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Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Data: 23/04/2015 a 24/06, das 19h20 às 22h00_3NA_DIREITO (UNIDADE II) Direito das Obrigações UNIDADE II Profª Amanda Matos Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos das obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] Nota Explicativa: Este material de estudo foi elaborado com a finalidade de auxiliar o aluno no acompanhamento das aulas, NÃO SERVINDO, PORTANTO, COMO SUBSTITUTIVO PARA A DOUTRINA CIVILISTA. O material em estudo foi extraído do livro MANUAL DE DIREITO CIVIL de SEBASTIÃO DE ASSIS NETO, MARCELO DE JESUS, MARIA IZABEL DE MELO1, CARLOS ROBERTO GONÇALVES ALINE SANTIAGO JACSON PANICHI, RODOLFO PAMPLONA FILHO E PABLO STOLZE. Por derradeiro, várias PARÁFRASES E TÓPICOS DE AULA, bem como resumo, UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO DO PRESENTE MATERIAL TÊM COMO BASE AS OBRAS DE SÍLVIO VENOSA, PAULO LUIZ NETTO LÔBO, CRISTIANO SOBRAL, LUCIANO FIGUEIREDO, ALINE SANTIAGO E JACSON PANICHI, MARIA HELENA DINIZ , dentre outros, ALÉM DO PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA . EMENTA EMENTA 1. CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO 1.1. Conceito, Importância e Efeitos. 1.2 Princípios Gerais: Pontualidade E Integralidade. 1.3. Capacidade e Legitimidade para Cumprir ou Receber a Prestação. 2. LUGAR, TEMPO E MODO DO CUMPRIMENTO 2.1 Prestação Portable E Prestação Querable 2.2 Pagamento em Sentido Estrito- Divida em Dinheiro. 2.3 Recibo e Quitação: Modos e Prova. 3. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação ( Próxima Aula: 29/04) 3.1 Depósito em Consignação 3.2 Sub-rogação; 3.3 Imputação de Pagamento 3.4 Dação Em Pagamento 3.5 Novação. Você sabia? Do toilete ao tribunal STJ recebe Habeas Corpus escrito em papel higiênico 21 de abril de 2015, 17h18 O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Francisco Falcão, recebeu nessa segunda-feira (20/4) um pedido de Habeas Corpus, escrito de próprio punho por um preso, em aproximadamente um metro de papel higiênico, caprichosamente dobrado. A solicitação foi enviada por uma carta simples. “Estou aqui há dez anos e é a primeira vez que vejo isso”, afirmou o chefe da Seção de Protocolo de Petições, Henderson Valluci. O mensageiro Gilmar da Silva, que abriu o envelope, também ficou surpreso. “Achei diferente, foi a correspondência mais surpreendente que já vi aqui”, assegurou. O Habeas Corpus, de acordo com a legislação brasileira, pode ser impetrado por qualquer pessoa, em qualquer meio. Não é preciso ser advogado. Seguindo o protocolo, o papel higiênico foi fotocopiado e digitalizado, para então ser autuado. Em breve, o processo será distribuído a um ministro relator. O AUTOR ESTÁ PRESO NO CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA PINHEIROS I, EM SÃO PAULO (SP). NA PEÇA, ELE CONTA QUE PARTICIPOU DE UMA REBELIÃO EM 2006 E ESTARIA ENCARCERADO IRREGULARMENTE HÁ NOVE ANOS POR UM CRIME JÁ PRESCRITO. ELE PEDE LIBERDADE. O pedaço de papel higiênico utilizado terá o mesmo destino do lençol em que outro preso formulou seu pedido de liberdade, há cerca de um ano. Passará a integrar o acervo do Museu do STJ. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ. http://www.conjur.com.br/2015-abr-21/stj-recebe-habeas-corpus-preso-escrito- papel-higienico?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook AULA 22/04/2015 DIREITO CIVIL em flashback QUESTÃO 1 1. Abel, devedor e fazendeiro, obrigou-se a entregar ao seu credor, Caim, para pagamento de dívida advinda de compras realizadas no estabelecimento deste, cinquenta sacos de 20 Kg de coisa do gênero alimentício. Neste caso, com base no Código Civil brasileiro, (A) Na obrigação de dar coisa incerta, Abel, antes da escolha, não poderá alegar perda ou deterioração da coisa, salvo na ocorrência de caso fortuito ou força maior. (B) Se Abel se obrigou a entregar 50 (cinquenta) de 20 Kg de coisa do gênero alimentício e, antes da entrega, todas as sacas desse produto existentes em sua fazenda venham a perecer, não a estará ele obrigado a fazer a entrega, extinguindo a obrigação automaticamente. (C) em regra, a escolha da coisa dada em pagamento é de Caim. (D) A ALEGAÇÃO DA PERDA OU DA DETERIORAÇÃO DA COISA SOMENTE PODERÁ OCORRER DEPOIS DA ESCOLHA, ESTANDO ASSIM JÁ INDIVIDUALIZADA. (E) a obrigação assumida afronta as normas civilistas. arts. 243 - 246 do CC Obrigação de Dar coisA INCERTA (slides 45 a 48 apostila) (artigo por artigo) Atenção: Assunto será revisado no dia 04/04 (Estudo minucioso dos artigos) Teoria e esquema baseados nas obras de Cristiano Sobral (Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015 [ Aulas 04/03]] REGRA BÁSICA: É A OBRIGAÇÃO DE DAR UM GÊNERO EM CERTA QUANTIDADE • Em dado momento, os bens a serem entregues deverão ser escolhidos, o que chamamos de concentração da prestação. A quem cabe a escolha? ao DEVEDOR, que não poderá escolher o pior nem ser obrigado a escolher o melhor. Caso o direito de escolha seja do credor ESTE PODERÁ ESCOLHER A MELHOR (ART.244) 1- A QUEM DEFINIDO NO CONTRATO. 2- SE NADA FOR DITO, A ESCOLHA CABERÁ OBRIGAÇÃO REGRA BÁSICA: É A OBRIGAÇÃO DE DAR UM GÊNERO EM CERTA QUANTIDADE • Feita a escolha, A OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA SE TRANSFORMA EM OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA, aplicando-se as regras que lhe são próprias • Todavia, se antes da escolha o bem se PERDER ou se DETERIORAR, mesmo que por CASO FORTUITO OU MOTIVO DE FORÇA MAIOR O devedor NÃO SE EXIME DE CUMPRIR A PRESTAÇÃO, pois O GÊNERO NÃO PERECE, PODENDO O BEM SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DA MESMA ESPÉCIE PARA SER ENTREGUE AO CREDOR. Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. • Quando da escolha da coisa ocorrerá a sua individualização e o que até então era apenas determinável passará a ser determinado. • Esta escolha em regra caberá ao devedor, mas poderá ser do credor se o contrato assim estipular. • No entanto, quando da escolha (ato que também pode se denominar concentração), o devedor não poderá dar coisa pior nem ser obrigado a dar coisa melhor (art.244). • a alegação da perda ou da deterioração da coisa somente poderá ocorrer depois da escolha, estando assim já individualizada. Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. QUESTÃO 2 2. No tocante à modalidade das obrigações, considere: I. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer aquilo que tiver resultado do descumprimento da obrigação negativa, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. Trata-se, portanto, de caso típico de execução ao princípio da vedação à autotutela, pois permite-se que o credor de uma obrigação de não fazer aja por suas próprias mãos no sentido de desfazer o ato, desde que se trate de situação de urgência II. . Miguel e Halisson celebraram contrato por meio do qual Halisson, notório artista, contraiu obrigação intuitu personae de restaurar um quadro de grande valor popular eartístico, devendo receber, para tanto, expressiva contraprestação pecuniária. Ao celebrar o referido contrato, Halisson contraiu obrigação de fazer fungível e não há a possibilidade de substituição de Halisson. III. Tanto na solidariedade como na indivisibilidade, ante a pluralidade subjetiva, cada credor pode exigir a dívida inteira e cada devedor está obrigado pelo débito todo. O credor que receber responderá pela parte dos demais e o devedor que pagar terá direito de regresso contra os outros. IV. Patrícia, promitente-vendedor, assume perante Bruno a obrigação de entregar o lote compromissado e a financiar a construção que nele será erguida. Ela firmou obrigação disjuntiva Está correto o que se afirma em (A) I, II e IV, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e IV, apenas. (D) I, II, III e IV. (E) I e IV, apenas. I. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer aquilo que tiver resultado do descumprimento da obrigação negativa, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. Trata-se, portanto, de caso típico de execução ao princípio da vedação à autotutela, pois permite-se que o credor de uma obrigação de não fazer aja por suas próprias mãos no sentido de desfazer o ato, desde que se trate de situação de urgência Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá O CREDOR DESFAZER OU MANDAR DESFAZER, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, SEM PREJUÍZO DO RESSARCIMENTO DEVIDO. CASO PRÁTICO: Judá, fazendeiro, da região sul da Bahia, se obrigou perante Paulo a não impedir, mas, impede o curso das águas de um rio que serve para irrigar a plantação da fazenda de Paulo. Neste caso, o fazendeiro prejudicado pode desfazer o obstáculo que impede o curso das águas do rio desde que autorizado judicialmente? Comente de forma fundamentada. Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, SE LHE TORNE IMPOSSÍVEL ABSTER-SE DO ATO, QUE SE OBRIGOU A NÃO PRATICAR. Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, O CREDOR PODE EXIGIR DELE QUE O DESFAÇA, SOB PENA DE SE DESFAZER À SUA CUSTA, RESSARCINDO O CULPADO PERDAS E DANOS SLIDE 60 II. . Miguel e Halisson celebraram contrato por meio do qual Halisson, notório artista, contraiu obrigação intuitu personae de restaurar um quadro de grande valor popular e artístico, devendo receber, para tanto, expressiva contraprestação pecuniária. Ao celebrar o referido contrato, Halisson contraiu obrigação de fazer fungível e não há a possibilidade de substituição de Halisson. • A obrigação de fazer É AQUELA EM QUE A PRESTAÇÃO DO DEVEDOR CONSISTE NA REALIZAÇÃO DE UMA ATIVIDADE.. • personalíssima (infungível) não personalíssima (fungível). A obrigação de fazer pode ser de dois tipos Será personalíssima quando só o devedor puder cumprir a prestação Será não personalíssima quando não só o devedor, entretanto OUTRA PESSOA TAMBÉM PUDER CUMPRIR A PRESTAÇÃO SLIDE 56 III. Tanto na solidariedade como na indivisibilidade, ante a pluralidade subjetiva, cada credor pode exigir a dívida inteira e cada devedor está obrigado pelo débito todo. O credor que receber responderá pela parte dos demais e o devedor que pagar terá direito de regresso contra os outros. IMPORTANTE: Se a obrigação, por algum motivo, for convertida em uma obrigação pecuniária, não se deve falar mais em obrigação indivisível, pois a prestação em dinheiro tem como característica a possibilidade de divisão. Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga- se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. Da Solidariedade Ativa (concorrência de credores) • Solidariedade ativa É AQUELA EM QUE HÁ CREDORES SOLIDÁRIOS. Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. IV. Patrícia, promitente-vendedor, assume perante Bruno a obrigação de entregar o lote compromissado e a financiar a construção que nele será erguida. Ela firmou obrigação disjuntiva As OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS OU DISJUNTIVAS são aquelas que têm por objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor exonera-se cumprindo apenas uma delas. • A obrigação alternativa é aquela que compreende duas ou mais prestações, porém se extingue com a realização de apenas uma delas. obrigação alternativa escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. Cumprir prestação A Cumprir prestação B Atenção: No entanto, o contrato pode prever que a escolha cabe ao credor. É o que diz o artigo 252 do Diploma Civil, que completa: não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra QUESTÃO 3 3. Com base no Direito das Obrigações, julgue as afirmações seguintes atribuindo-lhes V (Verdadeiro) ou F (Falso), assinalando a alternativa que contenha a sequência correta: I. Se João, Paulo e Vitor são devedores coobrigados da obrigação “Z”, cada um responde pela dívida toda. Se João, por exemplo, pagar a dívida sub-roga-se no direito do credor com relação aos outros. II. Na obrigação divisível a resolução de problemas é mais “simples”, porque cada um dos coobrigados tem a sua quota parte de responsabilidade. A obrigação é rateada entre as partes. III. No caso de obrigação não cumprida, as perdas e danos devidos ao credor abrangem o que efetivamente perdeu, não se podendo incluir o que presumivelmente deixou de ganhar. IV. Marcus prometeu transferir a propriedade de uma coisa certa, mas antes disso, sem culpa sua, o bem foi deteriorado. Assim sendo, a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em que se encontra e abatimento no preço proporcional à deterioração. V. No caso de uma das prestações se tornar inexequível ou não puder ser objeto de obrigação, sem que para tanto concorra fato imputável ao devedor, subsiste o débito quanto à outra. Neste caso, a solução independe do titular do direito de escolha. (A) V V V V V. (B) F V V F V. (C) V V F F V. (D) V V F V V. (E) F F F F F. I. Se João, Paulo e Vitor são devedores coobrigados da obrigação “Z”, cada um responde pela dívida toda. Se João, por exemplo, pagar a dívida sub-roga-se no direito do credor com relação aos outros. II. Na obrigação divisível a resolução de problemas é mais “simples”, porque cada um dos coobrigados tem a sua quota parte de responsabilidade. A obrigação é rateada entre as partes. • Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais ebdistintas, quantos os credores ou devedores. Se a obrigação é divisível presume-se dividida em tantas obrigações quanto forem necessárias para cada credor ou devedor existente. (Na representação ao lado é como se existissem três obrigações, uma para cada credor ou devedor – é uma presunção). obrigação "A1" obrigação "A2" obrigação "A3" III. No caso de obrigação não cumprida, as perdas e danos devidos ao credor abrangem o que efetivamente perdeu, não se podendo incluir o que presumivelmente deixou de ganhar. CC Art. 402. “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu (DANO EMERGENTE), o que razoavelmente deixou de lucrar (LUCRO CESSANTE).” (As observações ao textoda lei são nossas). IV. Marcus prometeu transferir a propriedade de uma coisa certa, mas antes disso, SEM CULPA SUA, O BEM FOI DETERIORADO. Assim sendo, a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em que se encontra e abatimento no preço proporcional à deterioração. Regra acessória 1: SE HOUVER APENAS A DETERIORAÇÃO DO BEM SEM CULPA ele poderá optar entre a solução: 1- A coisa perece para o dono, SERÁ DELE O PREJUÍZO (resolvendo a situação); OU 2- RECEBER O BEM DETERIORADO, ABATENDO-SE O VALOR DA DETERIORAÇÃO. Regra acessória 2: DETERIORAÇÃO do bem MELHORA NO BEM antes da entrega COM CULPA DO devedor 1) reponde pelo EQUIVALENTE; ou 2) pode o credor ACEITAR A COISA, MAS NAS DUAS SITUAÇÕES CABERÁ INDENIZAÇÃO DAS PERDAS E DANOS. Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, EMPREGOU O DEVEDOR TRABALHO OU DISPÊNDIO, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má- fé. V. No caso de uma das prestações se tornar inexequível ou não puder ser objeto de obrigação, sem que para tanto concorra fato imputável ao devedor, subsiste o débito quanto à outra. Neste caso, a solução independe do titular do direito de escolha. a) Impossibilidade de uma das prestações: se a escolha couber ao devedor, subsiste a obrigação com a outra prestação (art. 253 do CC). Mesma solução, se a escolha couber ao credor e a impossibilidade se deu sem culpa do devedor. • O que ocorre sempre que uma ou todas as prestações não puderem ser cumpridas?? • Impossibilidade de uma das prestações: OBRIGAÇÃO Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível se a ESCOLHA couber AO DEVEDOR subsiste a obrigação com a outra prestação (art. 253 do CC). Quando a ESCOLHA couber ao CREDOR e uma das prestações tornar-se impossível por CULPA DO DEVEDOR o credor terá direito de exigir: 1) a prestação subsistente ou 2) o valor da outra, com perdas e danos QUESTÃO 4 4. Jon, por contrato se obriga a entregar 50 sacas de milho a Sansa, dispondo que, SE LHE CONVIER, PODERÁ SUBSTITUÍ- LAS POR R$ 60.700,00, FICANDO ASSIM COM O DIREITO DE PAGAR COISA DIVERSA DO OBJETO DO DÉBITO. Essa espécie de obrigação é denominada (A) dar coisa certa. (B) alternativa. (C) cumulativa. (D) solidária. (E) facultativa Obrigações Facultativas. • A obrigação é considerada facultativa quando, tendo um único objeto, O DEVEDOR TEM A FACULDADE DE SUBSTITUIR A PRESTAÇÃO DEVIDA POR OUTRA DE NATUREZA DIVERSA, PREVISTA SUBSIDIARIAMENTE. • Não se confunde com a obrigação alternativa, cujo objeto já “nasce” composto. Obrigações Cumulativas. • pluralidade de objetos. • Neste tipo de obrigação O CUMPRIMENTO DEVE SER NUM TODO, OU SEJA, OS DOIS OBJETOS DEVEM SER ENTREGUES. Se isto não ocorrer o inadimplemento (o descumprimento da obrigação) será tido como total. • A OBRIGAÇÃO CUMULATIVA é a obrigação consistente em um vínculo jurídico pelo qual o devedor se compromete a realizar diversas prestações, de tal modo que NÃO SE CONSIDERARÁ CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO ATÉ A EXECUÇÃO DE TODAS AS PRESTAÇÕES PROMETIDAS, Sem exclusão de uma só. QUESTÃO 5 5. Com base no Código Civil, a respeito da Classificação legal das Obrigações, analise as proposições a seguir: I. Josafá, devedor de uma fazenda por tê-la vendido a João, credor, mas antes da entrega o bem se valoriza em razão do acréscimo de terra trazido pela correnteza das águas . Josafá poderá pedir aumento de preço, pois é o dono e ele se beneficia com a vantagem. Se João não aceitar pagar o acréscimo, poderá Josafá resolver a obrigação, quer dizer, desfazer a venda. E se, em vez de melhoramento ou acrescido, o bem deu frutos? Os frutos já separados antes da tradição são de Josafá, pois ele ainda é dono do bem, no entanto se pendente quando da tradição, SERÁ DE JOÃO, POIS OS BENS ACESSÓRIOS ASSIM COMO AS PERTENÇAS SEGUEM A SORTE DO BEM PRINCIPAL. II. Pedro devedor de um carro por tê-lo vendido a Mateus, credor, entretanto antes da entrega o carro cai em uma ribanceira por ser levado pela correnteza da inundação provocada por violenta tempestade. Resolve-se a obrigação, o que significa desfazer o negócio. Pedro, devedor do carro, sofreu a perda, pois ficou sem o carro e sem o dinheiro. III. Zaquel, devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado de Davi, credor, entretanto, antes da entrega o destrói porque provoca um acidente de perda total do carro por dirigir embriagado Davi poderá escolher entre receber o equivalente mais perdas e danos ou aceitar o bem no estado em que se acha acrescido de perdas e danos, incluindo o abatimento do valor em razão da perda. I. Josafá, devedor de uma fazenda por tê-la vendido a João, credor, mas antes da entrega o bem se valoriza em razão do acréscimo de terra trazido pela correnteza das águas . Josafá poderá pedir aumento de preço, pois é o dono e ele se beneficia com a vantagem. Se João não aceitar pagar o acréscimo, poderá Josafá resolver a obrigação, quer dizer, desfazer a venda. E se, em vez de melhoramento ou acrescido, o bem deu frutos? Os frutos já separados antes da tradição são de Josafá, pois ele ainda é dono do bem, no entanto se pendente quando da tradição, SERÁ DE JOÃO, POIS OS BENS ACESSÓRIOS ASSIM COMO AS PERTENÇAS SEGUEM A SORTE DO BEM PRINCIPAL. Obrigação de D A R C O I S A C E R T a • Nas obrigações de dar coisa certa o objeto está completamente individualizado: gênero, quantidade e qualidade. (Ex: a obrigação de entrega de um veículo, tendo especificado a sua marca, ano, placa policial e chassi.) Art. 233 do CC - o acessório segue a sorte do principal: nas obrigações de dar coisa certa, as benfeitorias e os demais acessórios, à exceção das pertenças (arts. 93 e 94 do CC), devem acompanhar o bem principal. Teoria e esquema baseados nas obras de Cristiano Sobral (Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas [ Aulas 05/03]] ATENÇÃO.: CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 Institui o Código Civil . Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. II. Pedro devedor de um carro por tê-lo vendido a Mateus, credor, entretanto antes da entrega o carro cai em uma ribanceira por ser levado pela correnteza da inundação provocada por violenta tempestade. Resolve-se a obrigação, o que significa desfazer o negócio. Pedro, devedor do carro, sofreu a perda, pois ficou sem o carro e sem o dinheiro. Prestação de dar, perda do bem, sem culpa do devedor (art. 234): Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador. Se a coisa se perder (se houver perecimento – perda total da coisa) antes da tradição: Sem culpa do devedor – 1)fica resolvida a obrigação para ambas as partes, 2) sem perdas e danos. Com culpa do devedor – o devedorresponde pelo 1) equivalente (em dinheiro) e mais 2) perdas e danos. III. Zaquel, devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado de Davi, credor, entretanto, antes da entrega o destrói porque provoca um acidente de perda total do carro por dirigir embriagado. Davi PODERÁ ESCOLHER ENTRE RECEBER O EQUIVALENTE MAIS PERDAS E DANOS OU ACEITAR O BEM NO ESTADO EM QUE SE ACHA ACRESCIDO DE PERDAS E DANOS, INCLUINDO O ABATIMENTO DO VALOR EM RAZÃO DA PERDA. Prestação de restituir, perda do bem, com culpa do devedor (art. 239): Será devedor no equivalente (indeniza o valor do carro) acrescido de perdas e danos. PRESTAÇÃO DE RESTITUIR, DETERIORAÇÃO DO BEM, COM CULPA DO DEVEDOR (ART. 240): devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado do credor, porém antes da entrega o amassa ao bater por dirigir embriagado. O credor poderá escolher entre RECEBER O EQUIVALENTE MAIS PERDAS E DANOS ou ACEITAR O BEM NO ESTADO EM QUE SE ACHA ACRESCIDO DE PERDAS E DANOS, INCLUINDO O ABATIMENTO DO VALOR EM RAZÃO DA DETERIORAÇÃO. QUESTÃO 6 6. Hadassa celebrou contrato de compra e venda de imóvel com José e, mesmo sem a devida declaração negativa de débitos condominiais, CONSEGUIU REGISTRAR O BEM EM SEU NOMe. Ocorre que, no mês seguinte à sua mudança, Hadassa foi surpreendido com a cobrança de cinco meses de cotas condominiais em atraso. Inconformado com a situação, Hadassa tentou, sem sucesso, entrar em contato com o vendedor, para que este arcasse com os mencionados valores. Assim, Considerando apenas as informações contidas na presente hipótese, é possível afirmar que perante o condomínio, Hadassa deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso, pois cabe ao comprador solver todos os débitos que gravem o imóvel? Você deve fundamentar sua resposta. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. INTRODUÇÃO? A obrigação propter rem (em razão da coisa) é direito obrigacional (confrontando devedor e credor) e não direito real. Contudo, tem uma especificidade: é a obrigação que surge em razão da aquisição de um direito real. Ao se adquirir um direito real, seu titular assume algumas obrigações de devedor perante credor. DESENVOLVIMENTO? Frise-se que, como a obrigação propter rem surge por força da titularidade de um direito real, esta acompanha o bem se houver transferência dele, isto é, o novo titular do direito real a assume. Exemplo: quem compra um apartamento assume as obrigações de pagar condomínio, até mesmo aquelas que estejam em atraso. CONCLUSÃO???? Assim sendo, considerando apenas as informações contidas na hipótese em comento, É POSSÍVEL AFIRMAR QUE PERANTE O CONDOMÍNIO, Hadassa e não José é que deve ARCAR COM O PAGAMENTO DAS COTAS EM ATRASO, POIS CABE AO proprietário SOLVER TODOS OS DÉBITOS QUE GRAVEM O IMÓVEL com a TRADIÇÃO. QUESTÃO 7 7. O que acontece com a obrigação solidaria se um dos credores vier a se tornar incapaz? Você deve fundamentar sua resposta. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Com relação à solidariedade este fato não trará repercussão alguma. Permanece a solidariedade. 1. CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO (arts. 304 a 388, CC) O MEIO NORMAL DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO É O DEVEDOR CUMPRIR A PRESTAÇÃO, O QUE CHAMAMOS DE PAGAMENTO. Repare que o sentido técnico de pagamento difere do seu sentido leigo, pois pagamento é coloquialmente usado no sentido de dar dinheiro. PAGAMENTO EM SENTIDO TÉCNICO É CUMPRIR A PRESTAÇÃO, SEJA UM DAR (DINHEIRO OU QUALQUER OUTRO BEM), UM FAZER OU ATÉ UM NÃO FAZER. Qual o meio normal de extinção da obrigação? Mas a obrigação pode ser extinta por meios anormais? Mas a obrigação pode ser extinta por meios anormais, havendo extinção da obrigação de uma forma alternativa, de uma forma diferente do que o cumprimento da prestação. SÃO AS FORMAS ANORMAIS DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO: PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO, PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO, IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO, DAÇÃO EM PAGAMENTO, NOVAÇÃO, COMPENSAÇÃO, CONFUSÃO E REMISSÃO. 1.1.2 Pagamento em Sentido Estrito- Divida em Dinheiro. 1.1. Conceito, Importância e Efeitos. Assim, temos NORMAL DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO NORMAL ANORMAIS PAGAMENTO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO, PAGAMENTO COM SUB- ROGAÇÃO, IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO, DAÇÃO EM PAGAMENTO, NOVAÇÃO, COMPENSAÇÃO, CONFUSÃO E REMISSÃO. 1.2 Princípios Gerais: Pontualidade E Integralidade. • ESTIPULA que o CONTRATO DEVE SER PONTUALMENTE CUMPRIDO, e só pode modificar-se ou extinguir-se POR MÚTUO CONSENTIMENTO DOS CONTRAENTES OU NOS CASOS ADMITIDOS NA LEI. que o devedor deve realizar a prestação DE UMA SÓ VEZ, ainda que se trate de prestação divisível. 1.3. Capacidade e Legitimidade para Cumprir ou Receber a Prestação. QUEM DEVE PAGAR (CHAMADO DE SOLVENS)? Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. PRÓPRIO DEVEDOR, TERCEIRO NÃO INTERESSADO TERCEIRO INTERESSADO Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou? A quem se deve pagar (chamado de accipiens)? Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor OU a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Data: 29/04/2015, das 19h20 às 22h00_3NA_DIREITO Direito das Obrigações UNIDADE II Profª Amanda Matos AULA 29/04/2015 Direito das Obrigações DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DIREITO CIVIL II UNIDADE II Profª Amanda Matos Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos das obras de doutrinadores civilistas , como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] EMENTA 2. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação: 2.1 DEPÓSITO EM CONSIGNAÇÃO 2.2 SUB-ROGAÇÃO 2.3 IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO 2.4 DAÇÃO EM PAGAMENTO 2.5 NOVAÇÃO Teoria e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] E o credor putativo? Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo É VÁLIDO, AINDA PROVADO DEPOIS QUE NÃO ERA CREDOR. Há casos em que o devedor pode ver-se livre da obrigação, mesmo tendo pagado a terceiro não intitulado. Isso ocorrerá em três situações: 1. Na hipótese que estudamos em que ocorre a RATIFICAÇÃO, PELO CREDOR, DO PAGAMENTO RECEBIDO (art. 309). 2. Na hipótese em que O PAGAMENTO REVERTERÁ EM BENEFÍCIO DO CREDOR (art. 308, visto acima, a prova será do solvens). 3. E, por fim, na hipótese do CREDOR PUTATIVO. E o pagamento feito à pessoa incapaz de quitar? Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.1.4. LUGAR, TEMPO E MODO DO CUMPRIMENTO (arts. 304 a 388, CC) 1.4.1 Do Objeto do Pagamento e Sua Prova Art. 313. O credor não é obrigado A RECEBER PRESTAÇÃO DIVERSA DA QUE LHE É DEVIDA, ainda que mais valiosa. Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, NÃO PODE O CREDOR SER OBRIGADO A RECEBER, NEM O DEVEDOR A PAGAR, por partes, se assim não se ajustou. Art. 315. As DÍVIDAS EM DINHEIRO deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. Art. 316. É lícito convencionar O AUMENTO PROGRESSIVO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS. Art. 317. Quando, POR MOTIVOS IMPREVISÍVEIS, SOBREVIER DESPROPORÇÃO MANIFESTA ENTRE O VALOR DA PRESTAÇÃO DEVIDA E O DO MOMENTO DE SUA EXECUÇÃO, poderá O JUIZ CORRIGI-LO, a pedido da parte, DE MODO QUE ASSEGURE, QUANTO POSSÍVEL, O VALOR REAL DA PRESTAÇÃO. 1.4.2 TEORIA DA IMPREVISÃO 1.4.2.1Muito cuidado com a proibição do art. 318. VEJAMOS: Art. 318. SÃO NULAS as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial. 1.4.3 Recibo e Quitação: Modos e Prova. Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. Art. 322 do CC: quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até em prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores; Um exemplo disso são nossas contas de luz, gás, telefone, em que se lê: “a quitação da última conta não faz presumir a quitação de débitos anteriores”. b) Art. 323 do CC: sendo a quitação do capital sem fazer reserva que os juros não foram pagos, estes se presumem pagos; e c) Art. 324 do CC: a entrega do título firma presunção do pagamento, presunção que pode ser elidida no prazo de sessenta dias 1.4.3.1 São os três casos de presunção de pagamento: 1.4.3.2 Da prova exclusivamente testemunhal para provar o pagamento? Art. 227 Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados. Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito 1.4.4Do Lugar do Pagamento (arts. 327 a 330). • A regra geral, quanto ao lugar do pagamento, está no art. 327: Art. 327. Efetuar-se-á O PAGAMENTO NO DOMICÍLIO DO DEVEDOR, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Parágrafo único. Designados DOIS OU MAIS LUGARES, cabe ao credor escolher entre eles. ESQUEMATIZANDO TEMOS: quérable Portable . E o pagamento consistente na tradição de um imóvel? Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê- lo em outro, SEM PREJUÍZO PARA O CREDOR. Em regra o caso fortuito e a força maior não autorizam indenizações. Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. O credor não pode exigir o pagamento antes do vencimento, Do Tempo do Pagamento (arts. 331 a 333,CC). Isso de acordo com o art. 939: O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. ANÁLISE DE CASOS O pagamento efetuar-se-á a) No domicílio do credor, salvo convenção em contrário. b) No local convencionado, mas o pagamento feito reiteradamente em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. c) Sempre no domicílio do devedor, salvo, apenas, disposição legal em sentido contrário. d) Onde melhor atender o interesse do credor, salvo convenção em sentido contrário. e) Onde for menos oneroso para o devedor, salvo convenção em sentido contrário. Quanto ao lugar do pagamento, a lei estabelece qual das partes deve procurar a outra para exigir que ocorra o pagamento. Assim, existem duas espécies de dívida quanto ao lugar do pagamento: a ) Quérable (quesível) e b) portable (portável). Nas dívidas quérable, o credor deve exigir do devedor pagamento, no domicílio deste último. Esta é a regra adotada pelo Código Civil, pois o art.327 dispõe que efetuar- se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Já a dívida portable é aquela segundo a qual cabe ao devedor oferecer o pagamento ao credor, no domicilio deste. Depende de convenção das partes, da natureza da obrigação ou das circunstâncias, com base no art. 327, caput, última parte do Código Civil. De qualquer sorte, podem as partes convencionar qualquer lugar para cumprimento da prestação. Mas fatores posteriores podem transformar em portável uma dívida quesível ou vice-versa, com espeque no art. 330 do CC. Então, vejamos: Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Destarte, a assertiva correta é a letra B, com base no art. 330, CC. 3. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação (arts. 304 a 388, CC) PAGAMENTO GÊNERO PAGAMENTO DIRETO ARTS. 304 A 333, CC PAGAMENTO INDIRETO • Do Pagamento em Consignação; • Do Pagamento em Sub- rogação; • Imputação de pagamento; • Dação em pagamento • Novação. • Compensação; • Confusão; • Remissão; • Transação • Compromisso. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: (ARTS. 334 A 345 DO CC) 1) O devedor, e não apenas o credor, também tem interesse no sentido de que a obrigação seja extinta. 2) Não pagando o devedor no tempo, local e forma devidos, sujeitar-se-á aos ônus da mora. 3) Ainda, se sua obrigação consistir na entrega de coisa, enquanto não houver a tradição, o devedor é responsável pela guarda, respondendo por sua perda ou deterioração. I- se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Fonte: https://www.google.com.br/search?q=pagamento+em+consigna%C3%A7%C3%A3o+extrajudicial&biw=1517&bih=741&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=F95AVbX7B8qYNo3ngcgP&ved=0CAcQ_AUoAg&dpr=0.9#imgrc=sUxtr3QPFTa82M%253A%3BWUmyUava5KqlaM%3Bhttp% 253A%252F%252F4.bp.blogspot.com%252F- HQ4wZxpJNjo%252FUIGafKT2gCI%252FAAAAAAAAA0U%252Fcn_twUlYJAM%252Fs1600%252Fconsigna%252525C3%252525A7%252525C3 %252525A3o%252Bem%252Bju%252525C3%252525ADzo.png%3Bhttp%253A%252F%252Fcadorim.blogspot.com%252F2012%252F06%25 2Fdireito-das-obrigacoes-pagamento-em.html%3B602%3B816 IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO (arts. 352 a 355 do CC) Para que se fale em imputação ao pagamento há de existir, de forma cumulativa: a) Igualdade de sujeitos (credor e devedor); b) Liquidez e vencimento de dívidas de mesma natureza, o que gera exigibilidade; c) Pagamento não integral de todas as dívidas. Ulpiano “ o devedor, quando paga, tem o direito de declarar qual é a dívida que está pagando, dentre todas as que ele tem” • A essa operação, pela qual o devedor de várias dívidas a um mesmo credor, ou o próprio credor em seu lugar, diante da insuficiência do pagamento para saldar todas elas declara qual das dívidas será extinta, denomina-se imputação do pagamento EXEMPLIFICANDO: Obrigação I: R$ 500,00 Obrigação II: r$ 500,00 Obrigação III: R$ 1.000,00 Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, TEM O DIREITO DE INDICAR A QUAL DELES OFERECE PAGAMENTO, SE TODOS FOREM LÍQUIDOS E VENCIDOS. R$2.000,00 Há entre o devedor e credor 3 obrigações distintas, mas da mesma natureza e liquidez Imputação do pagamento: (arts. 352 a 355 do CC) ATENÇÃO.: 1) Sendo silente o sujeito ativo (DEVEDOR) o direito passa ao sujeito PASSIVO do pagamento (CREDOR); 2) Se ambos silenciarem (forem omissos)-, a lei então se encarregará de realizar a imputação ao pagamento (imputação legal) A IMPUTAÇÃO LEGAL ESTÁ DISCIPLINADA PELOS ARTIGOS 354/355, DO CC. São regras objetivas, ante a omissão do devedor e do credor. Assim, temos: a) Prioridade para os juros vencidos em detrimento do capital; b) Prioridade para as dívidas líquidas e vencidas anteriormente, em detrimento das mais recentes; c) Prioridade às dívidas mais onerosas, em detrimento das menos vultuosas, se vencidas e líquidas ao mesmo tempo. ANÁLISE DE CASOS ANTENOR deve R$ 1.000,00 (um mil reais) a MÉRCIO, dívida vencida há mais de um mês, razão por que foi acrescida de 2% (dois por cento de juros), alcançando o valor de R$ 1.020,00 ( um mil e vinte reais); ANTENOR dispõe no momento de apenas R$ 20,0 (vinte reais) e os entrega a MÉRCIO: em virtude da regra legal, imputa-se o pagamento primeiro nos juros, abatendo-os, para só depois se começar a reduzir o valor do principal. Nesse caso, é possível afirmar que, ANTENOR, fica devendo os R$1.000,00 ( um mil reais), que podem ser acrescidos de novos juros em caso de novo período de inadimplência. [C/E] Do artigo acima podemos concluir, que a imputação do pagamento, é uma faculdade atribuída ao devedor que possui vários débitos, na qual, este poderá escolher dentre os diversos débitos, a obrigação que será extinta através do pagamento. Desde que estes débitos sejam perante o mesmo credor, de mesma natureza, líquidos e vencidos. Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua existência, e que é determinada quanto ao seu objeto. Na situação hipotética, havendo capital e juros, o pagamento imputar- se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo se o credor passar a quitação por conta do capital, nos termos do art.354 do Código Civil. Assim, Antenor ficará devendo os R$ 1.000,00 ( mil reais), que podem ser acrescidos de novos juros em caso de novo período de inadimplência. Assertiva, portanto, é certa. Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. “Havendo dois débitos da mesma natureza, líquidos e vencidos, o devedor pode imputar pagamento parcial de um deles, independentemente de convenção”. [C/E] Princípio da Indivisibilidade (art.314, CC)/Autonomia privada/Aquiescência do credor A questão trata do instituto da imputação de pagamento, previsto no dispositivo legal abaixo. De fato, ele é cabível quando o devedor possui mais de um débito, líquido e vencido, em relação a um credor, oportunizando inicialmente ao devedor o direito de escolher sobre qual dívida irá incidir o montante pago. Vejamos: CC - Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. No entanto, o equívoco da alternativa reside na expressão "o devedor pode imputar pagamento parcial de um deles, independentemente de convenção.“ Ora, o art. 314 do CC prevê que é obrigatório cumprimento das obrigações nos moldes incialmente ajustados, seja em relação ao credor, seja em relação ao devedor. A obrigação inicial só poderá ser adimplida de modo diverso se as partes contratantes convencionarem nesse sentido. Sendo assim, o pagamento parcial de um valor só ocorreria se houvesse convenção autorizando tal prática. Pelo exposto, a questão é incorreta. Dação em pagamento: (arts. 356 a 359 do CC) Se o credor consentir, a obrigação pode ser resolvida substituindo-se seu objeto. Dá-se algo em pagamento, que não estava originalmente na obrigação. Esse é o sentido da datio in solutum. Só pode ocorrer com o consentimento do credor, pois ele não está obrigado a receber nem mesmo coisa mais valiosa (art. 313 Prestação pecuniária no valor de R$500,00 Paga com o CONSENTIMENTO DO CREDOR Obrigação de fazer: prestação de serviço A partir da análise do conceito, infere-se que são requisitos necessários para a ocorrência da dação em pagamento: a) Existência de dívida vencida e exigível; b) Consentimento do Credor; c) A entrega de coisa diversa da devida; d) O animus solvendi ou intenção de pagamento do devedor e quitação do credor. Novação: (arts. 360 a 367 do CC) 1. NOVAR é, por ato de vontade, criar obrigação nova em substituição da anterior. 2. Neste novo vínculo há uma mudança das pessoas (devedor ou credor), e/ou alteração do objeto (prestação), do conteúdo da causa debendi. 3. Importará na extinção da dívida primitiva com todos os seus acessórios e garantias; afinal: o acessório segue a sorte do principal (arts. 92 e 364 do CC), salvo disposição de vontade específica em contrário. PARA QUE HAJA NOVAÇÃO, segundo Orlando Gomes, haverão de ser verificados os seguintes requisitos: a) Existência de uma obrigação primitiva (obligatio novanda); b) Criação de uma obrigação nova (aliquid novi); c) Vontade de novar (animus novandi), expresso ou tácito (art.361, CC) A doutrina, com base no Código Civil, traça a existência de três espécies de novação: a) Novação objetiva; b) Novação subjetiva (ativa, passiva- expropriação ou delegação- ou mista) e c) Novação mista. Sinteticamente: NOVAação Objetiva e real Subjetiva ou Pessoal Mista ATIVA PASSIVA mISTA Expromissão delegação ANÁLISE DE CASOS CASO PRÁTICO BARÃO assinou nota promissória em garantia de empréstimo tomando de DANIEL, no valor de R$ 5.000,00. Não tendo conseguido pagar a dívida no prazo acordado, BARÃO solicitou a sua irmã, Maria, que assinasse novanota promissória, comprometendo-se a realizar o pagamento do débito em sessenta dias. DANIEL concordou com o negócio e o título assinado foi inutilizado. Nessa situação houve: a) Imputação ao pagamento. b) Novação c) Pagamento em consignação d) Dação em pagamento. A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a substituição de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, que é diferente da anterior. Por este motivo, a novação não produz a satisfação imediata do crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os seguintes requisitos: a existência de uma obrigação anterior; que exista uma nova obrigação; e que exista a intenção de fazer a novação. Existem três espécies de novação: a novação objetiva onde se altera o objeto da obrigação; a novação subjetiva onde serão alterados os sujeitos, ou seja, as pessoas da relação obrigacional; e novação mista onde serão alterados o objeto e as pessoas ao mesmo tempo. Como se observa na questão, HAVIA UMA DÍVIDA ENTRE BARÃO (DEVEDOR) E DANIEL (CREDOR), MATERIALIZADA EM UMA NOTA PROMISSÓRIA. ESTA NOTA PROMISSÓRIA FOI INUTILIZADA, SENDO FEITA UMA NOVA NOTA PROMISSÓRIA, TENDO AGORA MARIA COMO DEVEDORA. PORTANTO, OCORREU UMA NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA POR DELEGAÇÃO (ALTERAÇÃO DO DEVEDOR PRIMITIVO COM O SEU CONSENTIMENTO), POIS HOUVE A CRIAÇÃO DE NOVA OBRIGAÇÃO, EXTINGUINDO-SE A ANTERIOR. NÃO OCORREU A ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de débito), pois nesta ocorre a substituição do devedor, sem alteração na substância do vínculo obrigacional (no caso concreto houve a alteração da nota promissória). Também NÃO OCORREU CESSÃO de crédito, pois neste caso o credor da obrigação (Daniel) transferiria a outra pessoa (cessionário), sua qualidade de credor na relação obrigacional (o que não ocorreu na questão). NÃO OCORREU A IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO, pois nesta uma pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem a faculdade de escolher qual deles oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Também não ocorreu O PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (pessoal), uma vez que neste ocorre a substituição dos direitos creditórios, daquele que solveu a obrigação de outrem. Em outras palavras: é a transferência da qualidade de credor para aquele que pagou a obrigação alheia. João deve R$ 500,00 (quinhentos reais) a Ana. Como não tem o dinheiro, oferece pagar com um aparelho de som que possui no valor de R$ 100,00 (cem reais). Escolha a opção correta. a) Ana deveria aceitar, visto que o devedor não possui condições de adimplir de outra forma. b) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma dação em pagamento e a dívida seria totalmente extinta. c) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma compensação e João ainda teria que pagar o restante da dívida. d) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma imputação do pagamento e a dívida seria totalmente extinta. e) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma novação parcial, visto que João ainda teria que pagar o restante da dívida. Da leitura do art. 356 já podemos intuir o que seja a dação em pagamento. Assim, ocorre a dação em pagamento quando o devedor, com a anuência do credor, entrega, como pagamento, prestação diversa da que foi acordada. A dação em pagamento pode então ser corretamente definida como um acordo entre o credor e o devedor, com o objetivo de extinguir a obrigação, no qual consente o credor em receber coisa diversa da devida, em substituição à prestação que lhe era originalmente objeto do pacto. Desta forma, consoante o enunciado, o devedor se obrigou a pagar o credor a quantia de R$ 500,00. Contudo, ofereceu um bem no importe de R$ 100, cujo valor é inferior ao original. Na assertiva, diz que o credor consente com a dação que, registre- se de passagem, que embora a obrigação primitiva tenha sido pactuada em pecúnia, para caracterizar a dação em pagamento ou dação em cumprimento a natureza da obrigação deva ser diversa da prestação originária. Destaco, como bem anotado pelo professor Pablo Stolze, os requisitos da dação em pagamento: 1- a existência de uma dívida vencida; 2- o consentimento do credor; 3- a entrega de coisa diversa da devida; 4- o ânimo de solver, ou seja, a intenção de solucionar a obrigação principal. Pelo exposto, a assertiva correta é B. Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Data: 06/05/2015, das 19h20 às 22h00_3NA_DIREITO Direito das Obrigações UNIDADE II Profª Amanda Matos AULA 06/05/2015 EMENTA 2. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação: 2.1 DEPÓSITO EM CONSIGNAÇÃO 2.2 SUB-ROGAÇÃO 2.3 IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO 2.4 DAÇÃO EM PAGAMENTO 2.5 NOVAÇÃO 2.6 compensação 2.7 confusão 2.8 remissão 2.9 transação e compromisso. (SÁBADO) 3. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa: repetição do indébito. Insolvência do Devedor: Preferências e Privilégios Creditórios. (SÁBADO) EMENTA 3. Modos Extraordinários de Cumprimento da Obrigação (arts. 304 a 388, CC) PAGAMENTO GÊNERO PAGAMENTO DIRETO ARTS. 304 A 333, CC PAGAMENTO INDIRETO • Do Pagamento em Consignação; • Do Pagamento em Sub- rogação; • Imputação de pagamento; • Dação em pagamento • Novação. • Compensação; • Confusão; • Remissão; • Transação • Compromisso. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: (ARTS. 334 A 345 DO CC) 1) O devedor, e não apenas o credor, também tem interesse no sentido de que a obrigação seja extinta. 2) Não pagando o devedor no tempo, local e forma devidos, sujeitar-se-á aos ônus da mora. 3) Ainda, se sua obrigação consistir na entrega de coisa, enquanto não houver a tradição, o devedor é responsável pela guarda, respondendo por sua perda ou deterioração. Atenção: A consignação em pagamento está relacionada a uma obrigação de dar (o pagamento). Não pode estar relacionada a obrigações de fazer ou não fazer. I- se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Fonte: https://www.google.com.br/search?q=pagamento+em+consigna%C3%A7%C3%A3o+extrajudicial&biw=1517&bih=741&source=lnms&tbm =isch&sa=X&ei=F95AVbX7B8qYNo3ngcgP&ved=0CAcQ_AUoAg&dpr=0.9#imgrc=sUxtr3QPFTa82M%253A%3BWUmyUava5KqlaM%3Bhttp% 253A%252F%252F4.bp.blogspot.com%252F- HQ4wZxpJNjo%252FUIGafKT2gCI%252FAAAAAAAAA0U%252Fcn_twUlYJAM%252Fs1600%252Fconsigna%252525C3%252525A7%252525C3 %252525A3o%252Bem%252Bju%252525C3%252525ADzo.png%3Bhttp%253A%252F%252Fcadorim.blogspot.com%252F2012%252F06%25 2Fdireito-das-obrigacoes-pagamento-em.html%3B602%3B816 IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO (arts. 352 a 355 do CC) Para que se fale em imputação ao pagamento há de existir, de forma cumulativa: a) Igualdade de sujeitos (credor e devedor); b) Liquidez e vencimento de dívidas de mesma natureza, o que gera exigibilidade; c) Pagamento não integral de todas as dívidas. Ulpiano “ o devedor, quando paga, tem o direito de declarar qual é a dívida que está pagando, dentre todas as que ele tem” • A essa operação, pela qual o devedor de várias dívidas a um mesmo credor, ou o próprio credor em seu lugar, diante da insuficiência do pagamento para saldar todas elas declara qual das dívidas será extinta, denomina-seimputação do pagamento EXEMPLIFICANDO: Obrigação I: R$ 500,00 Obrigação II: r$ 500,00 Obrigação III: R$ 1.000,00 Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, TEM O DIREITO DE INDICAR A QUAL DELES OFERECE PAGAMENTO, SE TODOS FOREM LÍQUIDOS E VENCIDOS. R$2.000,00 Há entre o devedor e credor 3 obrigações distintas, mas da mesma natureza e liquidez Imputação do pagamento: (arts. 352 a 355 do CC) ATENÇÃO.: 1) Sendo silente o sujeito ativo (DEVEDOR) o direito passa ao sujeito PASSIVO do pagamento (CREDOR); 2) Se ambos silenciarem (forem omissos)-, a lei então se encarregará de realizar a imputação ao pagamento (imputação legal) A IMPUTAÇÃO LEGAL ESTÁ DISCIPLINADA PELOS ARTIGOS 354/355, DO CC. São regras objetivas, ante a omissão do devedor e do credor. Assim, temos: a) Prioridade para os juros vencidos em detrimento do capital; b) Prioridade para as dívidas líquidas e vencidas anteriormente, em detrimento das mais recentes; c) Prioridade às dívidas mais onerosas, em detrimento das menos vultuosas, se vencidas e líquidas ao mesmo tempo. ANÁLISE DE CASOS ANTENOR deve R$ 1.000,00 (um mil reais) a MÉRCIO, dívida vencida há mais de um mês, razão por que foi acrescida de 2% (dois por cento de juros), alcançando o valor de R$ 1.020,00 ( um mil e vinte reais); ANTENOR dispõe no momento de apenas R$ 20,0 (vinte reais) e os entrega a MÉRCIO: em virtude da regra legal, imputa-se o pagamento primeiro nos juros, abatendo-os, para só depois se começar a reduzir o valor do principal. Nesse caso, é possível afirmar que, ANTENOR, fica devendo os R$1.000,00 ( um mil reais), que podem ser acrescidos de novos juros em caso de novo período de inadimplência. [C/E] Do artigo acima podemos concluir, que a imputação do pagamento, é uma faculdade atribuída ao devedor que possui vários débitos, na qual, este poderá escolher dentre os diversos débitos, a obrigação que será extinta através do pagamento. Desde que estes débitos sejam perante o mesmo credor, de mesma natureza, líquidos e vencidos. Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua existência, e que é determinada quanto ao seu objeto. Na situação hipotética, havendo capital e juros, o pagamento imputar- se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo se o credor passar a quitação por conta do capital, nos termos do art.354 do Código Civil. Assim, Antenor ficará devendo os R$ 1.000,00 ( mil reais), que podem ser acrescidos de novos juros em caso de novo período de inadimplência. Assertiva, portanto, é certa. Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. “Havendo dois débitos da mesma natureza, líquidos e vencidos, o devedor pode imputar pagamento parcial de um deles, independentemente de convenção”. [C/E] Princípio da Indivisibilidade (art.314, CC)/Autonomia privada/Aquiescência do credor A questão trata do instituto da imputação de pagamento, previsto no dispositivo legal abaixo. De fato, ele é cabível quando o devedor possui mais de um débito, líquido e vencido, em relação a um credor, oportunizando inicialmente ao devedor o direito de escolher sobre qual dívida irá incidir o montante pago. Vejamos: CC - Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. NO ENTANTO, O EQUÍVOCO DA ALTERNATIVA RESIDE NA EXPRESSÃO "O DEVEDOR PODE IMPUTAR PAGAMENTO PARCIAL DE UM DELES, INDEPENDENTEMENTE DE CONVENÇÃO.“ Ora, o art. 314 do CC prevê que é obrigatório cumprimento das obrigações nos moldes incialmente ajustados, seja em relação ao credor, seja em relação ao devedor. A obrigação inicial só poderá ser adimplida de modo diverso se as partes contratantes convencionarem nesse sentido. Sendo assim, o pagamento parcial de um valor só ocorreria se houvesse convenção autorizando tal prática. Pelo exposto, a questão é incorreta. Dação em pagamento: (arts. 356 a 359 do CC) Se o credor consentir, a obrigação pode ser resolvida substituindo-se seu objeto. Dá-se algo em pagamento, que não estava originalmente na obrigação. Esse é o sentido da datio in solutum. Só pode ocorrer com o consentimento do credor, pois ele não está obrigado a receber nem mesmo coisa mais valiosa (art. 313 Prestação pecuniária no valor de R$500,00 Paga com o CONSENTIMENTO DO CREDOR Obrigação de fazer: prestação de serviço A partir da análise do conceito, infere-se que são requisitos necessários para a ocorrência da dação em pagamento: a) Existência de dívida vencida e exigível; b) Consentimento do Credor; c) A entrega de coisa diversa da devida; d) O animus solvendi ou intenção de pagamento do devedor e quitação do credor. Novação: (arts. 360 a 367 do CC) 1. NOVAR é, por ato de vontade, CRIAR OBRIGAÇÃO NOVA EM SUBSTITUIÇÃO DA ANTERIOR. 2. Neste NOVO VÍNCULO HÁ UMA MUDANÇA DAS PESSOAS (DEVEDOR OU CREDOR), E/OU ALTERAÇÃO DO OBJETO (PRESTAÇÃO), DO CONTEÚDO DA CAUSA DEBENDI. 3. IMPORTARÁ NA EXTINÇÃO DA DÍVIDA PRIMITIVA COM TODOS OS SEUS ACESSÓRIOS E GARANTIAS; afinal: o acessório segue a sorte do principal (arts. 92 e 364 do CC), salvo disposição de vontade específica em contrário. PARA QUE HAJA NOVAÇÃO, segundo Orlando Gomes, haverão de ser verificados os seguintes requisitos: a) Existência de uma obrigação primitiva (obligatio novanda); b) Criação de uma obrigação nova (aliquid novi); c) Vontade de novar (animus novandi), expresso ou tácito (art.361, CC) A doutrina, com base no Código Civil, traça a existência de três espécies de novação: a) Novação objetiva; b) Novação subjetiva (ativa, passiva- expropriação ou delegação- ou mista) e c) Novação mista. Sinteticamente: NOVAação Objetiva e real Subjetiva ou Pessoal Mista ATIVA: Art. 360, CC PASSIVA MISTA Expromissão : Art.362,CC delegação Teoria e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] ANÁLISE DE CASOS CASO PRÁTICO BARÃO assinou nota promissória em garantia de empréstimo tomando de DANIEL, no valor de R$ 5.000,00. Não tendo conseguido pagar a dívida no prazo acordado, BARÃO solicitou a sua irmã, Maria, que assinasse nova nota promissória, comprometendo-se a realizar o pagamento do débito em sessenta dias. DANIEL concordou com o negócio e o título assinado foi inutilizado. Nessa situação houve: a) Imputação ao pagamento. b) Novação c) Pagamento em consignação d) Dação em pagamento. A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a substituição de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, que é diferente da anterior. Por este motivo, a novação não produz a satisfação imediata do crédito. É considerada novo negócio jurídico, que possui os seguintes requisitos: a existência de uma obrigação anterior; que exista uma nova obrigação; e que exista a intenção de fazer a novação. Existem três espécies de novação:a novação objetiva onde se altera o objeto da obrigação; a novação subjetiva onde serão alterados os sujeitos, ou seja, as pessoas da relação obrigacional; e novação mista onde serão alterados o objeto e as pessoas ao mesmo tempo. Como se observa na questão, HAVIA UMA DÍVIDA ENTRE BARÃO (DEVEDOR) E DANIEL (CREDOR), MATERIALIZADA EM UMA NOTA PROMISSÓRIA. ESTA NOTA PROMISSÓRIA FOI INUTILIZADA, SENDO FEITA UMA NOVA NOTA PROMISSÓRIA, TENDO AGORA MARIA COMO DEVEDORA. PORTANTO, OCORREU UMA NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA POR DELEGAÇÃO (ALTERAÇÃO DO DEVEDOR PRIMITIVO COM O SEU CONSENTIMENTO), POIS HOUVE A CRIAÇÃO DE NOVA OBRIGAÇÃO, EXTINGUINDO-SE A ANTERIOR. NÃO OCORREU A ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (cessão de débito), pois nesta ocorre a substituição do devedor, sem alteração na substância do vínculo obrigacional (no caso concreto houve a alteração da nota promissória). Também NÃO OCORREU CESSÃO de crédito, pois neste caso o credor da obrigação (Daniel) transferiria a outra pessoa (cessionário), sua qualidade de credor na relação obrigacional (o que não ocorreu na questão). NÃO OCORREU A IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO, pois nesta uma pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem a faculdade de escolher qual deles oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Também não ocorreu O PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (pessoal), uma vez que neste ocorre a substituição dos direitos creditórios, daquele que solveu a obrigação de outrem. Em outras palavras: é a transferência da qualidade de credor para aquele que pagou a obrigação alheia. João deve R$ 500,00 (quinhentos reais) a Ana. Como não tem o dinheiro, oferece pagar com um aparelho de som que possui no valor de R$ 100,00 (cem reais). Escolha a opção correta. a) Ana deveria aceitar, visto que o devedor não possui condições de adimplir de outra forma. b) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma dação em pagamento e a dívida seria totalmente extinta. c) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma compensação e João ainda teria que pagar o restante da dívida. d) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma imputação do pagamento e a dívida seria totalmente extinta. e) Caso Ana aceitasse, caracterizar-se-ia uma novação parcial, visto que João ainda teria que pagar o restante da dívida. Da leitura do art. 356 já podemos intuir o que seja a dação em pagamento. Assim, ocorre a dação em pagamento quando o devedor, com a anuência do credor, entrega, como pagamento, prestação diversa da que foi acordada. A dação em pagamento pode então ser corretamente definida como um acordo entre o credor e o devedor, com o objetivo de extinguir a obrigação, no qual consente o credor em receber coisa diversa da devida, em substituição à prestação que lhe era originalmente objeto do pacto. Desta forma, consoante o enunciado, o devedor se obrigou a pagar o credor a quantia de R$ 500,00. Contudo, ofereceu um bem no importe de R$ 100, cujo valor é inferior ao original. Na assertiva, diz que o credor consente com a dação que, registre- se de passagem, que embora a obrigação primitiva tenha sido pactuada em pecúnia, para caracterizar a dação em pagamento ou dação em cumprimento a natureza da obrigação deva ser diversa da prestação originária. Destaco, como bem anotado pelo professor Pablo Stolze, os requisitos da dação em pagamento: 1- a existência de uma dívida vencida; 2- o consentimento do credor; 3- a entrega de coisa diversa da devida; 4- o ânimo de solver, ou seja, a intenção de solucionar a obrigação principal. Pelo exposto, a assertiva correta é B. ANÁLISE DE CASOS Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Data: 13/05/2015, das 19h20 às 22h00_3NA_DIREITO Direito das Obrigações UNIDADE II Profª Amanda Matos Teoria e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] AULA 13/05/2015 5. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa: repetição do indébito. Insolvência do Devedor: Preferências e Privilégios Creditórios. Inadimplemento das Obrigações: Teoria Geral do Inadimplemento. Inadimplemento Absoluto e Relativo; Total e Parcial. EMENTA Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] COMPENSAÇÃO • Na dinâmica das relações humanas, nada impede que dois sujeitos tornem tornem- se CREDORES e DEVEDORES RECÍPROCOS. • Pablo STOLZE e Rodolfo Pamplona Filho afirmam que a compensação é uma forma de extinção das obrigações “ EM QUE SEUS TITULARES SÃO, RECIPROCAMENTE, CREDORES E DEVEDORES”, extinguindo a obrigação até o limite da existência de crédito recíproco, remanescendo, se houver, saldo em favor do maior credor (CC, art.368) CREDOR A doutrina, analisando o tratamento da compensação no ordenamento jurídico nacional, informa que há três modalidades de compensação COMPENSAÇÃO LEGAL REQUISITOS: 1) Reciprocidade das obrigações; 2) Liquidez das dívidas; 3) Exigibilidade atual das prestações 4) Fungibilidade ou homogeneidade dos débitos 5) Equivalência objetiva: as obrigações devem ser do mesmo gênero e quantidade (NÃO SE COMPENSA OBRIGAÇÕES DE DAR COM OBRIGAÇÕES DE FAZER) Convencional • Decorre de acordo de vontades; • Cuidado com a cláusula de exclusão da compensação; Judicial ou processual • Realizada em juízo, durante o processo, de acordo com autorização normativa, pouco importando a vontade das partes; • Procedência em parte ( Art.21,CPC: quando cada litigante for vencedor e vencido simultaneamente). Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas. ANÁLISE DE CASOS 1. João aluga um bem a Carlos, e Luciano é o fiador. Se Luciano tiver um crédito em face de João, poderá compensar o débito de Carlos. [ C/E] 2. Apesar da regra geral de que o devedor somente pode compensar com o credor o que lhe deve, ao fiador é permitido compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado. [ C/E] Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato. Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado. Confusão De acordo com o Código Civil, art.381 “EXTINGUE-SE A OBRIGAÇÃO, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor” Exemplo: Antônio é credor de Pedro, mas ele (Antônio) morre, sendo que Pedro é o seu único herdeiro. Como Pedro passa a ser credor de si mesmo, ocorre a extinção da obrigação. ANÁLISE DE CASOS 1. Considere que determinada pessoa tenha reunido as qualidades opostas de credor e devedor da obrigação, tendo, com isso, desaparecido a pluralidade de situações jurídicas referentes à dívida. Essa situação configura a modalidade de pagamentodenominada a) Remissão b) Assunção de dívida c) Sub-rogação d) Compensação e) confusão A CONFUSÃO NÃO POSSUI O PODER DE ACABAR COM A SOLIDARIEDADE. Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. Remissão 1 2 REMISSÃO (verbo remitir) =PERDÃO da DÍVIDA • REMIÇÃO (resgate de bens: Direito Processual Civil). Vem do verbo REMIR Art. 385. A remissão da dívida, ACEITA PELO DEVEDOR, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. Art. 386. A DEVOLUÇÃO VOLUNTÁRIA DO TÍTULO DA OBRIGAÇÃO, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. Art. 387. A RESTITUIÇÃO VOLUNTÁRIA DO OBJETO EMPENHADO prova a renúncia do credor à garantia real, NÃO A EXTINÇÃO DA DÍVIDA. Art. 388. A REMISSÃO CONCEDIDA A UM DOS CODEVEDORES extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. ANÁLISE DE CASOS 1) Pedro está obrigado a dar uma vaca leiteira, avaliada em R$ 50.000,00, a dois credores, Maria e João. Maria remite a dívida e João exige a entrega do animal. Considerando o contexto fático narrado, analise as afirmativas a seguir. I. Por se tratar de obrigação indivisível, Maria não poderia remitir a dívida sem a anuência de João. II. João somente poderá exigir a entrega da vaca se pagar R$ 25.000,00 a Pedro. III. A remissão de parte da dívida realizada por Maria tem o condão de acarretar a extinção da obrigação da entrega da vaca a João. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão. Art. 388. A REMISSÃO CONCEDIDA A UM DOS CODEVEDORES extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. 1) Pedro está obrigado a dar uma vaca leiteira, avaliada em R$ 50.000,00, a dois credores, Maria e João. Maria remite a dívida e João exige a entrega do animal. Considerando o contexto fático narrado, analise as afirmativas a seguir. I. Por se tratar de obrigação indivisível, Maria não poderia remitir a dívida sem a anuência de João. II. João somente poderá exigir a entrega da vaca se pagar R$ 25.000,00 a Pedro. III. A remissão de parte da dívida realizada por Maria tem o condão de acarretar a extinção da obrigação da entrega da vaca a João. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 5. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa: repetição do indébito. Insolvência do Devedor: Preferências e Privilégios Creditórios. Inadimplemento das Obrigações: Teoria Geral do Inadimplemento. Inadimplemento Absoluto e Relativo; Total e Parcial. EMENTA Teoria, resumo e esquema baseados e/ou extraídos nas obras de doutrinadores civilistas como Cristiano Sobral e Luciano Figueiredo(Direito Civil II), Silvio Venosa (Código Civil Interpretado), Orlando Gomes (Direito das Obrigações), Sebastião de Assis (Manual de Direito Civil),2015[ Aulas 05032015] 5. Cumprimento Indevido E Enriquecimento Sem Causa (Art.884 a 886, CC) : repetição do indébito (Art.876 a 883, CC) Cumprimento Indevido CONCEITO • Cumprimento da prestação do devedor feito com erro SOBRE A PESSOA QUE DEVERIA RECEBER (pagamento indevido subjetivo) ou no cumprimento de obrigação que não deveria se cumprir (pagamento indevido objetivo):ART.876,CC REGRAS RECEBIMENTO INDEVIDO DE IMÓVEL • Se aquele que recebeu um imóvel o tiver alienado em boa- fé, por título oneroso, responde somente pela quantia recebida; • Mas, se agiu de má-fé, além do valor do imóvel, responde por perdas e danos. RECEBIMENTO INDEVIDO COMO PARTE DE DÍVIDA VERDADEIRA (Art.880, CC) • Fica isento DE RESTITUIR PAGAMENTO INDEVIDO AQUELE QUE, RECEBENDO COMO PARTE DE DÍVIDA VERDADEIRA, inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou abriu mão de garantias que asseguravam seu direito; • Mas aquele QUE PAGOU DISPÕE DE AÇÃO REGRESSIVA CONTRA O VERDADEIRO DEVEDOR E SEU FIADOR. OBIGAÇÃO DE FAZER E não fazer • AQUELE QUE recebeu a prestação fica na obrigação de indenizar o que cumpriu na medida do lucro obtido. (Art.881,CC) DÍVIDA prescrita ou obrigação natural • NÃO SE pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumpri obrigação judicialmente inexigível (Art.882,CC) Pagamento COM intenção ilícita, imoral ou proibida • NÃO tem o direito à repetição aquele que deu ou pagou alguma coisa com intenção de obter finalidades ilícitas, imorais ou proibidas.(Art.883, CC) ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA CONCEITO • Será considerado sem causa toda vez que NÃO TIVER COMO ORIGEM uma causa que seja amparada pela NORMA JURÍDICA ou pela VONTADE DOS AGENTES • ENUNCIADO 188 DA III JORNADA DE DIREITO CIVIL DO CJF: A existência de negócio jurídico válido e eficaz é, em regra, uma justa causa para o enriquecimento. REQUISITOS • Acréscimo patrimonial de quem recebe • A diminuição do patrimônio de quem paga • ENUNCIADO 35 DA I JORNADA DE DIREITO CIVIL: A expressão se enriquecer à justa causa de outrem do art. 884 do novo código civil NÃO SIGNIFICA, NECESSARIAMENTE, QUE DEVERÁ HAVER ENRIQUECIMENTO. • NEXO causal entre as duas circunstâncias acima • Ausência de causa legal ou convencional que origine o pagamento REGRAS • NÃO caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido. CAPÍTULO IV Do Enriquecimento Sem Causa Art. 884. AQUELE QUE, SEM JUSTA CAUSA, SE ENRIQUECER À CUSTA DE OUTREM, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir. Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, SE A LEI CONFERIR AO LESADO OUTROS MEIOS PARA SE RESSARCIR DO PREJUÍZO SOFRIDO. • Preferências e Privilégios Creditórios. Inadimplemento das Obrigações (arts. 956 a 965): LEITURA E RESUMO • DA TRANSAÇÃO E DO COMPROMISSO: ARTS. 840 A 853, CC Aula DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Data: 20/05/2015, das 19h20 às