocorrer o inadimplemento 
(o descumprimento da obrigação) será tido como total. 
• A OBRIGAÇÃO CUMULATIVA é a obrigação consistente em um vínculo jurídico 
pelo qual o devedor se compromete a realizar diversas prestações, de tal modo 
que NÃO SE CONSIDERARÁ CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO ATÉ A EXECUÇÃO DE 
TODAS AS PRESTAÇÕES PROMETIDAS, Sem exclusão de uma só. 
QUESTÃO 5 
5. Com base no Código Civil, a respeito da Classificação legal das 
Obrigações, analise as proposições a seguir: 
 
I. Josafá, devedor de uma fazenda por tê-la vendido a João, credor, 
mas antes da entrega o bem se valoriza em razão do acréscimo de 
terra trazido pela correnteza das águas . Josafá poderá pedir 
aumento de preço, pois é o dono e ele se beneficia com a vantagem. 
Se João não aceitar pagar o acréscimo, poderá Josafá resolver a 
obrigação, quer dizer, desfazer a venda. E se, em vez de 
melhoramento ou acrescido, o bem deu frutos? Os frutos já 
separados antes da tradição são de Josafá, pois ele ainda é dono do 
bem, no entanto se pendente quando da tradição, SERÁ DE JOÃO, 
POIS OS BENS ACESSÓRIOS ASSIM COMO AS PERTENÇAS SEGUEM A 
SORTE DO BEM PRINCIPAL. 
 
II. Pedro devedor de um carro por tê-lo vendido a Mateus, credor, entretanto 
antes da entrega o carro cai em uma ribanceira por ser levado pela correnteza 
da inundação provocada por violenta tempestade. Resolve-se a obrigação, o 
que significa desfazer o negócio. Pedro, devedor do carro, sofreu a perda, pois 
ficou sem o carro e sem o dinheiro. 
 
III. Zaquel, devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado de Davi, 
credor, entretanto, antes da entrega o destrói porque provoca um acidente de 
perda total do carro por dirigir embriagado Davi poderá escolher entre receber 
o equivalente mais perdas e danos ou aceitar o bem no estado em que se acha 
acrescido de perdas e danos, incluindo o abatimento do valor em razão da 
perda. 
 
I. Josafá, devedor de uma fazenda por tê-la vendido a João, credor, mas antes da entrega o 
bem se valoriza em razão do acréscimo de terra trazido pela correnteza das águas . Josafá 
poderá pedir aumento de preço, pois é o dono e ele se beneficia com a vantagem. Se João 
não aceitar pagar o acréscimo, poderá Josafá resolver a obrigação, quer dizer, desfazer a 
venda. E se, em vez de melhoramento ou acrescido, o bem deu frutos? Os frutos já 
separados antes da tradição são de Josafá, pois ele ainda é dono do bem, no entanto se 
pendente quando da tradição, SERÁ DE JOÃO, POIS OS BENS ACESSÓRIOS ASSIM COMO AS 
PERTENÇAS SEGUEM A SORTE DO BEM PRINCIPAL. 
Obrigação de 
D 
A 
R 
 
C 
O 
I 
S 
A 
 
C 
E 
R 
T 
a 
• Nas obrigações de dar coisa certa o objeto está 
completamente individualizado: gênero, quantidade e 
qualidade. (Ex: a obrigação de entrega de um veículo, tendo 
especificado a sua marca, ano, placa policial e chassi.) 
Art. 233 do CC - o acessório segue a sorte 
do principal: nas obrigações de dar coisa 
certa, as benfeitorias e os demais 
acessórios, à exceção das pertenças (arts. 
93 e 94 do CC), devem acompanhar o 
bem principal. 
Teoria e esquema baseados nas obras de Cristiano Sobral (Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), 
Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas [ Aulas 05/03]] 
ATENÇÃO.: 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil . 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, 
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das 
circunstâncias do caso. 
 
II. Pedro devedor de um carro por tê-lo vendido a Mateus, credor, entretanto antes da 
entrega o carro cai em uma ribanceira por ser levado pela correnteza da inundação 
provocada por violenta tempestade. Resolve-se a obrigação, o que significa desfazer o 
negócio. Pedro, devedor do carro, sofreu a perda, pois ficou sem o carro e sem o 
dinheiro. 
 Prestação de dar, perda do bem, sem culpa 
do devedor (art. 234): 
Art. 492. Até o momento da 
tradição, os riscos da coisa 
correm por conta do 
vendedor, e os do preço por 
conta do comprador. 
 
 
Se a coisa se perder (se 
houver perecimento – 
perda total da coisa) 
antes da tradição: 
Sem culpa do devedor – 
 
1)fica resolvida a obrigação para ambas as 
partes, 
 
2) sem perdas e danos. 
Com culpa do devedor – o devedorresponde 
pelo 
 
1) equivalente (em dinheiro) e mais 
 
2) perdas e danos. 
III. Zaquel, devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado de Davi, credor, 
entretanto, antes da entrega o destrói porque provoca um acidente de perda total do 
carro por dirigir embriagado. Davi PODERÁ ESCOLHER ENTRE 
RECEBER O EQUIVALENTE MAIS PERDAS E 
DANOS OU ACEITAR O BEM NO ESTADO EM QUE 
SE ACHA ACRESCIDO DE PERDAS E DANOS, 
INCLUINDO O ABATIMENTO DO VALOR EM 
RAZÃO DA PERDA. 
Prestação de restituir, perda do bem, com 
culpa do devedor (art. 239): 
Será devedor no equivalente (indeniza o valor do 
carro) acrescido de perdas e danos. 
PRESTAÇÃO DE RESTITUIR, DETERIORAÇÃO DO BEM, COM CULPA DO 
DEVEDOR (ART. 240): devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado do 
credor, porém antes da entrega o amassa ao bater por dirigir embriagado. O credor 
poderá escolher 
entre RECEBER O EQUIVALENTE MAIS PERDAS E DANOS ou 
ACEITAR O BEM NO ESTADO EM QUE SE ACHA ACRESCIDO DE 
PERDAS E DANOS, INCLUINDO O ABATIMENTO DO VALOR EM 
RAZÃO DA DETERIORAÇÃO. 
QUESTÃO 6 
6. Hadassa celebrou contrato de compra e venda de imóvel com José 
e, mesmo sem a devida declaração negativa de débitos 
condominiais, CONSEGUIU REGISTRAR O BEM EM SEU NOMe. Ocorre 
que, no mês seguinte à sua mudança, Hadassa foi surpreendido com 
a cobrança de cinco meses de cotas condominiais em atraso. 
Inconformado com a situação, Hadassa tentou, sem sucesso, entrar 
em contato com o vendedor, para que este arcasse com os 
mencionados valores. Assim, Considerando apenas as informações 
contidas na presente hipótese, é possível afirmar que perante o 
condomínio, Hadassa deverá arcar com o 
pagamento das cotas em atraso, pois cabe ao 
comprador solver todos os débitos que gravem 
o imóvel? Você deve fundamentar sua resposta. 
A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
INTRODUÇÃO? 
 
 A obrigação propter rem (em razão da 
coisa) é direito obrigacional (confrontando 
devedor e credor) e não direito real. 
Contudo, tem uma especificidade: é a 
obrigação que surge em razão da aquisição 
de um direito real. Ao se adquirir um direito 
real, seu titular assume algumas obrigações 
de devedor perante credor. 
DESENVOLVIMENTO? 
Frise-se que, como a obrigação 
propter rem surge por força da 
titularidade de um direito real, esta 
acompanha o bem se houver 
transferência dele, isto é, o novo 
titular do direito real a assume. 
Exemplo: quem compra um 
apartamento assume as obrigações de 
pagar condomínio, até mesmo aquelas 
que estejam em atraso. 
CONCLUSÃO???? 
Assim sendo, considerando apenas as 
informações contidas na hipótese em comento, É 
POSSÍVEL AFIRMAR QUE PERANTE O 
CONDOMÍNIO, Hadassa e não José é que deve 
ARCAR COM O PAGAMENTO DAS COTAS EM 
ATRASO, POIS CABE AO proprietário SOLVER 
TODOS OS DÉBITOS QUE GRAVEM O IMÓVEL com 
a TRADIÇÃO. 
QUESTÃO 7 
7. O que acontece com a obrigação solidaria se 
um dos credores vier a se tornar incapaz? Você 
deve fundamentar sua resposta. A mera citação 
do dispositivo legal não confere pontuação. 
Com relação à solidariedade este fato não 
trará repercussão alguma. Permanece a 
solidariedade. 
 
1. CUMPRIMENTO 
DA OBRIGAÇÃO 
(arts. 304 a 388, CC) 
O MEIO NORMAL DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO É O DEVEDOR 
CUMPRIR A PRESTAÇÃO, O QUE CHAMAMOS DE PAGAMENTO. 
Repare que o sentido técnico de pagamento difere do seu sentido 
leigo, pois pagamento é coloquialmente usado no sentido de dar 
dinheiro. PAGAMENTO EM SENTIDO TÉCNICO É CUMPRIR A 
PRESTAÇÃO, SEJA UM DAR (DINHEIRO OU QUALQUER OUTRO BEM), 
UM FAZER OU ATÉ UM NÃO FAZER. 
Qual o meio normal de extinção da obrigação? 
Mas a obrigação pode ser extinta por meios anormais? 
Mas a obrigação pode ser extinta por meios anormais, havendo 
extinção da obrigação de uma forma alternativa, de uma forma 
diferente do que o cumprimento da prestação. SÃO AS FORMAS 
ANORMAIS DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO: PAGAMENTO EM 
CONSIGNAÇÃO, PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO, IMPUTAÇÃO DE 
PAGAMENTO, DAÇÃO EM PAGAMENTO, NOVAÇÃO, COMPENSAÇÃO, 
CONFUSÃO E REMISSÃO. 
1.1.2 Pagamento em Sentido Estrito- Divida em Dinheiro. 
1.1. Conceito, Importância e Efeitos. 
Assim, temos 
NORMAL DE 
 EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO 
NORMAL 
ANORMAIS 
PAGAMENTO 
 PAGAMENTO EM 
CONSIGNAÇÃO, 
 
 PAGAMENTO COM SUB-
ROGAÇÃO, 
 
 IMPUTAÇÃO DE 
PAGAMENTO, 
 
 DAÇÃO EM PAGAMENTO, 
 
 NOVAÇÃO, 
 
 
 
 COMPENSAÇÃO, 
CONFUSÃO E REMISSÃO. 
1.2 Princípios Gerais: Pontualidade E Integralidade. 
• ESTIPULA que o 
CONTRATO DEVE SER 
PONTUALMENTE 
CUMPRIDO, e só pode 
modificar-se ou 
extinguir-se POR 
MÚTUO 
CONSENTIMENTO DOS 
CONTRAENTES OU NOS 
CASOS ADMITIDOS NA 
LEI. 
que o devedor deve 
realizar a prestação 
DE UMA SÓ VEZ, 
ainda que se trate 
de prestação 
divisível. 
1.3. Capacidade e Legitimidade para Cumprir ou Receber 
a Prestação. 
QUEM DEVE PAGAR (CHAMADO DE SOLVENS)? 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da 
dívida pode pagá-la, usando, se o credor se 
opuser, dos meios conducentes à exoneração do 
devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não 
interessado, se o fizer em nome e à conta do 
devedor, salvo oposição deste. 
PRÓPRIO 
DEVEDOR, 
TERCEIRO NÃO 
INTERESSADO 
TERCEIRO 
INTERESSADO 
Art. 306. O pagamento feito 
por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição 
do devedor, não obriga a 
reembolsar aquele que 
pagou, se o devedor tinha 
meios para ilidir a ação. 
Desconhecimento ou oposição do devedor, não 
obriga a reembolsar aquele que pagou? 
A quem se deve pagar (chamado de accipiens)? 
Art. 308. O pagamento deve 
ser feito ao credor OU a 
quem de direito o 
represente, sob pena de só 
valer depois de por ele 
ratificado, ou tanto quanto 
reverter em seu proveito. 
Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Data: 29/04/2015, das 19h20 às 
22h00_3NA_DIREITO 
Direito das Obrigações 
UNIDADE II 
Profª Amanda Matos 
AULA 29/04/2015 
Direito das Obrigações 
DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO 
DAS OBRIGAÇÕES 
DIREITO CIVIL II 
UNIDADE II 
Profª Amanda Matos 
Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos das obras de doutrinadores civilistas , como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio 
Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
EMENTA 
2. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação: 
 
2.1 DEPÓSITO EM CONSIGNAÇÃO 
 
2.2 SUB-ROGAÇÃO 
 
2.3 IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO 
 
2.4 DAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
2.5 NOVAÇÃO 
Teoria e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa 
(Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
E o credor putativo? 
Art. 309. O pagamento feito de 
boa-fé ao credor putativo É 
VÁLIDO, AINDA PROVADO 
DEPOIS QUE NÃO ERA 
CREDOR. 
Há casos em que o devedor pode ver-se livre da obrigação, 
mesmo tendo pagado a terceiro não intitulado. Isso ocorrerá 
em três situações: 
1. Na hipótese que estudamos em que ocorre a 
RATIFICAÇÃO, PELO CREDOR, DO PAGAMENTO 
RECEBIDO (art. 309). 
2. Na hipótese em que O PAGAMENTO REVERTERÁ 
EM BENEFÍCIO DO CREDOR (art. 308, visto acima, a 
prova será do solvens). 
3. E, por fim, na hipótese do CREDOR PUTATIVO. 
E o pagamento feito à pessoa incapaz 
de quitar? 
Art. 310. Não vale o 
pagamento cientemente 
feito ao credor incapaz de 
quitar, se o devedor não 
provar que em benefício dele 
efetivamente reverteu.1.4. LUGAR, TEMPO 
 E MODO DO CUMPRIMENTO 
(arts. 304 a 388, CC) 
1.4.1 Do Objeto do Pagamento e Sua Prova 
Art. 313. O credor não é obrigado A RECEBER 
PRESTAÇÃO DIVERSA DA QUE LHE É DEVIDA, ainda que 
mais valiosa. 
 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto 
prestação divisível, NÃO PODE O CREDOR SER 
OBRIGADO A RECEBER, NEM O DEVEDOR A PAGAR, 
por partes, se assim não se ajustou. 
 
Art. 315. As DÍVIDAS EM DINHEIRO deverão ser pagas 
no vencimento, em moeda corrente e pelo valor 
nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. 
Art. 316. É lícito convencionar O AUMENTO PROGRESSIVO 
DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS. 
 
Art. 317. Quando, POR MOTIVOS IMPREVISÍVEIS, 
SOBREVIER DESPROPORÇÃO MANIFESTA ENTRE O VALOR 
DA PRESTAÇÃO DEVIDA E O DO MOMENTO DE SUA 
EXECUÇÃO, poderá O JUIZ CORRIGI-LO, a pedido da parte, 
DE MODO QUE ASSEGURE, 
QUANTO POSSÍVEL, O VALOR REAL 
DA PRESTAÇÃO. 
1.4.2 TEORIA DA IMPREVISÃO 
1.4.2.1Muito cuidado com a proibição do art. 318. 
VEJAMOS: 
Art. 318. SÃO NULAS as convenções de 
pagamento em ouro ou em moeda 
estrangeira, bem como para 
compensar a diferença entre o valor 
desta e o da moeda nacional, 
excetuados os casos previstos na 
legislação especial. 
1.4.3 Recibo e Quitação: Modos e Prova. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode 
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. 
 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento 
particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome 
do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do 
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. 
 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo 
valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar 
haver sido paga a dívida. 
Art. 322 do CC: quando o pagamento for em quotas periódicas, a 
quitação da última estabelece, até em prova em contrário, a 
presunção de estarem solvidas as anteriores; Um exemplo disso 
são nossas contas de luz, gás, telefone, em que se lê: “a 
quitação da última conta não faz presumir a quitação de 
débitos anteriores”. 
 
b) Art. 323 do CC: sendo a quitação do capital sem fazer reserva 
que os juros não foram pagos, estes se presumem pagos; e 
 
c) Art. 324 do CC: a entrega do título firma presunção do 
pagamento, presunção que pode ser elidida no prazo de sessenta 
dias 
1.4.3.1 São os três casos de presunção de 
pagamento: 
1.4.3.2 Da prova exclusivamente testemunhal para 
provar o pagamento? 
Art. 227 Salvo os casos expressos, a prova 
exclusivamente testemunhal só se admite nos 
negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o 
décuplo do maior salário mínimo vigente no País 
ao tempo em que foram celebrados. 
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do 
negócio jurídico, a prova testemunhal é 
admissível como subsidiária ou complementar da 
prova por escrito 
1.4.4Do Lugar do Pagamento (arts. 327 a 330). 
• A regra geral, quanto ao lugar do pagamento, 
está no art. 327: 
Art. 327. Efetuar-se-á O PAGAMENTO NO 
DOMICÍLIO DO DEVEDOR, salvo se as partes 
convencionarem diversamente, ou se o contrário 
resultar da lei, da natureza da obrigação ou das 
circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados DOIS OU MAIS 
LUGARES, cabe ao credor escolher entre eles. 
ESQUEMATIZANDO TEMOS: 
quérable 
Portable 
 
. 
E o pagamento consistente na tradição de um 
imóvel? 
Art. 328. Se o pagamento 
consistir na tradição de um 
imóvel, ou em prestações 
relativas a imóvel, far-se-á no 
lugar onde situado o bem. 
Ocorrendo motivo grave para que se 
não efetue o pagamento no lugar 
determinado, poderá o devedor fazê-
lo em outro, SEM PREJUÍZO PARA O 
CREDOR. 
Em regra o caso fortuito e a força 
maior não autorizam indenizações. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito 
em outro local faz presumir renúncia do credor 
relativamente ao previsto no contrato. 
O credor não pode exigir o pagamento antes do 
vencimento, 
Do Tempo do Pagamento (arts. 331 a 333,CC). 
Isso de acordo com o art. 939: 
O credor que demandar o devedor antes de 
vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o 
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que 
faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar 
as custas em dobro. 
ANÁLISE DE CASOS 
O pagamento efetuar-se-á 
a) No domicílio do credor, salvo convenção em contrário. 
b) No local convencionado, mas o pagamento feito reiteradamente em outro local faz 
presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. 
c) Sempre no domicílio do devedor, salvo, apenas, disposição legal em sentido contrário. 
d) Onde melhor atender o interesse do credor, salvo convenção em sentido contrário. 
e) Onde for menos oneroso para o devedor, salvo convenção em sentido contrário. 
 Quanto ao lugar do pagamento, a lei estabelece qual das partes deve procurar a 
outra para exigir que ocorra o pagamento. Assim, existem duas espécies de dívida 
quanto ao lugar do pagamento: a ) Quérable (quesível) e b) portable (portável). 
 Nas dívidas quérable, o credor deve exigir do devedor pagamento, no domicílio 
deste último. Esta é a regra adotada pelo Código Civil, pois o art.327 dispõe que efetuar-
se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das 
circunstâncias. 
 Já a dívida portable é aquela segundo a qual cabe ao devedor oferecer o 
pagamento ao credor, no domicilio deste. Depende de convenção das partes, da 
natureza da obrigação ou das circunstâncias, com base no art. 327, caput, última parte 
do Código Civil. De qualquer sorte, podem as partes convencionar qualquer lugar para 
cumprimento da prestação. Mas fatores posteriores podem transformar em portável 
uma dívida quesível ou vice-versa, com espeque no art. 330 do CC. Então, vejamos: 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se 
as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da 
lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz 
presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. 
Destarte, a assertiva correta é a letra B, com base no art. 330, CC. 
3. Modos 
Extraordinários de 
Cumprimento da 
Obrigação 
(arts. 304 a 388, CC) 
PAGAMENTO GÊNERO 
PAGAMENTO DIRETO 
ARTS. 304 A 333, CC 
PAGAMENTO 
INDIRETO 
• Do Pagamento em 
Consignação; 
• Do Pagamento em Sub-
rogação; 
• Imputação de pagamento; 
• Dação em pagamento 
• Novação. 
• Compensação; 
• Confusão; 
• Remissão; 
• Transação 
• Compromisso. 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: (ARTS. 334 A 345 DO CC) 
1) O devedor, e não apenas o credor, também tem interesse no sentido de que a 
obrigação seja extinta. 
2) Não pagando o devedor no tempo, local e forma devidos, sujeitar-se-á aos ônus da 
mora. 
3) Ainda, se sua obrigação consistir na entrega de coisa, enquanto não houver a tradição, o 
devedor é responsável pela guarda, respondendo por sua perda ou deterioração. 
I- se o credor não puder, ou, sem 
justa causa, recusar receber o 
pagamento, ou dar quitação na 
devida forma; 
 
 
II - se o credor não for, nem 
mandar receber a coisa no lugar, 
tempo e condição devidos; 
 
III - se o credor for incapaz de 
receber, for desconhecido, declarado 
ausente, ou residir em lugar incerto 
ou de acesso perigoso ou difícil; 
 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem 
deva legitimamente receber o objeto 
do pagamento; 
 
V - se pender litígio sobre o objeto do 
pagamento. 
Fonte: 
https://www.google.com.br/search?q=pagamento+em+consigna%C3%A7%C3%A3o+extrajudicial&biw=1517&bih=741&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=F95AVbX7B8qYNo3ngcgP&ved=0CAcQ_AUoAg&dpr=0.9#imgrc=sUxtr3QPFTa82M%253A%3BWUmyUava5KqlaM%3Bhttp%
253A%252F%252F4.bp.blogspot.com%252F-
HQ4wZxpJNjo%252FUIGafKT2gCI%252FAAAAAAAAA0U%252Fcn_twUlYJAM%252Fs1600%252Fconsigna%252525C3%252525A7%252525C3
%252525A3o%252Bem%252Bju%252525C3%252525ADzo.png%3Bhttp%253A%252F%252Fcadorim.blogspot.com%252F2012%252F06%25
2Fdireito-das-obrigacoes-pagamento-em.html%3B602%3B816 
IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO (arts. 352 a 355 do CC) 
 
 Para que se fale em imputação ao pagamento há de existir, de forma cumulativa: 
a) Igualdade de sujeitos (credor e devedor); 
b) Liquidez e vencimento de dívidas de mesma natureza, 
o que gera exigibilidade; 
c) Pagamento não integral de todas as dívidas. 
Ulpiano “ o devedor, quando paga, tem o direito de declarar qual é a dívida que está 
pagando, dentre todas as que ele tem” 
 
• A essa operação, pela qual o devedor de várias dívidas a um mesmo credor, ou o 
próprio credor em seu lugar, diante da insuficiência do pagamento para saldar 
todas elas declara qual das dívidas será extinta, denomina-se imputação do 
pagamento 
EXEMPLIFICANDO: 
Obrigação I: R$ 500,00 
Obrigação II: r$ 500,00 
Obrigação III: R$ 1.000,00 
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos 
da mesma natureza, a um só credor, TEM O DIREITO DE 
INDICAR A QUAL DELES OFERECE PAGAMENTO, SE 
TODOS FOREM LÍQUIDOS E VENCIDOS. 
R$2.000,00 
Há entre o devedor e credor 3 
obrigações distintas, mas da 
mesma natureza e liquidez 
Imputação do pagamento: (arts. 352 a 355 do CC) 
ATENÇÃO.: 
1) Sendo silente o sujeito ativo 
(DEVEDOR) o direito passa ao sujeito 
PASSIVO do pagamento (CREDOR); 
 
2) Se ambos silenciarem (forem omissos)-, 
a lei então se encarregará de realizar a 
imputação ao pagamento (imputação 
legal) 
 
A IMPUTAÇÃO LEGAL ESTÁ DISCIPLINADA PELOS ARTIGOS 
354/355, DO CC. São regras objetivas, ante a omissão do devedor 
e do credor. Assim, temos: 
a) Prioridade para os juros vencidos em 
detrimento do capital; 
 
b) Prioridade para as dívidas líquidas e vencidas 
anteriormente, em detrimento das mais 
recentes; 
 
c) Prioridade às dívidas mais onerosas, em 
detrimento das menos vultuosas, se vencidas 
e líquidas ao mesmo tempo. 
ANÁLISE DE CASOS 
ANTENOR deve R$ 1.000,00 (um mil reais) a MÉRCIO, dívida vencida há 
mais de um mês, razão por que foi acrescida de 2% (dois por cento de 
juros), alcançando o valor de R$ 1.020,00 ( um mil e vinte reais); ANTENOR 
dispõe no momento de apenas R$ 20,0 (vinte reais) e os entrega a MÉRCIO: 
em virtude da regra legal, imputa-se o pagamento primeiro nos juros, 
abatendo-os, para só depois se começar a reduzir o valor do principal. 
Nesse caso, é possível afirmar que, ANTENOR, fica devendo os R$1.000,00 ( 
um mil reais), que podem ser acrescidos de novos juros em caso de novo 
período de inadimplência. [C/E] 
 
 Do artigo acima podemos concluir, que a imputação do pagamento, é 
uma faculdade atribuída ao devedor que possui vários débitos, na qual, este 
poderá escolher dentre os diversos débitos, a obrigação que será extinta 
através do pagamento. Desde que estes débitos sejam perante o mesmo 
credor, de mesma natureza, líquidos e vencidos. 
 Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua 
existência, e que é determinada quanto ao seu objeto. 
 Na situação hipotética, havendo capital e juros, o pagamento imputar-
se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo se o credor 
passar a quitação por conta do capital, nos termos do art.354 do Código 
Civil. Assim, Antenor ficará devendo os R$ 1.000,00 ( mil reais), que podem 
ser acrescidos de novos juros em caso de novo período de inadimplência. 
Assertiva, portanto, é certa. 
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um 
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem 
líquidos e vencidos. 
 
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros 
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor 
passar a quitação por conta do capital. 
“Havendo dois débitos da mesma natureza, 
líquidos e vencidos, o devedor pode imputar 
pagamento parcial de um deles, 
independentemente de convenção”. [C/E] 
Princípio da Indivisibilidade (art.314, CC)/Autonomia privada/Aquiescência do 
credor 
 A questão trata do instituto da imputação de pagamento, previsto no 
dispositivo legal abaixo. De fato, ele é cabível quando o devedor possui mais de 
um débito, líquido e vencido, em relação a um credor, oportunizando 
inicialmente ao devedor o direito de escolher sobre qual dívida irá incidir o 
montante pago. Vejamos: 
 
 
 
CC - Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos 
da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de 
indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem 
líquidos e vencidos. 
 No entanto, o equívoco da alternativa reside na expressão "o devedor pode 
imputar pagamento parcial de um deles, independentemente de convenção.“ 
 
 Ora, o art. 314 do CC prevê que é obrigatório cumprimento das obrigações 
nos moldes incialmente ajustados, seja em relação ao credor, seja em relação ao 
devedor. A obrigação inicial só poderá ser adimplida de modo diverso se as 
partes contratantes convencionarem nesse sentido. Sendo assim, o pagamento 
parcial de um valor só ocorreria se houvesse convenção autorizando tal prática. 
Pelo exposto, a questão é incorreta. 
 
 
 
Dação em pagamento: (arts. 356 a 359 do CC) 
Se o credor consentir, a obrigação pode ser resolvida substituindo-se seu objeto. 
Dá-se algo em pagamento, que não estava originalmente na obrigação. Esse é o 
sentido da datio in solutum. Só pode ocorrer com o consentimento do credor, 
pois ele não está obrigado a receber nem mesmo coisa mais valiosa (art. 313 
Prestação 
pecuniária 
no valor de 
R$500,00 
Paga com o 
CONSENTIMENTO 
DO CREDOR 
Obrigação de 
fazer: 
prestação de 
serviço 
A partir da análise do conceito, infere-se 
que são requisitos necessários para a 
ocorrência da dação em pagamento: 
 
a) Existência de dívida vencida e exigível; 
b) Consentimento do Credor; 
c) A entrega de coisa diversa da devida; 
d) O animus solvendi ou intenção de 
pagamento do devedor e quitação do 
credor. 
Novação: (arts. 360 a 367 do CC) 
1. NOVAR é, por ato de vontade, criar obrigação nova em substituição 
da anterior. 
2. Neste novo vínculo há uma mudança das pessoas (devedor ou credor), 
e/ou alteração do objeto (prestação), do conteúdo da causa debendi. 
3. Importará na extinção da dívida primitiva com todos os seus acessórios 
e garantias; afinal: o acessório segue a sorte do principal (arts. 92 e 
364 do CC), salvo disposição de vontade específica em contrário. 
 
 
PARA QUE HAJA NOVAÇÃO, segundo Orlando Gomes, haverão de ser verificados os 
seguintes requisitos: 
a) Existência de uma obrigação primitiva 
(obligatio novanda); 
 
b) Criação de uma obrigação nova (aliquid novi); 
 
c) Vontade de novar (animus novandi), expresso 
ou tácito (art.361, CC) 
A doutrina, com base no Código Civil, traça a existência de três espécies de novação: a) 
Novação objetiva; b) Novação subjetiva (ativa, passiva- expropriação ou delegação- ou 
mista) e c) Novação mista. Sinteticamente: 
 
NOVAação 
Objetiva e real 
Subjetiva ou 
Pessoal 
Mista 
ATIVA 
PASSIVA 
mISTA 
Expromissão 
delegação 
ANÁLISE DE CASOS 
CASO PRÁTICO 
BARÃO assinou nota promissória em garantia de empréstimo 
tomando de DANIEL, no valor de R$ 5.000,00. Não tendo 
conseguido pagar a dívida no prazo acordado, BARÃO solicitou a 
sua irmã, Maria, que assinasse novanota promissória, 
comprometendo-se a realizar o pagamento do débito em sessenta 
dias. DANIEL concordou com o negócio e o título assinado foi 
inutilizado. Nessa situação houve: 
a) Imputação ao pagamento. 
b) Novação 
c) Pagamento em consignação 
d) Dação em pagamento. 
 A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a substituição de uma 
obrigação anterior por uma obrigação nova, que é diferente da anterior. Por este motivo, a novação 
não produz a satisfação imediata do crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os 
seguintes requisitos: a existência de uma obrigação anterior; que exista uma nova obrigação; e que 
exista a intenção de fazer a novação. 
 Existem três espécies de novação: a novação objetiva onde se altera o objeto da obrigação; a 
novação subjetiva onde serão alterados os sujeitos, ou seja, as pessoas da relação obrigacional; e 
novação mista onde serão alterados o objeto e as pessoas ao mesmo tempo. 
 Como se observa na questão, HAVIA UMA DÍVIDA ENTRE BARÃO (DEVEDOR) E DANIEL 
(CREDOR), MATERIALIZADA EM UMA NOTA PROMISSÓRIA. ESTA NOTA PROMISSÓRIA FOI 
INUTILIZADA, SENDO FEITA UMA NOVA NOTA PROMISSÓRIA, TENDO AGORA MARIA COMO 
DEVEDORA. PORTANTO, OCORREU UMA NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA POR DELEGAÇÃO (ALTERAÇÃO 
DO DEVEDOR PRIMITIVO COM O SEU CONSENTIMENTO), POIS HOUVE A CRIAÇÃO DE NOVA 
OBRIGAÇÃO, EXTINGUINDO-SE A ANTERIOR. NÃO OCORREU A ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de 
débito), pois nesta ocorre a substituição do devedor, sem alteração na substância do vínculo 
obrigacional (no caso concreto houve a alteração da nota promissória). 
 Também NÃO OCORREU CESSÃO de crédito, pois neste caso o credor da obrigação (Daniel) 
transferiria a outra pessoa (cessionário), sua qualidade de credor na relação obrigacional (o que não 
ocorreu na questão). NÃO OCORREU A IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO, pois nesta uma pessoa 
obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem a faculdade de escolher 
qual deles oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. 
 Também não ocorreu O PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (pessoal), uma vez que neste 
ocorre a substituição dos direitos creditórios, daquele que solveu a obrigação de outrem. Em outras 
palavras: é a transferência da qualidade de credor para aquele que pagou a obrigação alheia. 
João deve R$ 500,00 (quinhentos reais) a Ana. Como não tem o dinheiro, oferece pagar 
com um aparelho de som que possui no valor de R$ 100,00 (cem reais). Escolha a opção 
correta. 
 
 a) Ana deveria aceitar, visto que o devedor não possui condições de adimplir de outra 
forma. 
 
 b) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma dação em pagamento e a dívida seria 
totalmente extinta. 
 
 c) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma compensação e João ainda teria que pagar 
o restante da dívida. 
 
 d) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma imputação do pagamento e a dívida seria 
totalmente extinta. 
 
 e) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma novação parcial, visto que João ainda teria 
que pagar o restante da dívida. 
 
 Da leitura do art. 356 já podemos intuir o que seja a dação em pagamento. Assim, 
ocorre a dação em pagamento quando o devedor, com a anuência do credor, entrega, 
como pagamento, prestação diversa da que foi acordada. 
A dação em pagamento pode então ser corretamente definida como um acordo entre 
o credor e o devedor, com o objetivo de extinguir a obrigação, no qual consente o 
credor em receber coisa diversa da devida, em substituição à prestação que lhe era 
originalmente objeto do pacto. 
 Desta forma, consoante o enunciado, o devedor se obrigou a pagar o credor a 
quantia de R$ 500,00. Contudo, ofereceu um bem no importe de R$ 100, cujo valor é 
inferior ao original. Na assertiva, diz que o credor consente com a dação que, registre-
se de passagem, que embora a obrigação primitiva tenha sido pactuada em pecúnia, 
para caracterizar a dação em pagamento ou dação em cumprimento a natureza da 
obrigação deva ser diversa da prestação originária. Destaco, como bem anotado pelo 
professor Pablo Stolze, os requisitos da dação em pagamento: 
1- a existência de uma dívida vencida; 
2- o consentimento do credor; 
3- a entrega de coisa diversa da devida; 
4- o ânimo de solver, ou seja, a intenção de solucionar a obrigação principal. 
Pelo exposto, a assertiva correta é B. 
Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Data: 06/05/2015, das 19h20 às 
22h00_3NA_DIREITO 
Direito das Obrigações 
UNIDADE II 
Profª Amanda Matos 
AULA 06/05/2015 
EMENTA 
2. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação: 
 
2.1 DEPÓSITO EM CONSIGNAÇÃO 
 
2.2 SUB-ROGAÇÃO 
 
2.3 IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO 
 
2.4 DAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
2.5 NOVAÇÃO 
 
 
 
 
2.6 compensação 
 
2.7 confusão 
 
2.8 remissão 
 
2.9 transação e compromisso. (SÁBADO) 
 
3. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa: 
repetição do indébito. Insolvência do Devedor: 
Preferências e Privilégios Creditórios. (SÁBADO) 
 
 
EMENTA 
3. Modos 
Extraordinários de 
Cumprimento da 
Obrigação 
(arts. 304 a 388, CC) 
PAGAMENTO GÊNERO 
PAGAMENTO DIRETO 
ARTS. 304 A 333, CC 
PAGAMENTO 
INDIRETO 
• Do Pagamento em 
Consignação; 
• Do Pagamento em Sub-
rogação; 
• Imputação de pagamento; 
• Dação em pagamento 
• Novação. 
• Compensação; 
• Confusão; 
• Remissão; 
• Transação 
• Compromisso. 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: (ARTS. 334 A 345 DO CC) 
1) O devedor, e não apenas o credor, também tem interesse no sentido de que a 
obrigação seja extinta. 
2) Não pagando o devedor no tempo, local e forma devidos, sujeitar-se-á aos ônus da 
mora. 
3) Ainda, se sua obrigação consistir na entrega de coisa, enquanto não houver a tradição, o 
devedor é responsável pela guarda, respondendo por sua perda ou deterioração. 
Atenção: 
A consignação em pagamento 
está relacionada a uma 
obrigação de dar (o 
pagamento). Não pode 
estar relacionada a 
obrigações de fazer 
ou não fazer. 
I- se o credor não puder, ou, sem 
justa causa, recusar receber o 
pagamento, ou dar quitação na 
devida forma; 
 
 
II - se o credor não for, nem 
mandar receber a coisa no lugar, 
tempo e condição devidos; 
 
III - se o credor for incapaz de 
receber, for desconhecido, declarado 
ausente, ou residir em lugar incerto 
ou de acesso perigoso ou difícil; 
 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem 
deva legitimamente receber o objeto 
do pagamento; 
 
V - se pender litígio sobre o objeto do 
pagamento. 
Fonte: 
https://www.google.com.br/search?q=pagamento+em+consigna%C3%A7%C3%A3o+extrajudicial&biw=1517&bih=741&source=lnms&tbm
=isch&sa=X&ei=F95AVbX7B8qYNo3ngcgP&ved=0CAcQ_AUoAg&dpr=0.9#imgrc=sUxtr3QPFTa82M%253A%3BWUmyUava5KqlaM%3Bhttp%
253A%252F%252F4.bp.blogspot.com%252F-
HQ4wZxpJNjo%252FUIGafKT2gCI%252FAAAAAAAAA0U%252Fcn_twUlYJAM%252Fs1600%252Fconsigna%252525C3%252525A7%252525C3
%252525A3o%252Bem%252Bju%252525C3%252525ADzo.png%3Bhttp%253A%252F%252Fcadorim.blogspot.com%252F2012%252F06%25
2Fdireito-das-obrigacoes-pagamento-em.html%3B602%3B816 
IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO (arts. 352 a 355 do CC) 
 
 Para que se fale em imputação ao pagamento há de existir, de forma cumulativa: 
a) Igualdade de sujeitos (credor e devedor); 
b) Liquidez e vencimento de dívidas de mesma natureza, 
o que gera exigibilidade; 
c) Pagamento não integral de todas as dívidas. 
Ulpiano “ o devedor, quando paga, tem o direito de declarar qual é a dívida que está 
pagando, dentre todas as que ele tem” 
 
• A essa operação, pela qual o devedor de várias dívidas a um mesmo credor, ou o 
próprio credor em seu lugar, diante da insuficiência do pagamento para saldar 
todas elas declara qual das dívidas será extinta, denomina-seimputação do 
pagamento 
EXEMPLIFICANDO: 
Obrigação I: R$ 500,00 
Obrigação II: r$ 500,00 
Obrigação III: R$ 1.000,00 
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos 
da mesma natureza, a um só credor, TEM O DIREITO DE 
INDICAR A QUAL DELES OFERECE PAGAMENTO, SE 
TODOS FOREM LÍQUIDOS E VENCIDOS. 
R$2.000,00 
Há entre o devedor e credor 3 
obrigações distintas, mas da 
mesma natureza e liquidez 
Imputação do pagamento: (arts. 352 a 355 do CC) 
ATENÇÃO.: 
1) Sendo silente o sujeito ativo 
(DEVEDOR) o direito passa ao sujeito 
PASSIVO do pagamento (CREDOR); 
 
2) Se ambos silenciarem (forem omissos)-, 
a lei então se encarregará de realizar a 
imputação ao pagamento (imputação 
legal) 
 
A IMPUTAÇÃO LEGAL ESTÁ DISCIPLINADA PELOS ARTIGOS 
354/355, DO CC. São regras objetivas, ante a omissão do devedor 
e do credor. Assim, temos: 
a) Prioridade para os juros vencidos em 
detrimento do capital; 
 
b) Prioridade para as dívidas líquidas e vencidas 
anteriormente, em detrimento das mais 
recentes; 
 
c) Prioridade às dívidas mais onerosas, em 
detrimento das menos vultuosas, se vencidas 
e líquidas ao mesmo tempo. 
ANÁLISE DE CASOS 
ANTENOR deve R$ 1.000,00 (um mil reais) a MÉRCIO, dívida vencida há 
mais de um mês, razão por que foi acrescida de 2% (dois por cento de 
juros), alcançando o valor de R$ 1.020,00 ( um mil e vinte reais); ANTENOR 
dispõe no momento de apenas R$ 20,0 (vinte reais) e os entrega a MÉRCIO: 
em virtude da regra legal, imputa-se o pagamento primeiro nos juros, 
abatendo-os, para só depois se começar a reduzir o valor do principal. 
Nesse caso, é possível afirmar que, ANTENOR, fica devendo os R$1.000,00 ( 
um mil reais), que podem ser acrescidos de novos juros em caso de novo 
período de inadimplência. [C/E] 
 
 Do artigo acima podemos concluir, que a imputação do pagamento, é 
uma faculdade atribuída ao devedor que possui vários débitos, na qual, este 
poderá escolher dentre os diversos débitos, a obrigação que será extinta 
através do pagamento. Desde que estes débitos sejam perante o mesmo 
credor, de mesma natureza, líquidos e vencidos. 
 Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua 
existência, e que é determinada quanto ao seu objeto. 
 Na situação hipotética, havendo capital e juros, o pagamento imputar-
se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo se o credor 
passar a quitação por conta do capital, nos termos do art.354 do Código 
Civil. Assim, Antenor ficará devendo os R$ 1.000,00 ( mil reais), que podem 
ser acrescidos de novos juros em caso de novo período de inadimplência. 
Assertiva, portanto, é certa. 
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um 
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem 
líquidos e vencidos. 
 
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros 
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor 
passar a quitação por conta do capital. 
“Havendo dois débitos da mesma natureza, 
líquidos e vencidos, o devedor pode imputar 
pagamento parcial de um deles, 
independentemente de convenção”. [C/E] 
Princípio da Indivisibilidade (art.314, CC)/Autonomia privada/Aquiescência do 
credor 
 A questão trata do instituto da imputação de pagamento, previsto no 
dispositivo legal abaixo. De fato, ele é cabível quando o devedor possui mais de 
um débito, líquido e vencido, em relação a um credor, oportunizando 
inicialmente ao devedor o direito de escolher sobre qual dívida irá incidir o 
montante pago. Vejamos: 
 
 
 
CC - Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos 
da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de 
indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem 
líquidos e vencidos. 
 NO ENTANTO, O EQUÍVOCO DA ALTERNATIVA RESIDE NA EXPRESSÃO "O 
DEVEDOR PODE IMPUTAR PAGAMENTO PARCIAL DE UM DELES, 
INDEPENDENTEMENTE DE CONVENÇÃO.“ 
 
 Ora, o art. 314 do CC prevê que é obrigatório cumprimento das obrigações 
nos moldes incialmente ajustados, seja em relação ao credor, seja em relação ao 
devedor. A obrigação inicial só poderá ser adimplida de modo diverso se as 
partes contratantes convencionarem nesse sentido. Sendo assim, o pagamento 
parcial de um valor só ocorreria se houvesse convenção autorizando tal prática. 
Pelo exposto, a questão é incorreta. 
 
 
 
Dação em pagamento: (arts. 356 a 359 do CC) 
Se o credor consentir, a obrigação pode ser resolvida substituindo-se seu objeto. 
Dá-se algo em pagamento, que não estava originalmente na obrigação. Esse é o 
sentido da datio in solutum. Só pode ocorrer com o consentimento do credor, 
pois ele não está obrigado a receber nem mesmo coisa mais valiosa (art. 313 
Prestação 
pecuniária 
no valor de 
R$500,00 
Paga com o 
CONSENTIMENTO 
DO CREDOR 
Obrigação de 
fazer: 
prestação de 
serviço 
A partir da análise do conceito, infere-se 
que são requisitos necessários para a 
ocorrência da dação em pagamento: 
 
a) Existência de dívida vencida e exigível; 
b) Consentimento do Credor; 
c) A entrega de coisa diversa da devida; 
d) O animus solvendi ou intenção de 
pagamento do devedor e quitação do 
credor. 
Novação: (arts. 360 a 367 do CC) 
1. NOVAR é, por ato de vontade, CRIAR OBRIGAÇÃO NOVA EM SUBSTITUIÇÃO DA 
ANTERIOR. 
2. Neste NOVO VÍNCULO HÁ UMA MUDANÇA DAS PESSOAS (DEVEDOR OU 
CREDOR), E/OU ALTERAÇÃO DO OBJETO (PRESTAÇÃO), DO CONTEÚDO DA 
CAUSA DEBENDI. 
 
3. IMPORTARÁ NA EXTINÇÃO DA DÍVIDA PRIMITIVA COM TODOS OS SEUS 
ACESSÓRIOS E GARANTIAS; afinal: o acessório segue a sorte do principal (arts. 92 
e 364 do CC), salvo disposição de vontade específica em contrário. 
 
PARA QUE HAJA NOVAÇÃO, segundo Orlando Gomes, haverão de ser verificados os 
seguintes requisitos: 
a) Existência de uma obrigação primitiva 
(obligatio novanda); 
 
b) Criação de uma obrigação nova (aliquid novi); 
 
c) Vontade de novar (animus novandi), expresso 
ou tácito (art.361, CC) 
A doutrina, com base no Código Civil, traça a existência de três espécies de novação: a) 
Novação objetiva; b) Novação subjetiva (ativa, passiva- expropriação ou delegação- ou 
mista) e c) Novação mista. Sinteticamente: 
 
NOVAação 
Objetiva e real 
Subjetiva ou 
Pessoal 
Mista 
ATIVA: Art. 360, CC 
PASSIVA 
MISTA 
Expromissão
: Art.362,CC 
delegação 
Teoria e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa 
(Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
ANÁLISE DE CASOS 
CASO PRÁTICO 
BARÃO assinou nota promissória em garantia de empréstimo 
tomando de DANIEL, no valor de R$ 5.000,00. Não tendo 
conseguido pagar a dívida no prazo acordado, BARÃO solicitou a 
sua irmã, Maria, que assinasse nova nota promissória, 
comprometendo-se a realizar o pagamento do débito em sessenta 
dias. DANIEL concordou com o negócio e o título assinado foi 
inutilizado. Nessa situação houve: 
a) Imputação ao pagamento. 
b) Novação 
c) Pagamento em consignação 
d) Dação em pagamento. 
 A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a substituição de uma 
obrigação anterior por uma obrigação nova, que é diferente da anterior. Por este motivo, a novação 
não produz a satisfação imediata do crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os 
seguintes requisitos: a existência de uma obrigação anterior; que exista uma nova obrigação; e que 
exista a intenção de fazer a novação. 
 Existem três espécies de novação:a novação objetiva onde se altera o objeto da obrigação; a 
novação subjetiva onde serão alterados os sujeitos, ou seja, as pessoas da relação obrigacional; e 
novação mista onde serão alterados o objeto e as pessoas ao mesmo tempo. 
 Como se observa na questão, HAVIA UMA DÍVIDA ENTRE BARÃO (DEVEDOR) E DANIEL 
(CREDOR), MATERIALIZADA EM UMA NOTA PROMISSÓRIA. ESTA NOTA PROMISSÓRIA FOI 
INUTILIZADA, SENDO FEITA UMA NOVA NOTA PROMISSÓRIA, TENDO AGORA MARIA COMO 
DEVEDORA. PORTANTO, OCORREU UMA NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA POR 
DELEGAÇÃO (ALTERAÇÃO DO DEVEDOR PRIMITIVO COM O SEU 
CONSENTIMENTO), POIS HOUVE A CRIAÇÃO DE NOVA OBRIGAÇÃO, EXTINGUINDO-SE A 
ANTERIOR. NÃO OCORREU A ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de débito), pois nesta ocorre a 
substituição do devedor, sem alteração na substância do vínculo obrigacional (no caso concreto 
houve a alteração da nota promissória). 
 Também NÃO OCORREU CESSÃO de crédito, pois neste caso o credor da obrigação (Daniel) 
transferiria a outra pessoa (cessionário), sua qualidade de credor na relação obrigacional (o que não 
ocorreu na questão). NÃO OCORREU A IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO, pois nesta uma pessoa 
obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem a faculdade de escolher 
qual deles oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. 
 Também não ocorreu O PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (pessoal), uma vez que neste 
ocorre a substituição dos direitos creditórios, daquele que solveu a obrigação de outrem. Em outras 
palavras: é a transferência da qualidade de credor para aquele que pagou a obrigação alheia. 
João deve R$ 500,00 (quinhentos reais) a Ana. Como não tem o dinheiro, oferece pagar 
com um aparelho de som que possui no valor de R$ 100,00 (cem reais). Escolha a opção 
correta. 
 
 a) Ana deveria aceitar, visto que o devedor não possui condições de adimplir de outra 
forma. 
 
 b) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma dação em pagamento e a dívida seria 
totalmente extinta. 
 
 c) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma compensação e João ainda teria que pagar 
o restante da dívida. 
 
 d) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma imputação do pagamento e a dívida seria 
totalmente extinta. 
 
 e) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma novação parcial, visto que João ainda teria 
que pagar o restante da dívida. 
 
 Da leitura do art. 356 já podemos intuir o que seja a dação em pagamento. Assim, 
ocorre a dação em pagamento quando o devedor, com a anuência do credor, entrega, 
como pagamento, prestação diversa da que foi acordada. 
A dação em pagamento pode então ser corretamente definida como um acordo entre 
o credor e o devedor, com o objetivo de extinguir a obrigação, no qual consente o 
credor em receber coisa diversa da devida, em substituição à prestação que lhe era 
originalmente objeto do pacto. 
 Desta forma, consoante o enunciado, o devedor se obrigou a pagar o credor a 
quantia de R$ 500,00. Contudo, ofereceu um bem no importe de R$ 100, cujo valor é 
inferior ao original. Na assertiva, diz que o credor consente com a dação que, registre-
se de passagem, que embora a obrigação primitiva tenha sido pactuada em pecúnia, 
para caracterizar a dação em pagamento ou dação em cumprimento a natureza da 
obrigação deva ser diversa da prestação originária. Destaco, como bem anotado pelo 
professor Pablo Stolze, os requisitos da dação em pagamento: 
1- a existência de uma dívida vencida; 
2- o consentimento do credor; 
3- a entrega de coisa diversa da devida; 
4- o ânimo de solver, ou seja, a intenção de solucionar a obrigação principal. 
Pelo exposto, a assertiva correta é B. 
ANÁLISE DE CASOS 
Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Data: 13/05/2015, das 19h20 às 
22h00_3NA_DIREITO 
Direito das Obrigações 
UNIDADE II 
Profª Amanda Matos 
Teoria e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa 
(Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
AULA 13/05/2015 
 
5. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa: repetição 
do indébito. Insolvência do Devedor: Preferências e Privilégios 
Creditórios. Inadimplemento das Obrigações: Teoria Geral do 
Inadimplemento. Inadimplemento Absoluto e Relativo; Total e 
Parcial. 
 
 
 
 
 
EMENTA 
Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio 
Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
COMPENSAÇÃO 
• Na dinâmica das relações humanas, nada impede que dois sujeitos tornem tornem-
se CREDORES e DEVEDORES RECÍPROCOS. 
• Pablo STOLZE e Rodolfo Pamplona Filho afirmam que a compensação é uma forma 
de extinção das obrigações “ EM QUE SEUS TITULARES SÃO, RECIPROCAMENTE, 
CREDORES E DEVEDORES”, extinguindo a obrigação até o limite da existência de 
crédito recíproco, remanescendo, se houver, saldo em favor do maior credor (CC, 
art.368) 
CREDOR 
A doutrina, analisando o tratamento da compensação no 
ordenamento jurídico nacional, informa que há três 
modalidades de compensação 
COMPENSAÇÃO 
LEGAL 
REQUISITOS: 
1) Reciprocidade das obrigações; 
2) Liquidez das dívidas; 
3) Exigibilidade atual das prestações 
4) Fungibilidade ou homogeneidade dos 
débitos 
5) Equivalência objetiva: as obrigações devem 
ser do mesmo gênero e quantidade (NÃO SE 
COMPENSA OBRIGAÇÕES DE DAR COM 
OBRIGAÇÕES DE FAZER) 
Convencional • Decorre de acordo de vontades; 
• Cuidado com a cláusula de exclusão 
da compensação; 
Judicial ou processual • Realizada em juízo, durante o processo, 
de acordo com autorização normativa, 
pouco importando a vontade das partes; 
• Procedência em parte ( Art.21,CPC: 
quando cada litigante for vencedor e 
vencido simultaneamente). 
Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e 
vencido, serão recíproca e 
proporcionalmente distribuídos e 
compensados entre eles os honorários e as 
despesas. 
ANÁLISE DE CASOS 
1. João aluga um bem a Carlos, e Luciano é o fiador. Se Luciano 
tiver um crédito em face de João, poderá compensar o débito de 
Carlos. [ C/E] 
 
2. Apesar da regra geral de que o devedor somente pode 
compensar com o credor o que lhe deve, ao fiador é permitido 
compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado. [ C/E] 
 
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo 
credor e devedor uma da outra, as duas obrigações 
extinguem-se, até onde se compensarem. 
 
 
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas 
líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. 
 
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas 
fungíveis, objeto das duas prestações, não se 
compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, 
quando especificada no contrato. 
 
 
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o 
credor o que este lhe dever; mas o fiador pode 
compensar sua dívida com a de seu credor ao 
afiançado. 
Confusão 
De acordo com o Código Civil, art.381 “EXTINGUE-SE A 
OBRIGAÇÃO, desde que na mesma pessoa se confundam as 
qualidades de credor e devedor” 
Exemplo: Antônio é credor 
de Pedro, mas ele (Antônio) 
morre, sendo que Pedro é o seu 
único herdeiro. Como Pedro passa 
a ser credor de si mesmo, ocorre 
a extinção da obrigação. 
ANÁLISE DE CASOS 
1. Considere que determinada pessoa tenha reunido as qualidades 
opostas de credor e devedor da obrigação, tendo, com isso, 
desaparecido a pluralidade de situações jurídicas referentes à 
dívida. Essa situação configura a modalidade de pagamentodenominada 
a) Remissão 
b) Assunção de dívida 
c) Sub-rogação 
d) Compensação 
e) confusão 
A CONFUSÃO NÃO POSSUI O PODER DE ACABAR 
COM A SOLIDARIEDADE. 
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma 
pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. 
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a 
dívida, ou só de parte dela. 
Art. 383. A confusão operada na pessoa do 
credor ou devedor solidário só extingue a 
obrigação até a concorrência da respectiva 
parte no crédito, ou na dívida, subsistindo 
quanto ao mais a solidariedade. 
Remissão 1 
2 
REMISSÃO (verbo remitir) =PERDÃO da 
DÍVIDA 
• REMIÇÃO (resgate de bens: 
Direito Processual Civil). Vem 
do verbo REMIR 
Art. 385. A remissão da dívida, ACEITA PELO DEVEDOR, extingue a obrigação, 
mas sem prejuízo de terceiro. 
Art. 386. A DEVOLUÇÃO VOLUNTÁRIA DO TÍTULO DA OBRIGAÇÃO, quando por 
escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for 
capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. 
Art. 387. A RESTITUIÇÃO VOLUNTÁRIA DO OBJETO EMPENHADO prova a renúncia 
do credor à garantia real, NÃO A EXTINÇÃO DA DÍVIDA. 
Art. 388. A REMISSÃO CONCEDIDA A UM DOS CODEVEDORES extingue a dívida na 
parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a 
solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da 
parte remitida. 
ANÁLISE DE CASOS 
1) Pedro está obrigado a dar uma vaca leiteira, avaliada em R$ 50.000,00, a dois 
credores, Maria e João. Maria remite a dívida e João exige a entrega do animal. 
 
Considerando o contexto fático narrado, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Por se tratar de obrigação indivisível, Maria não poderia remitir a dívida sem a 
anuência de João. 
 
II. João somente poderá exigir a entrega da vaca se pagar R$ 25.000,00 a Pedro. 
 
III. A remissão de parte da dívida realizada por Maria tem o condão de acarretar a 
extinção da obrigação da entrega da vaca a João. 
 
Assinale: 
 
 a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
 b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
 c) se somente a afirmativa III estiver correta 
 d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
 e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
 
 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para 
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor 
remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. 
Art. 388. A REMISSÃO CONCEDIDA A UM DOS CODEVEDORES extingue a dívida na 
parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a 
solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da 
parte remitida. 
 
 
 
1) Pedro está obrigado a dar uma vaca leiteira, avaliada em R$ 50.000,00, a dois 
credores, Maria e João. Maria remite a dívida e João exige a entrega do animal. 
 
Considerando o contexto fático narrado, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Por se tratar de obrigação indivisível, Maria não poderia remitir a dívida sem a 
anuência de João. 
 
II. João somente poderá exigir a entrega da vaca se pagar R$ 25.000,00 a Pedro. 
 
III. A remissão de parte da dívida realizada por Maria tem o condão de acarretar a 
extinção da obrigação da entrega da vaca a João. 
 
Assinale: 
 
 a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
 b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
 c) se somente a afirmativa III estiver correta 
 d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
 e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
5. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa: repetição 
do indébito. Insolvência do Devedor: Preferências e Privilégios 
Creditórios. Inadimplemento das Obrigações: Teoria Geral do 
Inadimplemento. Inadimplemento Absoluto e Relativo; Total e 
Parcial. 
EMENTA 
Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio 
Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 
5. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa (Art.884 a 886, 
CC) : repetição do indébito (Art.876 a 883, CC) 
Cumprimento 
Indevido 
CONCEITO 
• Cumprimento da prestação do devedor 
feito com erro SOBRE A PESSOA QUE 
DEVERIA RECEBER (pagamento indevido 
subjetivo) ou no cumprimento de 
obrigação que não deveria se cumprir 
(pagamento indevido 
objetivo):ART.876,CC 
REGRAS 
RECEBIMENTO 
INDEVIDO DE 
IMÓVEL 
• Se aquele que recebeu um 
imóvel o tiver alienado em boa-
fé, por título oneroso, responde 
somente pela quantia recebida; 
 
 
 
• Mas, se agiu de má-fé, além do 
valor do imóvel, responde por 
perdas e danos. 
 
RECEBIMENTO INDEVIDO COMO 
PARTE DE DÍVIDA VERDADEIRA 
(Art.880, CC) 
• Fica isento DE RESTITUIR PAGAMENTO INDEVIDO 
AQUELE QUE, RECEBENDO COMO PARTE DE DÍVIDA 
VERDADEIRA, inutilizou o título, deixou prescrever a 
pretensão ou abriu mão de garantias que asseguravam 
seu direito; 
 
• Mas aquele QUE PAGOU DISPÕE DE AÇÃO REGRESSIVA 
CONTRA O VERDADEIRO DEVEDOR E SEU FIADOR. 
OBIGAÇÃO DE FAZER E não fazer 
• AQUELE QUE recebeu a prestação fica na obrigação de 
indenizar o que cumpriu na medida do lucro obtido. 
(Art.881,CC) 
DÍVIDA prescrita ou obrigação natural 
• NÃO SE pode repetir o que se pagou para solver 
dívida prescrita, ou cumpri obrigação judicialmente 
inexigível (Art.882,CC) 
Pagamento COM intenção ilícita, imoral ou 
proibida 
• NÃO tem o direito à repetição aquele que 
deu ou pagou alguma coisa com intenção 
de obter finalidades ilícitas, imorais ou 
proibidas.(Art.883, CC) 
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA 
CONCEITO 
• Será considerado sem causa toda vez que NÃO TIVER COMO 
ORIGEM uma causa que seja amparada pela NORMA JURÍDICA 
ou pela VONTADE DOS AGENTES 
 
• ENUNCIADO 188 DA III JORNADA DE DIREITO CIVIL DO CJF: A 
existência de negócio jurídico válido e eficaz é, em regra, uma 
justa causa para o enriquecimento. 
REQUISITOS 
• Acréscimo patrimonial de quem recebe 
• A diminuição do patrimônio de quem paga 
• ENUNCIADO 35 DA I JORNADA DE DIREITO CIVIL: A expressão se enriquecer à justa causa de 
outrem do art. 884 do novo código civil NÃO SIGNIFICA, NECESSARIAMENTE, QUE DEVERÁ 
HAVER ENRIQUECIMENTO. 
• NEXO causal entre as duas circunstâncias acima 
• Ausência de causa legal ou convencional que origine o pagamento 
REGRAS • NÃO caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao 
lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido. 
CAPÍTULO IV 
Do Enriquecimento Sem Causa 
Art. 884. AQUELE QUE, SEM JUSTA CAUSA, SE ENRIQUECER À CUSTA 
DE OUTREM, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita 
a atualização dos valores monetários. 
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa 
determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa 
não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em 
que foi exigido. 
 
Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido 
causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de 
existir. 
 
Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, SE A LEI 
CONFERIR AO LESADO OUTROS MEIOS PARA SE RESSARCIR DO 
PREJUÍZO SOFRIDO. 
• Preferências e Privilégios Creditórios. Inadimplemento das 
Obrigações (arts. 956 a 965): LEITURA E RESUMO 
 
• DA TRANSAÇÃO E DO COMPROMISSO: ARTS. 840 A 853, CC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Data: 20/05/2015, das 19h20 às