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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Laboratório de Termodinâmica Química RELATÓRIO I: Tratamento estatístico de dados experimentais DAYSE DOS SANTOS QUETZ Docente: ALEXANDRE AMARAL LEITÃO JUIZ DE FORA 2018 1 1. Introdução Nessa prática partiremos da relação entre a variação do volume de uma bureta e a altura de um tubo de vidro (condensador), a partir daí será definido nosso ponto inicial e começaremos as medições. Essas medições mesmo que seja da mesma grandeza e feitas nas mesmas condições, não apresentarão o mesmo resultado. Essa diferença acontece pois existem vários erros que podem ser associados à execução da análise, e uma única medição não é o suficiente para afirmar que o resultado está correto. A partir disso utilizamos o método dos mínimos quadrados com o intuito de minimizar a distância entre esses dados, encontrando uma forma mais eficaz para interpretá-los e compreendê-los. 2. Objetivo Ilustrar a teoria desenvolvida para o tratamento de dados experimentais a partir da dependência funcional entre altura e volume de um tubo de vidro cilíndrico, determinando o valor mais provável da área da base desse tubo. 3. Materiais utilizados Bureta (50 cm³) Tubo de vidro (condensador reto) Tubo de borracha Torneira de 3 vias Papel milimetrado Béquer Água destilada 4. Procedimento experimental Foi montado um sistema utilizando a bureta e o tubo de vidro, limpos e secos. O nível da bureta foi ajustado para que o zero ficasse na mesma altura da extremidade superior do tubo de vidro. Em seguida enchemos a bureta com água destilada. Deixamos entrar água no tubo de borracha, enchendo-o até o nível da água aparecer na seção reta do tubo de vidro a uma altura que possibilite uma 2 leitura no papel milimetrado. Completamos a água da bureta, ajustamos o zero na torneira de 3 vias e anotamos o nível de água do tubo. Escoamos a água da bureta para o tubo em 2 cm³. Anotamos o valor da altura (h) da coluna de água no tubo de vidro, repetindo o processo por 9 vezes. 5. Resultados e Discussões Nessa prática coletamos os dados de acordo com a Tabela 1 analisando o volume dispensado pela bureta e a respectiva altura da coluna de líquido do condensador. Tabela 1. Altura da coluna de líquido em função do volume dispensado. V/cm³ h/cm 1 2,00 2,40 2 4,20 5,10 3 6,20 8,10 4 8,00 10,20 5 10,00 12,80 6 12,00 15,70 7 14,00 17,70 8 16,00 19,70 9 18,00 22,10 10 20,40 23,20 A partir destes dados obtive o gráfico a seguir. 3 Gráfico 1. Gráfico referente à variação do volume da bureta à variação da altura do condensador. 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 0 5 10 15 20 25 h/cm V/ cm ³ Foi utilizado o método dos mínimos quadrados para encontrar quais são os parâmetros dessa função que aproximam ao máximo dos pontos experimentais. Nesse método escolhe-se o valor que minimiza a soma dos quadrados dos desvios desta medida. Para efetuar os cálculos a seguir utilizou-se 10 pontos, logo n = 10. O coeficiente angular, que nos dá a inclinação da reta, foi encontrado da seguinte forma: Calculando o desvio de “a”: 4 O coeficiente linear nos diz o ponto em que a reta corta o eixo “x” (h/cm), ele foi encontrado da seguinte forma: Calculando o valor do desvio de “b”: O coeficiente de correlação mede o grau de correlação entre duas variáveis, podendo ser uma correlação positiva ou negativa (assumindo valores entre -1 e 1). Para o cálculo do coeficiente de correlação utilizou-se Esse coeficiente foi calculado da seguinte forma: O desvio padrão indica o quão uniforme é um conjunto de dados, com isso, quanto mais próximo de 0 for o seu valor mais homogêneo ele será. Seu cálculo foi feito da seguinte forma: 5 A partir de então conseguimos obter a equação da reta ajustada pelo método dos mínimos quadrados, ela é dada por: Analisando a equação da reta temos como valor de “b” um número muito pequeno, sendo desprezível. Então nossa equação ficará melhor representada como V = ax. Sabendo que para calcular o volume do cilindro utilizamos a fórmula V = Ab x h, percebemos que a área da base do cilindro é igual à “a”. 6.Conclusão A partir dos dados coletados e dos cálculos podemos perceber que os valores podem variar. Essa variação pode ser causada pelo método de medição e execução da análise de cada um, com isso percebemos que nossa análise está propícia a erros. Nessa prática, onde relacionamos volume com altura, é necessário encontrar quais são os parâmetros da nossa função que se aproximam ao máximo dos pontos experimentais. Isso foi possível devido a utilização do método dos mínimos quadrados, com ele nós maximizamos o grau de ajuste do modelo aos dados observados. 6
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