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CHOQUE Prof. Wagner Pereira Choque • Conceito – Síndrome com repercussão importante nos sistemas cardíaco e circulatório; – Anormalidade do sistema circulatório, que resulta em perfusão orgânica e oxigenação tecidual inadequadas. (ATLS) Choque • Classificação – Choque Hipovolêmico – Choque Cardiogênico – Choque Distributivo: • Choque Séptico; • Choque Anafilático; • Choque Neurogênico. – Choque Obstrutivo: • Pneumotórax Hipertensivo. • Tamponamento Pericárdico. P ré -c ar ga C o n tr at ili d ad e m io cá rd ic a Pó s- ca rg a Choque • Fisiopatologia – DC = volume de sangue a cada minuto (FC) x volume sistólico Choque • Fisiopatologia Hemorragia Constrição da circulação cutânea Constrição da circulação muscular e visceral Preservação do fluxo sanguíneo cérebro, coração e rins. Choque • Fisiopatologia Hemorragia Aumento da FC Catecolaminas endógenas Outros hormônios vasoativos • Manutenção do DC; • Sinal circulatório mais precoce. •Aumento da resistência vascular periférica; •Aumento da pressão diastólica; •Diminuição da Pressão de pulso. Choque • Fisiopatologia Hemorragia Perfusão celular inadequada Privação de substrato Impossibilidade de metabolismo aeróbico Metabolismo anaeróbico Acidose metabólica Edema celular Choque • Tolerância dos órgãos à isquemia Órgão Tempo Coração, cérebro e pulmões 4 – 6 minutos Rins, fígado, TGI 45 – 90 minutos Músculo, osso e pele 4 – 6 horas PHTLS Choque Choque Hipovolêmico Choque • Tipo mais comum. É aquele causado por perda de volume intravascular. • Causas: perda sangüínea secundária à hemorragia (interna ou externa); perda de líquidos e eletrólitos. Choque Volume sangüíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuída Choque Perda interna de sangue associada às fraturas Osso Perda aproximada (ml) Costela 125 Rádio e ulna 250 – 500 Úmero 500 – 750 Tíbia e fíbula 500 -1000 Fêmur 1000 – 2000 Bacia 1000 - maciça PHTLS Choque 1. Hemorragia Classe I: Representa uma perda de até 15% do volume sangüíneo no adulto (até 750 ml). Manifestações clínicas: Taquicardia mínima PA e FR normal. Tratamento: A maior parte dos pacientes previamente sadios não requer reanimação intravenosa com fluídos, desde que não ocorra mais perda sangüínea e o paciente possa tomar líquidos. Choque 2. Hemorragia Classe II: Representa um perda de 15% a 30% do volume sangüíneo (750 a 1500 ml). Manifestações clínicas: Taquipnéia (FR 20-30 rpm); Taquicardia (FC>100 bpm); Ansiedade ou medo; Débito urinário apresenta discreta queda, ficando, no adulto, entre 20 a 30ml/hora. Tratamento: Eventualmente, estes pacientes podem precisar de transfusão de sangue, mas a maioria responde bem à reposição com cristalóides. Choque 3. Hemorragia Classe III: Representa um perda de 30% a 40% do volume sangüíneo (1500 a 2000 ml). Manifestações clínicas: Hipotensão; Taquicardia (FC>120bpm); Taquipnéia (FR de 30 a 40rpm); Ansiedade ou confusão acentuadas; Débito urinário cai para 5 a 15ml/hora. Tratamento: Transfusão de sangue. Choque 4. Hemorragia Classe IV: Representa um perda de mais de 40% do volume sangüíneo (mais de 2000 ml). Manifestações clínicas: Taquicardia acentuada (FC>140 bpm); Taquipnéia (FR>35 rpm); Confusão grave ou letargia; Queda acentuada da pressão sistólica, em geral na faixa de 60 mmHg). Tratamento: A sobrevida depende do controle imediato da hemorragia (cirurgia se a hemorragia for interna) e de reanimação agressiva, incluindo transfusão de sangue. Choque • Tratamento – Externa • Curativo compressivo; • Torniquete; • Curativo oclusivo. Choque Tratamento – Interna – Reposição hídrica e sangüínea: 1. Puncionar dois acessos venosos de grosso calibre (14 ou 16); 2. Soluções cristalóides isotônica: - Soro Fisiológico ou - RL. Choque Choque Assistência de Enfermagem: Administrar oxigênio; Posicionar o paciente de forma adequada; Prevenção primária do choque; Reposição volêmica; Administração segura de líquidos, sangue e medicamentos prescritos; Documentar a administração de líquidos e efeitos; Monitorar os sinais de complicações. Choque Choque Cardiogênico Choque Débito cardíaco e volume sistólico diminuídos Perfusão tecidual sistêmica diminuída Perfusão diminuída da artéria coronária Congestão pulmonar Contratilidade cardíaca diminuída Choque • Causas Intrínsecas – Lesão do músculo cardíaco (IAM); – Arritmia; – Disfunção valvar; • Causas Extrínsecas – Lesões traumáticas. Choque • Manifestações clínicas: Volume urinário inferior a 20ml/h; Pele fria ; Dor anginosa; PAS < 90mmHg; Alterações do estado de consciência (agitação, sonolência, confusão, coma). Choque Tratamento: Depende do agente etiológico. • Controle da dor; • Oxigênio; • Reposição de volume (Monitorada com rigor). Choque • Correção das alterações hemodinâmicas: – Dopamina – Dobutamina – Associação de drogas inotrópicas ( aumentam a contratilidade) e vasodilatadoras – Norepinefrina – Epinefrina (efeito vasoconstrictor). Choque • Assistência de Enfermagem: 1. Administrar oxigênio; 2. Administrar os medicamentos e líquidos intravenosos; 3. Monitorar débito urinário; 4. Estimular a segurança e o conforto. Choque Choque Distributivo Choque Choque séptico Choque Neurogênico Choque Anafilático Choque Má distribuição do volume sangüíneo Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuída Choque Choque Séptico Choque • Definição: Presença na corrente sangüínea de microorganismos ou seus produtos; Envolve insuficiência circulatória e perfusão tissular inadequada; Geralmente se manifesta na presença de um foco infeccioso. Choque Fatores que aumentam o risco de ocorrência de sepse e choque séptico: Diminuição das defesas do hospedeiro; Neoplasia; Ferimentos, queimaduras ou procedimentos invasivos (sondas, cateteres); Mau estado nutricional. Choque • Manifestações clínicas: Primeira fase (Fase hiperdinâmica e progressiva): Aumento do DC com vasodilatação sistêmica; PA normal; Taquicardia; Febre; Pele quente e ruborizada; Taquipnéia; Débito urinário normal ou diminuído; Confusão e agitação. Choque • Manifestações clínicas: Fase tardia (Fase hipodinâmica e irreversível): Diminuição do DC com vasoconstricção; Queda da PA ; Pele fria e pálida; Temperatura normal ou abaixo do normal; Aumento da FC e FR; Anúria; Desenvolve-se a disfunção de múltiplos órgãos progredindo para a falência. Choque • Tratamento: Identificar e eliminar a causa da infecção; Amostras de sangue, escarro, urina, drenagem da ferida e extremidades de cateter invasivosão coletadas para cultura, usando técnica asséptica; Quando possível, são removidos os cateteres urinários; Reposição hídrica para corrigir a hipovolemia; Antibioticoterapia; Suplementação nutricional. Choque Assistência de Enfermagem: Manter técnica asséptica durante a realização de procedimentos invasivos; Monitorar sinais de infecção em: linhas intravenosas, sítios de punção arterial e venosa, incisões cirúrgicas, feridas traumáticas, sondas urinárias, úlceras de pressão; Identificar os paciente em risco de sepse e choque séptico; Colher amostras para cultura; Monitorar a temperatura do paciente; Administrar líquidos intravenosos e medicamentos prescritos; Monitorar o estado nutricional. Choque Choque Neurogênico Choque • Definição: Ocorre um desequilíbrio no tônus vasomotor, com predomínio de vasodilatação e, conseqüentemente, hipotensão. • Causas: Lesão raquimedular; Anestesia espinhal; Choque Perda da inervação simpática Os vasos periféricos abaixo do nível da lesão ficam dilatados Diminuição acentuada da RVS Vasodilatação Hipovolemia relativa Choque • Manifestações clínicas: pele seca e quente; hipotensão; bradicardia. • Tratamento: Restauração do tônus simpático, através: da estabilização da medula espinhal; no caso de anestesia espinhal, posicionar o paciente corretamente. Choque Assistência de Enfermagem: Elevar a cabeceira do leito (aproximadamente 30º) para evitar o choque neurogênico quando um paciente está recebendo anestesia epidural; Imobilização do paciente na suspeita de TRM; Aplicar meias de compressão elástica e elevar os pés do leito; Verificar diariamente o paciente para rubor, hipersensibilidade, calor nas panturrilhas e sinal de Homan positivo; Administrar heparina conforme prescrição. Choque Choque Anafilático Choque • Definição: É causado por uma reação alérgica grave quando um paciente que já produziu anticorpos para uma substância não-própria (antígeno) desenvolve uma reação antígeno-anticorpo sistêmica; Esse processo exige que o paciente tenha sido previamente exposto à substância. Choque Choque Manifestações clínicas: Prurido; Urticária; Insuficiência respiratória por asfixia devido à obstrução das VAS por edema (laringe, glote) ou por broncoespasmo intenso e difuso das vias aéreas inferiores. Choque • Tratamento Garantir acesso venoso; Adrenalina; Corticóide; Antihistamínico; Em casos PCR realizar manobras de RCP. Choque Assistência de Enfermagem: Prevenir o choque anafilático: avaliar todos os pacientes para alergia ou reações prévias aos antígenos e comunicar a existência destas alergias para outros; Observar o paciente para reações alérgicas quando administra qualquer medicamento novo; Identificar os sinais clínicos da anafilaxia; Realizar RCP caso ocorra a parada cardiorespiratória; Auxiliar durante a entubação, quando necessária; Garantir acesso venoso para a administração de medicamentos; Administrar os medicamentos e líquidos prescritos; Documentar os tratamentos e seus efeitos. Choque Sinais dos diversos tipos de choque Sinais Hipovolêmico Neurogênico Séptico Cardiogênico Temperatura da pele Fria, pegajosa Quente, seca Fria, pegajosa Fria, pegajosa Coloração da pele Pálida, cianótica Rosada Pálida, rendilhada Pálida, cianótica PA Diminuída Diminuída Diminuída Diminuída Nível de consciência Alterado Mantido Alterado Alterado Enchimento capilar Retardado Normal Retardado Retardado Choque • Complicações dos diversos tipos de choque – SARA; – IRA; – Insuficiência Hematológica; – Insuficiência Hepática; – Falência de Múltiplos órgãos. Choque AS IMAGENS FORAM RETIRADAS DE SITES DIVERSOS.
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